Diario de Pernambuco
Por Anamaria Nascimento
A configuração da Avenida Agamenon Magalhães deve mudar drasticamente até setembro de 2013, quando devem ser concluídas as obras de construção de quatro viadutos que vão cortar o principal corredor viário do Recife. Para que a intervenção seja realizada, 31 imóveis da avenida e entorno serão desapropridados, entre eles o Bompreço do Parque Amorim; parte da McDonald’s, lateral do Clube Português, ambos localizados na Rua Bandeira Filho, e a área onde funciona o cursinho do Colégio Contato, na Rua Dom Bosco, além de outros prédios residenciais e comerciais. O governador Eduardo Campos assinou ontem o documento de desapropriação dos imóveis e lançou o edital de licitação das obras que começam na segunda quinzena de março do próximo ano e custarão R$ 132 milhões.
Campos esclareceu que os ofícios de desocupação dos terrenos e prédios começarão a ser entregues ainda hoje. “Muitos desses imóveis são comerciais e pertencem a grandes empresas. Ainda assim, pretendemos ter um diálogo pacífico e rápido com os proprietários para que as intervenções não atrasem por causa desse impasse”, afirmou. Os imóveis vão passar por vistoria técnica da Caixa Econômica Federal, que vai avaliar os valores dos bens. “O prazo para as desocupações acontecer não depende apenas do governo, pois pode haver resistência. Os proprietários podem não aceitar a proposta, apelar na Justiça e isso leva tempo”, disse Campos.
O Clube Português é um dos prédios na lista de desapropriação do estado. Localizado no número 990 da Agamenon Magalhães, o clube perderia dois metros de terreno na lateral da Rua Bandeira Filho. A farmácia Pague Menos e a McDonald’s, que funcionam em terreno alugado pelo Português, podem fechar. “Esse projeto é muito prejudicial ao clube, pois vai inutilizar toda nossa área da Bandeira Filho. Isso vai desvalorizar bastante o terreno. Ainda estamos dialogando com o estado. Vamos tentar apresentar uma saída e esperamos resolver a questão sem precisar recorrer à Justiça”, afirmou o presidente do Português, Luiz Vilela.
Outro ponto comercial com destino incerto é o Bompreço do Parque Amorim. De acordo com a Secretaria das Cidades, o imóvel ocupado pelo supermercado será completamente desapropriado. A Walmart/Bompreço informou que não foi comunicada oficialmente sobre o assunto e que, por isso, não ia se pronunciar. (Anamaria Nascimento)
Vendo o desenho do viaduto onde hoje fica o Bompreço, não tem como deixar o estabelecimento, pois a descida do outro viaduto que envolve parte da praça fica muito em cima da bifurcação deixando pouco espaço para se erguer outra alça.
Agora, observando o trânsito ruim do Paissandu onde será erguido viaduto com trecho que pegará o canteiro central, não vejo ali, a princípio, benefício nessa obra, pois quem circula pelo local em horário de congestionamento sabe que este começa no Sport indo até a Agamenon e é, basicamente, por três motivos: sinal do cruzamento em frente ao Sport; sinal com fiscalização eletrônica em frente a faculdade de Adm da UPE que serve de controle de acesso da rua lateral com a Abdias de Carvalho e a interseção logo após a ponte que recebe os veículos que vêm da Beira Rio via túnel e da Benfica. Se existe três pontos de retenção que fazem o congestionamento chegar a Agamenon, não vai facilitar para aqueles que estarão no futuro viaduto sobre a Agamenon andarem mais rápido, pois de toda a forma vão entrar no trecho complicado. O único benefício, se pode dizer isso, vai ser evitar o fechamento de cruzamento na Agamenon.