Viadutos da Agamenon de novo na mira do CREA

O CREA-PE  volta se posicionar contra o projeto dos quatro viadutos da Agamenon Magalhães. Mesmo com o edital nas ruas. os posicionamentos contrários ao projeto se intensificam. Confira a nota

Nota oficial do Crea-PE:

O Plenário do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), em decisão tomada por aclamação durante a primeira sessão de 2012 – Plenária nº 1.760, em 03 de fevereiro de 2012 –, decidiu contestar o processo de condução do Governo do Estado de Pernambuco no tocante às intervenções propostas para a Avenida Agamenon Magalhães, bem como a solução apresentada. Na deliberação, os conselheiros do Crea-PE aprovaram o envio de ofício ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) manifestando a posição do Conselho, o que colaborou para a realização de audiência pública no último dia 30 de março.

O Plenário do Crea-PE reitera publicamente a necessidade de uma discussão ampla com a sociedade, não somente por ser esta a beneficiária principal de tal intervenção, mas, principalmente, por entender que a solução técnica apresentada não é a mais adequada. Alguns aspectos importantes do projeto ainda não foram devidamente esclarecidos ou apresentados, como a questão da travessia de pedestres ao longo de toda a extensão da Avenida Agamenon Magalhães, a ausência dos estudos de impactos nas vizinhanças e nos corredores de tráfego no entorno daquela via, a ausência de estudos de viabilidade econômica, financeira, social e ambiental e o fato de que investimentos de grande porte (no caso, os viadutos) seriam destinados ao transporte individual e não ao transporte coletivo.

A implantação do Corredor Norte-Sul pode prescindir da construção desses viadutos, os quais, longe de resolver o problema da mobilidade na nossa cidade, ainda constituir-se-ão em pontos de degradação urbanística e ambiental.

A Diretoria do Crea-PE

 

Jovens têm mais chance de sofrer acidentes por distração

 

Pesquisa americana revela que os jovens são os passageiros com menor probabilidade de alertar o motorista se ele enviar mensagens de texto ou falar em um telefone celular. “Encontrar motoristas distraídos é muito mais comum do que imaginamos e novas descobertas mostram que os condutores mais jovens estão particularmente em risco”, diz Elaine Sizilo, especialista em trânsito.

Pesquisa divulgada pelo NHTSA, órgão de segurança americano, aponta que os motoristas mais jovens entre 18 e 20 anos tem quase três vezes mais probabilidade de se envolver num acidente deste tipo do que os condutores com mais de 25 anos, pelo simples fato de assumirem que não largam o telefone celular enquanto dirigem.

A pesquisa foi feita para avaliar as atitudes dos condutores e o comportamento deles em relação ao celular. Quando perguntados, como passageiros, como eles se sentiriam sobre diferentes situações, quase todos os entrevistados (cerca de 90% do total) assumiram que consideram inseguro andar com um motorista que envia ou lê mensagens de texto enquanto dirige. No entanto, a pesquisa também descobriu que os passageiros mais jovens são menos propensos a alertar sobre este perigo que os mais velhos. “Isto mostra que apesar de conhecer o risco, o jovem tem essa barreira de alertar o amigo, até por vergonha de ser ‘rejeitado’ pelo resto da turma”, analisa Sizilo.

Fonte: Portal do Trânsito

Caxangá: Motorista invade faixa de ônibus

“Já não bastasse o desconforto causado pela demora e a lotação dos coletivos, quem precisa se deslocar pela Caxangá agora enfrenta até mesmo engarrafamento nos corredores exclusivos para ônibus: é que alguns motoristas de carros particulares invadem tais corredores. Alguns deles, já cientes da localização das poucas câmeras que monitoram o tráfego local, chegam até mesmo a parar seus veículos em meio à via, passando longos minutos tentando reocupar as faixas destinadas a carros e motos e assim escaparem da multa.
Quem leva a pior são os passageiros que, espremidos nos tórridos ônibus, ainda são penalizados pela “esperteza” de alguns motoristas sem qualquer senso de civilidade. O desabafo é do internauta Bruno de Souza, que enviou a foto do flagrante.” Como motorista e também usuário de transporte público me sinto duplamente desrespeitado. Já imaginou se todo mundo começa a seguir o mau exemplo?”, questionou.

Para que isso não aconteça, a única solução é reforçar na fiscalização dos equipamentos eletrônicos e começar a surpreender os motoristas que tentam tirar vantagem dos espaços destinados ao transporte público.

Santo Amaro, tem futuro?

Diario de Pernambuco
Por Tânia Passos

Qual o primeiro sinal de crescimento de um bairro? O número de prédios, comércio ou número de carros? Acertou quem apostou no aumento do tráfego. O bairro de Santo de Amaro, que tem hoje um dos quadriláteros mais disputados pelas empresas, trouxe junto os estacionamentos em vias públicas, o aumento das operações de carga e descarga, comércio informal e a sensação de que o bairro do futuro não foi planejado para a sua nova vocação.

O Instituto da Cidade Pelópidas Silveira está elaborando um estudo prevendo edifícios-garagem, ciclovias e vias verdes em Santo Amaro. O estudo deverá servir de emenda para o Plano de Mobilidade da cidade. Mas, até isso acontecer, o impacto do crescimento desordenado é também uma das preocupações do Porto Digital, que expandiu seu território para o bairro e realiza hoje, às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho, um seminário sobre a mobilidade da área.

E a preocupação não é a toa. De acordo com a Dircon, nos últimos dois anos, 476 empresas receberam alvará de funcionamento no bairro. “Nós precisamos saber a cidade que queremos”, ressaltou o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya. O impacto da circulação não é apenas dos veículos, mas também do deslocamento das pessoas.

Das novas empresas, uma das que mais chamam atenção pela dimensão é a Contax, que fornece serviço de call center e emprega cerca de 15 mil funcionários. Grande parte dos funcionários usa o transporte público e um número significativo opta pela moto. Um quarteirão inteiro de motos é o retrato da mobilidade que temos hoje.

Para quem depende do transporte público, como é o caso da operadora de telemarketing, Rafaela Martins, a rotina para chegar ao trabalho começa cedo. “Saio de casa às 4h40 para chegar aqui às 6h. Trabalho até o meio-dia e chego em casa por volta das 14h30”, revelou. Se tivesse condições, não teria dúvida em deixar o transporte público.

O que também contribui para a piora na circulação é o aumento das operações de carga e descarga. O bairro tem uma característica de dispor de um grande número de galpões. Em um passado não muito distante, as empresas aproveitavam a proximidade do bairro com o centro e construíam depósitos para armazenar mercadorias. Em Santo Amaro há atualmente 82 galpões. E pelo visto estão operando com toda sua capacidade. Não importa a hora. Uma cena comum no bairro é o motorista ter que esperar, pacientemente, que determinada empresa conclua a tarefa de carga e descarga para poder prosseguir. Há casos em que a via inteira fica obstruída.

De acordo com o diretor de trânsito da CTTU, Agostinho Maia, o bairro de Santo Amaro ainda não foi incluído no perímetro defindo pela portaria do órgão de trânsito, que determina que as operações sejam feitas das 22h até as 5h e durante o dia, em pontos definidos pela CTTU e com veículos de até seis metros de comprimento.

“Até julho devemos incluir Santo Amaro nesse perímetro”, afirmou Agostinho Maia. Na estratégia de ordenamento, o trabalho da CTTU é tentar administrar o caos que já está instalado. Mas como evitar que o problema se instale? De acordo com a diretora da Dircon, Maria José D’Biase, os novos alvarás estão sendo fornecidos com a condição das empresas disporem de uma área dentro do lote para as operações de descarga.

Santo Amaro, ocupação sem planejamento

O bairro de Santo Amaro, no centro expandido do Recife, vem se transformando em uma das regiões mais cobiçadas pelas empresas. Além da aproximação com o centro, há ainda muitos espaços para serem ocupados. A ocupação, no entanto, vem ocorrendo de forma desordenada e a mobilidade do bairro está cada vez mais comprometida.

A Diretoria de Controle Urbano (Dircon) informou que entre as medidas mitigatórias da empresa Contax está a construção de uma praça de alimentação para reunir os barraqueiros que hoje ocupam a calçada na frente da empresa. A Contax também foi responsável pela requalificação e o retorno da Avenida Arthur de Lima Cavalcanti.