BR-232 na mira para pedágio

BR-232 será recuperada entre Recife e Caruaru e poderá depois ser pedagiada Foto ; Blensa Souto Maior DP/D.A.Press
BR-232 será recuperada entre Recife e Caruaru e poderá depois ser pedagiada Foto : Blenda Souto Maior DP/D.A.Press

Dezessete anos depois do início das obras de duplicação da BR-232, que ficou pronta em 2002, mas nunca foi inaugurada, oficialmente, a rodovia será praticamente refeita, a partir do próximo ano. A estimativa da Secretaria de Transportes é que a nova BR-232 seja orçada em cerca de R$ 400 milhões, mesmo valor gasto na duplicação. As obras estão previstas para começar em 2016 e serão divididas em dois lotes.

A estratégia da Secretaria de Transportes é de salvar a rodovia, mesmo que para isso seja instalado um pedágio após sua recuperação. No Nordeste, apenas a Bahia tem pedágio em rodovia federal. Em todo o país são oito estados com um total de 28 pedágios.
O pedágio na BR-232 é defendido pelo secretário da pasta Sebastião Oliveira.

Segundo ele, não adianta recuperar a rodovia e não ter uma manutenção que garanta a qualidade da via de forma permanente. “Essa é uma decisão que cabe ao governador, mas eu particularmente defendo o pedágio para que qualidade seja mantida no caso de não haver caixa suficiente para a manutenção”, afirmou.

A empresa Projetec foi contratada para fazer a elaboração do projeto de restauração da rodovia. O trecho contemplado vai do entroncamento da BR 408, nas imediações do Curado, até o entroncamento da BR 104, em Caruaru. A intervenção inclui a restauração do pavimento e implantação do sistema de drenagem, que não foi contemplado no projeto anterior.

“Há uma pendência judicial entre o consórcio das empresas, responsável pela duplicação, e o estado em razão da falta de drenagem na obra, que foi a causa do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte não ter recebido a obra”, detalhou Sebastião Oliveira.

Ainda segundo o secretário, o estado também não recebeu a obra das empresas. “Não foi assinado o termo de recebimento, mas nem por isso iremos deixar a rodovia se acabar. Não queremos ser conhecidos por termos destruído a BR-232, mas sim por salvá-la”, sentenciou. O projeto de restauração, que custou R$ 4,6 milhões tem previsão de ser entregue em novembro deste ano.

Saiba Mais

Os pedágios em rodovias federais:
8 estados e 28 pedágios
Minas Gerais:
BR 040 – 3 pedágios ao longo da rodovia
Paraná
BR 116 – 5 pedágios ao longo da rodovia federal
Santa Catarina
BR 116 – 5 pedágios ao longo da via
Rio Grande do Sul
BR 290 –  2 pedágios ao longo da rodovia
Rio de Janeiro
BR 393-  3 pedágios ao longo da rodovia
Espírito Santo
BR-101 – 7 pedágios ao longo da rodovia federal
Bahia
BR 324 – 2 pedágios
Mato Grosso do Sul
BR 262 – 1 pedágio na rodovia
– São Paulo tem 13 pedágios em rodovias estaduais
– Pernambuco tem 2 pedágios: PE-09 e Via Parque

Principais problemas da BR-232
– Falta de drenagem
– Buracos ao longo da via
– Ondulações na pista
– Sinalização precária
– Acostamento em péssimas condições

A BR-232 em números:
552 quilômetros de extensão de Recife a Salgueiro
63 mil veículo é a média diária que circula pela rodovia
R$ 400 milhões é a estimativa para recuperar os dois lotes
R$ 460 milhões foi o valor gasto na duplicação entre 1998 e 2002
R$ 4,6 milhões é o custo do projeto de requalificação

A execução da obra foi dividida em dois lotes:
Lote 1 – Do entrocamento da BR-408 (Curado) até a entrada de Chã Grande
Lote 2 – De Chã Grande até o entrocamento da BR-104, em Caruaru
2016 é a previsão do início das obras do lote 1

Fonte: Setra e o site estradas.com.br

Pedágio no centro do Rio será inevitável

Por

Milton Corrêa da Costa

O trânsito do Rio caminha para o que já se previa há anos atrás: a saturação dos espaços viários e o caos total. E a recente adoção do BRS (Bus Rapid Service)- um corredor exclusivo de ônibus- no Centro e na Zona Sul da cidade mostrou claramente isso. Tudo desemboca no grande gargalo do Centro. Por mais racional que a implantação do BRS possa ter sido planejada constata-se que há veículos demais em circulação em horário de pico, muitos em péssimo estado de conservação.

Se o BRS encurtou o tempo de viagem para quem viaja de ônibus criou, como efeito colateral sem solução, mais congestionamentos em avenidas e ruas próximas. Quem reside na Zona Oeste do Rio pode levar, por exemplo, mais de duas horas preso em engarrafamento em horário matutino de pico e outras tantas horas no horário vespertino. Quem reside nas Zonas Norte e Leopoldina já não é muito diferente.

Aquisição facilitada de carros, falta de grandes obras viárias, cultura do uso irracional do carro particular, cruel espera da expansão do transporte de massa, horários idênticos para o início e término das diferentes atividades profissionais, além do comércio, constantes veículos com defeito e parados em via pública, acidentes diários nos corredores de trânsito, excesso de ônibus em vias públicas e carga e descarga em horários de rush, traduzem um conjunto de fatores que faz com que, cada vez mais, caia a velocidade média de circulação na cidade do Rio de Janeiro, que se prepara para grandes eventos nos anos de 2013, 2014 e 2016.

O uso ilimitado e irracional do carro particular está, pois, com os seus dias contados no Centro do Rio. Não há mais dúvida. A lei que trata da mobilidade e priorização do transporte público, já está em vigor no país e autoriza a cobrança do pedágio urbano a carros particulares. Mantida a média de emplacamento de novos veículos no município do Rio (100 mil/ano), até os Jogos Olímpicos de 2016 teremos mais 500 mil veículos se arrastando e engarrafando ainda mais ruas e avenidas. Ou seja, o trânsito do Rio vai parar num grande congestionamento daqui há pouco tempo, numa grande fonte de estresse.

Proprietários de veículos, repudiem ou não, batam o pé ou não, só poderão circular ao volante e no conforto dos seus bens móveis (refrigerados), no Centro o Rio e sua periferia, entre 06:00 e 21:00 horas, em dias de semana, desembolsando um alto valor para o pagamento do pedágio urbano, tal e qual algumas cidades do mundo. Ou se acaba e se desestimula a cultura individualista do uso irracional do automóvel ou o pedágio será privilégio de poucos que se disponham a incorporar no orçamento mais um pesado item. Uma medida inevitável ainda que restritiva de direito de uso do solo urbano. Uma medida em prol da coletividade e do meio ambiente, ainda que de repúdio social. Não haverá para onde correr.

O que é pior: o futuro da indústria automobilística, que depende do permanente aquecimento do mercado de venda de carros para manter a produção e consequentemente os empregos e sua própria sobrevivência, sem falar no futuro das concessionárias e revendas de veículos, está em xeque. Assim como os locais autorizados para uso do cigarro estão cada vez mais restritos aos fumantes o uso do automóvel particular, inevitavelmente, estará também limitado no futuro.

A bicicleta, quer queiramos ou não, surge como meio alternativo de transporte para alguns. Haja, portanto, bicicletários, ciclofaixas, ciclovias, preparo físico e paciência para encarar doravante o trânsito do Rio que no futuro, adotado o regime de pedágio no Centro, fluirá melhor e com menos estresse. Que se preparem, pois, todos aqueles que imaginaram dispor, ad eternum, de ruas e avenidas, a seu bel prazer, para deslocarem-se, com conforto, em seus veículos. Os espaços viários são finitos e a era do uso ilimitado do automóvel está com os seus dias contados. Sinal dos novos tempos. Quem sobreviver ao caos urbano verá.

*Milton Corrêa da Costa é coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro

Fonte: Portal do Trânsito

Proposta isenta motos de pedágio em rodovias federais

 

A Câmara analisa o Projeto de Lei 1410/11, do deputado Washington Reis (PMDB-RJ), que isenta motos do pagamento de pedágio em rodovias federais.

Para o autor da proposta, esses veículos não causam danos às estradas e rodovias, nem ao meio ambiente, e consomem pouco combustível. Além disso, diz ele, as motos são os veículos que menos congestionam o trânsito. “Parece justo que mereçam uma atenção especial pela diminuição do volume de tráfego, dos elevados índices de poluição e até do estresse ocasionado pelos engarrafamentos.”

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

Projeto libera pagamento de pedágio em caso de lentidão na cobrança

 

 

A Câmara analisa o Projeto de Lei 1561/11, do deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), que reduz os limites de espera em postos de pedágio definidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Atualmente, a agência determina que o usuário fique liberado do pedágio se as filas nas cabines de pagamento forem superiores a 300 metros ou se a espera no atendimento for superior a dez minutos. A proposta reduz para 100 metros e cinco minutos esses limites, que passarão a ser inscritos nos contratos de concessão de estradas e divulgados em placas para o conhecimento dos usuários.

Multa
A empresa de pedágio que descumprir a determinação poderá ser multada em até R$ 1,5 milhão, de acordo com o projeto. O deputado argumenta que os limites determinados pela ANTT são modestos e não impedem a formação de congestionamentos nas praças de pedágio das rodovias brasileiras. “Não há, de fato, motivo que justifique um usuário esperar mais de cinco minutos por atendimento em praças de pedágio. Está ali não por vontade sua, mas porque exigem que pague pelo serviço. Se é assim, que a cobrança seja célere”, argumenta.

Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias