Ao lado do Paraguai, o Brasil é o único país do mundo no qual dá para abastecer o tanque de um carro com 100% de álcool hidratado. Entre os grandes fabricantes de automóveis, é um dos raros em que as montadoras locais ainda não produzem nenhum carro elétrico – e nem ao menos híbridos – nas linhas de montagem. E essa situação não deve mudar, pelo menos nos próximos anos.
“Não há a menor chance de um carro elétrico ser produzido em fábricas brasileiras enquanto o governo não der incentivos para que isso aconteça”, diz Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault-Nissan.
Como se não bastasse, a taxação para híbridos e elétricos acaba de aumentar no Brasil. Em mais uma de suas bordoadas para aumentar a arrecadação, o governo decretou que para um Toyota Prius o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) subiu de 13% para 43%. Para um carro elétrico, como o Nissan Leaf, aumentou de 25% para 65%.
Outro problema é a falta de pontos para reabastecer carros desse tipo nas cidades brasileiras. “Para viabilizar a chegada de carros elétricos, a prefeitura de Paris está instalando algo como 5 mil pontos de recarga na cidade”, diz Ghosn.
Para o futuro, a bola da vez no Brasil continua a ser o etanol. Era movido com ele, o primeiro automóvel desenvolvido por Henry Ford e também os primeiros motores criados pelo alemão Rudol Diesel, cujo sobrenome batiza até hoje um dos derivados de petróleo, movidos a óleo de amendoim. Mas, pelo menos há boas notícias para combustíveis verdes e recicláveis no horizonte.
FONTE: Trânsito Manaus