A paralisação do metrô, no último final de semana, a partir de uma decisão dos próprios funcionários do sistema que se recusaram a trabalhar por causa da falta de segurança, chama atenção para um grave problema no transporte público: o vandalismo das torcidas dos times pernambucanos. Os trens e as estações do sistema foram alvo de ataques de vândalos. Até pedras foram arremessadas contra os veículos. Pelo menos dessa vez, não lançaram nenhuma privada. Em maio do ano passado, uma pessoa morreu ao ser atingida por privada lançada da arquibancada no estádio do Arruda.
Não por acaso, a violência das torcidas tem trazido intranquilidade aos trabalhadores do metrô. E não apenas a eles, os ônibus também são alvo da fúria de torcedores nos dias de jogo. A Avenida Conde da Boa Vista, por exemplo, tem sido um verdadeiro saco de pancadas. E quem responde por isso? A propagação da violência encontra espaço, onde a punição é artigo de luxo.
Uma vez ouvi de um consultor em trânsito, que segurança não é um problema do transporte público, mas sim uma questão de polícia. Parece lógico, mas não há como a polícia estar presente em todas as estações, paradas, ônibus e trens. É impossível garantir esse tipo de segurança. As empresas também precisam oferecer segurança própria e dispor de uma forma mais eficaz para se comunicar com a polícia, sempre que necessário.
No final de semana passado, a Secretaria de Defesa Social (SDS) chegou a apresentar um plano de segurança com 68 policiais para fazer a segurança no metrô e não foi suficiente.O Sindicato dos Metroviários chamou atenção para o fato dos policiais não terem sido posicionados nas estações. Isso talvez possa ser melhorado, mas o fato é que há uma insegurança no sistema não apenas para os trabalhadores, mas também para os usuários. A mudança só será sentida quando a punição passar a ser encarada na medida da responsabilidade de quem a pratica, assim como a prisão dos que lançaram a privada matando uma pessoa.
Se nos veículos a polícia militar utilizasse no máximo dois policiais, e poderia ser apenas um, afinal se há rádio para se comunicar, um por veículo cobre mais áreas e se precisar de ajuda, solicita apoio.
Outra, o governo aqui tem optado em investir em fiscalização eletrônica, pois economiza em mão de obra individual com presença in loco fazendo com que nas centrais de monitoramento pequenos grupos de pessoas monitorem dezenas, talvez centenas de câmeras.
Todavia, não adianta ao meu ver empregar câmera em tudo quanto é lugar e na hora de alguém se fazer presente, há demora, além do fato de algo ocorrer em posição cuja câmera não está monitorando.
Que todos devem dar a sua parcela na segurança, concordo, mas até que ponto? Mês passado, salvo engano, fizeram denúncia a político sobre seguranças privados em paradas de ônibus estarem atuando no Pina, e estes se não tinham preparação em algum momento, evitavam a facilidade que alguns grupos tem em entrar sem pagar no coletivos e ao longo do trajeto promover bagunça. É preciso lembrar que a evasão de receita como o caso citado entra na conta para definir valor das passagens e quem paga a conta são aqueles usuários que realmente precisam dos veículos e sabem que devem pagar a passagem.
Pior é notar que os espertinhos desfilam com aparelhos celulares bons, mas economizam invadindo por trás nos coletivos.
Se tem essa conduta, aqueles que se dizem torcedores é só uma forma análoga, pois costumam pular a catraca ou entrar por trás, não estão nem aí pelo zelo do veículo que usa, se arriscam em cima dos ônibus, e pior, tomam ação que os jogadores, profissionais, não fariam, que é brigar como se isso tivesse um resultado positivo. Não tem e deveriam saber que se provocam brigas, seu time pode ser penalizado mais do que foi ao perder o jogo.
E o povão? SOFRE.
Rapaz, são vários problemas no sistema de transporte público do Grande Recife. Está tudo falido?