Via Mangue, só em 2014 ?

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) alertou a Prefeitura do Recife, ontem, sobre o andamento das obras das 2º e 3º etapas da Via Mangue, a mais importante obra viária em construção na capital pernambucana. De acordo com a fiscalização do órgão, registrada em relatório finalizado em outubro, se o andamento da intervenção urbana se mantiver no nível atual, a Via só será liberada na sua totalidade 14 meses após o previsto, ou seja, em novembro de 2014. Em audiência pública realizada pela vereadora Priscila Krause (DEM), na Câmara do Recife, na manhã desta terça-feira (13), o chefe do núcleo de Engenharia do TCE, Airton Alcoforado (foto), dos 11,54% previstos para o período, apenas 3,70% foram executados. A presidente da URB, Débora Mendes, presente no evento, anunciou que um novo cronograma será oficializado até o final deste mês. Segundo ela, o atraso na liberação da certidão do Ibama, expedida no último dia 25, foi um dos motivos para o atraso nas frentes de serviço.

Outra informação oficializada na audiência pública foi a desapropriação do Aeroclube, na região do Pina. De acordo com Débora Mendes, o traçado da Via passará por dentro do terreno do clube aeronáutico, fato que “inviabiliza”, segundo ela, sua permanência no local. A presidente da URB informou, no entanto, que esse é um ponto que a Prefeitura do Recife não terá intervenção direta, já que as negociações para a desapropriação do terreno vão acontecer entre a direção do Aeroclube e o governo de Pernambuco, proprietário da área. A informação contraria documento assinado pela assessora da presidência da URB, Ana Zuleika, que respondeu oficialmente à Câmara do Recife, dia 26 de setembro deste ano, questionamento sobre a utilização do terreno. “A área em referência do aeroclube é de propriedade do Governo do Estado, não havendo no âmbito deste Município nenhum estudo de Viabilidade Técnica para que o mesmo seja utilizado”, registrou Zuleika.

Para a vereadora Priscila Krause, responsável pela realização da audiência pública, o atraso em frentes de serviço como a “Canalização do Rio Pina” e a “Construção do Muro de Contenção”, duas ações fundamentais para a construção da Via Mangue, é preocupante. “Estamos no oitavo mês, desde a assinatura da ordem de serviço, e a canalização do Rio Pina, que é um serviço preliminar, por exemplo, deveria estar 90% concluída, mas até hoje não houve andamento. Nossa preocupação é com o cumprimento dos prazos. O Recife não vai admitir que exista atraso de um dia sequer e é por isso que vamos, ao lado do TCE, permanecer fiscais 24 horas. Agora é aguardar o anúncio desse novo cronograma e somar esforços para o Recife sair desse caos chamado imobilidade”, resumiu.

Pavimentos reféns da Compesa

 

Diario Urbano

Por Tânia Passos

O investimento de R$ 28 milhões da Prefeitura do Recife para recuperação e recapeamento de 120 vias da cidade pode ir de água abaixo. Uma unanimidade entre os especialistas é que o inimigo número um do asfalto é a água. E a própria Compesa estima um aumento dos estouramentos a partir de Pirapama. Os estragos, no entanto, já podem ser vistos.

A Avenida Real da Torre que foi toda recapeada sofreu sete estouramentos. Tapar o buraco apenas não devolve à via a condição original de uso, ainda mais nas intervenções onde o asfalto antigo foi removido justamente para por fim à “colcha de retalhos”. Outro exemplo é a Avenida Conselheiro Aguiar. O trabalho mal havia terminado e um super buraco teve que ser aberto para fazer consertos na tubulação. Foi uma ação de emergência. Mas o que dizer do corte do asfalto, ao longo da linha d’água, após a realização do serviço, para instalar uma tubulação? O asfalto quebrado, próximo ao meio fio, inviabiliza a terceira faixa da Conselheiro Aguiar e simplesmente deixou impraticável o acabamento do pavimento que havia sido feito. E, por enquanto, ficou por isso mesmo.

A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) mantém um convênio com a Compesa onde, em linhas gerais, o município fecha os buracos e desconta o valor na conta da água. Em tese deveria funcionar, mas talvez este convênio, que é anual, tenha que ser revisto. Já que não temos ainda um plano diretor subterrâneo que estabeleça limites e padrões nas ações do subsolo, a solução é criar sanções mais duras para quem danificar o pavimento. Se o município investiu X para remover e recapear toda uma via, não pode cobrar Y para tapar os buraquinhos. Em lugares mais desenvolvidos, o trabalho teria que ser devolvido na mesma medida e quem sabe assim, não apenas a Compesa, mas qualquer empresa que resolvesse mexer no pavimento público pensasse duas vezes antes de quebrar qualquer pedacinho.

Corredores de ônibus prontos até 2013

Diario de Pernambuco

Por Macionila Teixeira

O cronograma das obras está pronto. Agora o desafio é cumpri-lo. Ontem, o governador Eduardo Campos assinou as ordens de serviço para a construção dos corredores exclusivos de ônibus dos eixos Norte-Sul e Leste-Oeste.

As duas intervenções fazem parte do conjunto de ações do Programa Estadual de Mobilidade (Promob), que visa compor um novo retrato para o transporte público da Região Metropolitana do Recife até a Copa do Mundo de 2014. Os dois corredores vão operar com veículos do modelo TRO (Transporte Rápido por Ônibus).

A  previsão do governo é que as obras fiquem prontas em maio de 2013, ou seja, com um ano de antecedência em relação ao calendário da Copa do Mundo. Entre as novidades anunciadas ontem, está a proposta viária da Vila Naval, para facilitar o acesso de quem trafega em veículo particular do centro para o subúrbio.
O governador adiantou que, a depender da equipe do estado, as datas serão cumpridas. “Há desapropriações a serem feitas e o que pode provocar algum tipo de atraso é se alguém decidir entrar na Justiça, por exemplo”, ponderou Eduardo Campos.

 

Mas o que ele fez mesmo questão de ressaltar ao longo de sua fala é o tempo a ser economizado pelo passageiro com a implantação do corredor Leste-Oeste. Para percorré-lo, os usuários terão um ganho de cerca de 30 minutos em cada viagem, o que significa um dia no final do mês. “Isso representa mais qualidade de vida.”

O corredor Norte-Sul será executado pelas empresas consorciadas EMSA-ATERPA e custará R$ 151 milhões. O início das obras está previsto para janeiro de 2012 e o tempo médio de conclusão é de 18 meses.

Os serviços começarão no trecho entre Igarassu e Paulista, com a recuperação de placas e drenagem. As obras do Leste-Oeste serão gerenciadas pelas empresas consorciadas Mendes Júnior-Servix e devem começar no próximo mês. Essa intervenção está orçada em R$ 145 milhões e começarão com a requalificação da Avenida Caxangá, na altura do Caxangá Golf Clube.
Os corredores vão receber o TRO, um sistema onde os veículos trafegam em faixas exclusivas, possuem ar-condicionado, GPS, sistema de segurança através de registro de imagens e contagem eletrônica de passageiros.

As tarifas são cobradas antes do passageiro entrar nos ônibus e os embarques e desembarques são feitos em estações construídas no mesmo nível dos coletivos, o que deve agilizar o tempo de parada dos veículos. “Primeiro vamos fazer a recuperação das vias atuais, com a troca de placas de concreto. Do contrário, não terão como sustentar o porte do TRO”, explicou o secretário das Cidades, Danilo Cabral.
Quando as obras do corredor Norte-Sul estiverem a todo vapor na Avenida Cruz Cabugá, será posta em prática a proposta viária da Vila Naval. A ideia é abrir um alternativa para quem vem em veículos particulares no sentido centro-subúrbio. A via segue paralela à Cruz Cabugá.

Quem vem pela Ponte do Limoeiro e entra à direita, na estrada que beira o mangue (Batista Regueira), passará pelo terreno da Marinha mais à frente e poderá seguir até as imediações do Shopping Tacaruna.

“Derrubaremos o muro construído há alguns anos pela Marinha e a via será recuperada para dar acesso aos veículos”, explicou Danilo Cabral. Quem vem em veículo particular no sentido subúrbio-centro, terá duas faixas na Cabugá. Mas no sentido contrário, por conta da construção do corredor exclusivo para o TRO, haverá apenas uma faixa.

 

 

Projetos de mobilidade urbana estão atrasados

 

A Copa das Confederações funciona como preparação para o Mundial de 2014 e servirá para a Fifa e a CBF testarem o poder de organização do país na hora de realizar grandes eventos. Foi anunciada na última quinta-feira uma nova matriz de responsabilidade, com o cronograma e o estágio das obras de infraestrutura que serão feitas para as duas atividades esportivas. As únicas cidades que mantiveram os mesmos prazos divulgados em 14 de setembro são Salvador, Natal e Curitiba. Em todas as demais, ocorreram alterações.

Como um minilaboratório para o Mundial do ano seguinte, a Copa das Confederações é uma disputa mais curta — metade do tempo — e com apenas oito seleções. Mesmo assim, a Fifa já avisou que será o momento para testar várias situações dos jogos, como agilidade nos deslocamentos do aeroporto até os hotéis, e dali para os estádios.

Além disso, mesmo a Copa das Confederações sendo disputada apenas em Brasília, em Fortaleza, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, o palco da decisão, não seria exagero pensar que os turistas que vierem prestigiar os jogos irão querer conhecer outras cidades e poderão ter uma surpresa negativa com as dificuldades de mobilidade nessas regiões.

 

As únicas que já iniciaram algum tipo de obra de mobilidade urbana são Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Dessas, apenas mineiros e cariocas sediarão jogos da Copa das Confederações. No caso da capital mineira, a Via 710, uma transversal que ligará diversos bairros de diferentes regiões sem passar pelo centro de Belo Horizonte, ficará pronta em novembro. O corredor exclusivo para ônibus na Avenida Pedro II, que desemboca no Mineirão, previsto inicialmente para terminar em novembro, teve o cronograma antecipado para março de 2013, a tempo de ser entregue para a Copa das Confederações.

O Rio de Janeiro, que abrigará tanto a partida final da Copa das Confederações quanto a decisão do Mundial de 2014, tem apenas um projeto de mobilidade urbana, o BRT Corredor Transcarioca. Com um orçamento total de R$ 1,582 bilhão, a obra — uma avenida exclusiva para ônibus que ligará a Barra, na Zona Oeste, à Penha, na Zona Norte — tem conclusão prevista para novembro de 2013.

 

VLT que esteve em fase de testes entre as estações de Cajueiro Seco e do Cabo. Imagem: GEORGE ANTONY/DIVULGAÇÃO

VLT
Brasília comemorou intensamente o direito de sediar a abertura da Copa das Confederações e assistir ao jogo da Seleção Brasileira. A capital federal receberá também sete jogos do Mundial de 2014, sendo um garantido do Brasil na primeira fase a e a decisão de terceiro lugar. Mas os dois únicos projetos de mobilidade urbana da cidade só estarão prontos, de acordo com o cronograma divulgado no mês passado, em dezembro de 2013. Apesar de a licitação não ter sido lançada, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o aeroporto até a Asa Sul, continua com o início das obras previsto para dezembro e conclusão agendada para dezembro de 2013. Já a ampliação da DF-047, que liga o Aeroporto ao Plano Piloto, está prevista para ficar pronta em plena Copa das Confederações, em junho de 2013.

 

Em Fortaleza, a expectativa até o momento é de que todas as obras sejam iniciadas ainda esse ano, mas nenhuma estará pronta antes da Copa das Confederações. Três delas estão previstas para terminar em junho — mês em que o torneio será iniciado — e as outras três em agosto, quando boa parte dos turistas e todas as seleções estrangeiras já terão deixado o país.

Dez dias atrás, a presidente Dilma Rousseff ficou irritada com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que anunciou a possibilidade de Salvador e Recife também entrarem como sedes da Copa das Confederações. Mas impôs uma ressalva em rede de tevê mundial: “Se elas concluírem a tempo a construção dos estádios”. Dilma interpretou essa mensagem como mais uma estocada pública da entidade, expondo a possibilidade de o governo não conseguir cumprir a sua parte no cronograma das obras.

Os estádios deverão estar prontos, já que, pelo cronograma previsto, eles serão concluídos em dezembro de 2012. O mesmo não pode ser dito das obras de mobilidade. Na capital pernambucana, o Terminal Cosme e Damião, do Metrô, tem previsão para entrar em funcionamento em novembro de 2012. Mas todas as outras intervenções de infraestrutura ficarão prontas em 2013. A única já iniciada, a Corredor Via Mangue — uma via expressa com aproximadamente 4,5 km — só fica pronta em setembro de 2013.

Em Salvador, existe apenas um projeto dentro do PAC Mobilidade Urbana: o BRT do Corredor Estruturante, exclusivo para ônibus ligando o aeroporto à zona norte da cidade. Com investimento de R$ 570,3 milhões, estará liberado para uso pela população em fevereiro de 2014.

Fonte: Correio Brasiliense e Meu Transporte

 

Acessibilidade não acessível: o guerreiro em duas rodas

Em 2009, o Diario fez uma série sobre as as obras de acessibilidade nas vias urbanas do Recife, que na verdade são pouco acessíveis. E levamos três deficientes para mostrar como elas (não) funcionam na prática. Aproveito as férias para resgatar essa série bem legal. Vale a pena ver de novo.

 

 

 

 

 

Tânia Passos

taniapassos.pe@dabr.com.br

 

Nada parece mais básico, do ponto de vista da cidadania, do que o direito constitucional de ir e vir com plena acessibilidade. Simples, mas ainda distante para um universo de pessoas com deficiência física. Mais de um milhão só em Pernambuco.

A acessibilidade é uma condição primordial para a inclusão social. Um assunto relativamente novo, onde as cidades ainda estão tateando para encontrar o caminho. Um começo inseguro e carente de acertos.
Até mesmo as obras já contempladas com equipamentos para esse fim se tornam pontos inacessíveis, ou pela falta de continuidade ou por não terem sido executadas de acordo com as normas técnicas previstas no Decreto Federal 5.296/04.

Servem de “enfeite” para propagar uma medida “politicamente correta”, porém ineficaz. Durante uma semana, o Diario acompanhou pelas ruas do Recife as dificuldades de pessoas com deficiência. Gente como o cadeirante Edvaldo Gonçalves, que ficou paraplégico há 17 anos, vítima de uma esquistossomose medular.

E, ainda, o jovem Edson Amorim, 18 anos,cego aos 2 anos, vítima de glaucoma e cheio de sonhos para realizar. A dificuldade de acessibilidade não é apenas para o cadeirante ou o cego.
O surdo, mesmo enxergando e sendo capaz de se locomover, também fica à margem é o que nos conta Patrícia Cardoso, 38, surda desde os 2 anos.

A deficiência da comunicação visual limita e constrange. E talvez seja uma das mais difíceis barreiras a serem vencidas e uma das menos combatidas nas intervenções de acessibilidade.

O cadeirante Edvaldo Gonçalves, 54 anos, está longe de ser o tipo atlético, mas se transforma em guerreiro todas as vezes que precisa enfrentar os desafios da rua.

Quem conhece as péssimas condições das nossas calçadas e a infinidade de obstáculos existentes pode até ter uma vaga ideia do que isto representa, mas jamais será capaz de enxergar sob o ponto de vista de quem está sentado em uma cadeira de rodas e precisa seguir em frente. É assim que Edvaldo vê o Recife. É também assim que ele quer mudar o que ainda não é acessível.

Convidado para ser personagem desta matéria, não hesitou e traçou o roteiro dos problemas que costuma enfrentar. A viagem teve início em uma das mais importantes obras da Prefeitura do Recife, o Corredor Leste-Oeste. Um investimento de R$ 14 milhões e que foi apontado como uma das maiores obras de acessibilidade no trânsito executada nos últimos anos.

Pois foi lá mesmo que o cadeirante Edvaldo Gonçalves mostrou o que não funciona. O ponto de partida foi a Praça do Derby, restaurada, no ano passado, para integrar o corredor. Depois de estacionar o carro da reportagem no lado direito da praça, nós acompanhamos o trajeto feito por ele na cadeira de rodas.

Uma rampa de acesso ao cadeirante na lateral da praça parecia ser o caminho natural para subir na calçada. E seria, se tivesse sido feita da forma correta. A diferença na altura do pavimento da pista bem acima do nível da rampa é facilmente percebida. Um risco para o cadeirante.

“Como há uma diferença na altura dos dois pisos, a cadeira inclina e corro o risco de ser projetado para frente”, explicou. A velocidade da descida na rampa foi amortecida pela areia acumulada no local. “A areia segurou, mas exige um esforço físico maior”, explicou.

Na praça veio também o primeiro elogio. A rampa frontal que dá acesso à faixa de pedestre na Agamenon Magalhães recebeu nota máxima. “Não há risco de inclinação da cadeira e o piso está no mesmo nível da pista. Ela é perfeita”, afirmou.

O caminho perfeito é também curto. Só serviu mesmo para dar acesso à faixa de pedestre que corta a avenida. No fim da faixa os problemas recomeçam. No outro extremo não há rampa.

Sem opção, ele toma uma decisão arriscada e continua o percurso na pista de rolamento concorrendo com os carros. Segue em frente, mais uma vez, destemido. “Não posso parar no meio do caminho. Se não for acessível tenho que contornar e continuar. Se não for assim, não saio de casa”, revelou Edvaldo.

No Centro – Ao longo do Corredor Leste-Oeste, um dos trechos de melhor acessibilidade para o cadeirante é a Avenida Conde da Boa Vista. As calçadas foram alargadas e se encontram praticamente livres de ambulantes.

A locomoção na extensão do passeio não apresenta dificuldades. Mas o mesmo não se pode dizer das vias transversais. Dificuldade também na hora de atravessar de um lado para outro da avenida. “Aqui a preocupação é com o tempo do semáforo”, ressaltou.

No centro da cidade, ele convida para mais uma demonstração de desrespeito à condição do cadeirante. Na Praça Joaquim Nabuco, as rampas mais uma vez não estão no nível do pavimento da pista.

Por causa disso, exige um esforço hercúleo até mesmo para Edvaldo, habituado a travar batalhas diárias para vencer as barreiras que encontra pela frente. “Aqui não consigo sozinho”, admitiu. O fotógrafo Hélder Tavares o ajudou a vencer o obstáculo.

2012, o ano da Copa para a mobilidade

O ano de 2012 será decisivo para Pernambuco sair bem na fita para a Copa do Mundo de 2014. Importantes equipamentos para a melhoria da mobilidade urbana precisam ficar prontos até o final do próximo ano.

É o caso dos terminais de integração. A meta é que os 23 terminais integrados com ônibus e metrô estejam funcionando em boas condições ao final de 2012.

Com o sistema integrado, a estimativa é duplicar o número de passageiros transportados pelo metrô, hoje com uma média diária de 245 mil pessoas.

O governador Eduardo Campos elencou um pacote de obras estruturais, entre elas a construção do Terminal Integrado Cosme e Damião, uma espécie de porta de entrada para a cidade da Copa e que teve a ordem de serviço assinada ontem.

 

O terminal está orçado em R$ 18 milhões e só será entregue em 2013. Ele também anunciou a construção da passarela que ligará o Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre à estação do metrô, em frente ao aeroporto, mas do ponto de vista de acessibilidade essa integração hoje não funciona.

“O Recife será a primeira capital brasileira que terá uma integração do avião para o metrô ou ônibus direto para a cidade da Copa”, afirmou o governador. A passarela está orçada em R$ 28 milhões.
Dos 23 terminais, dez são novos. No pacote de obras também foi anunciado a licitação dos editais para a reforma dos terminais do Recife, Igarassu e Camaragibe e a contratação de um “kit” para padronizar os 13 terminais que já existem e precisam ser melhorados.

“Nós queremos os terminais com o mesmo padrão de atendimento e isso significa ter banheiros em boas condições de uso, água gelada para os usuários, cadeira para o idoso e uma central de atendimento”, explicou.
Em relação ao cronograma das obras, o secretário das Cidades, Danilo Cabral, ressaltou que o estado está se antecipando aos prazos. “Até o fim de dezembro o processo licitatório das obras dos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste estará concluído.

O ramal da cidade da Copa já teve as obras iniciadas e agora o do Terminal Cosme e Damião, que é o último dos quatro compromissos assumidos pelo estado com a Fifa”.