Desapropriações x obras viárias

Diario Urbano

Jailson da Paz

Os dois viadutos de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, servem de aviso ao que pode ocorrer na Avenida Agamenon Magalhães. Durante meses, uma barraca vermelha impediu o avanço das obras do viaduto destinado ao tráfefo no sentido Recife-Cabo. Estava ali, um proprietário descontente com o valor a receber do estado.

E que, por tal motivo, recorreu ao Judiciário. O destino dos 31 imóveis listados para serem removidos, alguns em parte, por conta dos elevados na Agamenon, como mostram outros episódios recentes, deve ser o mesmo da barraca vermelha: dar lugar ao crescimento que pede passagem. Mas os 31 imóveis não são pequenos empreendimentos. São prédios e terrenos de alto valor comercial e até histórico. Não, uma barraca.

O que exigirá dos governos municipal e estadual o emprego não só de argumentos jurídicos e da necessidade imediata de se implantar um grande projeto de mobilidade na avenida, considerada a artéria principal do Recife. Será preciso habilidade dos negociantes. Proprietários dos imóveis afetados sinalizaram ontem, nesse sentido, marcando uma reunião para hoje. A peleja em torno do assunto pode se arrastar por anos, se a negociação falhar. E a promessa à Fifa de que o projeto estará pronto antes da Copa pode não se cumprir.

Saiba como enfrentar as chuvas de verão sem derrapar

Muitos motoristas aqui já enfrentaram a situação desagradável de passar por um poça de água e perder o controle do carro momentaneamente. O problema é que quando existe um excesso de água, aliado as outros fatores, o resultado pode ser muito grave. Confira abaixo as dicas de um especialista para minimizar os riscos de aquaplanagem.

Janeiro é mês de férias e também um período em que quase todos os dias cai aquela chuva de verão. Por isso, um dos cuidados a mais que os motoristas devem ter é com a aquaplanagem. A aquaplanagem é o “deslizamento” do carro sobre uma camada de água, que ocorre quando os pneus perdem tração por não terem capacidade de “expulsar” a água existente na pista. Isso ocorre devido ao nível de desgaste dos pneus e depende da velocidade do carro ao atingir a lâmina de água. A aquaplanagem pode alterar a trajetória do carro e, em casos mais graves, causar um acidente.

Por isso, a atenção com os pneus deve ser redobrada. Nada de transitar com os pneus carecas. José Carlos Quadrelli, gerente geral de engenharia de vendas da Bridgestone do Brasil, explica que os sulcos dos pneus são responsáveis pela drenagem da água do asfalto. “No caso de chuva a pouca ou nenhuma profundidade dos sulcos, compromete o escoamento da água que fica entre o pneu e o piso, o que aumenta significativamente o risco de aquaplanagem e a perda do controle da direção”, explica ele.

Para garantir a segurança e aderência dos pneus no asfalto, o ideal é que a profundidade mínima dos sulcos não ultrapasse a indicação TWI (Tread Wear Indicators), que são “ressaltos” da borracha vistos dentro dos sulcos. “Abaixo de 1,6 mm de profundidade, em qualquer parte dos sulcos, o pneu passa a ser considerado careca e, além de perigoso, passível de autuação pelas autoridades”, salienta Quadrelli.

Como forma de tentar prolongar a vida útil do pneu, alguns motoristas adotam um recurso que não é recomendável. “Muitas vezes, quando os pneus atingem o TWI, alguns borracheiros aplicam a prática de ‘riscar´ ou ‘frisar’ o pneu, também conhecida como ressulcagem. Consiste em redesenhar a banda de rodagem com lâminas quentes. Esta atitude é condenada pelos fabricantes de pneus, pois ao ter retirada parte da borracha que compõe sua estrutura, deixando por vezes a lona aparente, o pneu perde sua resistência, pode estourar em pleno movimento e compromete sua aderência com o solo”.

Outras regras básicas para o motorista conduzir com segurança sob chuva, são manter os pneus com a pressão indicada pelo fabricante do veículo, ter os quatro pneus com a mesma medida e desenho – que garante capacidade de drenagem por igual, fazer o rodízio a cada 8 mil quilômetros (quando não houver recomendação diferente do fabricante do veículo) e procurar trocar os quatro pneus juntos.

Além dos cuidados com a conservação dos pneus, os especialistas em segurança no trânsito recomendam que nos dias chuvosos não se trafegue em velocidade acima de 80 quilômetros por hora. Afinal de contas, nem todas as estradas brasileiras possuem sistemas de escoamento, drenagem e captação de águas pluviais, portanto, caso você esteja dirigindo em dias chuvosos, sempre olhe pelo retrovisor e veja se você consegue ver as marcas dos seus pneus da estrada. Caso não consiga vê-los, cuidado, pois o risco de aquaplanagem é maior.

Se com todos estes cuidados você ainda aquaplanar, a dica é: retire imediatamente o pé do acelerador, não pise bruscamente no pedal do freio. Segure firme no volante para manter as rodas retas. Quando sentir que os pneus retomaram o contato com o solo, gire levemente a direção de um lado para o outro até sentir que o veículo recuperou totalmente a aderência. Caso o seu carro possua freios ABS (que não deixa travar as rodas), aplique a força no pedal do freio, mantendo-o pressionado até o seu controle total do veículo.

Fonte: UOL.com