No arquivo de imagens do Museu da Cidade do Recife, uma chama atenção. A diretora do Museu, Betânia Corrêa mostra o registro feito do primeiro carro que desembarcou no Porto do Recife. A imagem não tem autoria e tampouco o ano. Mas estima-se que o fato tenha ocorrido por volta da década de 1920 ou 1930. “A nossa proposta é montar uma equipe multidisciplinar para buscar informações a respeito das imagens contidas no acervo”, revelou a diretora.
Nesta outra foto, também do acervo do museu há a imagem de um agente de trânsito em cima de um tablado bem no meio da Avenida Guararapes. A foto de autoria de Alexandre Berzin é da década de 1940 e já revela uma quantidade razoável de carros na via, embora ainda pudessem contados nos dedos. Embora o trânsito do Recife só tenha sido municipalizado em 2003, já havia a preocupação do ordenamento do trânsito 63 anos antes.
O CROWDBUS é uma plataforma Web e Mobile, que tem como objetivo demonstrar, através da experiência dos usuários de transporte público coletivo, a forma mais eficiente de melhorar a mobilidade urbana no Recife, no Brasil e no Mundo. Vamos permitir que os usuários ajudem a melhorar a qualidade dos serviços prestados pelas empresas de ônibus.
As pessoas poderão compartilhar informações de mudanças que ocorram nas paradas, itinerários, ou ainda questionar onde está meu ônibus? Também será possível curtir seu ônibus favorito. O aplicativo permitirá ao usuário fazer novas amizades e trocar informações.Dessa forma, será possível fortalecer a cidadania. O usuário também vai funcionar como um GPS para os ônibus, a medida que fornecerá informações quanto à sua localização.
As nossas informações serão base para tomada de decisão das empresas, assim elas terão obrigação em melhorar a qualidade do serviço. Nessa lógica, onde podemos apontar os bons e maus serviços criaremos nosso próprio ranking. Melhor serviço significa atrair mais usuários do carro para o transporte público.
As pessoas com deficiência visual também poderão usar o aplicativo para pesquisar os ônibus e os pontos de paradas falando o destino e pedindo a sua localização. O sistema indicará a localização e responderá através da voz inteligente os pontos de paradas mais próximos do usuário e quais os ônibus que passam nos pontos.
A distância dos ônibus para o ponto de parada será calculada pela geolocalização do usuário e será acompanhada em tempo real pela aplicação que continuará informando cada ponto do percurso.
A ideia do aplicativo surgiu após pesquisas em sites, entrevistas com usuários, motoristas, cobradores e fiscais, onde constatamos enormes falhas na operação. Um dos maiores entraves é a quase inexistente comunicação cliente/empresa. E quando ocorre é atrasada, o que atrapalha a correção dos problemas em tempo hábil.
Queremos aproximar o usuário do prestador de serviço, mostrando a visão do usuário para o empresario e o poder público, assim criamos um canal de comunicação mais rápido e eficiente. O Governador Eduardo Campos em sua fala no programa de lançamento da sua candidatura disse: ” O Governo precisa ouvir o povo. Governo que não ouve o povo está dando às costas para ele.” Nossa solução abre uma comunicação com o governo para dar opiniões, sugestões e reclamações. A proposta é gerar interatividade entre cliente e empresa, seja pública ou privada.
No mês de junho, quando o Recife estará sediando alguns jogos da Copa do Mundo, a expectativa é que sete linhas estejam sendo operadas: Camaragibe/Derby, Camaragibe/ Conde da Boa Vista, Caxangá/ Boa Viats, 4ª Perimetral/ Joana Bezerra, 4ª Perimetral/Conde da Boa Vista, 3ª Perimetral/Derby e 3ª Perimetral/Conde da Boa Vista. Ao tod deverão ser utilizados 95 ônibus para este ramal.
Em junho também deve ser iniciado o projeto piloto de monitoramento operacional (Simob), utilizando painés de led para monitorar o tráfego. Já o Corredor Norte/Sul vai entrar em operação com testes no dia 22 de abril e com passageiros no dia 23 de maio. No dia 24 de maio começa a funcionar com passageiros a linha PE-15/Dantas Barreto. A meta é começar a operar totalmente em setembro, com 84 veículos.
Os anúncios foram feitos na manhã desta quinta-feira pelo presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Nelson Menezes, durante viagem de demonstração para a imprensa do BRT nos ramais Norte/Sul e Leste/Oeste. O percurso teve início às 7h na Estação 1 da Avenida Caxangá, sentido cidade/subúrbio, próximo às obras do Túnel da Abolição. Na noite de hoje serão realizados os testes práticos, sem a presença de passageiros, realizando o mesmo itinerário.
Medida, que envolve a responsabilidade das prefeituras sobre gestão e fiscalização de trânsito, está prevista no Código de Trânsito Brasileiro, publicado em 1998
Em dezesseis anos, cerca de 25% dos municípios brasileiros assumiram a gestão e a fiscalização do trânsito. A medida, prevista no Código de Trânsito Brasileiro, publicado em 1998, foi implementada por aproximadamente 1,4 mil das mais de 5,5 mil prefeituras. Nas demais, a responsabilidade permanece nas mãos dos estados.
Conforme o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), como não foi fixado um prazo para a implementação da medida e integração dos municípios ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), este processo está ocorrendo de forma gradual. De acordo com a legislação, mesmo os municípios de pequeno porte devem assumir a gestão do trânsito. Isso envolve, por exemplo, a definição da política de uso do solo, circulação de veículos e pedestres, sinalização, regulamentação de estacionamentos e paradas e gestão da segurança viária.
“A municipalização do trânsito torna possível atender de forma direta às necessidades do cidadão. O trânsito é dinâmico e sofre influência das mudanças do meio”, explica a especialista em trânsito da Perkons, empresa de soluções em segurança viária e mobilidade urbana, Maria Amélia Marques Franco. Segundo ela, “é preciso que a administração municipal volte o olhar para como as pessoas se deslocam, do que elas precisam para ir e vir com segurança, acessibilidade e fluidez e administrar os recursos para esse fim”.
Andar de ônibus por uma questão de escolha é mais comum do que se pensa. E uma decisão ecologicamente sustentável. No Brasil, o transporte público sempre esteve associado à baixa renda. Talvez isso explique a polêmica nas redes sociais com a imagem da atriz Lucélia Santos em um ônibus no Rio de Janeiro.
O tamanho do espanto é proporcional à cultura que foi criada em prol do carro. Tanto do ponto de vista social, quanto em relação às políticas de investimento voltadas para o transporte individual nos últimos 40 anos. A cada mês mais de 2,3 mil veículos são registrados no Recife. A cidade tem hoje uma frota de 641 mil carros. Mas há os que preferem fazer o caminho inverso, assim como Lucélia. Enquanto isso, dois milhões de usuários fazem uso de três mil coletivos que circulam no Grande Recife diariamente.
O Diario vai contar a história de três pessoas que fazem os deslocamentos de ônibus por opção. A funcionária pública Moriseta Maria Ferreira da Silva, 64 anos, não pensa duas vezes na hora de deixar o carrona garagemdoprédio onde mora na Avenida Rosa e Silva e caminhar até a Avenida Rui Barbosa para pegar o ônibus e ir trabalhar, no Fórum Joana Bezerra. “Não aguento o estresse do trânsito e o ônibus me deixa na frente do trabalho. É muito mais prático e não sou eu quem está dirigindo”, argumentou.
O assessor parlamentar Felipe Moura, 36, mora na Rua 48, no bairro do Espinheiro, e trabalha na Assembleia Legislativa. O carro deixou de ser uma opção há muito tempo. Ele conta que na rua onde mora passam várias linhas de ônibus na porta do prédio e ele desce a poucos metros de onde trabalha. “Acho muito complicado ter um carro hoje em dia. O trânsito é horrível e ainda teria que me preocupar com estacionamento”.
O espanhol Isidoro Castellanos, diretor do Instituto Cervantes, veio morar no Recife há um ano. Ele já tinha o hábito de usar o transporte público em seu país e aqui também optou pelo ônibus. Ele mora em Boa Viagem e trabalha na Avenida Agamenon Magalhães. “Quantomenos carros,melhor para a cidade. E onde eu moro é bem servido de ônibus. Às vezes, a viagem demora mais por causa do engarrafamento, mas seria difícil também se fosse de carro”, apontou.
Migração
Especialista em mobilidade urbana, oengenheiroGermanoTravassos sempre que pode também usa o ônibus. Segundo ele, se 20% da demanda do automóvel migrasse para o transporte público acabaria com a maioria dos congestionamentos. “Um requisito básico é que as demandas sejam atendidas, mas há ainda no Brasil uma segregação social muito forte, que cria uma barreira para que as classes mais altas migrem para o transporte público”, ressaltou. Também especialista em mobilidade, o engenheiro César Cavalcanti é usuário de ônibus. “Eu vou e volto do trabalho de ônibus”, revelou Cavalcanti.
Disponibilizar mais espaço para as pessoas e menos para o carro faz parte de uma nova concepção de cidade sustentável, que vem revolucionando cidades em todo o mundo. Ruas que antes eram entupidas por carros e se transformaram em espaços de convivência com mais qualidade de vida para as pessoas.
Foi assim em San Francisco e Portland, nos Estados Unidos; Madri, na Espanha; Seul, na Coreia do Sul, entre outros. Mas temos exemplos também no Brasil. Na área portuária do Rio de Janeiro, o antigo viaduto da perimetral foi destruído para dar lugar à urbanização do espaço com o projeto Porto Maravilha e uma área antes degradada promete levar as pessoas de volta às ruas. São Paulo também já dispõe de uma proposta semelhante com o projeto Casa Paulista.
O fato é que todos esses exemplos revelam o antes e o depois e remetem a mudanças difíceis de se imaginar para quem só enxerga carro na frente. Além disso, há uma pergunta inevitável: para onde foram todos eles?A verdade é que as cidades que se voltam para as pessoas têm seus caminhos renovados e outras formas de deslocamento se tornam possíveis.
Espaços contemplados com árvores, calçadões, ciclovias, praças ou cafés podem ter distâncias percorridas sem muito esforço e o carro dificilmente fará falta. No lugar dele, transportes coletivos compatíveis com o lugar a exemplo do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), que se adapta perfeitamente às vias urbanas. No Recife, o conceito de cidade para as pessoas começa a ter exemplos práticos como a proibição de circulação de carros na Rua Marquês de Olinda, no Bairro do Recife.
Há um ano, o bairro já vinha sendo destinado para atividades de lazer, esporte, arte e cultura. É um avanço, assim como as ciclofaixas de lazer. Mas já está na hora de olhar a cidade não apenas em situações pontuais de lazer, mas com mudanças no seu cotidiano de forma permanente.
Sejam em vias existentes ou a serem implantadas. Não por acaso, o projeto de uma nova via na Beira-Rio, causou indignação nas redes sociais de movimentos que defendem uma cidade voltada para as pessoas. O trecho a ser recuperado pelo município nas margens do rio será contemplado com calçadão e ciclovia, mas ninguém pensou que ela simplesmente poderia prescindir de carro.
Às margens do rio, o projeto pode ser uma ótima oportunidade de mudar um paradigma e trazer novos horizontes na forma de olhar a cidade, dentro da perspectiva do parque linear do Capibaribe. Quem vai sentir falta dos carros?
A Ameciclo e os seus associados lamentam profundamente a morte de mais dois ciclistas na capital pernambucana. Kléber Cristiano Cavalcanti morreu neste sábado, 22 de março, atropelado por um automóvel na Avenida Recife por volta de meia noite. José Ferreira da Silva morreu às 17h40 de terça-feira, 25 de março, atropelado por um ônibus no Pina. Ambos queriam chegar em casa e encontrar suas famílias, mas não conseguiram.
O trânsito tem assassinado mais de 600 pessoas ao ano no Recife, número equivalente ao de homicídios por armas de fogo na capital, segundo os dados compilados pelo Observatório do Recife (ano 2011). No entanto, pouco tem sido feito para mudar essa realidade. A política adaptou seu discurso, mas não suas ações. Ainda é priorizado o tráfego motorizado e suas altas velocidades em detrimento da segurança e da vida das pessoas.
Os orientadores de trânsito estão preocupados com que os motoristas parem e avancem nos semáforos e não são posicionados próximos às faixas de pedestres, educando o motorista para o respeito quanto a eles; as campanhas de educação indicam uma simetria irreal entre ciclistas e motoristas, desprezando o que diz o Código de Trânsito Brasileiro, que diz que os maiores devem proteger os menores;
As ações que são colocadas sobre a alcunha de “mobilidade” incluem até aquelas que só oferecem mais espaço para os carros. Coincidentemente, o ciclista morto no Pina trabalhava em um delas, a Via Mangue, e voltava para seu alojamento pelo caminho mais curto que lhe é permitido, já que a infraestutura da cidade é pensada na totalidade para os veículos automotores.
A Companhia de Trânsito e Tráfego Urbano (CTTU) apenas se preocupa com o fluxo de veículos, deslocando diversos agentes quando acontece uma colisão fatal para reorientar o trânsito, mas não há uma preocupação prévia para evitar essas mortes. A CTTU não tem como meta a redução de mortes no trânsito, se preocupando apenas com a aceleração do fluxo mortorizado. Mostra-se totalmente ineficaz a sua Central de Atendimento, sendo recorrentes as reclamações dos pedestres nos jornais de grande circulação e redes sociais contra a Companhia.
Seguindo a política local, reportagens na imprensa noticiam com maior ênfase o engarrafamento decorrente das colisões (que na verdade são reflexo direto da quantidade de carros e não das ocorrências) do que a perda de mais e mais vidas no trânsito. Além disso, matérias irresponsáveis, como a da Folha de Pernambuco, escrita pelo jornalista Rodrigo Passos, publicada na edição do dia 23/03/2014, imputa irresponsavelmente à vítima a culpa por suas mortes. Descrevem como um conflito a convivência entre modais motorizados e de tração humana, quando o que acontece é uma chacina.
Enquanto a sociedade pernambucana e os gestores públicos não acordarem para esse cenário, as mortes no trânsito ainda serão tratadas como “acidentes” e o engarrafamento será o maior de seus reflexos noticiados pela imprensa; enquanto as ações da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado forem diferentes de seu discurso e continuar apontando problemas no fluxo dos motorizados para não implantar as soluções de segurança para pedestres e ciclistas, teremos uma cidade que mata seus cidadãos; enquanto não mudarmos, continuaremos morrendo na contramão, atrapalhando o tráfego. E neste cenário, fica difícil a cidade ser para as pessoas, como é veiculado pela gestãomunicipal.
Polegar apontado para o alto, braços estendidos, pés e horas na estrada. É assim ainda mas, agora, pegar carona ficou fácil e mais seguro. Aplicativos criativos e úteis estão saindo do forno dos inventores e simplificando a vida de caroneiros e motoristas. Mas as benesses dessa troca vão além da companhia, pois dá até para economizar um troco.
E aproveitando o slogan “imagine na copa”, pode servir até aos turistas, caso as pessoas vençam a desconfiança e adotem essa possibilidade de transporte. Apps, como o WeGo, podem ajudar nesse projeto. Os criadores dessa ferramenta estimam uma economia de, no mínimo, 40% nos gastos com transporte na adoção do carro compartilhado. Apesar do medo, é preciso conhecer o sistema, que oferece um mínimo de segurança para os adeptos. Vale arriscar?
Os apps são recomendados para pessoas que querem compartilhar a viagem de carro. A iniciativa vale para aliviar o trânsito, mas também fazer novos amigos para encarar a hora do rush. A segurança é uma preocupação constante entre os caroneiros, afinal é difícil saber as intenções do motorista que abre a porta.
Mas como a ideia das novas tecnologias é facilitar nossa rotina, as empresas criaram um sistema onde passageiro e motorista são avaliados. Assim, é possível escolher com quem você irá viajar de acordo com reputação dos candidatos. Também é feita uma análise dos cadastros.
Na Europa, os aplicativos de carona já são muito populares. Existem também páginas do Facebook que usam o mesmo esquema para oferecer carona universitária, como descreve a estudante Vanessa Eufrásio. “Na verdade isso não é novo por aqui, só existe sem a ajuda dos apps. Pago em torno de R$ 20 pra percorrer cerca de 200km.
Sai barato pra todo mundo além das amizades que faço com a galera. Pego carona faz dois anos e até hoje nunca tive nenhum problema, mesmo não conhecendo os caroneiros. As ofertas e pedidos de caronas são feitos através de um grupo de email e/ou Facebook”, comentou.
Como funciona
A maioria dos apps são gratuitos. É preciso fazer o download e se cadastrar. Geralmente quem dirige e quer oferecer uma vaga, cadastra o destino, hora de saída e chegada, além de uma sugestão de “doação” para as despesas da viagem. Quem busca a carona, encontra os carros disponíveis para a data e o destino desejado e contribui com o valor, o que pode ser feito com cartão de crédito por meio dos apps.
Saiba mais
Conheça os apps
Zaznu ( “partiu” em hebraico)
App estreou com mais de 6 mil motoristas interessados em dar caronas. É preciso preencher uma ficha, que será avaliada pela equipe, que saberá se candidato tem passagens pela polícia. A página do Facebook será checada. Uma atualização pretende unir passageiros e motoristas com gostos afins.
Wego
O aplicativo também controla os pagamentos que você fez ou recebeu e ajuda a organizar as contas com o transporte no final do mês.
Karona
Gratuito, o sistema funciona em todo Brasil, sugerindo candidatos para uma tomada de decisão mais segura de acordo com a reputação de cada usuário. Você também pode refinar suas buscas, através de filtros como idade, estado civil, sexo, fumante e até entrar em contato com os usuários.
Unicaronas
Iniciativa de dois ex-estudantes da Unicamp para ajudar os alunos. Facilita a comunicação entre estudantes que estão procurando caronas com aquelas que estão oferecendo. Pernambucanos: inspirem-se.
Sim. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê multa para o pedestre que desobedecer algumas determinações. De acordo com o Artigo 254, aquele que não atravessar a via na faixa, passarela ou passagem subterrânea pode ser multado. A legislação ainda estabelece que é proibido permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido. Também é passível de multa o pedestre que atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim.
Mas é importante salientar que o pedestre sempre terá prioridade sobre os veículos, mesmo que não haja semáforo em uma faixa destinada à travessia. Havendo semáforo, a cor da luz determina a prioridade. Mas, se o sinal muda antes do fim da travessia, os motoristas devem aguardar que o pedestre conclua a passagem. A penalidade prevista para quem cometer uma dessas situações descritas é a aplicação de uma multa de 50% do valor de uma infração de natureza leve.
No entanto, as autoridades competentes nunca encontraram uma maneira para colocar isso em prática. A legislação prevê a punição para o pedestre infrator, mas a lei não é regulamentada. Há uma dificuldade dos agentes de trânsito formalizarem uma notificação para o cidadão que cometa uma infração. Segundo o Artigo 267 do CTB, a penalidade ao pedestre também pode ser convertida em advertência, sendo ela transformada na participação do infrator em cursos de segurança viária, depois de análise a critério da autoridade de trânsito.
O Sistema de Transporte Rápido por Ônibus da Região Metropolitana do Recife, também conhecido como BRT (Bus Rapid Transit) ganhou nome próprio: Via Livre. A logomarca nas cores azul, vermelha e verde reproduz as cores do Sistema Estrutural Integrado (SEI). O nome traz em si uma das principais características do sistema BRT, de ter uma via livre para o ônibus passar. No caso dos dois corredores de transporte da RMR: Leste/Oeste e Norte/Sul, irão compartilhar o corredor com ônibus convencionais e em alguns trechos o sistema irá se integrar ao tráfego misto, no caso do centro do Recife. Não se pode dizer que a via ficará inteiramente livre para o ônibus, mas é, sem dúvida, um avanço importante para o sistema de transporte público de passageiros. A expectativa é que os testes comecem no dia 4 de abril em um trecho do Leste/Oeste. Somente em maio, todo o sistema deverá operar, segundo o cronograma da Secretaria das Cidades.
Curitiba – RIT (Rede de Transporte Integrada)
O Sistema Integrado de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana garante a integração físico-tarifária de 14 municípios da Grande Curitiba. Sua estrutura define a RIT – Rede Integrada de Transporte. Para dar prioridade ao transporte coletivo, a RIT conta com 81 km de canaletas exclusivas, garantindo a circulação viária do transporte coletivo. As linhas da RIT são caracterizadas por cores e capacidade dos veículos.
Belo Horizonte ( Move)
Este ano o BRT MOVE vai operar nas avenidas Antônio Carlos, Pedro I, Vilarinho e na Cristiano Machado, beneficiando 700 mil pessoas diariamente. Na Área Central, o BRT MOVE vai circular nas avenidas Paraná e Santos Dumont. A implantação do BRT está sendo feita em etapas. A segunda fase prevê o início da operação da estação Pampulha, no corredor Antônio Carlos Pedro I. Na última etapa começam a circular os ônibus do MOVE nas estações Vilarinho e Venda Nova. Quando o sistema inteiro estiver funcionando o BRT vai transportar mais de 900 mil passageiros por dia.
Bogotá (Transmilênio)
A rede do TransMilenio está inspirada na Rede Integrada de Transporte de Curitiba, mas com algumas melhorias que permitiram ao TransMilenio contar com uma capacidade de carregamento de passageiros superior à de Curitiba. A principal melhoria é que os ônibus transitam por canaleta segregada, sem cruzamentos em nível, com duas faixas em cada direção, permitindo assim ultrapassagem entre os veículoso que possibilitou a operação de linhas expressas na faixa adicional, conseguindo atingir velocidades de operação maiores que as de Curitiba.