Rotina de acidentes nos ônibus da RMR

 

 

Além da lotação e do medo de assaltos, os passageiros que andam de ônibus pelo bairro de São José agora têm que se preocupar com mais um problema: os frequentes acidentes entre coletivos.

Um mês após dois ônibus se chocarem no cruzamento da Avenida Dantas Barreto com a Rua Imperial, em uma colisão que feriu sete pessoas, uma nova batida terminou com oito feridos na Avenida Sul. Por volta das 8h45 de ontem, um veículo da empresa Vera Cruz se chocou na traseira de um coletivo da Metropolitana que estava parado em um ponto de ônibus na pista exclusiva.

O Grande Recife Consórcio informou que só se pronunciará sobre os acidentes e possíveis providências após receber os laudos da CTTU e do IC sobre a última ocorrência, que também será investigada pela Delegacia da Boa Vista.

O ônibus da Metropolitana, da linha Vila Tamandaré, aguardava o desembarque de passageiros quando foi atingido por um veículo da linha UR-3 – Pantanal, da Vera Cruz, que estava a 50km/h no momento da colisão, segundo o IC.

“Ele (o motorista da Vera Cruz) disse que o Sol atrapalhou sua visão e ele não conseguiu calcular a distância”, informou o condutor Gilbério Lins de Aragão, que dirigia o outro coletivo. Gilbério. José Patrício Gomes, 51 anos, foi retirado das ferragens pelo Corpo de Bombeiros e levado pelo Samu ao Hospital da Restauração. Ele passa bem.

A cobradora do ônibus da Metropolitana, Maria do Carmo Paulino, 50, também foi encaminhada ao HR. Seis passageiros foram levados a UPAs com ferimentos leves.

Agreste

Dezesseis estudantes se feriram em um acidente com um ônibus escolar em Belo Jardim, ontem à tarde. Segundo testemunhas, o freio do ônibus falhou e o veículo capotou pelo menos três vezes. Os estudantes e o motorista foram encaminhados ao Hospital Júlio Alves de Lira e não correm risco de morte.

Recife deverá ganhar 15 edifícios-garagem

Diario de Pernambuco

Por

Anamaria Nascimento

Na última semana do ano, o prefeito do Recife, João da Costa, prometeu que vai tirar do papel, ainda no primeiro semestre de 2012, dois projetos que devem melhorar o trânsito da cidade. A primeira ação terá os detalhes divulgados no próximo mês e se refere a câmeras móveis que serão instaladas em veículos da prefeitura. Os carros equipados vão circular pelas principais vias flagrando infrações de trânsito. O segundo projeto de mobilidade urbana é a construção de 15 edifícios-garagem na área central da cidade, livrando as ruas de carros estacionados em locais irregulares. O edital de licitação para a construção dos prédios está previsto para o início do próximo ano. O prefeito espera que os edifícios estejam funcionando entre 2 e 3 anos.

 A implantação dos edifícios-garagem fez parte de um estudo do Instituto da Cidade do Recife Engenheiro Pelópidas Silveira, órgão ligado à prefeitura. A iniciativa será desenvolvida em parceria entre o poder público e empresas privadas. O objetivo dos verticais – que ainda não têm formato nem números de vagas definidos – será ordenar o estacionamento de veículos principalmente da área central da capital pernambucana. A prefeitura planeja implantar prédios nos bairros da Boa Vista, São José e também em Casa Amarela, Zona Norte da cidade.

Segundo o prefeito João da Costa, a cada vaga criada em um dos edifícios-garagem será retirada uma vaga das ruas do centro, melhorando o tráfego. “Isso vai garantir a fluidez do trânsito. O valor do estacionamento nos prédios não será maior que o já cobrado na Zona Azul”, esclareceu. Ainda segundo ele, as empresas privadas que vencerem a licitação vão entrar com o capital e a prefeitura vai ceder os terrenos. Existem apenas 2.700 vagas de estacionamennto Zona Azul no centro e quase 554 mil carros circulando pela cidade.

O anúncio da construção dos edifícios-garagem animou o comerciante Lucas Vieira, 34 anos. Ele trabalha no Centro do Recife há 6 anos e sempre teve dificuldades para estacionar o carro. “Em alguns horários, fica muito difícil estacionar. Uma vez, voltei para casa e retornei para o trabalho de ônibus por causa da dificuldade”, lembrou Lucas. O comerciante contou ainda que espera cerca de 20 minutos para conseguir uma vaga na Rua Gervásio Pires.

A dificuldade para estacionar nas vias mais movimentadas da área central da cidade foi constatada pelo Diario, na tarde de ontem. Muitos motoristas deixavam o veículo com as luzes de alerta acesas ao lado da fila de carros estacionados, criando uma fila dupla. “Não dá para esperar uma vaga. Tenho que resolver uma pendência urgentemente e precisei deixar o carro assim”, alegou um motorista.

A equipe voltou ao centro no início da noite e percebeu que a dificuldade continuava. Condutores deixavam os carros até em vagas destinadas a veículos de carga e descarga. “Preciso descarregar uma mercadoria do shopping e não posso, pois carros particulares estão em nossas vagas”, disse o motoboy Hallan Nunes.