Alerta para prevenção de acidentes com crianças

 

O dia  30 de agosto é comemorado o Dia da Prevenção de Acidentes com Crianças. E neste dia a ONG Criança Segura alerta para a principal causa de morte de crianças de um a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 4,7 mil crianças morrem e mais de 125 mil são hospitalizadas anualmente em decorrência de acidentes.

Entre crianças e adolescentes de um a 14 anos no Brasil, os acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outros configuram a principal causa de morte e a terceira de hospitalização.

Dados mais atuais sobre o tema (2010), afirmam que das 6.274 crianças até 15 anos que morreram por causas externas (acidentes e violência), os acidentes foram responsáveis pela maior parte das mortes: 76%. No mundo, 830 mil crianças morrem, anualmente, vítimas de acidentes segundo o Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes, lançado em dezembro de 2008 pela Organização Mundial da Saúde e UNICEF.

Os números de mortes por acidentes de crianças até 14 anos, segundo DATASUS/Ministério da Saúde (2010), apresentaram-se da seguinte forma: acidentes de trânsito (1.895), afogamentos (1.184), sufocações (729), queimaduras (313), quedas (213), intoxicações (77), acidentes com armas de fogo (30) e outros (340). Foram 4.781 mortes no total.

No caso das hospitalizações por acidentes, também de crianças de 0 a 14 anos, foram 127.136 no total, a maior parte delas por quedas (62.766 hospitalizações), posteriormente queimaduras (21.472), acidentes de trânsito (14.936), intoxicações (4.392), sufocações (613), afogamentos (260), acidentes com arma de fogo (166) e outros (22.531).

Tanto em mortes quanto em hospitalizações, o número de meninos acidentados é cerca de duas vezes maior do que o de meninas.

O trânsito é responsável pela maior parte dos acidentes fatais. Das 1.895 mortes de crianças até 14 anos vítimas do trânsito, 38% corresponderam aos atropelamentos, 36% aos acidentes com a criança na condição de passageira do veículo, 5% na condição de ciclista e os 21% restantes corresponderam a outros tipos de acidentes de trânsito.

Fases do Desenvolvimento X Acidentes
Ao longo dos primeiros anos de vida, a criança passa por diversas fases, com características e necessidades diferentes dos adultos. É com o passar do tempo, que os pequenos passam a desenvolver suas habilidades motoras, cognitivas, sensoriais. Mas enquanto esse processo não está completo, a criança fica vulnerável a uma série de perigos exigindo, portanto, cuidados especiais e atenção total. Por este motivo, a ocorrência de acidentes está diretamente ligada ao desenvolvimento infantil.

Uma Questão de Saúde Pública
O acidente, portanto, é uma séria questão de saúde pública que pode ser solucionada em 90% dos casos com ações de prevenção como a disseminação de informações sobre o tema, mudança de comportamento, políticas públicas que assegurem infraestrutura e ambientes seguros para o lazer, legislação e fiscalização adequada. Mas essa mudança de cultura ainda permanece como um desafio a ser encarado pela sociedade.

O comportamento seguro de cada indivíduo e a atenção das autoridades em mobilizar esforços para esta causa são algumas das medidas que podem mudar essa realidade. É importante ressaltar que os acidentes podem estar ligados a diversos fatores como a questões culturais, econômicas e sociais. “Garantir um futuro saudável e a integridade física dessas crianças e adolescentes é um dever de todos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente”, reforça Alessandra Françoia, Coordenadora Nacional da Criança Segura.

Fonte: Portal do Trânsito

Furo nos alertas das redes sociais

Driblar as redes sociais será uma das estratégias das equipes de fiscalização da Operação Lei Seca. Os informantes de plantão, que usam o Twitter e o Facebook para alertar os amigos dos pontos das blitze, terão mais dificuldade. Com as vans, a proposta é que as equipes ganhem mais agilidade e possam mudar de ponto de uma hora para outra. Antes, as equipes permaneciam em um único ponto até o fim da operação.

De acordo com o coordenador executivo da Operação Lei Seca, major André Cavalcanti, o fluxo de tráfego na via é determinante para a mudança de planos. Em alguns casos, no entanto, mesmo em pontos já conhecidos dos motoristas como é o caso da Avenida Agamenon Magalhães, a operação no local vem sendo mantida. “As pessoas avisam que a Agamenon já é conhecida, mas a experiência nos mostra que mesmo assim os flagrantes continuam”, afirmou.

Outro critério para definir os pontos de bloqueio é onde a incidência de acidentes automobilísticos é mais frequente. “A gente acompanha os pontos onde está havendo acidente com frequência para montar pontos de blitz”, afirmou o coordenador executivo da Operação Lei Seca.

Mesmo sabendo das blitze muita gente ainda prefere arriscar. O mecânico Roberto Carlos de Brito, 43 anos, conta que dirige há 25 anos e nunca foi multado. “Já fui parado uma vez, mas não tinha bebido. Acho essa lei um exagero. Eu dirijo hás 25 anos e sempre bebi. Nunca provoquei um acidente e nunca fui multado”. Com o reforço das vans, a expectativa é que as equipes consigam duplicar o número de pontos fiscalizados em uma noite. Isso significa também que as chances de ser pego em uma blitz são maiores.

“Infelizmente ainda tem muita gente que se arrisca, mas o rigor é grande e não há espaço para corrupção. Cada equipe tem profissionais de diferentes órgãos e todos ficam em um espaço bastante iluminado”, afirmou o coordenador executivo do Comitê contra Acidentes de Moto, o médico João Veiga. A média de abordagens é de 150 por dia, mas esse número pode aumentar ou cair dependendo das notificações. “Na verdade quando há um número maior de condutores infratores, o número de abordagens diminui porque se demora mais tempo para preencher o ato de infração, mas em compensação o número de notificações aumenta”.