o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) conseguiu materializar em números o que significaria na prática abrir as portas do transporte público para o passe livre. O custo é de pelo menos R$ 16,1 bilhões em subsídios para o transporte em 44 cidades ou capitais com mais de 500 mil habitantes.
O estudo leva em conta as propostas de ampliação de acesso ao transporte público urbano. Para ser feita a pesquisa foram analisadas 44 cidades e 44 viagens por mês. Nesse cenário, o passe livre estudantil beneficiaria 13,78 milhões de estudantes.
Para a criação de um vale-transporte social para estudantes baseado no CadÚnico (Cadastro Único) –que demonstra vulnerabilidade social–, o subsídio necessário seria de R$ 5,5 bilhões anuais.
Outra possibilidade analisada foi a concessão para estudantes que atendam aos mesmos critérios do Bolsa Família, neste caso o valor necessário para custeio seria de apenas R$ 3,5 bilhões.
Segundo os pesquisadores do Ipea, as manifestações aceleraram fortemente processos de tramitação de projetos de mobilidade urbana.A pesquisa também conclui que a gratuidade do transporte coletivo não é sinônimo de política social, mas se mostra necessária em um contexto em que há a imobilidade por falta de acesso e alto custo do transporte é um fato.
O estudo do Ipea analisou os seguintes projetos: PL 2965/2011, que propõe a criação do vale-transporte social; o PLS 248/2013, criado pelo senador Renan Calheiros durante as manifestações de junho, o texto prevê gratuidade para estudantes; e o PL 310/2009, que coloca o transporte gratuito como direito social.
Com informações do IPEA