Ciclovias suspensas sobre os trilhos de Londres. Conheça o projeto

 

Projeto de arquitetura de ciclovias suspensas em Londres - créditos: Foster and Partners
Projeto de arquitetura de ciclovias suspensas em Londres                                       créditos: Foster and Partners

Norman Foster, arquiteto britânico vencedor do prêmio Pritzker, divulgou nesta semana seu mais novo projeto, em que pretende criar ciclovias suspensas sobre os trilhos dos trens suburbanos em Londres como alternativa ao transporte público, com tarifas em alta na capital britânica.

Chamada SkyCycle, a proposta envolve construir 220 quilômetros de ciclovias sobre a estrutura já existente dos trilhos urbanos, permitindo aos usuários uma circulação desimpedida pela cidade, sem dividir o espaço das ruas com carros e motocicletas.

Seu projeto já tem o apoio das autoridades londrinas responsáveis pelo transporte público e foi também apresentado ao prefeito de Londres, Boris Johnson, que, segundo o jornal britânico “The Guardian”, demonstrou interesse pela obra.

Uma primeira etapa para testar a ideia seria a construção uma ciclovia suspensa de 6,5 quilômetros, entre Stratford, no nordeste de Londres, até a estação Liverpool Street dos trens metropolitanos. Só esse trecho custaria cerca de R$ 856 milhões.

Fonte : Via Portal Mobilize

Viena reutilizou trilhos de bondes e o Recife tem alguma chance?

Fellipe Castro/Esp. Aqui PE/D.A O Recife que já teve uma malha viária de bondes de quase 200km, acabou perdendo quando optou pelo transporte rodoviário. Os trilhos ficaram como memória de um passado, pelo menos por enquanto. Confira o exemplo de Viena.

Em alguns lugares do Brasil, como resquício do século 20, há diversos trilhos de bondes nos quais hoje não circula mais nenhum transporte e a infraestrutura serve apenas como vestígio do passado. Em Viena, capital da Áustria, esses mesmos trilhos estão sendo reutilizados para as linhas de ônibus elétricos.

A vontade de mudar o sistema de transporte público era maior que o orçamento em Viena. Foi então que os governantes resolveram adaptar a infraestrutura deixada pelos bondes para os veículos que usam baterias. Sem uso de gasolina e dotados de bateria elétrica, doze ônibus já estão em serviço – eles reduzem a emissão de CO2, o barulho comum dos veículos convencionais e aproveitam a mobilidade de linhas exclusivas para o transporte público.

Cada ônibus transporta 40 passageiros. A cidade não precisou criar uma infraestrutura para o novo modal, o que seria inviável financeiramente, uma vez que o orçamento de Viena encontra-se restrito ainda devido à crise europeia, segundo informou o New York Times.

A tecnologia foi fornecida pela Siemens e deve ser utilizada em cinco cidades da Europa e duas da América do Sul, cujos nomes não foram divulgados. De modo pioneiro, as linhas de bonde permitem o carregamento das baterias enquanto os ônibus circulam sobre os trilhos. A emissão de dióxido de carbono tende a ser redzida em 300 toneladas ao ano.

Os ônibus adotados por Viena custaram à cidade 400 mil euros (1,2 milhão de reais), o dobro de uma frota movida a gás ou gasolina, mas quando compensada a economia com os trilhos e com a saúde pública, percebeu-se que valeria o investimento.

Brasil atrasado

Embora não seja novidade no resto do mundo, o Brasil está entrando atrasado no terreno dos veículos elétricos. A opinião é do presidente do conselho consultivo da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Jaime Buarque de Holanda.

Há cerca de 13 anos, a entidade chama a atenção de que seria importante o país se preparar para essa transição tecnológica. “De modo geral, essa coisa não foi bem percebida aqui no Brasil”, apontou Holanda.

A capital do Paraná, Curitiba, foi pioneira no país na produção de ônibus elétricos para transporte coletivo. No município já estão em operação 30 veículos hibribus, ônibus movidos por dois motores, um deles abastecido por energia elétrica e outro, por biodiesel.

Esse é o primeiro ônibus híbrido produzido pela Volvo no Brasil, por encomenda da prefeitura de Curitiba. O investimento, porém, foi feito pelas empresas privadas do setor de transporte urbano e não incluem a reutilização de trilhos.

BRT na capital do forró

Trilhos Caruaru - Foto - Tersa Maia DP/D.A.Press

Por
Tânia Passos

Do Trem do Forró ao modelo de Transporte Rápido por Ônibus, também conhecido como BRT (Bus Rapid Transit). O sistema de corredor exclusivo de ônibus, inaugurado em Curitiba na década de 1970, e que se tornou exemplo para o mundo, será implantado em Caruaru no trecho da antiga linha férrea que corta a cidade de Leste a Oeste. A cidade do Agreste é a primeira do interior do estado a apostar nos corredores exclusivos de ônibus. O município foi contemplado com recursos do PAC da Mobilidade 2, do governo federal, que destinou R$ 250 milhões para as obras. O projeto executivo deverá ser iniciado em até 90 dias e a obra do corredor no primeiro trimestre de 2014.

Com uma população de 306 mil habitantes e uma frota de 126 mil veículos, a cidade tem uma média de um carro para 2,4 pessoas, mesma proporção do Recife, com 1,5 milhão de habitantes e uma frota de 607 mil veículos. O principal sistema de transporte público de Caruaru é o de ônibus, que tem frota de 81 coletivos e transporta 1,4 milhão de passageiros por mês. “Acho o transporte público daqui muito escasso e a situação fica pior nos horários de pico. Demora muito de um intervalo para outro e a gente não tem outra opção”, reclama a estudante Jéssica Machado, 21 anos.

Ônibus Caruaru - Foto - Tersa Maia DP/D.A.Press

Caruaru obteve recursos para o BRT após apresentar um pré-projeto ao Ministério das Cidades, no fim do ano passado, com a proposta de dois corredores exclusivos: Norte/Sul e Leste/Oeste. Dos dois, foi escolhido o ramal Leste/Oeste, que cortará 12 bairros entre Rendeiras e Alto do Moura e beneficiará mais de 50 mil usuários.

“Nós tentamos emplacar os dois corredores, mas para nós o Leste/Oeste, que passa por dentro da cidade e atende quase o dobro do Norte/Sul, é mais urgente. Mesmo assim vamos tentar aprovar o Norte/Sul no PAC3, em 2014”, afirmou o secretário de Projetos Especiais da Prefeitura de Caruaru, Paulo Cassundé.

O corredor Leste/Oeste será construído por cima da antiga linha férrea em um trecho de 13,5 km. A estação da Refesa fica no centro de Caruaru. O local foi o principal palco do Trem do Forró, uma das maiores atrações juninas da cidade. O último trem passou pela estação em 2001. A atividade foi encerrada devido às péssimas condições da linha entre o Recife e Caruaru. A ideia, agora, é reaproveitar o espaço da linha, que ocupa uma área reservada de 10 metros de cada lado.

“Estamos em contato com a Diretoria de Patrimônio da União, a Agência de Transporte Terrestre, o Dnit e o Iphan para que a linha férrea seja oficialmente cedida ao município de Caruaru”, revelou o prefeito de Caruaru, José Queiroz.

VLT do Cabo começa a operar no sábado


A CBTU/Metrorec dará início neste sábado à operação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) em regime experimental. Para quem utiliza o trecho Cajueiro Seco – Cabo, o VLT funcionará aos sábados, das 5h às 14h. A operação servirá também para a empresa realizar os últimos testes de tempo de viagem, antes do início da operação comercial.

O período experimental é também para que os usuários se adaptem ao novo veículo que substituirá os antigos trens à diesel. Os modelos antigos continuarão circulando de segunda a sexta.

A frota contará com sete veículos, composto de três carros climatizados, movidos a biodiesel, sistema de suspensão a ar, totalmente computadorizado, com capacidade para transportar 600 passageiros.

Fonte: CBTU