Um grupo de estudantes de arquitetura da Universidade Federal do Ceará (UFC) se mobilizaram para propor alternativas de mobilidade para a cidade de Fortaleza. A primeira ação foi lançar o “Concurso de Alternativas ao Viaduto” que será construído no Parque do Cocó.
O grupo “Direitos Urbanos – Fortaleza” foi criado com base em fóruns de mesmo nome em outros estados e como resultado das manifestações nacionais que buscam melhorias para o país, destaca um dos membros, Victor Rocha, 20, que cursa o quinto semestre de Arquitetura na UFC. Para o estudante, existe carência de discussão para as obras que são feitas em Fortaleza e que o objetivo do grupo é fomentar debates fundamentados sobre o assunto.
Os estudantes organizaram uma assembleia, que contou com a participação de outros movimentos, e definiram as pautas mais importantes para a cidade no momento: a construção do Acquário do Ceará e a obra dos viadutos no Cocó.
Concurso de alternativas a viaduto
Da assembleia, foram definidas as primeiras ações do grupo. Nesta quarta-feira, 17, foi lançado o Concurso de Alternativas para o Viaduto (Antônio Sales/Engenheiro Santana Jr.). A proposta é destinada a arquitetos e urbanistas, mas aberto a participações de pessoas envolvidas com a melhoria dos espaços públicos e da mobilidade urbana, diz o cartaz de divulgação.
As propostas devem ser enviadas até o dia 10 de agosto para o e-mail cacau@arquitetura.ufc.br, em uma prancha de tamanho A3 em formato PDF. Não existe comissão técnica para análise das propostas. Elas serão apresentadas no fórum e as melhores serão reunidas em um arquivo que será enviado para as secretárias de Infraestrutura e a de Urbanismo e Meio Ambiente.
“A proposta do concurso, veio da necessidade de não só reclamar, mas também de propor – o que a prefeitura não faz – buscar que as pessoas mostrem ideias”, disse Victor.
Petição pela mobilidade
O grupo também divulgou uma carta direcionada à prefeitura de Fortaleza e ao governo do Estado do Ceará. “O que a carta critica é um modelo de mobilidade urbana que tem sido feita no Ceará e em outros estados que é muito atrasada em relação a outros lugares do mundo, com grandes rodovias, com o modelo de uso dos carros”, afirma Luna Lyra, 23, que cursa o último semestre de arquitetura. “As cidades que já fizeram isso estão revendo os espaços e adotando outras formas de mobilidade”, ressalta.
O objetivo do grupo é criar uma petição pública para que as pessoas possam apoiar a carta, que será entregue a autoridades políticas juntamente ao resultado do concurso.
A próxima meta é divulgar um vídeo educativo para esclarecer as pessoas que ainda têm a mentalidade de que o tipo de obra que os governos propõe não é uma boa solução, afirma Victor.