Porto Leve integra-se ao Bike PE

Porto Leve - Foto - Ricardo Gernandes DP/D.A.Press

O final de semana chega com uma notícia positiva para os usuários dos sistemas Bike PE e Porto Leve. A Secretaria das Cidades, responsável por gerenciar o Projeto Bike PE, firmou uma parceria com o Porto Digital, autor do projeto Porto Leve, e integrou os dois sistemas de aluguel de bicicletas.

A principal mudança será sentida pelos usuários do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). As 10 estações do Porto Leve, instaladas ao redor do bairro do Recife Antigo, já contam com leitores do cartão. Com isso, os usuários cadastrados no sistema Bike PE pelo VEM, já podem adquirir a sua bicicleta nas estações do Porto Leve. Os usuários que não possuem o VEM e já compraram o seu passe, também podem pegar uma bicicleta em qualquer uma das estações.

Com a integração dos sistemas, os ciclistas contarão com 36 estações e 360 bicicletas. Hoje, 27 estações estão instaladas no Recife, cinco estações em Olinda e quatro em Jaboatão dos Guararapes.

Para o secretário Danilo Cabral, a integração é bem vinda e aguardada pelos simpatizantes da iniciativa. “Nossa meta é chegar até o final deste ano com 70 estações instaladas. As pessoas buscam fugir dos constantes engarrafamentos e pedalar é uma ótima opção. Quanto mais estações estiverem espalhadas pelos bairros do Recife, melhor. Queremos promover cada vez mais a utilização desse modal de transporte”, enfatizou.

Estações no Recife: As estações estão localizadas próximas ao Forte das Cinco Pontas; do Mercado de São José; da Casa da Cultura; da Praça da República; da Praça do Diário; da Rua Nova; do Cine São Luiz; do Parque Treze de Maio; da Faculdade de Direito; da Praça Miguel de Cervantes; da Avenida Conde da Boa Vista; da Praça da Soledade; da Universidade Católica de Pernambuco; da Praça Oswaldo Cruz e, Praça do Derby e Praça do Entroncamento.

As estações do Porto Leve, que agora fazem parte do Bike PE estão localizadas na Av. Cais do Apolo (ao lado da parada de ônibus próxima à Prefeitura do Recife); na Praça Tiradentes (próximo ao C.E.S.A.R); na Praça do Arsenal da Marinha (No prédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico); na Travessa do Bom Jesus (na esquina com Rua do Apolo); no Cais do Porto (antigo Bandepe); na Livraria Cultura; no Terminal de Passageiros de Santa Rita; na Rua da Aurora (na frente da Contax); na Rua do Capital Lima e na Rua Bione.

Já em Olinda, cinco estações estão espalhadas por áreas estratégicas da cidade. Sendo a primeira estação próxima ao Mercado Eufrásio Barbosa; a seguinte na Praça do Carmo; outra na Praça 12 de Março; outra estação na Rua Alberto Lundgren e na Rua Eduardo Moraes.

Em Jaboatão dos Guararapes as estações estão distribuídas próximo à estação de Metrô Monte dos Guararapes; próximo a Praça Massangana (Av. Quatro de Outubro, na altura da Praça Massangana); nas imediações da Faculdade Guararapes (Travessa Cel. Waldemar Basgal, próximo a esquina com a Rua Floriano Peixoto); e em frente a Igrejinha de Piedade (na Av. Beira-Mar).

As bikes, estão à disposição dos usuários todos os dias da semana, de 6h às 22h. Para utilizá-las, basta o usuário entrar no site www.bikepe.com.br e fazer o cadastro. Ele tem a opção de alugar a bike por um dia e pagar R$ 5,00 ou o mês, pagando apenas R$ 10,00. Já os usuários do Sistema de Transporte Público que utilizam o VEM (Vale Eletrônico Metropolitano) fazem o cadastro anual, pagando apenas R$ 10,00 e podendo utilizar a bike todos os dias durante todo o ano. Toda vez que o usuário for utilizar a bike, o usuário precisa ligar para o número (81) 4062 9725 ou (81) 2626 1505 informar os dados e localizar a estação de preferência.

A bicicleta pode ser usada de segunda a sábado por 30 minutos ininterruptos e quantas vezes por dia o usuário desejar. Para isto, basta que, após esta meia-hora, o ciclista devolva o equipamento em qualquer estação por um intervalo de 15 minutos. Para continuar utilizando a bicicleta, sem fazer a pausa, serão cobrados R$ 5 por cada 30 minutos subsequentes. Já nos domingos e feriados o serviço é estendido para 1h.

Balanço: desde o início do projeto, em maio deste ano, a Secid contabilizou 16.163 cadastros. Até o momento, 14.972 viagens foram realizadas. As estações mais utilizadas são a da Casa da Cultura e do Parque Treze de Maio, em Recife.

O Bike PE é uma iniciativa da Secretaria Estadual das Cidades em parceria com o banco Itaú e as empresas Serttel/Samba com o objetivo de facilitar o deslocamento de pessoas no espaço urbano.

Fonte: Secretaria das Cidades

Primeiro diagnóstico dos ciclistas recifenses

AMECiclo/divulgação

Por

Laís Araújo

Compensar omissões do poder público é uma característica em comum entre organizações civis que buscam uma melhor convivência nas cidades. Com a intenção de conhecer melhor o ciclista recifense, a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (AMECiclo), em conjunto com a empresa Valença e Associados, realizou dois estudos que traçaram comportamento de quem pedala em três pontos distintos da cidade. As pesquisas foram apresentadas em evento aberto ao público, que contou ainda com um breve debate, nesta terça-feira (28), em auditório da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Zona Norte da cidade.

Os números encontrados pela pesquisa “Contagem de Ciclistas” desmistificam a ideia errônea de que não há demanda para a expansão do escasso sistema cicloviário do Recife. A pesquisa foi realizada em dois pontos da Zona Norte (cruzamento da Rua Amélia com a Rui Barbosa nas Graças, e na Avenida Beberibe e entre a Av. Professor José dos Anjos, no Arruda) e em um da Zona Oeste (entre a Avenida do Forte e a Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira, no Cordeiro). A média mais alta de ciclistas foi encontrada no ponto da Zona Oeste, onde 295,93 passam a cada hora. O número é bastante significativo e, sozinho, é superior a soma das médias de cinco pontos distintos da região central do Rio de Janeiro (266/h), em pesquisa semelhante realizada pela Associação Transporte Ativo em 2012.

Foto - Laís Araujo /Esp/ DP/D.A.Press

Entre os outros resultados encontrados, o de que cerca de 92% dos que pedalam na cidade são homens. “O número de mulheres pedalando é muito baixo em relação ao de homens e eu acredito que isso esteja intimamente ligado à hostilidade do trânsito, acentuada pela falta de estrutura cicloviária”, opina Guilherme Jordão, defensor público federal e diretor-geral da AMECiclo, que apresentou o estudo.

A média mais alta foi encontrada na região da Av. do Forte (12%), único ponto próximo a uma estrutura fixa – a atualmente desgastada Ciclofaixa Tiradentes – enquanto nos outros pontos apenas 5% dos ciclistas são do sexo feminino. Outro tópico abordado pela pesquisa foi a utilização de capacete, acessório de segurança não-obrigatório de acordo com Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A incidência do seu uso foi baixíssima, com pico de uso (9%) no bairro das Graças, predominantemente habitado pela classe média. Nos outros, a média foi de 1%.

A utilização da contramão pelos ciclistas é tópico controverso, que também foi apurado pela pesquisa de contagem. Guilherme Jordão lembra que a escolha pela contramão é feita muitas vezes por conta da falta de uma melhor opção. “Muitos ciclistas optam em pedalar contra o tráfego porque as vias são muito distantes uma das outras. É preciso lembrar que a bicicleta é movida a propulsão humana”. A incidência da contramão foi mais alta nas Graças (25%).

A pesquisa “Mobilidade por Bicicleta no Recife: diagnóstico e ações estratégicas para sua promoção” apresentada por Antônio Valença, que declarou estar contente de associar a Valença e Associados aos estudos de mobilidade urbana, apurou que 90% dos entrevistados que utilizam a bicicleta por lazer não vão ou não iriam ao trabalho de bicicleta.

A falta de estrutura é o que mais afasta o recifense de se deslocar ao trabalho de bicicleta. Além disso, a insegurança, distância entre trajetos, preferência pessoal e condições inóspitas de trânsito são apontados como motivos para não pedalar cotidianamente. Aos que vão ou iriam, a economia de tempo e dinheiro, o aumento de qualidade de vida e a fuga do trânsito são apontados como principais razões. Junto com a pesquisa, foi elaborada uma revista virtual com oito pontos principais, escolhidos após pesquisa e filtragem de importância, para melhorar as condições dos que pedalam na cidade.

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Bicicletadas por mais respeito

 

Ciclista - Foto - Alcione Ferreira DP/D.A.Press

Nesta terça-feira (14), ciclistas saem às ruas mais uma vez em busca de melhores condições para o uso da bicicleta. O evento conhecido no Brasil como Bicicletada ocorre tradicionalmente na última sexta-feira do mês, mas terá edição especial devido ao grande número de acidentes envolvendo bicicletas nas últimas semanas.

Na descrição do evento que agrega ciclistas de todo o país é manifestado o desejo de pedalar por mudança: “não queremos mais ser insultados, atropelados e mortos na insanidade do trânsito!”. No Recife, a concentração ocorre às 19h, na Praça do Derby.

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