Trânsito muda na orla de Olinda

 

Obras orla Olinda Foto - Compesa/Divulgação

A Compesa iniciou nesta segunda-feira (29) a implantação de 250 metros de tubulações na Avenida Ministro Marcos Freire, orla de Bairro Novo, em Olinda. Em virtude da obra, um trecho de 400 metros da avenida, entre as ruas Doutor Farias Neves Sobrinho e Coronel João Joaquim Antunes, foi interditado para o tráfego.

Devido a isso, os motoristas que entram na Rua do Farol precisam desviar pela Rua Doutor Farias Neves Sobrinho para ter acesso a outras vias, como Avenida Getúlio Vargas, Rua Professor José Candido Pessoa e Rua São Miguel, para seguir o trajeto sentido cidade-subúrbio. Agentes de trânsito da Prefeitura de Olinda estão no local para organizar a circulação de veículos. O trecho permanecerá interdito por 30 dias.

Na mesma avenida, após a Rua Coronel João Joaquim Antunes, a Compesa está assentando 730 metros de ramais de calçada. O serviço será realizado num prazo de 60 dias e não interfere no trânsito, já que as ações são realizadas próximo ao meio-fio.

A ação pertence ao projeto de ampliação da rede de esgoto de Olinda, que beneficiará os bairros de Bairro Novo, Jardim Atlântico, Tabajara, Amaro Branco, Alto da Mina e Monte. Ao todo, serão assentados 207 quilômetros de redes coletoras de esgoto, garantindo 100% de cobertura. A obra será executada em 24 meses. Ao todo, serão investidos em Olinda R$ 45,3 milhões, recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), Governo do Estado e Compesa.

Fonte: Compesa

Pavimentos reféns da Compesa

 

Diario Urbano

Por Tânia Passos

O investimento de R$ 28 milhões da Prefeitura do Recife para recuperação e recapeamento de 120 vias da cidade pode ir de água abaixo. Uma unanimidade entre os especialistas é que o inimigo número um do asfalto é a água. E a própria Compesa estima um aumento dos estouramentos a partir de Pirapama. Os estragos, no entanto, já podem ser vistos.

A Avenida Real da Torre que foi toda recapeada sofreu sete estouramentos. Tapar o buraco apenas não devolve à via a condição original de uso, ainda mais nas intervenções onde o asfalto antigo foi removido justamente para por fim à “colcha de retalhos”. Outro exemplo é a Avenida Conselheiro Aguiar. O trabalho mal havia terminado e um super buraco teve que ser aberto para fazer consertos na tubulação. Foi uma ação de emergência. Mas o que dizer do corte do asfalto, ao longo da linha d’água, após a realização do serviço, para instalar uma tubulação? O asfalto quebrado, próximo ao meio fio, inviabiliza a terceira faixa da Conselheiro Aguiar e simplesmente deixou impraticável o acabamento do pavimento que havia sido feito. E, por enquanto, ficou por isso mesmo.

A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) mantém um convênio com a Compesa onde, em linhas gerais, o município fecha os buracos e desconta o valor na conta da água. Em tese deveria funcionar, mas talvez este convênio, que é anual, tenha que ser revisto. Já que não temos ainda um plano diretor subterrâneo que estabeleça limites e padrões nas ações do subsolo, a solução é criar sanções mais duras para quem danificar o pavimento. Se o município investiu X para remover e recapear toda uma via, não pode cobrar Y para tapar os buraquinhos. Em lugares mais desenvolvidos, o trabalho teria que ser devolvido na mesma medida e quem sabe assim, não apenas a Compesa, mas qualquer empresa que resolvesse mexer no pavimento público pensasse duas vezes antes de quebrar qualquer pedacinho.