Transportes alternativos são minoria

 

 

De acordo com pesquisa sobre poluição veicular atmosférica divulgada no mês passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nos últimos 15 anos, enquanto a frota de automóveis cresceu 7% ao ano e a de motocicletas 15%, o transporte público perdeu, em geral, cerca de 30% da sua demanda no período.

Dados como este, revelam a necessidade de infraestrutura em transporte alternativo para que a população possa utilizar meios de locomoção mais sustentáveis.

No último dia 22 de setembro, houve a comemoração do Dia Mundial sem Carro, data instituída na França na década de 1990, com o objetivo de conscientizar motoristas sobre os danos da emissão de gases do efeito estufa e ressaltar a importância do uso sustentável dos meios de transporte, como por exemplo, a bicicleta.

De acordo com Humberto Guerra, um dos coordenadores do grupo de ciclistas Mountain Bike BH, de Belo Horizonte, a cada ano, o Dia Mundial sem Carro está mais impactante e consegue mobilizar discussões sobre o assunto, mas “a adesão de pessoas que deixam de sair de carro e procuram alternativas de transporte ainda é baixa. Poucas pessoas se dispõem e se sensibilizam com a data”. Para o coordenador, uma das dificuldades que o brasileiro encontra para deixar o carro em casa é a necessidade de um transporte público eficiente com vias exclusivas.

Desde 2006, Guerra é um dos responsáveis por organizar, anualmente, o Desafio Intermodal em Belo Horizonte. O intuito desta competição é comparar as várias possibilidades de deslocamento, estabelecendo um mesmo ponto de partida e um mesmo ponto de chegada. Várias pessoas realizam este desafio e se locomovem com um meio de transporte diferente (ônibus, metrô, carro, a pé…). A ideia é comparar não só o tempo que cada um gasta, mas também o número de calorias perdidas, o risco de acidente que a pessoa correu, qual o nível da emissão de poluentes que ela foi responsável, o custo do deslocamento, etc. Segundo ele, “ é possível perceber que a cada ano, o carro e o ônibus, por estarem sujeitos aos engarrafamentos, pioram seu desempenho”.

Este ano, a campeã do desafio foi à bicicleta elétrica, que percorreu um trajeto de cerca de nove quilômetros em pouco menos de 20 minutos. O carro levou 54 minutos para fazer o mesmo caminho. Contabilizando todos os critérios de avaliação considerados, o desempenho das bikes foi melhor.

Para Marcelo Araújo, advogado especialista em Direito de Trânsito e também ciclista, as pessoas sofrem uma série de desestímulos para não andar de bike. O grande problema para a sociedade absorver a utilização das bicicletas não está somente na necessidade de ciclovias. ”A dificuldade que as pessoas encontram é chegar ao seu destino e não ter onde colocar sua bicicleta com segurança. Há a necessidade de preparo seja dos prédios públicos, estacionamentos, shopping centers e outros para receber estas bicicletas”.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estaística (IBGE) em 2009, apenas metade dos domicílios brasileiros possui carro ou motocicleta, ou seja, ainda há espaço para o crescimento de automóveis no país.

De 2011 até 2015, a estimativa de investimentos pelos fabricantes de automóveis é de 19 bilhões de dólares, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Fonte: Portal do Trânsito

Linhas de ônibus reforçadas para o Camburão da Folia

 

 

 

O sistema de transporte público terá reforço em 20 linhas de ônibus para atender a demanda do bloco Camburão da Folia, que terá concentração neste domingo, a partir das 10h, em Boa Viagem.

As linhas vão operar a partir das 9h, com 35 ônibus e 263 viagens a mais do que em um domingo normal. Serão 174 coletivos que irão realizar 1.659 viagens. Normalmente, essas linhas operam com 139 coletivos realizando 1.396 viagens.

Outras informações sobre horários e itinerários podem ser obtidas no site www.granderecife.pe.gov.br ou pelo telefone 0800 081 01 58.

Uso correto do pisca-pisca pode evitar acidentes

Por

Mariana Czerwonka

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, em seu capítulo III, que trata sobre normas gerais de circulação e conduta, antes de qualquer manobra o condutor deve verificar as condições do trânsito à sua volta- certificando-se de não criar perigo para os demais usuários- posicionar-se corretamente na via e sinalizar suas intenções com antecedência.

O problema é que muitos condutores esquecem essa última parte e deixam de utilizar a luz indicadora de direção, o famoso pisca-pisca. “A sinalização de luzes no veículo é a maneira que temos como nos comunicar com os demais condutores. Ali sabemos quem vai mudar de direção, ou de faixa na via, sabemos quem vai frear ou mesmo quem está com algum problema”, alerta a especialista em trânsito Elaine Sizilo.

Essa comunicação é muito importante, pois ao saber das intenções de outros condutores, é possível prever ações e seguramente evitar freadas bruscas, pequenas colisões e até mesmo grandes acidentes.

Além disso, o Código de Trânsito Brasileiro institui como infração grave, com multa de R$ 127,69, deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação. “Vale lembrar que a sinalização com as mãos não substitui a necessidade da sinalização luminosa, pois é considerada complementar”, complementa Sizilo.

 

Fonte – Portal do Trânsito

O VLT e a cidade maravilhosa nas Olimpíadas de 2016

Integrar diversos modais de transportes – como trens, metrô e barcas – e reduzir gradativamente a quantidade de itinerários de ônibus nas ruas do Porto estão entre os principais objetivos das seis linhas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que a Prefeitura do Rio irá implantar na região até 2016.

Bicicletada nas ruas do Recife

 

 

Daqui a pouco tem bicicletada nas ruas do Recife. O movimento tem mais de 20 anos em cerca de 350 cidades. Aqui no Recife completa três anos e tem como uma das metas reivindicar  mais ciclovias para os ciclistas e bicicletários para os terminais de integração.

A concentração começa às 18h na Praça do Derby e às 19h30, o grupo sairá pedalando pelas ruas da cidade. Qualquer um é bem vindo, desde que tenha hábito de pedalar. O percurso terá um trecho de cerca de 15 quilômetros a ser definido na hora. Boas pedaladas e atenção redobrada no trânsito.

 

 

Metrô do Recife teve recorde de público no carnaval


 

Durante todo o período de momo  a CBTU-Metrorec preparou um esquema especial para atender aos usuários-foliões, a companhia bateu recorde, transportando mais de 1 milhão passageiros . Só no Galo da Madrugada, dia esse que o intervalo dos trens na Linha Centro ficou na média dos 4min no trecho Recife/Coqueiral e 8min Coqueiral/Camaragibe, Coqueiral/Jaboatão e na Linha Sul, o número chegou a 261.739 usuários.

No Sábado de Zé Pereira, a estação Recife recebeu uma  infraestrutura para dar conta do fluxo de pessoas. Dezoito bilheterias foram instaladas na parte frontal da estação, posicionadas de frente para a Rua Floriano Peixoto e uma área de embarque de maior proporção também foi implantada para que os usuários pudessem retornar para seus destinos com mais facilidades.

O superintendente da CBTU-Metrorec, Ricardo Beltrão, disse que não houve nenhum incidente grave e que a operação comercial ocorreu de forma tranquila. Ainda segundo ele, foram mobilizados 141 técnicos de manutenção para o dia do desfile do maior bloco carnavalesco do mundo.  Já no quesito da segurança, a CBTU-Metrorec contou com 90 agentes da Polícia Ferroviária Federal (PFF) e 431 homens de uma empresa de segurança terceirizada, além de guarda motorizada, veículos de rondas extensivas e o suporte de duas ambulâncias para situação de emergências. Devido a maior fluxo de usuários, 250 pessoas trabalharam exclusivamente na estação Recife.

A grande novidade deste ano ficou por conta da parceria entre a CBTU-Metrorec e a Associação da Polícia Ferroviária Federal, com a Secretaria de Defesa Social. No dia do galo foi disponibilizado o prédio  que fica ao lado da Estação Recife, para o funcionamento do Juizado do Folião. O espaço foi dividido em salas onde funcionaram as Delegacias, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Rádio Patrulha, a Polícia Civil, a Polícia Científica, a Secretaria dos Direitos Humanos do Estado e o Juizado do Folião com juízes, promotores e defensores públicos, atendendo quem se envolveu em algum tipo de conflito durante o desfile.

Fonte: Assessoria Metrorec

 

 

Táxi: quem atendeu mal será punido

 

 

 

Os taxistas que não atenderam bem os foliões durante o carnaval estão na mira das prefeituras do Recife, Olinda e Jaboatão. As denúncias de irregularidades cometidas pelos motoristas nos dias de folia serão apuradas pelos órgãos de trânsito de cada município. No Recife e em Olinda, os condutores que, comprovadamente, não tiverem prestado o serviço adequadamente poderão ser penalizados com multa, advertência, suspensão ou até a cassação da licença para dirigir táxis. Foram registradas 555 denúncias contra esses profissionais no Recife, Olinda e Jaboatão.

No Recife, a CTTU registrou 46 denúncias contra taxistas que se recusaram a pegar passageiros ou operaram com o taxímetro desligado. O desrespeito ao usuário também foi uma reclamação recorrente. Como choveu durante quase todo o carnaval, muitos motoristas negaram corridas a foliões apenas para não molhar o interior do veículo. Segundo a presidente da CTTU, Maria de Pompéia Pessoa, ainda no sábado, o sindicato da categoria foi procurado para evitar que os problemas se prolongassem até o fim do carnaval. “Pedimos para eles conversarem com os profissionais e ameaçamos abrir a concessão”, revelou.

Na próxima segunda-feira, a CTTU vai começar a convocar os taxistas que foram denunciados para apurar as reclamações. Um inquérito administrativo será aberto para que as devidas punições sejam aplicadas. O prefeito João da Costa prometeu conversar com o sindicato da categoria e com os gestores de Olinda e Jaboatão para investigar as denúncias e tentar  evitar transtornos aos passageiros durante eventos de grande porte. “O Recife tem 6 mil táxis. Durante os dias normais, essa frota dá conta. Mas nos grandes eventos, temos enfrentado problemas. A gente pode tentar manter o convênio com Olinda e Jaboatão nos fins de semana e nos eventos maiores. Outra solução seria abrir as concessões e permitir que mais táxis façam parte da frota”, declarou João da Costa.

Em Olinda, foram contabilizadas 500 denúncias contra taxistas, a maioria de motoristas que recusaram corridas com trajetos pequenos e que queriam operar com preço fechado, sem taxímetro. Como, durante o carnaval, os três municípios firmaram convênio para reforçar as frotas em cada um deles, a prefeitura está concluindo um levantamento para saber quantos dos denunciados estão cadastrados em Olinda. Eles poderão ser multados em até R$ 2 mil ou ter o termo de permissão cassado. A Prefeitura de Jaboatão registrou apenas nove denúncias e prometeu apurar todas.

O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de Pernambuco, Everaldo Menezes, disse que todos foram orientados para atender bem os passageiros. “Os órgãos de trânsito terão que ter provas das irregularidades. Os que agiram incorretamente terão que responder pelos seus atos”, disse.

Folia com menos acidentes e mortes

 

 

Diario de Pernambuco

Por Raphael Guerra

 

As campanhas de conscientização junto aos motoristas para não beber ao pegar as estradas surtiram bons resultados no estado neste último carnaval. Nos cinco dias de folia, foram 112 acidentes contabilizados pela Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco (PRF/PE). No carnaval do ano passado, houve o registro de 179 acidentes, com 12 mortes. O balanço geral, com os números consolidados, será divulgado na manhã de hoje, mas a PRF antecipou que contabilizou três mortes em um único acidente com motos, em Belo Jardim, no Agreste pernambucano.

E não houve trégua para os motoristas nos principais focos de folia entre Recife e Olinda. Balanço parcial divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontou que 5.704 motoristas foram abordados nas blitze realizadas pela Operação Lei Seca. Destes, apenas dez foram autuados em flagrante por estarem embriagados. O número de carros apreendidos não foi divulgado. Para dar conta das fiscalizações 24 horas por dia, quatro equipes se reverzaram.

O número de feridos em acidentes também caiu, segundo balanço parcial da PRF. Neste ano, até a madrugada de ontem, 85 vítimas. No ano passado, foram 100. Nas blitze realizadas nas estradas, 4.261 veículos foram fiscalizados. Policiais rodoviários federais aplicaram 655 multas. Pelo menos seis pessoas foram presas por apresentarem nível de teor alcoólico no sangue. Também tiveram as carteiras de habilitação apreendidas. Em 2011, no mesmo período, foram 19 prisões em flagrante.

Fatal

As três mortes nas estradas registradas no carnaval foram numa colisão frontal entre duas motos, na BR-232, Km 188, na noite da última terça-feira. De acordo com as investigações realizadas no local, Luiz Carlos dos Santos Mendes, de 25 anos, que conduzia uma moto, teria perdido o controle do veículo. A moto bateu em outra que era conduzida por João Batista da Silva Marques, 44. Uma mulher, de identidade desconhecida e aparentando cerca de 30 anos que estava na garupa da moto de Luiz Carlos, também foi atingida pelo impacto. Os três morreram na hora.

Saiba mais

Balanço parcial carnaval

Polícia Rodoviária Federal (PRF-PE)

2012

112 acidentes
3 mortes
85 feridos
4.261 veículos fiscalizados
655 multas
6 prisões por embriaguez

2011

179 acidentes
12 mortes
100 feridos
2.786 veículos fiscalizados
1.278 multas
19 prisões por embriaguez

Operação Lei Seca – SES

5.704 motoristas abordados em blitze
392 motoristas multados
5.718 testes de alcoolemia realizados
10 condutores autuados em flagrante

O trânsito é uma ciência humana

 

Paris irá testar uma nova medida para aumentar a segurança dos ciclistas que a cada dia mais se multiplicam pela cidade. Quem estiver de bicicleta não irá precisar parar em determinados cruzamentos semaforizados. Em outras palavras, na cidade luz, quem estiver de bicicleta será permitido por lei a fazer o que todo ciclista mundo afora faz, avançar o sinal vermelho em nome da própria segurança.

A medida é uma maneira de aumentar a segurança dos ciclistas, e não há nenhuma contradição na idéia. Ciclistas circulam pelas cidades em um universo próprio, fortes demais perante o pedestre, frágeis demais diante dos motorizados. Uma cidade que pensa nos ciclistas e na sua segurança precisa incorporar um pouco da lógica de circulação da bicicleta.

De acordo com as autoridades de trânsito parisiense, permitir que os ciclistas avancem no semáforo vermelho irá garantir maior fluidez para as bicicletas e evitará que se forme um grande massa de ciclistas saindo ao mesmo tempo junto com os carros.

A verdade é que, apesar do que diz a legislação de trânsito, ciclistas não gostam de sinal vermelho e em nome da própria segurança muitas vezes desrespeitam as convenções semafóricas. Dois motivos simples justificam a iniciativa, evitar a “largada” junto com os carros e também buscar pedalar em paz no quarteirão seguinte.

Dito de outra forma, um ciclista consciente ao avançar o sinal vermelho evita a ameaça de veículos motorizados arrancando em velocidade e ao mesmo tempo consegue circular um trecho depois do cruzamento sem ter que lidar com os motorizados. Tudo isso ainda mantendo o momento, isso é, maximizando a própria energia.

Uma animação explicativa, ajuda a entender a importância da conservação de movimento para o ciclista. E além disso, deixa claro que pela dinâmica da bicicleta, é perfeitamente seguro que ao invés de respeitar a indicação de parada obrigatória, como os veículos motorizados, o ciclista deve dar a preferência.

 

Fonte: Do Blog Transporte Ativo – http://blog.ta.org.br/

Nova enquete: O que é preciso para melhorar a integração da bicicleta com o metrô?

Ainda estamos longe de uma integração ideal, mas com certeza o uso da bicicleta como veículo e não apenas como instrumento de lazer e esporte deve apontar para uma nova perspectiva de integração dos modais. As estações do metrô Recife ainda não dispõem de bicicletários, embora estejam previstos para os novos terminais de integração. Também não dispomos de uma linha cicloviária eficiente, mas contradizendo tudo isso, o fato é que a bicicleta é usada como veículo de transporte por grande parte da população, mas poderia ser muito mais. Depende não apenas de um novo olhar, mas também de exigirmos que os projetos de mobilidade levem a bicicleta a sério. Aproveite e vote na enquete do blog: o que é preciso para melhorar a integração da bicicleta com o metrô.