Duas décadas da lombada eletrônica

 

Muitos não sabem, mas a lombada eletrônica nasceu em Curitiba e na segunda (20 de agosto) completou 20 anos. A invenção se deu por conta de um acidente de trânsito, provocado por uma lombada física, no início dos anos 1990. Os fundadores da empresa começaram a pensar em uma forma mais eficiente e menos abrupta de se reduzir a velocidade. Assim, chegaram ao primeiro modelo do dispositivo.

Em uma parceria com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), em 1992, foi possível instalar as primeiras lombadas eletrônicas na capital paranaense. A primeira delas foi implantada na Rua Francisco Derosso, 905, no bairro Xaxim. Ela continua no mesmo lugar, onde ainda funciona uma escola primária, que conta com esse mecanismo para reduzir a velocidade dos carros que trafegavam na via.

De lá para cá, a tecnologia, aprimoramento do equipamento e legislação geraram muitas histórias, bem como aprovação da comunidade. “Acompanhamos diversas manifestações de comunidades solicitando a instalação da lombada eletrônica em alguns locais, faixas agradecendo a implantação, cidadãos vigiando para que os equipamentos não fossem depredados e etc.”, conta Luiz Gustavo de Oliveira Campos, Diretor Comercial e de Marketing da Perkons, a empresa inventora da Lombada Eletrônica.

As lombadas eletrônicas são conhecidas pela eficácia na redução de mortes em acidentes de trânsito. Por ser mais ostensiva que outros dispositivos, apresenta índices de respeito a velocidade superiores a 99,9%. Segundo estudo do Ibmec-Rio (Estudo do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), realizado nas rodovias federais, esses equipamentos evitam cerca de três mortes e 34 acidentes por ano. O estudo, coordenado pela economista Daniela Ornelas, considerou os números de acidentes de 1996 (quando ainda não havia lombadas eletrônicas no Brasil) a 2005. As primeiras lombadas foram instaladas nas rodovias federais em 1999.

Mais informações sobre a fiscalização eletrônica no trânsito
– Levantamentos feitos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 2001, apontam que nos locais onde há equipamentos de controle de tráfego, o número de acidentes diminui em torno de 30% e o de mortes, 60%. Em alguns locais críticos em acidentes, o número de mortos chega a zero após a instalação de equipamentos de controle de velocidade.

– Pesquisa de opinião pública, encomendada pela antiga ABRAMCET – Associação Brasileira de Monitoramento e Controle Eletrônico de Trânsito e atual ABEETRANS – Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito, realizada em oito capitais brasileiras, aponta que 84% dos entrevistados aprovam o sistema de monitoramento eletrônico de trânsito implantado no país. Além deste dado, a pesquisa ainda apurou que 46% dos entrevistados pensam que, após a instalação dos radares eletrônicos, o número de acidentes reduziu; 30 % acreditam que a situação se manteve, 13% acreditam que o número de acidentes aumentou e 11% não opinaram ou não sabem. A margem de erro estimada é de 2,7 pontos percentuais para mais ou para menos.

– Estudo do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-Rio), realizado nas rodovias federais, comprova que a instalação de redutores eletrônicos de velocidade contribui para a redução do número de acidentes e mortes. De acordo com o estudo, só em 2004, a instalação de lombadas eletrônicas evitou 1.061 mortes e 12.370 acidentes nas rodovias federais brasileiras.

Com informações da Assessoria de Imprensa (via Portal do Trânsito)

One Reply to “Duas décadas da lombada eletrônica”

  1. Uma curiosidade que não se vê no dia a dia quando se fala em lombada eletrônica, no caso, a do tipo bandeira mostrada na imagem.
    Esse equipamento, conforme resolução específica, tem um raio de cobertura – até 300m. Todavia, alguém já viu nas vias onde este modelo se encontra alguma placa informando onde termina a monitoração, pois é fácil deduzir o começo pelas placas advertindo a existência do equipamento? Numa via onde há mão dupla, o termíno seria o começo do sentido contrário, mas quando os sentidos são separados citando a Agamenon?
    Hoje, com a advento do CONTRAN de não precisar de placa informando monitoração eletrônica desde que o equipamento esteja visível (quem não vê um equipamento grande como o do tipo bandeira?), determinar o raio de atuação que seria uma obrigação deixa de ser pertinente.
    Sobre as estatísticas, de fato, a redução é visível e benéfica.