Alternativas para o caos no trânsito das cidades brasileiras

O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica reúne-se hoje para analisar alternativas para o crescente caos no trânsito das grandes cidades. Foi convidado para o debate o professor Augusto César Mendonça Brasil, coordenador acadêmico da Faculdade de Engenharia da Universidade de Brasília, especialista em “soluções de mobilidade sustentável”.

Mendonça Brasil pesquisa “modelos para a redução do caos que se instalou nas regiões metropolitanas, todos eles focados em soluções para o transporte urbano e cujo alcance está associado a um efetivo envolvimento da população no processo de mudança e na implementação das políticas públicas concebidas com esse propósito”.

De acordo com o presidente do Conselho de Altos Estudos e 3º secretário da Mesa, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), “os parlamentares que integram o colegiado, sempre preocupados em pautar temas de relevância para a agenda nacional, não poderiam deixar de fora tema tão palpitante como o debate em torno da questão do caos urbano nas grandes cidades”.

A reunião será realizada às 14 horas, na sala de reuniões da Mesa.

Da Redação/WS
Com informações da assessoria de imprensa do Conselho de Altos Estudos (via Agência Câmara)

Metade das cidades brasileiras tem mais motos do que carros

 

O impacto das motos no trânsito das cidades pernambucanas foi o tema debatido ontem na sexta audiência pública da Comissão de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa. O fenômeno notado desde os anos 90 está perto de ganhar um status de predominante: quase metade das cidades brasileiras já tem mais motocicletas do que carros.

Na década de 1990, a diferença entre carros e motos em Pernambuco era de 90% e hoje essa distância é de apenas 30%. Os impactos se refletem não somente nos engarrafamentos, mas principalmente no número de vítimas. No ano passado, 469 pessoas morreram no estado, vítimas de acidente de moto.
O Comitê de Prevenção de Acidentes de Motos, fundado no ano passado, pelo governo do estado, instituiu entre suas ações uma fiscalização envolvendo a Secretaria de Saúde, Detran e Polícia Militar. A operação batizada de Lei Seca realizou, em três meses, mais de 67 mil abordagens de veículos. Desse total 5.329 eram motos.

De dezembro do ano passado a fevereiro deste ano, a  operação tipificou 168 crimes e apreendeu 837 carteiras de habilitação (CNH). “O Comitê surgiu por conta dos altos índices de acidentes de trânsito e em especial de motos”, ressaltou o major André Cavalcanti, coordenador de operações da Lei Seca.
São realizadas 42 operações por semana e uma média de 900 veículos fiscalizados por dia. “No carnaval, a gente pensava que haveria um grande número de notificações e a média foi a mesma dos dias normais. Nós autuamos principalmente visitantes de outros estados. O pernambucano já está assimilando a cultura da lei seca”, ressaltou.
A última audiência pública da Comissão de Mobilidade está prevista para abril na Universidade Federal de Pernambuco. “Vamos elaborar um documento com todo o material produzido nas audiências e entregar às autoridades”, ressaltou o presidente da comissão, o deputado Sílvio Costa Filho (PTB). Segundo o deputado, uma cópia do relatório também será enviada à Câmara Federal dos Deputados.