Infiltrações no Túnel da Abolição recebem 800 litros de resina

 

Túnel da Abolição apresenta infiltrações . Foto: Ricardo Fernandes DP.D.A.Press
Túnel da Abolição apresenta infiltrações . Foto: Ricardo Fernandes DP.D.A.Press

O Túnel da Abolição, aberto para o tráfego, desde o último domingo, ainda apresenta infiltrações nas paredes internas, que preocupam especialistas. Uma comissão formada por três órgãos: Instituto Tecnológico de Pesquisa de Pernambuco (Itep), Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) e ainda a Empresa de Limpeza e Manutenção do Recife (Emlurb) recomendou a injeção de resinas de poliuretano nos vazios das paredes internas, por onde a água está escorrendo. Até agora cerca de 800 litros de resina de poliuretano foram injetados para estancar a água, mas o trabalho de impermeabilização ainda não foi concluído e deverá continuar mesmo com a liberação do tráfego.

A vedação dos pontos de infiltração foi apenas uma das recomendações da comissão criada há um mês por determinação do governador do estado. De acordo com a Secretaria das Cidades todas as recomendações estão sendo cumpridas. No local também foi feito o diagnóstico da área do entorno do túnel por meio de um ensaio com GPR (Ground Penetrating Radar), uma espécie de ultrassonografia do terreno. “O GPR não indicou nenhuma anormalidade de fuga de material no subsolo do entorno do túnel, que poderia trazer algum risco”, explicou o secretário executivo de Mobilidade, Marcelo Bruto.

De acordo com o engenheiro do Itep Carlos Wellington Pires, a vedação ou obturação do concreto nas paredes internas do túnel é uma tecnologia já bastante utilizada em obras desse tipo. “É necessário fazer essas correções para entregar a obra e depois continuar com a manutenção. Não nenhum risco a curto prazo, mas a longo prazo a estrutura pode ficar comprometida se não forem feitas as correções”, afirmou o engenheiro, que fez parte do estudo para diagnóstico dos prédios-caixão da Região Metropolitana do Recife.

A previsão da Secretaria das Cidades é que a obra completa esteja concluída até fim de maio. Ainda faltam a instalação do elevador e da escada fixa, que dão acesso à avenida Caxangá e a praça, além da própria  impermeabilização. O túnel possui um sistema de drenagem, realizado por duas bombas, também recomendas pela comissão e já testadas.

Saiba Mais

Problemas detectados no túnel
– Infiltrações nas paredes
–  Lençol freático
– Drenagem

Soluções apontadas pela comissão formada pelo Itep, Cehab e Emlurb
– Injeção de resina para estancar as infiltrações
– 800 litros de resina já foram injetados nas paredes internas do túnel
– três bombas instaladas para ajudar na drenagem do túnel
– Raio X do terreno por GPR ( Ground Penetrating Radar)

Fonte: Secretaria das Cidades e Itep

Túnel muda trânsito na Caxangá

Túnel Aboliçao - Foto - Hélder Tavares DP.D.A.Press

 

Por

Tiago Cisneiros

A partir de amanhã, o trânsito vai mudar na Torre e na Madalena, Zona Oeste do Recife, por causa da construção do Túnel da Abolição, no final da Rua Real da Torre. A obra, considerada a mais importante do Corredor Rodoviário Leste/Oeste, teve sua ordem de serviço assinada ontem pelo governador Eduardo Campos.

Serão dez meses de trabalho e interferência no tráfego, sobretudo para usuários de transporte individual. Transtorno que, segundo o governo, será compensado com o desafogamento da área, incluindo a redução de 30 minutos no trajeto entre o Centro do Recife e Camaragibe (e vice-versa).

O túnel passará em frente ao Museu da Abolição, ligando a Real da Torre à Rua João Ivo da Silva. Por cima dele, na direção Leste/Oeste, estarão a Avenida Caxangá e a Rua Benfica. Com isso, elimina-se o semáforo na interseção das quatro vias, facilitando o fluxo. Até lá, porém, a dor de cabeça de quem anda na área vai piorar.

Nos próximos 15 dias, as principais alterações serão a interdição de uma das três faixas e de uma calçada da Real da Torre, entre a Rua José Osório e a Caxangá. O passeio de pedestres também será parcialmente fechado na João Ivo da Silva. Na via ocorrerá, ainda, a demolição de 17 imóveis e a desativação de uma parada.

A projeção é que o impacto das obras se intensifique entre abril e maio, com a restrição do tráfego na Real da Torre, a partir do cruzamento com a Rua José Osório. Daí até janeiro de 2014, só será permitida a circulação de coletivos e automóveis de pessoas que moram ou trabalham na região. “Os outros veículos serão deslocados para a José Osório, que passará a ser mão única no sentido subúrbio. No final dela, um novo semáforo irá permitir a entrada à esquerda, para a Caxangá, no sentido Centro”, disse o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

Durante dez dias entre junho e julho, os coletivos também não poderão circular pela Real da Torre das 22h às 5h. A interdição total ocorrerá, ainda, em três fins de semana de julho. A orientação do governo é que as pessoas evitem a área afetada pelas obras nos próximos dez meses. Reconhecendo os impactos na mobilidade, Eduardo Campos valorizou os benefícios futuros. “Estamos buscando o conceito de cidade que queremos, com as ciclovias como alternativas, maior interação e respeito pelo rio e mais transporte público”, afirmou.

Fonte: Diario de Pernambuco