A Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou ontem (31) no quilômetro 94 da BR 101 Sul, dois caminhões do tipo caçamba com mais de 38 toneladas em excesso de peso. Muitas estradas brasileiras estão em estado precário e um dos principais fatores é o excesso de peso dos caminhões.
Agentes da PRF verificaram que os caminhões abordados transportavam pedra “rachão” para o município de Cabedelo, na Paraíba. O peso excedente, identificado através das notas fiscais, foi de 21.700 quilos em uma das caçambas e na outra 16.510 quilos. Os veículos foram autuados e levados para a unidade operacional da PRF situada no quilômetro 91 da BR 101 Sul, município do Cabo de Santo Agostinho, onde ocorreram o transbordo da carga em excesso.
Segundo a PRF, a irresponsabilidade de alguns caminhoneiros que insistem em carregar cargas acima do peso permitido, além de prejudicar o pavimento das rodovias coloca em perigo a vida dos próprios caminhoneiros e de terceiros. Atenta e este grave problema a PRF mantém fiscalização e tenta coibir este tipo grave de infração.
Fonte: PRF
Excesso de carga prejudica o pavimento e apoio a fiscalização,mas há muitas outras coisas que contribuem para isso:
– muitas de nossas estradas não têm manutenção em dia e não são feitas de forma adequada ao solo implicando em desgaste prematuro;
– estradas são para transitar veículos e não estocar ou mantê-los transitando em baixa velocidade. Se uma ponte quando é feita deve prever a capacidade de veículos mais pesados e o comprimento destes que influencia a distribuição de massa sobre ela, o que dizer vez ou outra de congestionamentos, interrupções e até problemas logísticos para pontos de transbordo deixando dezenas, centenas de caminhões carregados parados com grande quantidade de carga concentrada e parada?;
– aqui no Brasil é muito comum o emprego do eixo com rodado duplo que aumenta o arrasto e isso danifica o pavimento, principalmente em baixa velocidade. Na Europa, é muito mais comum reboques e semi-reboques terem eixo com rodado simples e rodas um pouco mais largas, sem esquecer da disponibilidade maior de eixos direcionais que ajudam ainda mais na redução do arrasto que por tabela desgasta menos os pneus e reduz o raio de curvatura em manobras;
– nós fazemos partes dos países que tem maior PBT ou PBTC. Na Austrália, onde há a circulação de CVCs com três ou mais composições, sendo alguns limitados a certas áreas levando até 250 ton em veículos com comprimento máximo de 50m, nós temos um limite menor tanto em capacidade, 74 ton, quanto em comprimento, 30m, mas não vejo por vídeos estradas desgastadas na Austrália como as nossas são. Isso só reforça a tese que as daqui não são devidamente bem feitas.
– já li que tem empresas que querem é aumentar o limite de carga dos veículos, pois os veículos não são plenamente aproveitados e argumentam que um veículo levando mais carga, numa frota se reduz a quantidade de veículos necessários para fazer certas. Isso é uma verdade, mas há muito a se pensar nessa situação como as relatadas acima e outras tipo segurança na estrada perante demais veículos (tem muito estado limitando a circulação de bitrens e rodotrens em certos horários, como também há muita rodovia que não tem dupla faixa de rolamento).