Jovens são as maiores vítimas de mortes violentas

 

Por

Mariana Czerwonka

Envolvimento com drogas, álcool, suicídio, homicídio e o trânsito. Estas são algumas razões que mais levam os jovens a óbito no Brasil. A conclusão é de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Esta é a idade da ousadia, onde o jovem ousa enfrentar o mundo, a velocidade, a agressividade do outro. O jovem reage muito abruptamente em qualquer situação”, afirma a psicóloga Nereide Tolentino, consultora do Instituto Nacional de Segurança no Trânsito.

Segundo dados do Ministério da Saúde, do total de mortes no trânsito em 2009, mais de 45% ocorreram entre pessoas entre 20 e 39 anos. Entre 15 e 19 anos, esse número sobe para 53%.

Segundo a psicóloga, outro grande problema é a falta de habilitação. “Muitos dirigem sem a Carteira de Habilitação e o que é pior, com a autorização dos pais”, diz Tolentino.
Para ela a Carteira é chamada de Habilitação porque atesta uma habilidade adquirida pelo condutor. “Dirigir no trânsito, cujas interferências são muito grandes, exige uma maturidade neurológica de percepção dos riscos” .

No Brasil é cada vez mais comum os próprios pais ensinarem os filhos a dirigir antes da hora. “O correto é que o jovem complete 18 anos e depois disso, tenha acesso ao carro, não o da família, mas sim o da autoescola”, alerta Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal.

O papel dos pais é importante para diminuir o número de mortes de jovens no trânsito. “O pai não pode ser conivente com o filho que pega o carro sem ser habilitado, ele pode ser corresponsável por um acidente ou até mesmo uma morte”, explica Tolentino.

Os acidentes envolvendo motoristas sem carteira representam de 6% a 8% do total no Brasil.

 

Fonte: Portal do Trânsito

Mobilidade arrastada

O crescimento das cidades tem refletido no tempo que as pessoas demoram para ir de casa ao trabalho. O Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), perguntou aos brasileiros, pela primeira vez, o quanto demora esse percurso e descobriu que, para 52,2% da população, ele leva em média de seis a 30 minutos.Quem vive em unidades da Federação mais desenvolvidas e populosas, porém, costuma levar, em média, mais de uma hora. É o caso de paulistas e cariocas.

Os dados não surpreendem os pesquisadores do instituto. Segundo a coordenadora de geografia, Maria Luísa Castello Branco, foi verificado no Brasil um fenômeno que ocorre em áreas metropolitanas de todo o mundo. “Mais pessoas se deslocando, levando mais tempo”, resumiu. Segundo ela, esse resultado era previsto porque geralmente quem mora em um município pequeno trabalha perto de casa e leva até cinco minutos para fazer o trajeto

. “Nas grandes cidades, as pessoas levam até mais de duas horas. Em São Paulo e no Rio (de Janeiro), por exemplo, que são densamente ocupados, o tempo de deslocamento de mais de uma hora é comum”, ressaltou. Nos dois estados, o alto tempo de locomoção atinge 428 mil (16,8% da população) e 229 mil (23,1%), respectivamente.
A expectativa da pesquisadora do IBGE é de que com os dados em mãos, os gestores consigam trabalhar melhor a questão do transporte público. “A informação nova é um indicativo para que se repense a questão da mobilidade urbana”, explica. Essa também é a esperança do técnico em prótese dentária, Fábio Alquimi, 32 anos.

Todos os dias ele pega um ônibus de Valparaíso para o Setor Comercial Sul, Distrito Federal. “Chego a ficar até duas horas no caminho, mas a média é de 1 hora e 20 minutos. O problema é que, sinceramente, eu não vejo como melhorar de imediato. A única saída seria investir mais em transporte público de qualidade”, sugere.
Para ele, uma alternativa para desafogar o trânsito seria uma maior variedade de transportes públicos. A especialista em mobilidade urbana e em educação da Universidade de Brasília (UnB), Maria Rosa Magalhães, também aposta no investimento em mais opções, como metrôs e trens urbanos. Segundo ela, a deficiência na variedade é, inclusive, um dos motivos para que o tempo gasto na locomoção seja grande.

Fonte: Correio Brasiliense

Só voando para escapar dos engarrafamentos


A pesquisa sobre poluição veicular divulgada pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), no mês passado, revela que, nos últimos 15 anos, a frota de automóveis no país cresceu 7% ao ano e a de motocicleta 15%.

No mesmo período, houve uma perda de 30% da demanda do transporte público.  Não é preciso muito esforço para entender que há uma corrida para o transporte individual e a principal razão disso é que o nosso transporte público não está atendendo às necessidades de mobilidade. Seja de locomoção, conforto, acessibilidade e pontualidade.

Mesmo com o crescimento da frota veicular, uma Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, revela que apenas metade dos domicílios brasileiros possui carro ou motocicleta, ou seja, ainda há espaço para o crescimento de automóveis no país.

E a tendência é que a renda dessa outra metade melhore e a indústria está de olho nesse mercado. De 2011 até 2015, a estimativa de investimentos pelos fabricantes de automóveis é de 19 bilhões de dólares, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Com informações do Portal do Trânsito