Hidrovias do Recife com dois ramais só devem ser entregues em 2017

Hidrovia cortando o Recife só deve ocorrer em 2015 Foto - Paulo Paiva DP/D.A.Press
Hidrovia com dois ramais  cortando o Recife só deve ocorrer em 2017, segundo o governo do estado. A obra estava prevista para 2014. Foto – Paulo Paiva DP/D.A.Press

As obras do projeto de navegabilidade dos rios Capibaribe e Beberibe no trecho urbano do Recife serão retomadas no segundo semestre de 2015. O novo cronograma das obras prevê um ano e meio para conclusão. Ou seja início de 2017.  De acordo com a Secretaria das Cidades, a retomada será possível após a aprovação dos projetos das estações pela Caixa Econômica Federal no início deste ano.

A Secid tem, no entanto, outro entrave: a relocação das palafitas de três comunidades que se encontram no trecho do ramal Oeste: Vila Brasil, Coelhos e Roque Santeiro. Esta, aliás, teria sido a principal razão para a interrupção da dragagem do rio por provocar instabilidade nas moradias.

De acordo com a Secid já foram dragados nove dos onze quilômetros do ramal Oeste. Segundo a secretária executiva de articulação, Ana Suassuna o próximo passo é remover as famílias. “Já existem soluções de habitações para as comunidades de Vila Brasil 1 e Coelhos. Ainda falta uma solução de auxílio-moradia para a comunidade de Roque Santeiro”, explicou a secretária.

A demora na análise dos projetos pela Caixa se deu, segundo ela, devido as alterações do local das estações. A estação do Derby que ficaria por trás do quartel da Polícia Militar foi transferida para as imediações do Memorial de Medicina. Já o galpão de manutenção previsto para ser instalado nas proximidades do metrô teve o projeto transferido para as imediações do Fórum Joana Bezerra. E a estação Recife ficará mais próxima da Ponte Velha (ferro).

Ao  mesmo tempo que as obras serão retomadas, será lançado também o edital de concessão do serviço, que inclui também a compra das embarcações pela empresa que vencer a licitação. “No caso das embarcações chegarem antes da conclusão da estação Recife, nós poderemos entrar em operação com as que já estiverem concluídas”, pontuou.

O projeto prevê dois ramais: Oeste e Sul. A rota Oeste com 11 quilômetros de extensão no trecho entre a BR-101 e a estação central do metrô Recife. E terá cinco estações integradas ao sistema público de transporte por ônibus ou metrô. Já o ramal Norte com 2,9 km de extensão foi desenhado com duas estações. A estação Correios, na Rua do Sol, e estação Olinda, em frente ao Shopping Tacaruna. “No caso do ramal Norte, ainda não tivemos aprovação da Marinha para a estação Tacaruna”, revelou.

Saiba Mais

Cronologia das obras do projeto Rios da Gente
Início das obras – 2012
Retomada prevista no 2º semestre de 2015
Cronograma de conclusão 1 ano e meio (início de 2017)

O projeto contempla
R$ 289 milhões é o valor do orçamento
5 estações da rota Oeste
2 estações da rota Norte
13 embarcações
300 mil passageiros por mês deverão ser transportados

Rota Oeste – 11km de extensão
Estação Dois Irmãos
Estação Santana
Estação Torre
Estação Derby (imediações do Memorial de Medicina)
Estação Recife (imediações da Ponte Velha)
Galpão de manutenção (nas imediações do Fórum Joana Bezerra)

Rota Norte – 2,9 km de extensão
Estação Correios
Estação Tacaruna (Falta aprovação da Marinha)

Fonte: Secretaria das Cidades

Obras da navegabilidade do Capibaribe serão retomadas

Obras do projeto do navegabilidade do Rio Capibaribe  Foto Julio Jacobina DP/D.A.Press
Obras do projeto do navegabilidade do Rio Capibaribe Foto Julio Jacobina DP/D.A.Press

Não será por causa da paralisação de uma semana que ficará comprometido o cronograma das obras do corredor de transporte fluvial do Rio Capibaribe, que teve as obras suspensas na última segunda-feira.

De acordo com a Secretaria das Cidades, caso se confirme o repasse dos recursos pelo governo federal até amanhã, a obra manterá a previsão de entrega para setembro deste ano. Mesmo não estando na matriz das obras da Copa, a navegabilidade do rio é um dos trunfos do governo para melhorar a mobilidade de quem optar em fazer o deslocamento pelo corredor fluvial, principalmente o do ramal Oeste.

O alerta do atraso no cronograma das obras partiu do próprio governo do estado, que não viu chegar a liberação dos recursos. Na última segunda-feira, o governador Eduardo Campos ligou para o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e recebeu dele a notícia de que o dinheiro seria repassado até amanhã. Para garantir o andamento dos trâmites na liberação dos recursos, o secretário das Cidades, Danilo Cabral, viajou ontem à Brasília e teve a confirmação do secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Júlio Eduardo, de que o projeto de navegabilidade está com os recursos garantidos.

“A nossa expectativa é que sejam liberados os recursos para cobrir os serviços já executados pela empresa. Caso se confirme, as obras devem ser retomadas na próxima segunda-feira”, revelou o secretário. Dos 910 mil metros cúbicos a serem dragados nos dois ramais do rio, 410 mil, referentes ao trecho Oeste, já foram executados. Segundo o secretário Danilo Cabral, o serviço corresponde a R$ 46 milhões. Desse valor, R$ 30 milhões já haviam sido aprovados na Caixa Econômica e o restante ainda estava em análise.

As obras de dragagem dos dois ramais Oeste e Norte estão orçados em R$ 100 milhões, sendo R$ 25 milhões de contrapartida do estado e R$ 75 milhões do governo federal. Já as estações orçadas em R$ 91 milhões ainda não tiveram os recursos liberados. “A empresa chegou a iniciar algumas obras para a construção das estações, mas na expectativa da liberação do dinheiro o que ainda não aconteceu”, revelou Danilo.

A rota Oeste terá 11 quilômetros de extensão e compreende o trecho entre a BR-101 e a estação central do metrô Recife. O percurso conta com cinco estações. Já o ramal Norte terá duas estações: Estação dos Correios na Rua do Sol e Estação Olinda, em frente ao Shopping Tacaruna. O ramal Norte terá 2,5 km.

 

Audiência pública vai definir modelo de gestão de navegação do Rio Capibaribe

Rio Capibaribe - Foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Rio Capibaribe – Foto – Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

A Secretaria das Cidades e o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano realizam audiência pública nesta terça-feira para apresentar o modelo de gestão do sistema de transporte hidroviário sobre o Rio Capibaribe.

Definir o modelo de gestão para a navegabilidade, incluirá, por exemplo, o modelo de exploração das duas linhas: Oeste e Norte. Na mesma lógica que foi pensada para a licitação das linhas de ônibus, cuja licitação ainda não foi concluída. Agora imagine que se a licitação dos ônibus,  onde existem empresas que já exploram o serviço há décadas, não está sendo fácil, que dirá o modelo de navegação onde não há expertise local.

Na verdade, o sistema de transporte hidroviário que será implantado no Recife, integrado ao transporte público, é pioneiro e qualquer modelo de gestão servirá de experiência, daí a importância da audiência pública.

O evento acontecerá nesta terça-feira às 15h, na sede da secretaria Estadual das Cidades, rua Gervásio Pires, 399, na Boa Vista e será apresentado pelo secretário das Cidades, Danilo Cabral, pelo presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT), Nelson Menezes, e pelos técnicos das duas instituições.

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As estações do projeto de navegabilidade do Recife

Navegabilidade do Capibaribe entrará em nova etapa

Rio Capibaribe Foto - Gil Vicente DP/D.A.Press

Começa hoje mais uma etapa para o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe. O edital de licitação para contratar a empresa que irá construir as futuras estações de embarque e desembarque foi publicado hoje no Diario Oficial do Estado.A empresa que vencer a licitação também irá cuidar de toda a sinalização náutica.  A previsão é que a empresa inicie os trabalhos em 90 dias.

Também estão sendo feitos os serviços de dragagem ao longo do corredor por onde irão passar as embarcações. De acordo com o secretário das Cidades, Danilo Cabral, a previsão é que em julho estejam sendo construídas as estações. A expectativa é que em julho estejam sendo construídas as estações. Antes disso, em maio, serão escolhidos os tipos de embarcações que serão utilizadas.

O programa prevê a integração da navegabilidade.A calha do Rio Capibaribe será utilizada como rota para o transporte público, promovendo a integração do uso das embarcações com o sistema de ônibus e de metrô, onde o usuário pagará uma única passagem. As estações também vão oferecer bicicletários.

Cerca de 335 mil usuários deverão ser atendidos pelo sistema de navegação, que será composto por duas rotas: Norte e Oeste, totalizando 13,9 km. O trajeto contará com sete estações climatizadas, que terão ainda acessibilidade plena, guichês para emissão dos bilhetes e estacionamento para quem quiser deixar o carro para fugir dos congestionamentos e pegar o barco. Todo o projeto está orçado em R$ 289 milhões. Os recursos são do governo federal, por meio do PAC da Mobilidade.

2013 é agora ou nunca!

Por

Tânia Passos

Se 2012 era para ser um ano estratégico para definir e emplacar obras estruturadoras de mobilidade e acabou não sendo o que se esperava, o ano de 2013 terá que caber tudo o que não se conseguiu avançar nesse. Até mesmo os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste, iniciados este ano, ainda parecem ter um longo caminho pela frente até ficarem prontos em 2014.

E já no primeiro semestre, o prefeito Geraldo Júlio deverá confirmar a opção pelos viadutos da Avenida Agamenon Magalhães. Nenhum outro projeto foi apresentado pelo poder público, até agora, para substituir os elevados e a avenida está no meio do caminho do Norte/Sul.

Também não emplacou em 2012, o projeto de navegabilidade. Mesmo sem a realização de um estudo de impacto para a dragagem do Rio Capibaribe, a pedido do Ministério  Público de Pernambuco (MPPE), o governo promete seguir com o projeto em 2013, amparado pela decisão da Agência Pernambucana de Recursos Hídricos (CPRH). Também no ano que se inicia, deveremos assistir a conclusão dos terminais integrados e do Ramal da Cidade da Copa.

E a expectativa é que entrem em operação os 15 novos trens do sistema Metrorec, que ajudarão a aumentar a capacidade dos terminais integrados. Outro que precisa tomar fôlego no próximo ano é o VLT que consegui ficar pronto em 2012, mas ainda opera parcialmente dividindo viagens com o trem a díesel na linha Cajueiro Seco/Cabo de Santo Agostinho.

O desafio de 2013 é executar os projetos na área de mobilidade e deixar no máximo alguns acabamentos para o primeiro semestre de 2014. É impensável imaginar que daqui a um ano estaremos escrevendo sobre o que não foi feito. Não temos mais tempo para isso, 2013 é agora ou nunca!

Navegabiliadade em risco

 

Por

Tânia Passos

Quando o governo do estado anunciou a aprovação do projeto de navegabilidade dos rios Capibaribe e Beberibe, dentro do PAC Mobilidade, parecia, enfim, que a opção hidroviária finalmente iria ser incorporada como modelo de transporte público no Recife. Mas o projeto corre o risco de não acontecer por causa de uma “barbeiragem” da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), que considerou suficiente o estudo de impacto para a construção das estações e o plano de controle ambiental apresentado pela Secretaria das Cidades. A CPRH só não contava que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), cumprindo o seu papel, exigisse também um estudo de impacto ambiental da própria dragagem, afinal o rio é a parte mais importante nessa equação. O resultado disso é que o governo está agora com um pepino nas mãos.

Tem um projeto pronto, recursos disponíveis e de mãos atadas para começar as obras de dragagem. A expectativa era que o rio estivesse navegável até junho de 2014, mas agora tudo é uma incerteza. O governo tem dois caminhos: insistir que o plano de controle ambiental já é suficiente, como supõe a CPRH, ou fazer o dever de casa e contratar um estudo de impacto da dragagem. Hoje a CPRH deverá se posicionar em relação à recomendação do MPPE. Tudo indica que o órgão ambiental será contra o posicionamento do MPPE e dará licença para as obras começarem. Na prática, isso não encerra a questão. O MPPE pode entrar com uma ação pedindo a suspensão da dragagem e essa novela poderá se estender por muito mais tempo. Quem perde somos todos nós!

 

Fonte: Coluna Mobilidade Urbana (Diario de Pernambuco)

Navegar é preciso

 

Por

Tânia Passos

Há ainda um certo ceticismo em relação a implantação e até eficácia do projeto de navegabilidade do governo do estado, que irá atender o eixo Oeste, com 11 quilômetros, entre a BR-101 e a estação do metrô Recife, e parte do eixo Norte. O projeto foi incluíndo no PAC da Mobilidade e o relatório de impacto ambiental está em análise na Agência Estadual de Recursos Hídricos (CPRH). O prazo de implantação do projeto é até 2016, mas há uma expectativa que ele saia até a Copa.

Na verdade, o que pretendo chamar atenção não é se o projeto sairá ou não do papel. Acredito que sim. O que chamo atenção é da importância de se incorporar a cultura da navegabilidade numa cidade que é naturalmente cercada por rios. Se o modal terá condições de concorrer com os carros ou ônibus, isso só o tempo dirá. A estimativa é de 65 mil passageiros por dia no eixo Oeste. O transporte fluvial é uma ferramenta a mais de deslocamento. Da mesma forma que devemos apostar também nas ciclovias e nas calçadas. Quanto mais opção de modal melhor.

Recentemente escutei em um seminário sobre mobilidade um questionamento se o projeto Navega Recife terá uma operação eficiente. Foi questionado, por exemplo, o tempo para fazer o embarque e desembarque dos passageiros nas cinco estações fluviais, uma vez que a viagem só prossegue com todos os passageiros sentados e com equipamentos de segurança. É provável que isso acabe impactando no tempo total do percurso, ainda mais quando não se existe ainda a cultura da navegação.

Mas é também uma questão de escolha. Se o usuário do carro ou ônibus prefere perder tempo no meio do congestionamento da Avenida Rui Barbosa, por exemplo, onde o rio será uma paralela da via, será uma opção. O rio, no entanto, irá oferecer outros atrativos como a paisagem maravilhosa, a tranquilidade de uma viagem, sem congestionamento, e ainda a possibilidade de olhar a cidade sobre um prisma até então esquecido. Navegar será preciso sim, seja como forma de deslocamento, integrado com outros modais, mas principalmente para se criar, enfim, uma cultura de transporte fluvial na cidade.

 

Fonte: Diario de Pernambuco

Vídeo mostra o formato final da navegabilidade do Capibaribe

A assinatura do edital da dragagem do Rio Capibaribe é o primeiro passo para implantação do projeto. O cronograma prevê o início da dragagem no mês de outubro com 18 meses para ser concluída e em janeiro de 2013 a licitação das estações de embarque com 15 meses para execução. Se tudo correr de acordo com o cronograma, teremos o rio navegável em 2014. veja o vídeo institucional com os dois ramais que serão atendidos no PAC Mobilidade: Oeste e Norte.

E a navegabilidade no Recife dá os primeiros passos

O projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe dá nesta quarta-feira o primeiro passo. Esta tarde, o governador Eduardo Campos assina o edital para dar início às obras de dragagem. A solenidade está marcada para as 16h, no auditório Tabocas do Centro de Convenções, onde funciona provisoriamente a sede do governo do estado.
O objetivo é tornar o rio navegável após a remoção de lixo, escombros de antigas construções e de parte da vegetação. A primeira fase das obras vai começar no bairro de Casa Forte, seguindo até Apipucos. Ao todo, serão dragados 17 quilômetros do rio, das proximidades da BR-101, passando pelos bairros do Parque Santana (Casa Forte/Poço da Panela), Torre, Derby, área central do Recife e Tacaruna (divisa entre Recife e Olinda).

A ação faz parte do programa Rios da Gente, orçado em R$ 289 milhões, para proporcionar a navegabilidade de 13,9 km do Rio Capibaribe por meio de embarcações adequadas ao transporte de massa. Serão duas rotas: a Oeste, com 11 km de extensão, que vai da BR-101 ao centro do Recife e a Norte, com 2,9 km de extensão, do centro do Recife até Olinda, nas proximidades do Shopping Tacaruna.

O edital de licitação será publicado no Diário Oficial e nos jornais de grande circulação na edução desta quinta-feira e os trabalhos serão coordenados pela Secretaria das Cidades.

As estações do projeto de navegabilidade do Recife

O vídeo mostra como será o projeto de navegabilidade do Recife e a integração dos barcos com o metrô e os ônibus com uma única passagem. Dos três corredores previstos e que são mostrados no vídeo, apenas dois foram contemplados: Oeste e Norte. O corredor Sul, que tem um apelo principalmente turístico ficou de fora do Pac Mobilidade. Mesmo assim, o projeto irá trazer um novo panorama na concepção do transporte público no Recife.