Do início do ano até agora, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) instalou e requalificou 4,3 mil placas de sinalização vertical e refez a pintura horizontal em 400 vias da cidade. A melhoria da sinalização ajuda a reduzir as infrações, pelo menos para os motoristas que obedecem as regras básicas de trânsito. Na Rua do Espinheiro, onde houve reforço na pintura amarela do meio-fio é possível encontrar duas situações: parte da via conseguiu ficar livre dos carros estacionados nos dois lados, mas há ainda trechos onde os motoristas insistem em desrespeitar áreas sinalizadas mesmo com a faixa amarela gritando ao lado.
Apesar dos desrespeitos em trechos sinalizados, onde só a fiscalização deve surtir algum efeito, o gerente de trânsito da CTTU, Agostinho Maia, acredita que a sinalização traz efeitos positivos para conscientizar o motorista. “Nunca fizemos a conta para saber o quanto uma área passou a ser mais respeitada após o reforço na sinalização, mas acredito que é mais fácil cumprir as normas numa área bem sinalizada do que quando ela não existe ou está apagada”, ressaltou.
A Rua do Espinheiro, onde é proibido estacionar nos dois lados da via, o reforço na pintura amarela do meio-fio é um alento também para os ciclistas. “A diminuição de espaços para estacionamentos nas vias públicas combina com dois elementos importantes: ser melhor utilizada para o trânsito normal e especialmente para o ciclista”, apontou o coordenador da Associação Metropolitana dos Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), Guilherme Jordão.
A recuperação da pintura amarela do meio-fio está sendo feita nas principais vias do bairro do Espinheiro. “Espinheiro é um bairro muito agradável para se pedalar. Além de ligar várias regiões é um bairro arborizado, onde a circulação pode ser feita com mais tranquilidade”, apontou Guilherme Jordão, que defende a redução dos estacionamentos nas vias públicas e a criação de ciclovias no bairro, que podem servir de rotas de fugas.
Com certeza, local melhor sinalizado ajuda no cumprimento das regras de trânsito. É muito comum vermos em vias onde a faixa de pedestres está apagada veículos parados onde seria o espaço dos pedestres, isso porque se não é sabido o tamanho da delimitação, pode ocupar espaço de outro usuário.
Já vi matéria onde cidadão colocou numa estrada um falso radar porque teriam removido um anterior e os condutores passaram a abusar da velocidade. Com o falso equipamento que estava sinalizado, voltaram a manter os limites de velocidade, mas a autoridade de trânsito tratou de remover o equipamento de mentira.
Numa matéria há tempos atrás sobre identificar ou não a presença de equipamentos de fiscalização eletrônica, para mim deveria identificar qualquer um. No meu ponto de vista, uma vez que é dito que há fiscalização, irresponsáveis e responsáveis tentam respeitar no trecho sinalizado as regras de trânsito e se há abuso não há desculpa que não sabia da existência do equipamento. Sendo assim, respeitando os limites, evita-se acidente. Por outro lado, não sinalizar não deixará de penalizar os infratores, contudo o mal já foi consumado quando poderia ter sido evitado.
Entretanto, via sinalizada ainda permite infrações, mas uma mudança na sinalização ou em elementos da via poderia coibir isso. Dou como exemplo os corredores de ônibus. Separando os tipos de corredores, aqueles cuja demarcação é feita por tachões não garante o devido isolamento dos demais veículos, então as invasões ocorrem. Argumentam que isso pode ser evitado com a fiscalização eletrônica e agentes ao longo do corredor, mas se não há ou é falha a presença dos dois, o resultado sabemos. Um importante corredor da RMR, Leste-Oeste, agora operador por BRT que deveria ter garantida sua circulação com mínima interferência, em diversos horários tem sua faixa exclusiva invadida facilmente. Pior, essa facilidade em alguns trechos tem permitido veículos altos invadirem e isso tem provocado algumas colisões com a cobertura das estações, Hoje, estação BR 101 e Capibaribe são as mais danificadas. O que impede a CTTU de por pequenos blocos isolando o corredor? Será que é o projeto, questionado, cujo sentido subúrbio está com áreas de ultrapassagem para ônibus perto do entorno das estações provocando pequenos desvios no tráfego misto, que por sinal ainda não teve a pintura de divisa de faixas repintada indicando o novo traçado, o que poderia provocar colisões com os blocos na presença de veículos grandes ou até mesmo pequenos espremidos por outros no desvio?
Como a matéria é sobre sinalização, no cruzamento da UPA da Caxangá onde há o acesso para Dois Irmãos e UR-7 da Várzea, a sinalização indicando novo acesso que elimina o giro a esquerda já está pronta há uns dois meses, mas nada de intervenção nos pontos de retorno que precisam ser concluídos para efetivamente acabar com o giro a esquerdo que nos horários de pico tem afetado bastante o BRT, sobretudo no sentido Camaragibe/Recife. Num belo dia, mais de 40 veículos estavam na faixa exclusiva deste sentido travando o BRT porque alguns queriam ganhar tempo no congestionamento do tráfego misto e outros porque iriam para Dois Irmãos tendo que invadir a faixa para fazer a conversão no cruzamento. Adianta ter uma sinalização em dia e o acesso viário não está concluído?