Zona Verde ocupa estacionamento no centro de São Paulo

 

Zona Verde ocupa vaga de dois carros em São Paulo
Zona Verde ocupa vaga de dois carros em São Paulo – Foto – reprodução internet

As “Zonas Verdes” foram inspiradas nos “parklets” criados em São Francisco, nos Estados Unidos, e surgem como forma de converter o espaço de estacionamento de automóvel na via pública em área recreativa temporária. O objetivo central do projeto é estimular a discussão das cidades para as pessoas e o uso do solo com equidade.

Este conceito inclui instalar áreas de lazer e convívio entre as pessoas em espaços anteriormente ocupados por carros, bem como em áreas que podem ativar determinadas ruas, bairros ou cidades.

Pesquisa realizada com cerca de 1.000 usuários durante a primeira etapa, realizada durante o Design Weekend em Agosto de 2013 em dois endereços: Rua  Amauri – Itaim e Rua Maria Antônia na Vila Buarque – Centro de São Paulo revelou a importância do desenvolvimento de áreas permanentes para o pedestre. O projeto teve 100% de aceitação tanto para pedestres , quanto para motoristas.

A cidade de São Paulo possui 37 mil vagas de zonas azuis, sendo que 32 mil são destinadas exclusivamente para automóveis particulares sem prioridade, o número de automóveis registrados no Detran-SP superam a casa dos 7 milhões de unidades, atualmente cerca de 1.500 carros zeros são incorporados diariamente na frota circulante de São Paulo.

Na prática,o número de vagas é insuficiente para atender uma demanda de automóveis na cidade de São Paulo, o  que teoricamente poderia ser negativo para a intervenção, porém o resultado mostrou-se bastante positivo na prática, os motoristas tem a exata noção de que mesmo que dobrasse  o número de estacionamentos, ainda assim eles seriam insuficientes para atender a demanda crescente de estacionamentos.

O número de pessoas com respostas contra a criação de novos estacionamentos de carro é praticamente o mesmo entre motoristas e pedestres, 88% para  quem não tem carro e 77% de quem possui carro ( são contra a criação de mais estacionamentos zonas azuis).

Apenas 5% de quem tem carro e 2% de quem não tem foram favoráveis  da ampliação dos estacionamentos de zonas azuis na cidade.  No entanto para  100%  das pessoas consultadas sobre  o uso de zonas azuis, foram favoráveis  para criação de “Zonas Verdes” permanentes  no espaço de dois automóveis, todos eles  consideraram Excelente ou Boa a iniciativa.

A pesquisa também identificou que na faixa etária dos  26 a 31 anos, contem  o grupo com maior motorização ( 98% de proprietários de carro) , no entanto é o grupo que menos utiliza o carro, com cerca de 78% utilizando o carro apenas uma vez por semana e 22 % utilizando  2 ou mais vezes por semana. Isso demonstra que os mais jovens tem uma percepção diferente de cidade e faz o uso mais racional do carro.

Fonte – Instituto Mobilidade Verde (via Portal Mobilize)

O mapa dos flanelinhas mensalistas

Este blog denunciou a prática dos flanelinhas, que cobram por mês para o motorista ter direito de estacionar em vias públicas. A prática, comum na FCAP (Faculdade de Ciências da Administração), na Madalena, também se repete na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

Na FCAP a mensalidade custa R$ 30,00 e na Unicap R$ 50,00. Mesmo dispondo de estacionamento para os alunos, na Unicap a oferta é insuficiente e as ruas do entorno acabam sendo são usadas para estacionar. É ai que entram os “mensalistas”.

O blog Mobilidade Urbana ouviu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre essa prática. De acordo com o advogado Paulo César Maia Porto, a cobrança pelo uso do espaço público é absolutamente ilegal. “O espaço público não pode ser privatizado e a atividade do flanelinha não pode consistir como uma obrigação”, afirmou.

Ainda segundo oadvogado, se o dono do carro se sentir ameaçado, mesmo que seja apenas uma insinuação de dano ao veículo, caracteriza crime de extorsão. A extorsão é caracterizada pela ameaça e nesses casos, a pessoa pode procurar a polícia ou ligar para o 190”,explicou.

Parece simples, mas a polícia não irá fazer plantão todos os dias e, sem a segurança necessária, o estudante acaba se submetendo. Mais do que travar uma briga diária com os flanelinhas, talvez o melhor caminho seja exigir o direito de um espaço para estacionar. E não é favor das instituições.