Acidente na ciclovia de Boa Viagem

 

Os ciclistas precisam seguir as regras de trânsito. Quando isso não acontece, ele mesmo corre risco de acidente ou terceiros. Na ciclovia de Boa Viagem, o internauta Edson Campos, registrou um acidente envolvendo dois ciclistas. Segundo relato do internauta, ns proximidades da Rua Padre Carapuceiro, em frente ao Edifício Portugal, um militar com uma bicicleta em alta velocidade teria passado para a contramão e se chocado com outro ciclista que vinha em sentido contrário. O militar sofreu um corte no rosto e sentia forte dores na coluna sendo atendido no local por um médico caminhante da orla, dois PMPE e posteriormente levado para a emergência pelo SAMU. O outro ciclista sofre uma pequena escoriação na mão esquerda

 

 

No mês passado, o Diario de Pernambuco mostrou os riscos dos  ciclistas que desrespeitam as normas de trânsito. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veiculos não motorizados devem se adequar às normas de circulação dos veículos motorizados. O problema é que não houve regulamentação.  “Aqui em Pernambuco nenhum município regulamentou as normas de circulação dos veículos não motorizados. Sem o instrumento do licenciamento não há como aplicar a multa”, explicou a presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), Simíramis Queiroz.

Durante quase duas horas, o Diario acompanhou o tráfego na Avenida Boa Viagem e constatou que os ciclistas ignoram o sinal vermelho na ciclovia, sem nenhuma hesitação. “Se não tiver pedestre passando na faixa, eu não paro”, admitiu o ciclista Cleonildo da Silva, 34 anos, porteiro. Ele mora no Ibura e trabalha em Boa Viagem. A bicicleta é o seu meio de transporte. “Eu não vou dizer que cumpro todas as normas de trânsito de minha casa até o trabalho. Os carros não respeitam o ciclista e, em alguns casos, a gente tem que se defender, mesmo que seja errado”, justificou.

Pedalar na contramão, aliás, deixou de ser exceção há muito tempo. Flagrar esse tipo de irregularidade é fácil. Na Avenida Jaime da Fonte, no bairro de Santo Amaro, onde há duas vias largas nos dois sentidos, é comum encontrar ciclistas circulando pela contramão. Foi lá que encontramos a dona de casa, Sandra Maria Cabral Cavalcanti, 45 anos, transportando os dois netos em uma bicicleta pela contramão. Um neto no bagageiro e outro dentro de uma caixa no quadro da bicicleta, o que também não é permitido.  “É o único transporte que eu tenho, mas vou ter mais cuidado para não ir pela contramão”.  Apesar dos riscos, ela conta que nunca sofreu um acidente.

6 Replies to “Acidente na ciclovia de Boa Viagem”

  1. O ciclista tem que seguir as regras de trânsito. Mas tem que se pensar, pq cargas dágua nossa ciclovia tem essas curvas. Mesmo devagar, já me vi passando de raspão em ciclistas que não têm costume de pedalar, portanto um equilíbrio menos apurado. As ciclovias que já vi na Europa, EUA, Rio, não têm curvas desnecessárias, e nem tão fechadas. E temos que lembrar também que se essa colisão fosse entre motoqueiros, ou entre carros, o estrago seria muito maior. O fator “potência” de um veículo certamente influencia na possibilidade e na gravidade de dano que uma colisão com o mesmo pode causar.
    E tem mais… o ciclista é totalmente ignorado por qualquer campanha de educação no trânsito ou de prevenção de acidentes. O ciclista não existe para o poder público!!! Como cobrar de alguém que não existe que se porte corretamente no trânsito. Que se inclua o ciclista na pauta do trânsito! Bicicleta não é lazer apenas, na maioria das vezes é meio de locomoção.

    • Está correta a sua indignação. As bicicletas não são vistas como meio de transporte. Quanto as curvas da ciclovia de Boa Viagem também já ouvi críticas a respeito. As curvas foram feitas para manter os estacionamentos no lado direito da via. Não havia necessidade, mas a pressão dos motoristas pelas vagas prevaleceu. Foi só mais um exemplo de opção preferencial pelo transporte motorizado.

  2. A orla de Boa Viagem é problemática mesmo. No formato anterior a criação da ciclovia, a faixa de carros junto a calçada era usada para estacionamento, porém com o crescimento do fluxo, criaram o recuo no calçadão para se ganhar uma faixa, contudo reduzindo a quantidade de vagas. Vendo algumas orlas de Fortaleza e do Rio de Janeiro, poderiam é reduzir um pouco do espaço para pedestres ou deslocar mais para a faixa de terra e com isso a ciclovia poderia ser reta e não com recuos. Alías, se houvesse o deslocamento da faixa de pedestre para a faixa de areia, a calçada poderia ser reta no lado da via ou se criaria pontos de recuo, mas para estacionar de forma diagonal como em Fortaleza e a ciclovia continuaria reta. Teria-se uma área para estacionamento que atenderia mais veículos sem que a traseira destes invadissem uma das faixas de rolamento, a ciclovia não teria curvas e os pedestres manteriam o seu espaço. Como não fizeram isso, readequar vira um problema.
    Outra, a forma como as curvas da ciclovia da orla se apresentam me recorda o corredor leste/oeste no trecho da Caxangá. Disseram acima que na ciclovia é acentuada a ponto do ciclista se não fizer ela exatamente no centro de cada mão pode colider com aquele que vier no sentido oposto piorando se estiver mais rápido, e assim é na Caxangá onde a entrada e a saída dos ônibus nas paradas é acetuada impedindo que outro veículo ultrapasse caso o já parado esteja um pouco fora da posição demarcada, mas isso não ocorre no trecho de Camaragibe onde entrada e saída são bem mais amplos e suave. Como agora o corredor irá mudar de formato, vai deixar de ocorrer essa limitação em certos locais.

    • Poisé Raimundo, pelo projeto o estacionamento ao lado do calçadão deixaria de existir e a ciclovia poderia ser reta. As curvas serviram para criar os recuos e permitir o estacionamento em determinados trechos. Não acho que seria uma ideia avançar o calçadão para a faixa de areia. Isso foi feito no projeto Cura, na década de 1980 e o estudo do MAI da UFPE constatou perda de vegetação e areia.

  3. Tania, a sugestão que dei acima prever estacionamento, mas entendi que se não fosse feito o recuo, não existiria o estacionamento.
    Julgar que haveria perda de vegetação, mas parecem desconsiderar o replantio é meio incoerente.
    Outra, se fala que os carros devem ficar a pelo menos 1m de distância dos ciclistas nas vias como se algumas fosse possível fazer isso, mas o espaço destinado entre ciclistas numa ciclovia é um tanto apertado em algumas. Tudo bem que a velocidade é bem menor para estas permitindo que cada um possa deslocar um pouco mais para o lado da calçada evitando colisão frontal, mas é algo a ser pensado.

  4. Sábado a noite(28/04) entre 19h ocorreu um acidente na ciclovia entre o 1º e 2º jardim, um ciclista que vinha em alta velocidade(para uma bicicleta),colidio com duas pessoas:Ana Elizabete e Nathalia Carneiro.
    Ana teve escoriações no braço e na cabeça, a Nathalia foi mais grave, a mesma vinha de capacete e com o impacto estourou o capacete e uma pancada muito forte na coluna.
    Foram socorridadas pela ambulância do corpo de bombeiros e levadas ao hospital Santa Joana.