De acordo com o coordenador executivo da Operação Lei Seca, major André Cavalcanti, o fluxo de tráfego na via é determinante para a mudança de planos. Em alguns casos, no entanto, mesmo em pontos já conhecidos dos motoristas como é o caso da Avenida Agamenon Magalhães, a operação no local vem sendo mantida. “As pessoas avisam que a Agamenon já é conhecida, mas a experiência nos mostra que mesmo assim os flagrantes continuam”, afirmou.
Outro critério para definir os pontos de bloqueio é onde a incidência de acidentes automobilísticos é mais frequente. “A gente acompanha os pontos onde está havendo acidente com frequência para montar pontos de blitz”, afirmou o coordenador executivo da Operação Lei Seca.
Mesmo sabendo das blitze muita gente ainda prefere arriscar. O mecânico Roberto Carlos de Brito, 43 anos, conta que dirige há 25 anos e nunca foi multado. “Já fui parado uma vez, mas não tinha bebido. Acho essa lei um exagero. Eu dirijo hás 25 anos e sempre bebi. Nunca provoquei um acidente e nunca fui multado”. Com o reforço das vans, a expectativa é que as equipes consigam duplicar o número de pontos fiscalizados em uma noite. Isso significa também que as chances de ser pego em uma blitz são maiores.
“Infelizmente ainda tem muita gente que se arrisca, mas o rigor é grande e não há espaço para corrupção. Cada equipe tem profissionais de diferentes órgãos e todos ficam em um espaço bastante iluminado”, afirmou o coordenador executivo do Comitê contra Acidentes de Moto, o médico João Veiga. A média de abordagens é de 150 por dia, mas esse número pode aumentar ou cair dependendo das notificações. “Na verdade quando há um número maior de condutores infratores, o número de abordagens diminui porque se demora mais tempo para preencher o ato de infração, mas em compensação o número de notificações aumenta”.