A Secretaria das Cidades confirma a entrega do corredor Norte/Sul para maio deste ano. Mas nem tudo o que foi idealizado para o corredor de BRT deverá se confirmar em maio. Além de obras que vão continuar pendentes, entre elas 10 estações, urbanização da PE-15 e ampliação de três terminais: Igarassu, Pelópidas e PE-15, previstos no projeto original, o sistema denominado de Via Livre, opera de forma limitada em razão das invasões na faixa exclusiva e congestionamento no tráfego misto. A maior velocidade desenvolvida no corredor é de 34km/h, mas cai para 4km/h na Avenida Cruz Cabugá.
O congestionamento coloca em risco a principal característica do sistema: a regularidade.A faixa exclusiva para o BRT na Cabugá, também prevista, ainda não é uma certeza.O sistema opera atualmente com 13 estações, das 26 previstas no atual projeto. Antes a previsão era de 33 estações. O Norte/Sul transporta, atualmente, uma média de 25 mil pessoas por dia, o que corresponde a 14% dos 180 mil passageiros estimados pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano para o trecho do corredor.
Ele também não contará, por enquanto, com a integração no Terminal de Igarassu. E assim como ocorreu em Camaragibe, no corredor Leste/Oeste, a cidade só deverá assistir o BRT passar por ela. O terminal de Igarassu não comporta um ônibus do porte do sistema e haverá apenas uma estação a cinco quilômetros do terminal e nada mais.
Não é muito diferente de Abreu e Lima, apesar do terminal da cidade está previsto para ser entregue em maio, ele está localizado no cruzamento da BR-101, distante do centro e a única estação do município fica bem em frente ao terminal. Outro problema em Abreu e Lima é que a faixa que deveria ser exclusiva para o transporte público é constantemente invadida pelo tráfego comum.
“Não há nenhum tipo de fiscalização. A faixa do ônibus fica engarrafada com o trânsito local. O melhor trecho é o de Paulista, onde há ações para inibir as invasões. Em Olinda, o descaso também é total”, afirmou o diretor da Conorte, que opera o Norte/Sul, Almir Buonora.
Em Olinda, o trecho da PE-15 também terá trechos compartilhados com o tráfego misto. Apenas o acesso às estações terá espaço exclusivo. Na Estação Matias Albuquerque estão sendo usados gelos-baianos para delimitar as faixas. A circulação na área da Estação Kennedy também está complicada. A faixa para o tráfego misto ainda está improvisada. A assessoria de comunicação da Secretaria das Cidades não informou quando as obras pendentes deverão ser entregues.
Diagnóstico do Norte/Sul com o BRT
* Prazo de entrega previsto: Maio de 2015
2 linhas implantadas até agora
26 veículos estão em operação
88 veículos foram comprados para operar no corredor
25 mil passageiros são transportados por dia
180 mil é a demanda estimada pelo Grande Recife
Dependência dos ônibus convencionais no corredor
33 linhas ainda estão em operação no trecho do Norte/Sul
117 mil passageiros são transportados por dia
Estações do Norte/Sul
26 estações é a atual previsão, antes eram 33
13 em operação
8 sem operação
5 pendentes
Passo a passo das estações
1-Cruz de Rebouças (em obras)
2-Abreu e Lima (em obras)
3-José de Alencar (em operação)
4-Hospital Central(em operação)
5-São Salvador do Mundo (em operação)
6-Cidade Tabajara (em operação)
7-Jupirá (em operação)
8-Aloísio Magalhães (em operação)
9-Bultrins (ainda sem operar)
10-Quartel (em operação)
11-Sítio Histórico (em operação)
12-São Francisco de Assis (sem operar)
13-Matias de Albuquerque (sem operar)
14-Kennedy (sem operar)
15-Complexo Salgadinho (em obras)
16-Tacaruna (em operação)
17-Santa Casa da Misericórdia (em operação)
18-Treze de Maio (em operação)
19-Riachuelo (em operação)
20-Praça da República (em operação)
Fonte: Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitana e Secretaria das Cidades
O Plano de Mobilidade Urbana do Recife enviado à Câmara Municipal pela gestão anterior e retirado pela atual gestão ainda está no limbo e a cidade segue sem definição das políticas públicas na área de mobilidade para os próximos anos. Faltando um mês para os municípios apresentarem seus planos, a situação é de total estagnação. E Recife, não é a única. Acompanhe a matéria abaixo do Portal Mobilize.
Termina agora, em abril de 2015, o prazo fixado pela Lei 12587/2012 para que os municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes elaborem seus Planos Diretores de Mobilidade Urbana. Caso contrário, essas cidades não poderão obter recursos federais para suas obras de transporte urbano.
Face o aperto do prazo, tramita no Congresso um projeto de lei propõe que os municípios tenham mais três anos para cumprir a exigência, ou seja, até abril de 2018. “A escassez de pessoal qualificado para realizar o trabalho, aliada a problemas financeiros que atingem grande parte dos municípios tem trazido uma imensa dificuldade para elaboração dos planos de mobilidade”, afirmou o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) na apresentação da proposta.
Consultado, o Ministério das Cidades informou que não há qualquer previsão de alargamento do prazo fixado pela Lei 12587, mas esclareceu que “o prazo estabelecido em Lei marca na verdade o início da obrigatoriedade dos planos como requisito para contratação de novas operações que utilizem recursos orçamentários federais”. Assim, na prática, os municípios obrigados pela lei ficarão temporariamente impedidos de celebrar novos contratos até que apresentem o plano, respondeu a assessoria do Ministério.
A assessoria do Ministério informou que ainda não tem um levantamento de quantas cidades conseguiram cumprir a exigência. Lembrou, apenas, que em 2012, segundo dados do IBGE, havia 210 municípios (4,8%) do total de 5.565 com planos de mobilidade urbana elaborados em todo o Brasil. Quanto à qualidade dos trabalhos já elaborados, o Ministério explica que a Política Nacional de Mobilidade não prevê a avaliação dos planos de mobilidade municipais, mas funcionários disseram que algumas cidades entregaram documentos sumários, “um deles com apenas uma folha”, para cumprir o rito previsto em lei. No entanto, para futuras seleções que envolverão recursos federais, os projetos cadastrados deverão estar de acordo com os planos apresentados. E apenas nesse momento será feita uma avaliação formal dos planos e projetos.
Cursos e publicações
Para atender às dúvidas das equipes municipais, a Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (SeMob) tem realizado uma série de Seminários Regionais da Política Nacional de Mobilidade Urbana, em várias cidades pelo país. Nesses encontros, são discutidos os mecanismos de financiamento, a participação popular, questões de sustentabilidade, acessibilidade e segurança, entre outros pontos importantes que devem constar nos planos..
A SeMob também está preparando um Curso de Capacitação para Elaboração de Planos de Mobilidade à distância, que será disponibilizado no site do Ministério das Cidades.
Um novo ano começa e com ele novas esperanças de que o ano que se inicia seja melhor que o anterior. E pode ser. Mas também depende de ações de cada um de nós. E se pensarmos bem, a capacidade de perdoar deve ser um exercício diário em todos os aspectos da nossa vida.
Como seria, por exemplo, o trânsito se fôssemos mais tolerantes. Não levando em conta aquela ocasião em que um certo motorista tentou ser mais “esperto” e passou na nossa frente, ou que estacionou na calçada ou em uma via impedindo a fluidez do tráfego e do pedestre. Antes de atirarmos a primeira pedra é importante lembrarmos que em algum momento das nossas vidas podemos ser esse motorista. E isso ocorre todas as vezes que as nossas necessidades vêm em primeiro lugar em detrimento do coletivo.
Uma boa forma de fazer diferente em 2015 é pensar primeiro no próximo e dar bons exemplos. A gentileza no trânsito é uma arma poderosa. Imagine a cena do mesmo motorista espertinho passando na sua frente e ao invés de criticá-lo, você oferece a vez. As chances dele perceber a gentileza são muito maiores do que uma buzinada no ouvido.
Mas sei que não é fácil. E dependendo do dia é quase impossível. Ainda mais no trânsito onde todo mundo tenta chegar a algum lugar. Às vezes a vontade mesmo é de baixar o vidro e soltar a voz. Os resultados, quase sempre, são os piores possíveis e não por acaso muita briga de trânsito termina em morte. Mas não é assim que quero terminar o primeiro comentário do ano de 2015, prefiro acreditar na esperança de que podemos ser pessoas melhores para as outras pessoas e esperar que elas também sejam para outras.
O perdão deve ser estendido para além das fronteiras de nossos lares e local de trabalho. É o que chamo de “perdão urbano”, mas claro que não há fronteiras para o perdão. Ele deve fazer parte de nosso cotidiano onde quer que estejamos. Feliz 2015!
O ano de 2014 chega ao fim deixando um número significativo de obras de mobilidade para serem concluídas até maio de 2015. É o que admite a Secretaria das Cidades ao constatar o atual ritmo das obras dos dois corredores de BRT, duas das sete obras incluídas na Matriz de responsabilidade da Copa. Problemas de desapropriação, remoções de intervenções no meio do caminho e até chuva são alguns dos entraves apontados pelo governo. A boa notícia é que dois importantes terminais e mais o túnel da abolição estarão operando até o Natal.
O Terminal de Integração (TI) da 3ª Perimetral, que faz parte do corredor Leste/Oeste, e o Terminal de Abreu e Lima, do corredor Norte/Sul, entrarão em operação em dezembro. O Túnel da Abolição também será aberto para o tráfego, mesmo que os acabamentos sejam concluídos no ano seguinte. Os dois corredores também sofreram atrasos e supressão de estações previstas nos projetos licitados.
O corredor Leste/Oeste termina o ano sem conseguir entregar o TI da 4ª Perimetral e mais 12 estações, sendo seis na Avenida Conde da Boa Vista, uma na Benfica e cinco na Avenida Belmínio Correia, em Camaragibe. De acordo com o secretário executivo de mobilidade da Secretaria das Cidades, Gustavo Gurgel, todas as estações serão entregues até maio de 2015.
Na Conde da Boa Vista será mantido o modelo que era provisório e hoje é denominado de parada convencional. Em Camaragibe serão construídas duas estações no padrão BRT, as três restantes irão aguardar o processo de desapropriação, sem previsão de prazo. “Em Camaragibe serão construídas duas estações no padrão BRT nas áreas já desapropriadas. E para agilizar, enquanto não sai a desapropriação das outras três, nós vamos construir duas no modelo convencional”, explicou o secretário.
Já o corredor Norte/Sul chega ao fim do ano com seis estações de BRT a menos do que era previsto no projeto. Das 33 licitadas, serão entregues 27. Também faltam entregar outras sete, que só serão concluídas em 2015. “Duas das estações estavam previstas em cima dos viadutos e foram descartadas e as outras quatro nós estamos avaliando da real necessidade de implantação”, explicou o secretário sobre a redução no número de estações. Cada uma orçada em R$ 2 milhões no padrão BRT e cerca de R$ 400 mil no modelo convencional.
Com um número reduzido de estações e terminais de integração, a operação dos dois corredores de BRT ficou limitada. A presença do BRT é quase insignificante em relação a dependência do sistema convencional. No corredor Leste/Oeste, o BRT responde atualmente por cerca de 23% da demanda esperada de 160 mil passageiros no sistema. Já os ônibus convencionais transportam atualmente cerca de 75% dos passageiros da rede, mas ficam presos no engarrafamento da Caxangá, enquanto o BRT segue livre com uma demanda que fica muito aquém.
No Norte/Sul a dependência dos convencionais é ainda maior. Menos de 12% dos passageiros são transportados dos 160 mil previstos no sistema. Já os ônibus convencionais que atendem atualmente 33 linhas transportam mais de 80% dos usuários da rede. A substituição dos ônibus convencionais pelo BRT ocorrerá aos pouco. “Nós dependemos da finalização das obras. O número de estações e terminais ainda é insuficiente para o BRT operar com uma demanda maior dentro do corredor”, explicou André Melibeu, gerente de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano.
Mesmo quando o sistema for concluído em maio de 2015, como está previsto, o Norte/Sul ainda manterá linhas convencionais. A razão é que faltam estações de BRT no trajeto entre Igarassu e Abreu e Lima, cada uma com apenas uma estação de BRT ao longo do corredor. Uma boa razão para a Secretaria das Cidades rever onde relocar as estações que foram suprimidas.
A entrada do Terminal de Igarassu, uma das pontas do corredor Norte/Sul , acumula uma fila de ônibus convencionais. Não há espaço para eles dentro do terminal, o que dirá do BRT. O terminal também está de fora da operação do BRT, que atualmente se inicia pelo Terminal de Pelópidas, em Paulista. Além da ampliação que não houve, a única estação de BRT do município localizada no distrito de Cruz de Rebouças só vai ficar pronta em 2015. Aos usuários de Igarassu foi disponilibilizado um ônibus novo, no mesmo modelo dos ônibus de BRT, que se encontra em teste, desde maio, mas não está incluído na operação do BRT e opera com cobrador.
Em Camaragibe, uma das pontas do corredor Leste/Oeste, a situação é um pouco melhor. Embora o terminal não tenha sido ainda ampliado e grande parte dos ônibus convencionais usem o terreno da futura ampliação como estacionamento, o TI já recebe duas linhas de BRT, que não param em nenhuma das cinco estações prevista na Avenida Belmínio Correia, porque elas ainda não foram construídas, mas levam os usuários que usam o terminal até Recife. “As ampliações dos terminais de Igarassu, Camaragibe, PE-15 e Pelópidas foram incluídas no Pac das Grandes Cidades, explicou o secretário executivo de Mobilidade, Gustavo Gurgel. “É uma outra fonte de captação de recursos e nossa expectativa é que em 2015 as ampliações possam ser executadas”, revelou.
Dentro da matriz de responsabilidade da Copa em Pernambuco, o ponto for a da curva parece ser a Via Mangue. A obra acabou sendo beneficiada com recursos do PAC Copa, mas na prática não trouxe influência direta para a mobilidade durante a Copa. Dos dois corredores de BRT, o mais significativo, sem dúvida, no trajeto para a Arena Pernambuco foi o corredor Leste/Oeste, mas não precisou de muito esforço e operou na Copa com apenas duas estações: Guararapes e Derby.
Outras obras tiveram um impacto mais direto como a construção do Terminal Integrado Cosme Damião, que acabou sendo o principal acesso com o metrô como transporte de massa, mesmo com todos os problemas que foram registrados na Copa das Confederações e corrigidos a tempo para a Copa do Mundo. O ramal da Copa funcionou com uma das duas faixas previstas, mas foi importante para o acesso do BRT à Arena. Também deu conta do recado o Terminal Marítimo de Passageiros, que recebeu um público recorde de mexicanos e por fim a nova torre de controle do Aeroporto dos Guararapes, onde não foi registrado nenhum incidente.
Saiba Mais
7 obras da Matriz de responsabilidade da Copa em PE
-Terminal Marítimo de Passageiros do Porto do Recife (concluído)
– Ramal Cidade da Copa ( Falta uma das duas faixas previstas)
– Corredor Norte-Sul (Faltam seis estações e o terminal da 4ª perimetral)
– Corredor Leste-Oeste (Faltam 12 estações previstas para 2015)
– Terminal Integrado de Passageiros Cosme e Damião (concluído)
– Via Mangue (Falta ser entregue a pista Leste/ sentido subúrbio/cidade)
– Torre de controle do Aeroporto Internacional dos Guararapes (entregue)
Legado dos corredores de transporte de BRT
Norte/Sul (pelo BRT)
2 linhas de BRT em operação
11,5% dos passageiros da demanda prevista de BRT
18 mil passageiros por dia
160 mil é a previsão com o sistema concluído
Norte/Sul (com ônibus convencionais)
33 linhas estão em operação
117 mil passageiros transportados por dia
84,7% a mais do sistema BRT até agora
Leste/Oeste
2 linhas em operação
23% dos passageiros transportados da demanda prevista de BRT
36,5 mil passageiros por dia
160 mil é a previsão com o sistema concluído
Leste/Oeste (com ônibus convencionais)
30 linhas
150 mil passageiros transportados por dia
75,7% a mais do sistema BRT até agora
Entenda o modelo de operação do sistema
Operação do BRT no corredor Norte/Sul a partir do TI PE-15
2 linhas de BRT
PE-15/ Dantas Barreto
Pelópidas/Dantas Barreto
6 linhas convencionais que passarão para BRT com o sistema concluído:
PE-15 /Prefeitura
Abreu e Lima/Dantas Barreto
Abreu e Lima/Prefeitura
Igarassu/Dantas Barreto
Igarassu/Prefeitura
Pelópidas/Conde da Boa Vista
Ônibus convencionais serão mantidos no corredor das linhas:
PE-15/Boa Viagem
PE-15/Afogados
TI Igarassu/Pelópidas
TI Abreu e Lima/Pelópidas
TI Pelópidas/PE-15
TI Pelópidas/TI Macaxeira (No futuro será BRT com a 4ª Perimetral)
Futuras linhas de BRT com o ramal Agamenon
Pelópidas/Conde da Boa Vista – convencional – ( passará a ser BRT)
PE-15/Joana Bezerra (passará a ser BRT )
Operação do BRT no corredor Norte/Sul a partir do TI Igarassu (futuro)
2 linhas de BRT
Igarassu/Prefeitura do Recife
Igarassu/Dantas Barreto
Ônibus convencionais
TI Igarassu/TI Pelópidas
TI Igarassu/TI Macaxeira
Operação do BRT no corredor Norte/Sul a partir do TI Abreu e Lima
2 linhas de BRT
TI Abreu e Lima/Prefeitura do Recife
TI Abreu e Lima/Dantas Barreto
Ônibus convencional
TI Abreu e Lima/TI Pelópidas
Operação do BRT no corredor Norte/Sul a partir do TI Pelópidas
2 linhas
TI Pelópidas/Prefeitura do Recife
TI Pelópidas/Dantas Barreto
Ônibus convencionais
33 linhas
205 veículos
117 mil passageiros
TI Pelópidas/Conde da Boa Vista (no futuro BRT com o ramal da Agamenon)
TI Pelópidas/Macaxeira ( no futuro BRT com o corredor da 4ª Perimetral)
TI Pelópidas/Joana Bezerra (no futuro BRT com o ramal da Agamenon)
Leste/Oeste
Operação do BRT no corredor Leste/Oeste a partir do TI Camaragibe
2 linhas de BRT em operação
Camaragibe/Derby (Será TI Joana Bezerra com o ramal Agamenon)
Camaragibe/Centro
Linhas convencionais que passarão para BRT com o sistema concluído
TI Caxangá/Centro
TI 4ª Perimetral/Centro
TI 4ª Perimetral/Joana Bezerra
TI 3ª Perimetral/Centro
TI 3ª Perimetral/Derby
Ônibus convencionais que trafegam na rede do Leste/Oeste
30 linhas
205 veículos convencionais
150 mil pessoas ainda são transportadas pelos convencionais
Fonte: Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano
A obra do Arco Metropolitano poderá sair do papel a partir de 6 de janeiro de 2015. Ontem, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) cumpriu, a priori, a responsabilidade de entregar o estudo que inclui o relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) para a construção do primeiro bloco da estrada, que trata dos 75 quilômetros do Lote 2 do projeto. Mas o calendário obrigatório a ser seguido até o parecer conclusivo de viabilidade da obra não sai antes dessa data. O processo põe fim à esperança do Dnit de iniciar as obras ainda em 2014. O Lote 1, cujo projeto está em reelaboração para desviar de áreas ambientais, pode ter um aumento significativo de tamanho. Um desvio pode levar a extensão total da estrada para 150km ao invés de 77km.
O EIA-Rima era pendência do órgão federal para a CPRH, que havia recomendado alterações e mais clareza no primeiro bloco do projeto. Segundo o diretor-presidente da CPRH, Paulo Teixeira, caso o documento entregue esteja a contento, a publicação do edital de divulgação do Rima será em 5 de novembro, dando início ao calendário oficial até a licença prévia. “Em 12 de dezembro, será feita audiência pública para ter retorno da sociedade sobre o ‘novo’ traçado e, em 15 de dezembro, sairá o parecer preliminar de viabilidade do empreendimento. Estando tudo de acordo, o parecer será emitido no dia 5 de janeiro, com licença prévia emitida no dia subsequente. Já para o segundo trecho, estamos aguardando o projeto”, detalhou.
O primeiro trecho trata de uma etapa menos complexa e com traçado já previamente aprovado. Ele terá 75 quilômetros, corta as BRs-101, 232 e 408 e não possui muitos entraves nas áreas de vegetação. “As recomendações que fizemos ao Dnit eram relacionadas a mais detalhes quanto à fauna e à flora a serem atingidas pela obra, que impactos diretos a rodovia irá trazer”, detalhou o presidente. “A segunda etapa está em readaptação de traçado para livrar a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia – Beberibe e deve ter 75km”.
Teixeira explicou que o formato de contratação da obra permite entregar as etapas em sequência. “Por se tratar de um RDC (Regime Diferenciado de Contratação), é possível contratar separadamente. Inclusive, é possível acelerar o processo de início de obra com a contratação da empresa paralelamente à emissão da licença.” A obra do Arco é promessa do governo federal como contrapartida à instalação da Fiat na Mata Norte, região do estado limitada à BR-101 para escoamento de produção.
Dos 25 terminais integrados do Sistema Estrutural Integrado (SEI), seis ainda precisam ser entregues à população. A Secretaria das Cidades, contudo, garantiu que todos serão entregues até dezembro de 2014. Mas a operação só deve ocorrer no início de 2015. O TI Santa Luzia é o mais adiantado: as obras já foram concluídas mas falta o Grande Recife Consórcio montar a rede de linhas abastecedoras para que o terminal entre em operação. O mais atrasado é o TI Prazeres, em Jaboatão, com 70% das obras concluídas.
Segundo o secretário de Cidades, Evandro Avelar, a expectativa é que em 2015, com a entrega dos terminais da 3ª e 4ª Perimetral, a mobilidade na Avenida Caxangá – hoje caótica – possa melhorar. Esses dois terminais estão com 80% das obras concluídas. “A Avenida Caxangá é um dos exemplos de como o trânsito vai melhorar quando esses terminais entrarem em operação. Nessa via só vai circular o BRT, pois as linhas convencionais vão integrar no TI da 3ª e da 4ª Perimetral”, diz Avelar.
Essas duas integrações devem receber 90 mil passageiros por dia. Outros lugares, cujo trânsito deve ser beneficiado com a operação dos novos terminais, são o Derby e a Avenida Conde da Boa Vista. “O TI Abreu e Lima, que faz parte do corredor Norte/Sul, também está em fase final e deve ser entregue até dezembro”, acrescenta o secretário de Cidades.
Já o terminal Joana Bezerra, que será o terceiro maior da Região Metropolitana do Recife, está com 95% das obras concluídos e deve ser entregue em dezembro. Só ele deve receber 67 mil usuários diariamente. “Os novos terminais significam mais conforto e o aumento na oferta de deslocamento para os passageiros do SEI, economizando o número de passagens pagas por viagens”, pontuou Avelar. As avaliações das obras foram feitas após vistoria realizada na semana passada.
Após a conclusão desses terminais, Evandro Avelar adiantou que as integrações mais antigas, como o TI Macaxeira, devem receber melhorias. “O TI Barro é um exemplo. Já entregamos a segunda etapa. Na Macaxeira, pretendemos ampliar e dar mais conforto”, disse o secretário. Com os 25 terminais em operação, a expectativa é que o SEI receba 1,6 milhões de passageiros/dia.
Saiba mais
TI III Perimetral
Demanda: 40 mil passageiros/dia Nº de Linhas: ainda em análise Bairros beneficiados: Cordeiro, Iputinga, Madelena, Prado, Torre, Zumbi, Engenho do Meio, Torrões, Caxangá.
TI da IV Perimetral
Demanda: 53 mil passageiros/dia Nº de linhas: 11 linhas Bairros/comunidades beneficiadas: Cidade Universitária, Brasilit, Jardim Primavera, Tabatinga, UR -07, Loteamento Cosme e Damião, Timbi.
TI Joana Bezerra
Demanda: 67 mil usuários/dia Nº de Linhas: Oito linhas Bairros/Comunidades: Boa Viagem, Joana Bezerra, Candeias, Jardim Brasil, IMIP e o Centro do Recife.
TI Prazeres
Demanda: 20 mil passageiros/dia Nº de Linhas: nove linhas Bairros/comunidades: Prazeres e adjacências*
TI Santa Luzia
Demanda: 17 mil passageiros/dia Nº de linhas: oito linhas Bairros/comunidades: em montagem*
25 terminais
Formarão o Sistema Estrutural Integrado atualmente
O Grande Recife Consórcio informou que estão revendo e estudando as comunidades que serão atendidas pelos TIs Prazeres e Santa Luzia.
Fontes: Secretaria das Cidades e Grande Recife Consórcio.
Quando as obras do corredor Leste/Oeste foram anunciadas para viabilizar a implantação do BRT na Região Metropolitana do Recife, a Secretaria das Cidades ampliou o cronograma em mais de três meses em relação às obras do corredor Norte/Sul, por causa da construção do Túnel da Abolição. Enquanto o Norte/Sul estava previsto para dezembro de 2013, a promessa do Leste/Oeste era março de 2014. No fim, nem um, nem outro. As previsões otimistas, desde então, não se sustentaram em nenhum dos prazos subsequentes: maio, junho, agosto e novembro de 2014. Agora, A Secretaria das Cidades trabalha com o cronograma de conclusão dos dois corredores até dezembro, quando chega ao fim a atual gestão.
O túnel que pareceu ser, desde o início, a pedra no sapato do cronograma não é, no entanto, o único item que não foi concluído. As obras das estações nos dois corredores ainda se arrastam e os terminais de integração, que serão determinantes para reduzir o fluxo de ônibus convencionais na Avenida Caxangá, também permanecem em obras.
O Túnel da Abolição, por exemplo, que teve seu último prazo anunciado para novembro, enfrenta problemas com drenagem e só deve ficar pronto em dezembro.
As obras mais avançadas podem ser vistas no trecho da Rua Real da Torre, onde já foram executadas obras de concretagem. O atraso maior é na passagem do túnel sob a Avenida Caxangá, onde sequer foi feito o piso e o trecho que emenda com a Rua João Ivo da Silva. Todo o piso ainda está para ser feito e no local podem ser vistas as estacas e ferragens.
No local, algumas máquinas fazem a retirada da água que se acumula e atrapalha o serviço. Em abril, os serviços chegaram a ser suspensos por causa das chuvas. “Houve alguns problemas na fundação do piso e é provável que o prazo se estenda para dezembro. Faltam apenas duas placas de concreto para serem montadas no piso”, revelou o secretário-executivo de Mobilidade da Secretaria das Cidades, Gustavo Rangel.
Ainda, segundo ele, está sendo estudada a adição de um produto no cimento para acelerar a secagem do concreto. “Depois da concretagem é necessário um prazo para que o piso seque completamente antes de liberar para o tráfego. Vamos tentar acelerar esse processo”, revelou.
Corredor Norte/Sul só em 2015
A corrida é para fechar o ano com os dois corredores concluídos, mas algumas estações podem ficar para 2015. É o caso das duas últimas da Avenida Cabugá, nas imediações da Rua Araripina e na frente da Assembleia de Deus, as últimas iniciadas. A Secretaria das Cidades já admite que elas venham a ser concluídas em 2015. “O esforço é de entregar tudo até o fim do ano, mas é provável que fique alguma coisa para 2015, a exemplo das duas últimas estações da Cabugá”, afirmou Gustavo Gurgel, secretário-executivo de Mobilidade.
A boa notícia é que o Terminal da 3ª Perimetral, na Avenida Caxangá, está mais perto de ficar pronto. A previsão da Secretaria das Cidades é que ele entre em operação em meados de novembro. “O terminal da 4ª Perimetral está mais atrasado porque há parte do pavimento a ser feita, além da cobertura, mas acreditamos que será concluído em dezembro”, disse Gustavo Gurgel.
Segundo ele, no Leste/Oeste as três estações da PE-27, que dá acesso a Camaragibe, estão em fase de acabamento. Outras duas estações em frente ao Country Club terão os vidros substituídos em razão de vandalismo, e a estação da Benfica está com a estrutura montada, mas falta cobertura. “As estações de Camaragibe e Conde da Boa Vista, que são diferenciadas, também devem ser entregues até dezembro.”
Com previsão de investimento de R$ 18 bilhões em mobilidade urbana nas grandes cidades, inclusive nas sedes da Copa 2014, o relatório preliminar do Plano Plurianual (PPA) para o período de 2012 a 2015 foi apresentado na manhã desta sexta-feira (21) pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA) à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).
O PPA corresponde ao planejamento de médio prazo do governo e define diretrizes e metas da administração para os próximos quatro anos.
No relatório preliminar, foi mantida a previsão inicial de recursos na ordem de R$ 5,4 trilhões a serem investidos ao longo do dos próximos quatro anos. Deste total, pouco mais de R$ 1 trilhão será destinado à área de infraestrutura.
-A Copa tem que ser olhada como uma oportunidade e não como um fim em si mesmo. Salvador, por exemplo, receberá seis jogos. Depois disso, 600 mil soteropolitanos continuarão se deslocando de casa para o trabalho. É preciso atender essas pessoas e não apenas as 55 mil que vão assistir aos jogos. No total, o PPA prevê R$ 117 bilhões de investimentos em transporte de 2012 a 2015 – afirmou Walter.