30 dias, um binário e muitas dúvidas

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Tânia Passos
Trinta dias após a implantação do binário Arraial/Encanamento, na Zona Norte do Recife, os caminhos ainda estão sendo ajustados. Motoristas, pedestres, ciclistas e os próprios agentes de trânsito tentam se adequar às mudanças. Nesta quarta-feira, 29, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) realiza uma audiência pública para ouvir sugestões da comunidade em relação ao binário. A audiência será realizada às 20h no Centro Comunitário Salesiano, na Estrada do Encanamento, ao lado da Igreja da Harmonia. A ideia é incorporar as sugestões que forem tecnicamente viáveis e tentar por fim às críticas da população desde que o binário foi implantado.

No próximo sábado, entrará em vigor a readequação da Rua Virgínia Loreto, que passará a ser mão única no sentido da Rua João Tude de Melo. Outra decisão é manter de forma permanente dois agentes de trânsito no entorno da Praça do Parnamirim. O papel dos agentes vai além dos tempos dos semáforos. Os agentes tentam reduzir os congestionamentos liberando ou fechando a passagem dos carros, independente do sinal está verde ou vermelho.

Também são os agentes que estão improvisando um ponto de passagem para os pedestres. A faixa de pedestre que existe nas imediações da praça no sentido de quem vem da Rua Padre Roma perdeu a função desde a remoção do semáforo. “Ninguém espera o pedestre passar. Os carros ficam em cima da faixa”, criticou a dona de casa Maria Estelita de Jesus, 54 anos.

Se para o pedestre o trânsito ainda está confuso, para os ciclistas a definição de uma ciclofaixa trouxe mais segurança, mesmo quando eles usam o contrafluxo. “Se eu não fizer o caminho de volta pela ciclofaixa, mesmo na contramão, terei que ir pela Avenida 17 de agosto, que não tem ciclovia. Acho melhor por aqui”, revelou o estudante Lucas Matos, 17 anos. Segundo ele, os carros estão respeitando o espaço da ciclofaixa e os ciclistas conseguem se entender. “A gente espera o outro passar se for preciso. Aqui na faixa a gente se entende”, afirmou o estudante.

Ainda totalmente insatisfeitos estão os motoristas, que não sentiram melhora no tráfego até agora. “Não melhorou nada. Entrei nessa rua porque esqueci que estava assim e já me arrependi”, disse o taxista André de Castro, 37 anos. Apesar de já admitir a necessidade de mudanças, a presidente da CTTU, Maria de Pompéia, faz um balanço positivo dos 30 dias da implantação do binário. “A introdução de um binário é sempre positiva porque permite mais segurança. Com a mão única se reduz o atrito lateral e permite mais fluidez”, revelou Pompéia. Em relação às críticas do binário, ela se defende. “É um ponto que já tinha problema e pode ter se acentuado depois do binário. Por isso é importante essa a audiência pública para que as pessoas possam trazer sugestões e contribuir para melhoria do tráfego. Estamos abertos a isso”, ressaltou.

Casa Amarela debaterá implantação das ciclofrescas

 

A Pastoral da Saúde e o Escritório César Barros Arquitetura promovem, nesta quinta-feira (10), um debate com moradores do bairro de Casa Amarela sobre a implantação de ciclovias no local. O debate tem a finalidade de discutir o plano cicloviário do Projeto Comunidade Saudável e Sustentável, da Pastoral da Saúde, e a proposta das Ciclofrescas, do Escritório César Barros Arquitetura. As ciclofrescas são ciclovias arborizadas que unem natureza, saúde e baixo custo na sua execução, proporcionando uma relação mais harmoniosa no trânsito do Recife.

A parceria entre a Pastoral da Saúde e o escritório do arquiteto César Barros foi firmada no último dia 3, em reunião no salão paroquial do bairro de Casa Amarela, e tem o objetivo de realizar ações que viabilizem o ordenamento do trânsito da cidade do Recife, estimular e criar a cultura do uso das ciclovias como prática saudável e sustentável, promovendo o melhoramento a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente.

O debate sobre as ciclovias em Casa Amarela será às 19h, no Centro Comunitário Salesiano, Estrada do Arraial, ao lado da Igreja Matriz de Casa Amarela, mas você já pode deixar sua opinião.

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Ciclofrescas em Casa Amarela

Um bairro piloto com todas as vias integradas ao sistema cicloviário. Parece sonho, mas o escolhido foi Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. Uma das áreas mais populosas da cidade. A proposta é da Pastoral da Saúde em parceria com o escritório de arquitetura César Barros. A iniciativa tem como objetivo a viabilização de ações sustentáveis dentro do Projeto Piloto “Comunidade Saudável e Sustentável” lançado no último dia 22 de março pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido.

“O arcebispo nos procurou a partir do projeto que já havíamos desenvolvido das ciclofrescas (ciclovias sombreadas) e propôs fazermos um estudo para o bairro de Casa Amarela”, revelou César Barros. A parceria do escritório com a Pastoral da Saúde será firmada hoje às 19h, no salão paroquial do bairro. O objetivo é oferecer 100% das principais ruas com ciclovias unidirecionais ou bidirecionais até 2014. “Vamos fazer um diagnóstico do potencial das vias e em junho a pastoral poderá dispor das informações para viabilizar parcerias para implantação junto com o município e o estado”, revelou Barros.

Até o final de junho será apresentado um documento propositivo, apontando os instrumentos possíveis para sua viabilidade. “O plano cicloviário para o bairro de Casa Amarela é uma oportunidade de vermos uma mudança na qualidade do trânsito do Recife”, revelou Barros. Quanto a proposta das ciclorrotas, que será apresentada hoje na audiência pública da Câmara, o arquiteto defende a integração com o trânsito.

Parceria para implantar ciclovias em Casa Amarela

A Pastoral da Saúde e o Escritório de Arquitetura Cesar Barros vão firmar uma parceria institucional com o objetivo de viabilizar ações sustentáveis dentro do Projeto Piloto “Comunidade Saudável e Sustentável”, tendo como foco as ciclovias. O projeto foi lançado no último dia 22 de março, por Dom Fernando Saburido, bispo de referência no Regional Nordeste 2 da CNBB para a Pastoral da Saúde.

A proposta da parceria terá como objeto o Plano Cicloviário para implantação das ciclofrescas (ciclovias sombreadas) no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. A ideia é implantar ações integradas de ordenamento urbano. A parceria faz parte do primeiro desafio do projeto: articulação social e política no bairro de Casa Amarela(Recife/PE) para ter 100% das principais ruas com ciclovias unidirecionais ou bidirecionais até 2014 (ano da copa).

O Escritório de Arquitetura Cesar Barros é sediado na capital pernambucana e divulgou recentemente a proposta das ciclofrescas que são ciclovias sombreadas de baixo custo para o Poder Público. A parceria é dividida em fases que contemplam entre outros itens a caracterização e sistematização das informações sobre a realidade local e a modelagem urbana. Até o final de junho será apresentado um documento propositivo, apontando os instrumentos possíveis para sua viabilidade com participação social.

Para Cesar Barros, “fazer o Plano Cicloviário para o bairro de Casa Amarela para implantação das ciclofrescas é uma oportunidade de vermos na prática uma idéia simples, mas que pode revolucionar a qualidade do trânsito do Recife.” O arquiteto prevê que apesar de ser um caso pontual poderá se replicar com facilidade em outros bairros da cidade. E afirma: “Isto possibilita que tenhamos em breve, toda a cidade ciclável, e um ambiente urbano com melhor conforto ambiental”.

Segundo Vandson Holanda, Coordenador Regional da Pastoral da Saúde, “são urgentes iniciativas da sociedade civil organizada para se construir referências positivas para a saúde da população e do meio-ambiente. E que esses exemplos possam ser copiados livremente noutros lugares para o bem da própria sociedade”. Os primeiros resultados da parceria serão apresentados no V Congresso Regional de Humanização e Pastoral da Saúde em junho próximo na cidade de Igarassu/PE para representantes de diversas cidades dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

 

Fonte: Portal da Pastoral da Saúde