Por
Tânia Passos
Se 2012 era para ser um ano estratégico para definir e emplacar obras estruturadoras de mobilidade e acabou não sendo o que se esperava, o ano de 2013 terá que caber tudo o que não se conseguiu avançar nesse. Até mesmo os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste, iniciados este ano, ainda parecem ter um longo caminho pela frente até ficarem prontos em 2014.
E já no primeiro semestre, o prefeito Geraldo Júlio deverá confirmar a opção pelos viadutos da Avenida Agamenon Magalhães. Nenhum outro projeto foi apresentado pelo poder público, até agora, para substituir os elevados e a avenida está no meio do caminho do Norte/Sul.
Também não emplacou em 2012, o projeto de navegabilidade. Mesmo sem a realização de um estudo de impacto para a dragagem do Rio Capibaribe, a pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o governo promete seguir com o projeto em 2013, amparado pela decisão da Agência Pernambucana de Recursos Hídricos (CPRH). Também no ano que se inicia, deveremos assistir a conclusão dos terminais integrados e do Ramal da Cidade da Copa.
E a expectativa é que entrem em operação os 15 novos trens do sistema Metrorec, que ajudarão a aumentar a capacidade dos terminais integrados. Outro que precisa tomar fôlego no próximo ano é o VLT que consegui ficar pronto em 2012, mas ainda opera parcialmente dividindo viagens com o trem a díesel na linha Cajueiro Seco/Cabo de Santo Agostinho.
O desafio de 2013 é executar os projetos na área de mobilidade e deixar no máximo alguns acabamentos para o primeiro semestre de 2014. É impensável imaginar que daqui a um ano estaremos escrevendo sobre o que não foi feito. Não temos mais tempo para isso, 2013 é agora ou nunca!
E já no primeiro semestre, o prefeito Geraldo Júlio deverá confirmar a opção pelos viadutos da Avenida Agamenon Magalhães. Se ele confirmar essa opção burra, só para agradar o governador o seu patrão, estará indo de encontro ao Crea, IAB/PE e CAU e todos os técnicos em mobilidade que são contra a construção desses famigerados viadutos que vai de vez travar já o caótico trânsito do Recife.
Silva,
o Geraldo disse que se for convencido tecnicamente que os elevados não são viáveis e estes seriam feitos na cidade, ele tentaria mudar a ideia do estado.
Bem, quando eu vi o projeto achei muito bom, só que esse bom só funcionaria se o tráfego no entorno também funcionar e aí mora o problema, pois primeiro teria que resolver este para os elevados passarem a ter alguma utilidade, do contrário, só serviriam para ter carro parado sobre eles e piorar os congestionamentos.
Eu diria que dos quatro elevados propostos, apenas o da Rui Barbosa teria utilidade se um casarão perto não o inviabilizasse. Esse elevado faria comunicação de uma via que tem um controle melhor de tráfego por ter sinais antes e o outro lado, Rua João Fernandes Vieira não tem os problemas de congestionamento das Ruas Paissandu, Joaquim Nabuco e da Hora/Rosa e Silva que tranquilamente chegam as pistas locais da Agamenon.
Outra, o trecho é pequeno não vendo problemas no BRT parar em sinal, até porque terá estações, então é só ter sinalização inteligente. Afetaria, talvez, linha expressa, mas se há faixa exclusiva, o tempo pode ser recuperado. Nem preciso dizer que no Leste-Oeste há cruzamentos em intervalos pequenos (Av. San Martin e R. Gregório Junior)e não fizeram elevados para tal, então por que um pequeno trecho da Agamenon eles são necessários, mas no Leste-Oeste não são sendo o mesmo problema?
Sobre os corredores, o Governo deixa lento porque quer. A primeira estação do Leste-Oeste, perto do Golf, já tem mais de uma ano e se encontra mais atrasada que a próx. ao Extra Supermercado. Ainda há outras que nem sairam do papel sem falar nos TIs das Perimetrais 3 e 4. Isso só em Recife. Em Camaragibe querem alargar a avenida principal derrubando mais de 80 imóveis e só recentemente começaram a falar valores. Até onde sei e posso especular, local onde ficaria o TI da Perimetral 3 não foi adiante, pois toda uma quadra seria derruba e aposto que problemas judiciais e altos valores pedidos por indenizações viraram grande problema, então partiram para o terreno do BB. Se uma quadra teria causados vários transtornos, que dirá vários imóveis incluindo comerciais em Camaragibe?
Lembro que a construção do túnel ao lado do Museu da Abolição também irá desapropriar imóveis.
Tem muita coisa para ser feita, coisas demoradas de serem executadas, que dependem da compreensão de terceiros e isso tudo agora com 1,5 ano para o evento. Se em um ano pouco foi feito, vão correr contra o tempo e isso pode implicar em serviço mal feito a exemplo do Rio de Janeiro com os seus corredores BRT onde alguns já aparecem buracos e pavimento afundando.
A solução para o corredor Norte/Sul que será implantado na Agamenon, é construir mergulhões nos principais cruzamentos daquela via. Para evitar que esses túneis exclusivos para os ônibus do TRO alaguem no período das chuvas é muito simples: Nas duas extremidades do canal do Derby, ou seja, junto às comportas devem ser instaladas bombas potentes. Quando o canal estiver cheio as comportas devem ser fechadas como é feito ate´hoje porém, as águas desse canal devem ser bombedadas de um lado para o rio Capibaribe, próximo ao Hospital Português e do outro lado para o rio Beberibe, próximo ao Tacaruna.
Essa tecnologia é aplicada com sucesso na Holanda e pode ser feito facilmente feita no Recife.