A imobilidade no calçadão de Boa Viagem

Diario de Pernambuco

Por Anamaria Nascimento

O que deveria ser apenas uma atividade de saúde e bem-estar tem se tornado uma fonte de aborrecimento. Quem caminha ou corre na orla de Boa Viagem precisa ter atenção extra com cachorros, bicicletas, carroças com cadeiras e carrinhos de CDs e DVDs piratas, que disputam o espaço com os que se exercitam no calçadão. As reclamações são constantes. Os pedestres denunciam ainda a ausência de fiscalização nos 8,2 km de extensão da orla. A Prefeitura do Recife, por outro lado, garante que o trabalho de repressão aos que fazem o mau uso do espaço público é constante.

O médico Marcelo Fiuza, 53 anos, costuma correr diariamente. Há alguns anos, usava exclusivamente o calçadão de Boa Viagem. Hoje, se arrisca praticando o exercício na ciclovia ou na avenida. “O que vem acontecendo aqui é um absurdo. O espaço voltado aos pedestres está bastante obstruído. Carroças, cadeiras e bicicletas nos expulsam da calçada. Falta fiscalização”, reclamou.

Uma das carroças com cadeiras que atrapalhava o caminho do médico pertencia ao ambulante Vagner Batista, 19. Ele reconheceu o erro, mas disse que não poderia tirar o material da área porque isso dificultaria seu trabalho. “Estou sozinho na barraca. Não posso deixar minhas coisas do outro lado da pista porque os clientes vão esperar muito se eu fizer isso”, alegou.

Os ciclistas também se queixam da bagunça na orla. Segundo eles, trabalhadores que fazem carga e descarga bloqueiam a ciclovia. “Quase caí da bicicleta quando me deparei com caixas e sacos de gelo no caminho. Fico me perguntando como as autoridades não veem esses absurdos”, pontuou o professor João Lima, 34 anos.

De acordo com a gestora da Diretoria de Controle Urbano do Recife (Dircon), Roberta Valença, os cerca de 2,4 mil ambulantes da orla – entre estacionários e circulantes – são capacitados para não usarem o espaço indevidamente. “Nosso primeiro contato é de orientação. Conversamos com os comerciantes e fazemos esse trabalho educativo. Em casos de insistência, o material pode ser apreendido ou a licença para trabalhar na praia pode ser anulada”, afirmou.

Revitalização

A orla de Boa Viagem está sendo revitalizada desde a última quarta-feira. O trabalho deve terminar em maio. A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) é a responsável pelos ajustes. Serão reparados a pista de cooper, as torres e os quadros de iluminação e alguns quiosques.

Para evitar transtornos aos pedestres, a manutenção foi dividida em etapas. A primeira é uma verificação da estruturas do quiosques, para avaliar se luminárias, balcões e portas precisam de conserto. Em seguida, os profissionais vão fazer uma vistoria no entorno. A última etapa será realizada no horário noturno. Uma equipe técnica trocará dos componentes das 131 torres de iluminação do calçadão.

Saiba mais

8,2 km é a extensão da orla de Boa Viagem

1,14 km são atendidos pela ciclovia na Avenida Boa Viagem

600 comerciantes estacionários estão cadastrados

1,8 mil ambulantes têm autorização

64 quiosques estão distribuídos ao longo do calçadão

De R$ 120 a R$ 500 é o valor da multa à qual eles estão sujeitos

60 dias é o tempo previsto para a conclusão da revitalização da orla

R$  146 mil serão investidos no projeto

Fonte: Prefeitura da Cidade do Recife

Depoimentos

“A presença de carroças e outros objetos ou veículos no calçadão atrapalha muito nossas caminhadas. Já presenciei acidentes com ambulantes que insistem em deixar o material na orla”
Leandro Andrade,
25 anos, administrador

” A situação é mais crítica entre as 8h e 9h. A descarga de materiais dos quiosques e barracas pelo calçadão é um problema diário para o usuários. O pior é que não há fiscalização”
Luciano Vasconcelos, 38 anos, empresário

“Sou de Salvador. O calçadão de lá é bem mais bagunçado que o do Recife. Fiquei surpresa com a organização da orla recifense. Ainda assim, percebi que existem muitos obstáculos”
l Leila Dantas, 37 anos, assistente social

“Ando de bicicleta diariamente na orla e está cada vez mais difícil usar a ciclovia. Além da passagem de ambulantes, somos atrapalhados por trabalhadores que fazem carga e descarga”
l Antônio Ortega, 53 anos, motorista

Documento de licenciamento poderá vir com quilometragem do carro

 

A quilometragem rodada pelo veículo poderá se tornar informação obrigatória do documento de licenciamento anual. Isto é o que prevê o PLC 112/2011, projeto a ser analisado na próxima reunião da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), que ocorrerá na terça-feira (27), às 11h30.

Pelo texto, que altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97), os Detrans de todo o país deverão criar um campo específico para informar, no certificado de licenciamento expedido anualmente, a quilometragem rodada. A intenção do autor é conter a ação de proprietários desonestos que reduzem a quilometragem mostrada no hodômetro para facilitar a venda do veículo.

Essa informação, diz ainda o texto, deverá ser verificada e anotada na inspeção veicular periódica, prevista no artigo 104 do CTB, mas que ainda precisa ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Transito (Contran). Na inspeção, devem ser avaliadas as questões de segurança do veículo e de poluição sonora e atmosférica, e caso o projeto seja aprovado, também a quilometragem, sem ônus para o proprietário ou o erário.

O relator, senador Lauro Antonio (PR-SE), deu parecer favorável ao texto. A matéria ainda precisa ser analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde recebe decisão terminativa.

Fonte: Agência Senado

 

Condutoras acima de qualquer piada

Diario de Pernambuco

Por Laís Capristano

 

Se você é daquelas motoristas que mal sabem onde fica o motor do carro e acham que fazer “manutenção” significa botar gasolina e encher os pneus de vez em quando, talvez seja hora de conhecer um pouco mais sobre automóveis. Pensando nesse perfil de condutoras que querem ficar bem longe do estereótipo machista da “barbeira”, o Detran-PE abre, nesta segunda-feira, as inscrições para um curso gratuito de mecânica básica para mulheres. O órgão também vai dar capacitações de direção e pilotagem defensivas, essas abertas também aos homens.

Os cursos serão oferecidos durante todo o ano, na sede do Detran, na Estrada do Barbalho, Iputinga. As inscrições para as 2.920 vagas podem ser feitas no site www.detran.pe.gov.br. Os alunos têm que ser maior de 18 anos e devidamente habilitados.

Bastante procurado, o curso de mecânica para mulheres atende a uma parcela de motoristas carentes por mais conhecimento ao volante, inclusive para não serem enganadas em oficinas mal intencionadas. “As participantes começam a ter noções básicas sobre o funcionamento dos veículos de passeio e podem identificar problemas mecânicos”, descreve a gestora da Escola Pública de Trânsito (EPT), Joelma Sena. Quem já concluiu o curso garante que vale a pena. “Hoje eu sei trocar o óleo e o pneu e consigo reconhecer alguns problemas no carro”, disse a cuidadora Alcione Nascimento. Antes de frequentar as aulas, ela tinha medo de enfrentar uma oficina mecânica. “Agora posso resolver sozinha qualquer contratempo do meu carro, sem medo de ser enrolada nas oficinas”.
Nos cursos de pilotagem defensiva e direção defensiva, os alunos, em sua maioria homens entre 18 e 30 anos, buscam instruções para evitar acidentes. Foi o caso do policial militar Adriano Ramos, 32 anos. “Trabalho de moto quase todos os dias e senti que precisava dessa capacitação para minha profissão e minha vida pessoal”, ressaltou.

As instruções sobre legislação de trânsito, noções de cidadania e técnicas para evitar acidentes serão repassadas aos alunos durante cursos semanais. As lições vão trazer dicas sobre condução em situações adversas, frenagem com desvio seguro, curvas e direção eficiente. Ao final do ciclo de explanações e exercícios práticos, os concluintes receberão um certificado. “Para muitas pessoas, este é um diferencial na hora de concorrer a uma vaga no mercado de trabalho. Uma especialização em condução segura dá mais credibilidade ao profissional”, acrescentou a gestora Joelma Sena. A Escola Pública de Trânsito funciona das 8h às 12h, de segunda à sexta, de acordo com o calendário letivo da instituição.

Saiba mais

Cursos e vagas

Mecânica básica  para mulheres

Inscrições: 26/03
Vagas: 30 pessoas
Início das aulas: 02/04

Praticando direção defensiva

Inscrições: 02/04
Vagas: 35 pessoas
Início das aulas: 09/04

Pilotagem defensiva

Inscrições: 02/04
Vagas: 35 pessoas
Início das aulas: 09/04

 

 

 

Agente de trânsito, profissão de risco

 

Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos

 

Definitivamente não é fácil ser agente de trânsito. Multiplique o grau de dificuldade adicionando o calor infernal de todos os dias e um trânsito que só piora. Em 2003, quando o trânsito do Recife foi municipalizado, a frota da capital era de 374 mil veículos e hoje é de 577 mil, o que dá uma média de 1.442 carros por agente, sem falar na frota circulante. Para descobrir como é o dia a dia do agente de trânsito, o Diario acompanhou um turno de uma dupla de agentes, no cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães com a Bandeira Filho e descobriu que o maior inimigo desses profissionais não é o sol, a chuva ou o próprio trânsito, mas sim as ameaças que eles sofrem diariamente dos motoristas. Não por acaso, a direção da CTTU defende que os agentes trabalhem armados e tenta firmar convênio com a Polícia Federal.

Desde a municipalização, há nove anos, quatro agentes foram baleados em serviço, um não resistiu aos ferimentos. A estatística da CTTU não contabiliza, no entanto, as ameaças. Durante seis horas, das 7h às 13h, do último dia 14, acompanhamos o trabalho dos agentes Josenílson Gomes da Silva, 46 anos, e Edmílson Cruz, 51 anos, e conseguimos flagrar uma das ameaças sofridas por eles. Eram 8h32, quando um pálio prata parou na faixa de pedestre e o motorista, do sexo masculino, aparentando cerca de 40 anos, conversou com os dois agentes que estavam na esquina da calçada do pontilhão, sentido Boa Viagem. O motorista reclamava da notificação feita por um dos agentes, quando ele fez uma conversão não permitida. “Ele veio falar com a gente com uma arma entre as pernas, de forma que a gente pudesse ver. Ele disse que o carro era do governo, mas não precisava mostrar a arma. Para mim é uma forma de intimidação e nós temos que ter jogo de cintura para lidar com situações como essa”, esclareceu o agente Josenílson Gomes. Segundo ele, o carro foi notificado, mas não quis fornecer a placa.

Convênio

De acordo com a presidente da CTTU, Maria de Pompéia, as ameaças aos agentes de trânsito são uma das preocupações do órgão e ela defende o armamento. “Aguardamos a realização de um convênio entre a Prefeitura do Recife e a Polícia Federal para que os nossos agentes possam trabalhar armados. É uma profissão de risco. Já tivemos um agente assassinado e três baleados”, ressaltou Maria de Pompéia. Chefe da delegacia de controle de armas e produtos químicos da PF, o delegado Eduardo Passos explicou que a Polícia Federal já enviou a minuta do convênio, mas é necessário que o prefeito e o superintende da PF formalizem a assinatura. “A partir da assinatura, o município terá que cumprir algumas exigências para liberação do porte de arma”, explicou. Ainda segundo o delegado, o porte de arma é fornecido apenas para a guarda municipal. No caso do Recife, os agentes também são guardas. “O guarda municipal é integrante da segurança pública. Ele pode auxiliar com o uso correto da arma de fogo”, afirmou. Segundo o delegado, os municípios que não cumprirem as normas, terão o convênio cassado.

Entrevista >> Agente de trânsito, Carlos Roberto da Rocha

“Ficamos muito expostos”

O agente de trânsito Carlos Roberto da Rocha, 42 anos, escapou da morte por muito pouco. Ele levou três tiros à queima roupa, no exercício da profissão, no cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães com a Paissandu. O crime foi em 2007. O agressor, um policial militar, foi condenado e expulso da corporação. Cinco anos após o episódio, o agente ainda sofre os efeitos da violência. Nesta entrevista, ele conta os momentos difíceis e a superação.

Como foi que aconteceu?
Havia um carro parado no cruzamento e já estava atrapalhando o trânsito. Fui até lá e falei com o condutor para retirar o veículo. Ele disse que não ia tirar. Argumentei, mas ele ficou alterado. Resolvi ir embora e quando já estava me retirando, percebi que ele havia descido do carro e por trás de um poste ele efetuou os disparos. O primeiro tiro bateu no meu ombro esquerdo e eu caí. Vieram então os outros disparos. Recebi mais um tiro na altura da cintura, no lado esquerdo, que atingiu a veia femural e outro tiro nas costas bem próximo à coluna.

Nesse momento, o senhor achou que ia morrer?
Quando estava deitado no chão tentanto me locomover e pedir ajuda, pensei que iria morrer. Uma ambulância do Corpo do Bombeiros que estava vindo no outro lado da via fez o socorro. A viatura chegou logo ao local. A sorte é que o Hospital da Restauração fica próximo, do contrário, teria morrido.

Quanto tempo o senhor ficou  se recuperando?
Eu fique dois anos e quatro meses em tratamento. E o médico que me acompanhou disse que pela gravidade dos ferimentos, o tempo foi até razoável.

E  a volta ao trabalho?
Fui muito bem recebido pelos colegas. Senti que foi uma vitória. Era como se tivesse começando tudo pela primeira vez.

O senhor não quis voltar para as ruas?
A empresa me deu a opção de escolher e preferi ficar interno.
Na rua é inseguro. Ficamos muito expostos. A gente nunca sabe com quem está lidando. E, apesar de tudo o que aconteceu, nada mudou. Os agentes continuam trabalhando desarmados e sem colete à prova de bala.

 

O saldo da insensatez

Foi em 2006, três anos após a municipalização do trânsito no Recife, que o agente Emanuel Messias, 35 anos, morreu após ser baleado por um motociclista na Avenida do Forte, após uma abordagem. Sem chance de defesa e socorro. No ano seguinte, o agente de trânsito Hélio Costa, 45, trabalhava na Rua Amélia quando dois homens, em uma moto, que fugiam após um assalto, entraram na contramão. “Ia seguí-los na moto, mas um taxista avisou ques estavam armados. Pare. Mas eles atiraram e uma das balas bateu no meu pé e atingiu a veia femural”, contou. Foram quatro meses de recuperação. “Voltei para as ruas. É preciso seguir em frente”, disse. Também em 2007, o agente de trânsito Carlos Rocha, 38, foi vítima da violência (leia entrevista acima). Levou três tiros quando trabalhava no cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães com a Paissandu. No ano passado, o agente de trânsito Wellington dos Santos, 42, foi baleado na perna enquanto trabalhava na Avenida Beberibe. O delegado que presidiu o inquérito não configurou o caso como tentativa de homicídio. O agente também retomou as atividades na rua.

Monteiro e Iputinga ligados por uma ponte

Um novo complexo viário promete reduzir distâncias e tempo de percurso entre as zonas Norte e Oeste do Recife. Os bairros de Monteiro e Iputinga, separados pelo Rio Capibaribe, serão ligados por uma ponte. Para se ter uma ideia do que isso irá significar, a distância das duas pontes mais próximas, ao longo do rio, é de cerca de 11 quilômetros. São as pontes da Torre, na altura do Carrefour, e da BR-101. Para fazer a integração dos dois bairros, além do elevado haverá a requalificação das vias do entorno nas duas margens. O prefeito João da Costa assina hoje a ordem de serviço no valor de R$ 43 milhões. O prazo previsto de conclusão é de 18 meses.

No projeto, o sistema viário foi dividido em três partes. Os subsistemas trabalharão a logística de acesso à semiperimetral nos bairros próximos ao equipamento nos dois lados do Rio Capibaribe (direito e esquerdo), possibilitando a interligação de vias principais com as secundárias. “Esste projeto existia há bastante tempo e nós estamos tirando do papel. A ponte vai unir duas regiões que estavam separadas”, resaltou o prefeito. Segundo ele, além da semiperimetral, a ponte da 3ª perimetral, prevista no Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), também teve o projeto aprovado no Pac da Mobilidade. “A terceira perimetral é importante porque vai funcionar também para o corredor do BRT (Transporte Rápido por Ônibus)”, afirmou o prefeito. A estimativa é que até o fim do ano, tenha início o processo de licitação da perimetral.

A Ponte Monteiro-Iputinga terá 280 metros de extensão e 20 de largura e vai contar com duas faixas por sentido e espaço para pedestre. A ciclovia havia ficado de fora. “Nós vamos estudar uma forma de implantar também uma ciclovia na área destinada ao pedestre”, afirmou a presidente da Empresa de Urbanização do Recife, Débora Mendes. Na requalificação das vias do entorno, que darão acesso à ponte, já estão previstas ciclovias.

Para as obras serão removidas cerca de 600 famílias que residem no entorno. O orçamento da obra inclui indenizações e a construção de conjuntos habitacionais. As obras viárias do entorno do Capibaribe serão iniciadas pela Rua jornalista Possidônio Cavalcante, na Iputinga. A via integra o subsistema viário A, formado por dois corredores marginais ligando vias como a Avenida 17 de Agosto.

Vídeo mostra conduta correta entre motoristas e ciclistas no trânsito

O projeto “Um metro e meio, a distância que aproxima” quer mostrar para os motoristas, ciclistas e outros usuários de meios de transporte urbanos a maneira correta de se portar nas ruas, garantindo a segurança de todos. O nome se refere ao artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que diz que a distância segura entre automóveis e ciclistas deve ser de no mínimo 1,5 metros. O artigo quer proteger os ciclistas das “finas” de automóveis, principalmente durante ultrapassagens, ação que já vitimou inúmeros ciclistas.

A Ciclo Liga é uma liga de coletivos de ciclistas que se uniram para realizar projetos em maior escala para promover uma cidade mais segura para a bicicleta. O grupo é formado pela Bike Anjo, Coletivas, Coletivo CRU e Vá de Bike.

Fonte: Atitude Sustentável

Placas refletivas em veículos serão obrigatórias a partir de 1º de abril

 

O uso de placas e tarjetas refletivas em carros e motos será obrigatório a partir do dia 1º de abril, em todo o País. A determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) vale para veículos novos que forem emplacados pela primeira vez e para usados que forem transferidos de município.

No Paraná, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), são emplacados, em média, 30 mil veículos todos os meses. Em 2011, a autarquia registrou 377 mil emplacamentos.

De acordo com coordenador de veículos do Detran, Cícero Pereira da Silva, a medida deve facilitar a fiscalização e aumentar a segurança no trânsito, já que a película especial que reflete a luz favorece a visibilidade em dias chuvosos ou à noite. “A mudança ajuda na identificação e também permite visualizar melhor a distância dos demais veículos”, explica.

A regra já estava em vigor para motos e motocicletas, mas agora altera também os tamanhos das placas destes veículos. A altura passará dos atuais 13,6 cm para 17 cm e o comprimento de 18,7 cm para 20 cm. Com isso, o tamanho de letras e números (com exceção da cidade de origem) vai de 4,2 cm para 5,3 cm de altura, quase do tamanho das placas de automóveis.

Os motoristas flagrados com o modelo antigo, nos casos previstos pela lei, serão punidos com multa e pontuação na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por infração média, além de apreensão do veículo até a devida adequação.

(Via Portal do Trânsito)

E a pintura das faixas de pedestre?

Em setembro do ano passado, o prefeito João da Costa anunciou entre as ações do plano de trânsito 2011 e 2012, a repintura de todas as faixas. A intenção era pintar as seis mil faixas da cidade até novembro do ano passado. O prazo era impraticável e não foi possível. Das seis mil, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) conseguiu pintar, até agora, cerca de 300, o que representa  5% do total e nós já estamos em março.

O principal foco da CTTU é repintar as faixas em frente às escolas. O trabalho foi dividido pelas seis Regiões Político Administrativas (RPA). As 60 faixas das escolas da RPA-1, que compreende a área central do Recife foram pintadas. Na RPA-2, na Zona Norte, das 62 faixas foram feitas 50 até agora. As outras 4 RPAs ainda não foram iniciadas. “Toda a equipe estava concentrada na sinalização para o carnaval. Agora haverá um reforço de quatro equipes e antes do fim do ano iremos atingir a nossa meta”, revelou a presidente da CTTU, Maria de Pompéia.

Depois do cronograma das escolas a ideia é fazer também as faixas espalhadas  nas 13 mil vias da cidade. “Nós já fizemos a repintura nas áreas centrais e nas vias que estão recebendo novo pavimento”, afirmou Pompéia. Em abril a presidente da CTTU anunciará uma mudança na divisão dos serviços na cidade. “Hoje temos um contrato para a cidade toda e nós queremos fazer uma divisão por RPA”, explicou. Segundo ela, o contrato da licitação para manutenção da sinalização é de R$ 2,4 milhões. “Não é um contrato grande para tudo que gostaríamos de fazer, mas a ideia é otimizar o tempo com a divisão dos serviços por RPA e, nesse caso, poderão concorrer mais de uma empresa”, explicou.

Saiba Mais

Acompanhe a programação da pintura das faixas das escolas nos bairros

RPA1- (centro do Recife)
60 faixas em frente às escolas foram pintadas

RPA-2 (Torreão, Campo Grande, Hipódromo, Arruda, Água Fria)
62 faixas – foram pintadas 50 – restante até 20 de março

RPA-3 (Nova Desciberta, Casa Amarela, Guabiraba)
42 faixas – nenhuma pintada – prazo de conclusão 20 de março

RPA-4 (Torre, Madalena, Cordeiro, Engenho do Meio, Iputinga)
56 faixas – nenhuma pintada – prazo de conclusão – 10 de abril

RPA-5 (Afogados, Estância, Areias, Tejipió, Totó, Jardim São Paulo)
38 faixas – nenhuma pintada – prazo de conclusão – 30 de abril

RPA-6 – (Jordão, Boa Viagem, Imbiribeira e Pina)
44 faixas – nenhuuma pintada – prazo de conclusão 30 de abril

Fonte: CTTU

Audiência pública discute as obras dos viadutos na Agamenon

 

 

Para discutir os impactos ambientais e urbanísticos da construção dos quatro viadutos sobre a Avenida Agamenon Magalhães, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) convocou uma audiência pública para o dia 30 deste mês. Ao final do encontro, que será aberto ao público, o órgão, espera sugerir medidas preventivas, por meio das Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania do Recife.

A reunião acontece a partir das 9 h no auditório do Banco Central do Brasil, na Rua da Aurora, bairro de Santo Amaro. Entre os convidados estão os representantes das Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e Sustentabilidade, das Cidades, Executiva de Mobilidade, de Desenvolvimento e Controle Urbano e Obras, de Meio Ambiente do Recife, Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (CPRH), a Empresa de Urbanização do Recife (URB), a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e a Comissão Permanente de Acessibilidade do Município (CPA), além do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA/PE), do Instituto Pelópidas Silveira. Todos eles terão a oportunidade de fazer esclarecimentos. Para fazer considerações, será necessário um cadastramento prévio

Na ocasião, especialistas no assunto também deverão para apresentar um posicionamento técnico sobre a obra, seus impactos ambientais e paisagísticos, além da possível degradação da área, já que a circulação de pedestres será atingida.

A reunião foi sugerida pelos promotores de Justiça José Roberto da Silva, Áurea Roseane Vieira e Belize Câmara Correia, tomando como base o Inquérito Civil nº 03;2012-35ªPJHU, instaurado para investigar a obra e o Decreto nº 37.589, de 9 de dezembro de 2011, que considera imóveis situados na região afetada pelas obras como de utilidade pública para fins de desapropriação

 

Um carro que vale por 10 agentes de trânsito

Com o objetivo de coibir o excesso de velocidade nas ruas do Recife e prevenir contra acidentes, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) colocou em funcionament um modelo de fiscalização eletrônica itinerante. O sistema consiste num veículo equipado com radar, que, diariamente, vai circular por diversos pontos fiscalizando o fluxo dos principais corredores.

O equipamento meedirá a velocidade dos veículos, inclusive motos, e registrará a infração caso o condutor exceda o limite da via. A tecnologia verifica ainda a situação de carros roubados, procurados e também se existem pendências administrativas.

Por meio do sistema de leitura automática de placas, o carro de fiscalização eletrônica da CTTU irá fazer o registro da infração de trânsito para o veículo que esteja acima da velocidade permitida ou parado em local não permitido. O veículo ainda dará apoio às blitzes promovidas na cidade.

O veículo terá ainda uma câmera de monitoramento acoplada que irá transmitir em tempo real as imagens de onde estiver para a Central de Monitoramento da CTTU. Outra funcionalidade do carro é um painel de LED, que será utilizado para alertar os condutores sobre situações e ocorrências relativas a intervenções emergenciais no trânsito, como acidentes à frente, desvios, reduzir a velocidade por conta de pista molhada, entre outras mensagens.

De acordo com a presidenta da CTTU, Maria de Pompéia, o principal motivo da nova fiscalização é preventiva.“No Recife, o limite máximo de velocidade nos principais corredores é de até 60km/h. Só em 2011, foram registrados 1.668 colisões e atropelamentos, resultando em 2.183 pessoas feridas e em 50 vítimas fatais, apenas nas ruas do Recife. Muitas dessas ocorrências são resultantes do excesso de velocidade que os motoristas insistem em praticar”, afirmou Pompéia.

A fiscalização itinerante foi iniciada no Cais José Estelita, no sentido Centro/Pina. Também está prevista a circulação por algumas áreas de Boa Viagem e outros bairros da cidade.