E a navegabilidade no Recife dá os primeiros passos

O projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe dá nesta quarta-feira o primeiro passo. Esta tarde, o governador Eduardo Campos assina o edital para dar início às obras de dragagem. A solenidade está marcada para as 16h, no auditório Tabocas do Centro de Convenções, onde funciona provisoriamente a sede do governo do estado.
O objetivo é tornar o rio navegável após a remoção de lixo, escombros de antigas construções e de parte da vegetação. A primeira fase das obras vai começar no bairro de Casa Forte, seguindo até Apipucos. Ao todo, serão dragados 17 quilômetros do rio, das proximidades da BR-101, passando pelos bairros do Parque Santana (Casa Forte/Poço da Panela), Torre, Derby, área central do Recife e Tacaruna (divisa entre Recife e Olinda).

A ação faz parte do programa Rios da Gente, orçado em R$ 289 milhões, para proporcionar a navegabilidade de 13,9 km do Rio Capibaribe por meio de embarcações adequadas ao transporte de massa. Serão duas rotas: a Oeste, com 11 km de extensão, que vai da BR-101 ao centro do Recife e a Norte, com 2,9 km de extensão, do centro do Recife até Olinda, nas proximidades do Shopping Tacaruna.

O edital de licitação será publicado no Diário Oficial e nos jornais de grande circulação na edução desta quinta-feira e os trabalhos serão coordenados pela Secretaria das Cidades.

11 Replies to “E a navegabilidade no Recife dá os primeiros passos”

  1. Tânia,
    Boa tarde,
    Você não poderia nos disponibilizar alguma animação de como será o transporte no rio? Gostaríamos de conhecer mais os detalhes do projeto. Uma vez que o governo vai lançar o edital de licitação, isso significa que já tem projeto básico concluído. Abs

  2. Oi Tânia,

    Não iria existir uma rota que partiria do centro até o shopping recife passando pelo shopping rio mar?
    Houve alguma mudança nesse projeto?
    Abraços

    • Romero,

      Somente dois eixos foram contemplados no Pac mobilidade: Oeste e Norte. O Sul não entrou nesse projeto, mas segundo a Secretaria das Cidades ele seria mais turístico, uma vez que a linha Sul é bem servida de ônibus e metrô.

  3. Mais uma vez um projeto só pra turista passear!!! Pelo menos o que vai sair do centro até as proximidades do Shopping Tacaruna,um trecho pífio e muito curto,por quê não fizeram pelo menos até o varadouro de Olinda???? Aí sim teríamos um ganho bem significante no tempo transcorrido do centro até o varadouro em Olinda e muita gente deixaria de pegar ônibus ida e volta no trecho citado,agora do centro só até o shopping tacaruna??? Só pode ser piada,não é???

  4. Tânia Passos, no post escrito em 07.03.12 em seu blog, sob o título Capibaribe, enfim navegável. Eu escrevi no dia 12.03.12 na íntegra:
    O programa de navegabilidade dos rios Capibaribe e Beberibe, contribuirá com certeza para desafogar o caótico trânsito da problemática e polêmica Av. Agamenon. O Recife possui uma via natural, que são os seus rios, até hoje não foram explorados de uma forma racional e sustentável, nossa cidade é conhecida como a Veneza brasileira, entrecortada por muitos rios. É incrível que só agora essas vias fluviais vão receber embarcações amplas, seguras, modernas e eficientes para o transporte público e turístico.
    Deixo uma sugestão: O corredor fluvial Norte deverá se estender até o Varadouro, em Olinda pelo rio Beberibe que deverá ser aprofundado e alargado; e o corredor fluvial Oeste deverá se estender até a Cidade da Copa, em São Lourenço através do rio Capibaribe. Esses destinos deverão ficar prontos antes da copa de 2014, pois o fluxo de pessoas que irão à Cidade Patrimônio da humanidade e também à Arena Pernambuco serão intensos, essa nova opção servirá sem dúvida para desafogar o caótico trânsito do Recife.
    * Vejo que o Sr. Wilson também concorda comigo ao sugerir que o corredor Norte se estenda até o Varadouro, em Olinda.
    Sabemos que a navegabilidade desses rios só saiu do papel por causa da copa, vamos aproveitar esse legado durante e depois dos jogos…

    • Quanto mais área navegável melhor, mas o projeto aprovado no PAC Mobilidade contempla 14 km de extensão, sendo 11km no eixo Oeste e 3 km no eixo Norte. Concordo com Wilson, que esse segundo trecho é muito pequeno, mas de qualquer forma estamos criando a cultura da navegabilidade isso é bom e pode ser ampliado no futuro.

  5. A Arena fica ao lado do Rio Capibaribe. Deveriam ampliar o trecho oeste até a Arena e fazer integração com o TI Cosme e Damião por linha Circular. O Cosme e Damião terá integração metrô e com o BRT Leste-Oeste através do Ramal da Copa.

    • Seria mais uma opção, sem dúvida. Mas não havia previsão de recursos. Até o eixo Sul foi cortado. Também não sei se teria demanda de público após a Copa.

  6. Tania,

    de fato, após a Copa, demanda representativa na área da Arena será nos possíveis jogos do Nautico Só o tempo dirá como ali irá evoluir, pois o local foi concebido para ser uma bairro plenajedo com chamativo nome de Cidade da Copa. A Poli da UPE sinaliza transferência para o entorno da Arena. Dois bairros planejados mais próximos a entrada de São Lourenço estão em desenvolvimento, então se alguém desdir por construir um shopping como é previso na Cidade da Copa funcionando numa espécie de Costa Dourada, demanda vai crescendo, ou dando uma da JCPM, faz um shopping e várias torres para formentar o comércio.
    Por outro, como aqui é local para mobilidade, me pergunto se após a Copa haverá demanda que justifique para a caríssima passarela metrô/aeroporto.

  7. A hidrovia a ser implantada nos rios Capibaribe e Beberibe será responsável por grandes melhorias ao longo desses corredores fluviais, favorecerá a dragagem, o alargamento e o aprofundamento dos rios. Serão abertas novas vias margeando a hidrovia, a vegetação nativa e os manguezais serão reconstituídos, o esgotamento sanitário será tratado, também serão removidos entulhos e construções irregulares, novas habitações dignas serão construídas em outras áreas.
    O Recife não foi planejado de uma forma eficiente e auto sustentável, ainda temos muito o que aprender com a cidade de Amsterdam, no que diz respeito a mobilidade urbana, arquitetura urbanística e sistemas e modais de transportes integrados limpos. Espero que o governador Eduardo Campos e o gestor da nossa cidade aprendam a lição e ponham urgentemente em prática o sistema de mobilidade urbana semelhante ao de Amsterdam, incluindo claro, o transporte hidroviário, que poderá ser adaptado a nossa realidade.
    Portanto, a navegação dos nossos rios não será apenas mais um meio de transporte a ser implantado, a coisa é mais complexa e abrangente.