Ser pedestre na Avenida Cruz Cabugá não exige apenas disposição para superar a ausência de passeios seguros, mas também um pouco de sorte. Até mesmo para quem não vai atravessar a via de um lado para outro, mas deseja apenas caminhar no sentido do fluxo.
Um trecho complicado para quem anda a pé fica entre a Avenida Norte e a Rua Araripina, entre três quarteirões e quase um quilômetro de extensão. A opção de acessibilidade é zero e os pedestres enfrentam riscos por serem obrigados a caminhar na pista em um dos principais corredores de tráfego da Zona Norte e por onde passa o corredor Norte/Sul.
Há pelo menos duas situações que são emblemáticas e que tiveram ações diretas do poder público para resolver questões pontuais sem levar em conta as necessidades de deslocamento do pedestre. Em um dos pontos, nas imediações faixa de pedestre da estação do BRT na esquina da Rua Araripina, em um dos lados não existe calçada e o percurso é feito entre um trecho de areia da obra inacabada da Secretaria das Cidades, ou pela pista mesmo.
De acordo com o secretário executivo da pasta, Gustavo Gurgel , a calçada que falta será feita entre o fim de maio e começo de junho. “Teremos a calçada pronta quando a estação começar a funcionar”, afirmou. Até lá, fica como está.Para quem continua o percurso no sentido da Avenida Norte, ou faz o caminho inverso, irá se deparar também com outra situação. Dessa vez, entre a Rua 24 de agosto e a Avenida Norte, cujo quarteirão teve toda a calçada interditada em razão de risco de desabamento de uma marquise.
A ação foi feita por recomendação da Defesa Civil do município. Em nota, a Secretaria de Controle Urbano e Mobilidade justifica a interdição para evitar risco para pedestre. Só não oferece alternativa de separar parte da pista para quem faz a caminhada seguindo a sua linha de desejo.“É bastante complicado andar por aqui. A gente tem que olhar se vem carro e dar uma carreira para não ser atropelado”, Berenice Pereira, 30 anos, operadora de telemarketing
Sem opção, o pedestre se arrisca entre os veículos. E para piorar o trecho interditado da marquise é uma parada de ônibus e os usuários são obrigados a seguir pela pista. “A gente pode se livrar da marquise, mas pode ser atropelado por um ônibus”, criticou a supervisora Michele Silva, 24 anos. Ainda segundo a assessoria, o pedestre tem a opção de atravessar para o outro lado da pista e seguir pela calçada oposta. Simples assim.
Saiba Mais
Perfil da Avenida Cruz Cabugá
– 22 mil veiculos circulam pela via
– 240 mil pessoas transportadas
– 58 linhas passam pela via
– 6 estações de BRT do corredor Norte/Sul
– 4 estações de BRT estão em operação
Fonte: CTTU e Grande Recife
O caso, não é só da Avenida Cruz Cabugá não ? Na cidade do Recife a maioria das ruas são interditadas para o público. O povo em Recife é obrigado a caminhar pelo meio da rua, disputando com os veículos, sujeito a um atropelamento. As ruas são tomadas pelos camelôs, pelos tabuleiros, pelos friteiros, pelas barracas e pelos vendedores de frutas. Não há espaço para os pedestres, além de tudo, as calçadas são esburacadas, sem nenhuma conservação, tudo isso com o consentimento da prefeitura do Recife. O senhor Prefeito do Recife, não sai do seu gabinete, para verificar e sentir a situação da cidade. O pior de tudo isso, a cidade fede, é merda por todo canto, cheiro de urina e outras coisas mais.
A nossa cidade está perdida, o nosso prefeito, até hoje não disse ainda, para que foi eleito. A nossa cidade, que o grande astro de futebol pernambucano, quando foi entrevistado no Rio de Janeiro, o famoso Ademir Queixada disse, que a nossa cidade era pequena, porem decente. No nosso entendimento, o senhor Prefeito deveria passear pela cidade, para sentir os problemas enfrentados pelo povo. Em plena avenida Guararapes vemos verdadeiros absurdos, e o que é pior, sem solução.
Faço um apelo ao Prefeito Geraldo Júlio, que tenha dó da nossa cidade.