Os piores dias para tirar o carro da garagem

 

Um dia normal de engarrafamento no Recife

Quem mora em grandes cidades brasileiras já deve ter notado que alguns dias da semana são mais ou menos propensos a congestionamentos. Mas o que muitos motoristas já cogitaram na prática, a fabricante de GPS TomTom constatou cruzando dados do trânsito de nove cidades brasileiras.

Em ranking recente, a empresa concluiu que, em boa parte das grandes metrópoles nacionais, as terças e as sextas-feiras são os piores dias para ir ou voltar do trabalho levando em consideração o tempo extra gasto no percuso por causa do trânsito.

Os moradores de Recife (PE), por exemplo, gastam em média  até o dobro de tempo para voltar para casa  no entardecer das sextas-feiras quando se leva  em conta a duração do mesmo percurso em horários do dia sem congestionamento.

Em São Paulo, nas terças-feiras de manhã, os motoristas gastam até 49% a mais de tempo por percurso devido aos engarrafamentos.

Veja os piores dias para tirar o carro da garagem em 9 cidades brasileiras. Confira também quanto tempo os motoristas perdem por dia em cada local e a posição dos municípios no ranking global da TomTom.

Em tempo: as cidades foram listadas de acordo com suas posições no ranking da TomTom.

Onde mais se perde tempo parado no trânsito no Brasil

Indicador

O que é

Dias com os piores horários de pico da manhã

Dia da semana + Em quanto aumenta a duração do percurso por causa do congestionamento

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Dia da semana + Em quanto aumenta a duração do percurso por causa do congestionamento

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

Tempo extra de duração do percurso por causa de congestionamentos diários

Posição no ranking mundial

Posição em lista de 146 cidades

Rio de Janeiro (RJ)

Cidade

Rio de Janeiro

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (75%)* e Sexta (74%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (87%)* e Terça (81%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

26 minutos

Posição no ranking mundial

3

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Salvador (BA)

Cidade

Salvador

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (69%)* e quinta (66%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Quinta (84%)* e sexta (77%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

24 minutos

Posição no ranking mundial

5

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Recife (PE)

Cidade

Recife

Dias com os piores horários de pico da manhã

Quinta (88%)* e Terça (84%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (101%)* e Quinta (82%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

27 minutos

Posição no ranking mundial

6

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Fortaleza (CE)

Cidade

Fortaleza

Dias com os piores horários de pico da manhã

Quinta (57%)*, Segunda (52%)* e Terça (52%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (69%)* e Quinta (63%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

22 minutos

Posição no ranking mundial

23

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

São Paulo (SP)

Cidade

São Paulo

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (49%)* e Segunda (45%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (69%)* e Quinta (62%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

20 minutos

Posição no ranking mundial

36

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Belo Horizonte (MG)

Cidade

Belo Horizonte

Dias com os piores horários de pico da manhã

Segunda (47%)* e Terça (45%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (78%)* e Quinta (55%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

20 minutos

Posição no ranking mundial

70

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Porto Alegre (RS)

Cidade

Porto Alegre

Dias com os piores horários de pico da manhã

Segunda (47%)* e Terça (46%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Quinta (56%)* e Sexta (55%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

19 minutos

Posição no ranking mundial

89

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Brasília (DF)

Cidade

Brasília

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (39%)* e Segunda (37%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (67%)* e Terça (54%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

18 minutos

Posição no ranking mundial

106

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Curitiba (PR)

Cidade

Curitiba

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (35%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (48%)* e Quinta (42%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

16 minutos

Posição no ranking mundial

118

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos.

 

Fonte: Agência ANTP

O Recife que tropeça nas calçadas

 

O estudo divulgado ontem traduziu em números uma realidade bem conhecida de quem anda a pé pela cidade. De 12 capitais brasileiras, Recife ocupa o  4º lugar no ranking das que têm as piores calçadas. Buracos, imperfeições nos pavimentos, degraus, lixo, ambulantes, falta de acessibilidade, iluminação e sinalização são alguns dos problemas que atormentam os pedestres.

O levantamento foi feito pelo Mobilize Brasil, um portal da Associação Abaporu, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Os dados foram levantados entre fevereiro e abril deste ano e vão subsidiar a campanha nacional Calçadas do Brasil, para estimular vias melhores para os transeuntes.

De acordo com o estudo, a pior calçada do Recife está na Rua do Hospício, no Centro. Além de estreito – a largura mínima deve ser de 1,20m, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -, o passeio é tomado por buracos, comerciantes e lixo. “Nossas calçadas são uma vergonha e essa aqui é uma das piores da cidade. Já cai num buraco caminhando em Casa Amarela e fiquei 30 dias com a perna quebrada”, relatou a aposentada Rivanilde Soares, 70. Considerando os critérios irregularidades no piso, degraus, largura, existência de rampas de acesso, obstáculos, iluminação, paisagismo e sinalização, as calçadas da Rua do Hospício receberam média 3, inferior ao resultado da cidade, que foi 4,95.

O estudo selecionou ruas e áreas com alta circulação de pedestres, como terminais de ônibus, redondezas de hospitais e ruas comerciais. No Recife, dez vias foram avaliadas. De acordo com o estudo, o local onde o pedestre tem vez na capital é na Avenida Boa Viagem. O calçadão obteve a maior nota: 8,50. No Recife, vigora a Lei de Edificações e Instalações que determina que a manutenção das calçadas seja feita pelo proprietário do imóvel.

Já  no entorno de praças, parques ou em frente a prédios públicos, a conservação é dever da prefeitura. “É claro que as calçadas do Recife não são boas, mas estamos tentando melhorar a acessibilidade”, reconheceu a assessora executiva da Secretraria de Controle e Desenvolvimento Urbano e Obras Glória Brandão. (Ana Cláudia Dolores)

Levantamento inédito traz ranking das calçadas do Brasil

 

Entre fevereiro e abril de 2012 a equipe do portal Mobilize Brasil saiu pelas ruas de algumas capitais brasileiras para avaliar a situação das calçadas do país. Afinal, calçadas com boa qualidade são um equipamento fundamental para a mobilidade urbana sustentável. E, segundo dados do IBGE (2010), no Brasil cerca de 30% das viagens cotidianas são realizadas a pé, principalmente em função do alto custo do transporte público.

Além da importância para o transporte, as calçadas funcionam também como um “sensor” da qualidade de urbanização de uma cidade. Alguns pensadores afirmam que se pode medir o nível de civilização de um povo pela qualidade das calçadas de suas cidades. E há quem diga que as calçadas são melhor indicador de desenvolvimento humano do que o próprio IDH.

Enfim, cidades são feitas para pessoas, e estas primordialmente caminham. A necessidade de calçadas de qualidade vale para todos: jovens, adultos e também para crianças, idosos e pessoas com deficiência física, que demandam pavimentos bem nivelados, sem buracos, e dotados de rampas de acesso para cadeiras de rodas.

Calçadas devem ser suficientemente largas e, sempre que possível, protegidas por arborização para conforto de quem anda sob o sol. E bem iluminadas, para quem caminha à noite.

Outro item a não ser esquecido são bancos e jardins, que, sempre que houver espaço, são um sinal de gentileza urbana precioso, que se contrapõe à correria de nossos dias.

E, ainda, calçadas devem ser complementadas por faixas de segurança, equipamento básico para a travessia segura das ruas. Além disso, semáforos especiais, placas de sinalização e outros equipamentos de segurança podem ser necessários nas vias de maior movimento.

Levantamento Calçadas do Brasil
Para o lançamento da campanha Calçadas do Brasil, a equipe do Mobilize preparou um levantamento sobre a situação das calçadas em pontos-chave de algumas capitais do Brasil: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Salvador, Fortaleza, Natal, Recife e Manaus. No trabalho foram observados os seguintes itens, atribuindo-se notas de zero a dez:

– Irregularidades no piso
– Largura mínima de 1,20 m, conforme norma ABNT
– Degraus que dificultam a circulação
– Outros obstáculos, como postes, telefones públicos, lixeiras, bancas de ambulantes e de jornais, entulhos etc.
– Existência de rampas de acessibilidade
– Iluminação adequada da calçada
– Sinalização para pedestres
– Paisagismo para proteção e conforto

Outros indicadores de conforto para o pedestre, como o nível de ruído e a poluição atmosférica, não foram considerados, pois exigiriam ferramental técnico não disponível. O levantamento procurou coletar dados observáveis por qualquer pessoa que caminhe e observe o ambiente urbano. Assim, o mesmo formulário usado pelos correspondentes do Mobilize estará disponível para o público, que poderá avaliar as calçadas de outras cidades e publicar os resultados no endereço www.mobilize.org.br.

Para a avaliação, foram escolhidas ruas e áreas com alta circulação de pedestres, como estações de transportes, proximidades de hospitais e ruas comerciais.

As áreas avaliadas são todas de urbanização bem antiga, superior a 50 anos, e já passaram por processos de renovação de infraestrutura.

Nas doze cidades avaliadas, os resultados mostraram grande disparidade entre bairros e regiões. Numa mesma cidade, como Fortaleza, algumas ruas obtiveram nota média acima de 9, como a av. Bezerra de Menezes, enquanto a região central da capital cearense ficou com a média 5,38, bem abaixo da nota 7, que foi considerada a mínima para uma calçada de boa qualidade.

No Recife, enquanto as calçadas da Praia de Boa Viagem obtiveram nota 8,50, a rua do Hospício, no Centro, ficou com média 3,00.

Em São Paulo, enquanto a avenida Paulista tem uma calçada nota 10, a rua Darzan, em Santana, ficou com a nota 3,13, e a região da rua 25 de Março, no Centro, obteve média 5,14. E num mesmo quarteirão, no entorno da estação Santa Cruz do metrô, há calçadas bem cuidadas, com notas 8,75, e outras cheias de falhas e obstáculos, que levaram nota 5,63.

De forma geral, em todas as cidades avaliadas constatou-se certo descaso das autoridades quanto à conservação das calçadas, especialmente por conta das frequentes obras realizadas por concessionárias de serviços de água, gás, energia e telefonia. Raramente após uma obra a calçada é restaurada conforme seu padrão de qualidade original, o que resulta em feias cicatrizes, desnivelamentos ou simplesmente em buracos abandonados ao sabor do tempo.

Via Portal do Trânsito

Recife lidera as capitais no teste do bafômetro

 

 

O Recife foi a capital brasileira que mais aplicou testes de bafômetro (68.373) em motoristas abordados pela Operação Lei Seca nos três primeiros meses deste ano. O Rio de Janeiro foi a cidade em que os motoristas mais se recusaram a fazer o exame (6.567) no mesmo período. Dona da maior frota do país, com quase 7,2 milhões de veículos registrados, São Paulo foi a que mais multou por embriaguez ao volante: 3.564.

O levantamento foi feito com dados relativos ao período que vai de 1º de janeiro a 31 de março. Eles foram fornecidos por departamentos de trânsito (Detran) e governos de 19 estados e do Distrito Federal. Apenas os dados dos estados de Amazonas, Amapá, Santa Catarina, Piauí, Pará, Alagoas e Rio Grande do Norte não foram fornecidos ao G1.

A fiscalização da lei seca é feita de forma descentralizada, e cada estado coordena a operação de forma separada. Os dados deste ano indicam que a descentralização gera números discrepantes pelo país. Enquanto alguns estados têm fiscalização intensiva e aplicação de muitas multas, em outros o controle de motoristas embriagados multou apenas algumas dezenas de infratores durante os três meses.

Nas cinco capitais que mais multaram, estão 75% de todas as notificações. E a soma do total de multas aplicadas por todas as outras capitais não chega nem ao número de multas aplicadas apenas por São Paulo. Em relação ao número de testes de bafômetro, apenas os aplicados por São Paulo, Rio e Recife equivalem a 81% de todos os exames feitos nas capitais.

Enquanto mais de 50 mil pessoas fizeram o teste do bafômetro no Recife, no Rio e em São Paulo, por exemplo, apenas 90 motoristas fizeram o exame em João Pessoa, e 43 foram submetidas ao teste em Palmas, segundo a coordenação da lei seca desses estados. Enquanto mais de mil foram multados por embriaguez ao volante em Vitória (na região metropolitana), em Fortaleza ou em Brasília, apenas 22 receberam multas em São Luís e somente 34 foram multados em Salvador.

Multas
Mais de 12 mil motoristas foram multados nas capitais brasileiras por dirigirem embriagados entre janeiro e março deste ano, o equivalente a 5,7% dos condutores que passaram pelo bafômetro. A capital com o maior número de pessoas multadas foi São Paulo, onde 3.564 motoristas receberam a notificação, segundo a Polícia Militar, o equivalente a 27% das multas do país. São Paulo também tem a maior frota de carros do país, com 7,2 milhões de veículos e 5,6 milhões de motoristas habilitados, segundo dados do Detran-SP.

O total de multas registradas na cidade equivale a 5% dos motoristas submetidos ao bafômetro. Em média, cerca de 20 mil pessoas fizeram o exame em cada um dos três primeiros meses do ano nas blitze de São Paulo.

O Recife ficou em segundo lugar no total de notificações, com registro de 2.410 multas por constatação de que o motorista havia bebido antes de dirigir (quase 19% das multas de todas as capitais), segundo a Secretaria de Saúde do estado. Vitória, Brasília e Fortaleza aparecem em seguida na lista, todas com mais de mil multas, cada uma delas, no primeiro trimestre.

Do lado oposto da tabela, São Luís foi a capital com menor registro de casos de embriaguez. Apenas 22 motoristas foram flagrados infringindo a lei seca entre janeiro e março, segundo o Centro Integrado de Operações de Segurança. A cidade tem uma frota de 981 mil veículos, e não foi informada a quantidade de motoristas que fizeram o teste do bafômetro.

A quantidade de registro de multas em Palmas, em Salvador, em Boa vista, em João Pessoa e em Aracaju também foi baixa. Em nenhuma dessas capitais o total de multados por embriaguez chegou a cem motoristas nos três meses analisados.

Exames
Quase 222 mil motoristas das capitais brasileiras foram submetidos ao exame do bafômetro no primeiro trimestre desse ano, segundo o levantamento realizado pelo G1. A maior parte dos testes, entretanto, foi realizada em apenas três cidades, Recife, Rio e São Paulo, que totalizam 81% dos exames.

O Recife foi o campeão neste quesito, com 68.373 testes do bafômetro, segundo a Secretaria de Segurança, o equivalente a quase 12% de toda a frota de veículos registrada na capital pernambucana (577 mil). No total, 3,5% dos motoristas que fizeram o exame na cidade foram multados por ter sido detectada a presença de bebidas alcoólicas.

São Paulo foi a segunda capital que mais fez testes de bafômetro, analisando 60.485 pessoas, segundo a PM, o equivalente a 1% dos motoristas registrados na cidade. O Rio de Janeiro realizou 50.893 testes do bafômetro no período.

Pelo menos 3 das capitais que forneceram dados ao G1, e o Distrito Federal, não indicaram o total de pessoas que haviam feito o teste do bafômetro. Em Palmas, apenas 43 motoristas fizeram o exame nos três meses, e 26 (60%) receberam multas. Em Curitiba, apenas 208 motoristas fizeram o teste do bafômetro no primeiro trimestre.

Recusas
O total de motoristas que se recusaram a fazer o teste do bafômetro nas capitais brasileiras se aproxima bastante do total de multados por infração da lei seca. Pelo menos 11,8 mil pessoas se aproveitaram do direito a não fornecer provas contra si mesmo para se negarem a passar pelo exame do bafômetro durante o primeiro trimestre de 2012.

O Rio de Janeiro foi a capital que registrou o maior volume de motoristas que se recusaram a fazer o teste, totalizando mais da metade dos números do país nesse quesito. Somente no Rio, 6.567 pessoas se negaram a passar pelo teste, segundo dados do governo do estado, um número equivalente a 12% das pessoas que fizeram o exame no mesmo período na cidade, e 27 vezes maior do que o número de multas aplicadas pela lei seca.

O Recife voltou a se destacar, ficando em segundo lugar na lista de capitais em que mais motoristas se recusaram a fazer o exame. Foram 1.951 pessoas que rejeitaram o teste na cidade.

Em São Paulo, que foi a cidade com maior número de multados pela lei seca e a segunda que mais realizou testes do bafômetro, apenas 187 motoristas se recusaram a fazer o exame. A cidade ficou em 10º lugar nesse ponto.

Fonte: G1  (Via Portal do Trânsito)

 

Elas são melhores no trânsito, mas ainda insistem no celular

Tânia Passos
taniapassos.pe@dabr.com.br

Os números não mentem: as mulheres dirigem melhor que os homens. De acordo com dados do Detran/PE, há no estado um total de 379.821 mulheres habilitadas para dirigir contra 1,4 milhão de motoristas homens. Elas representam, na verdade, um quarto no número de condutores no estado, ou seja 25%. Mas são responsáveis por apenas 22,86% do total de infrações cometidas.

Tecnicamente elas têm uma vantagem de quase 3% a menos de infrações cometidas em relação aos homens. É pouco? Claro que não. Isso só mostra que é um mito, nada lisonjeiro, para a classe feminina de que os homens são melhores no volante. O fato deles terem tido acesso primeiro ao carro, em um passado distante, não quer dizer nada hoje.

Para se ter uma ideia do perfil de cada um ao volante, os números do Detran/PE revelam que no ranking das 10 dez infrações mais cometidas pelos dois gêneros, alguns dados curiosos. Em matéria de velocidade, os homens estão a frente e chegam a ultrapassar com até 50% da velocidade permitida.

As mulheres também são velozes, mas elas costumar ultrapassar com velocidade 20% maior do que a permitida. Mas é na hora de falar ao celular que elas ganham para eles nas infrações. No ranking, esse tipo de infração é a terceira mais cometida por elas. Para os homens, o celular está em quarto lugar entre as infrações mais praticadas.

A empresária Cíntia Maia Ramos Ruas, 41 anos, costuma usar o celular no volante, mas até hoje não foi multada. As três infrações que já sofreu foram por aumento da velocidade. “Na verdade, a sinalização não estava adequada e eu não vi que havia uma lombada. Não foi culpa minha”, declarou.

De acordo com o diretor de fiscalização do Detran, Sérgio Lins os números mostram que as mulheres de fato são melhores no volante, mas faz uma ressalva. “Elas dirigem um pouco melhor, mas precisam esquecer o celular quando estiverem dirigindo”, afirmou. No quesito estacionamento proibido, os dois estão empatados.

A infração é a quinta mais cometida pelos dois gêneros. De acordo com a presidente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Maria de Pompéia, se fossem somados os vários tipos de estacionamento proibido, o item seria campeão das infrações entre homens e mulheres. “A classificação é feita de forma diferenciada. Por exemplo: quem estaciona em calçada recebe um tipo de código e quem estaciona em fila dupla é outro tipo. Se fóssemos somar todas as formas de estacionamento proibido, o resultado do ranking seria outro”, explicou Maria de Pompéia.

Estudo revela que Brasil deve ser 3º maior mercado de carros do mundo em 2016

Pesquisa revela que em 2016 será o terceiro colocado no ranking dos maiores mercados de automóveis do mundo, de acordo com executivos de grandes empresas do ramo. O levantamento foi realizado pela empresa KPMG International.

Atualmente, o país ocupa a quinta posição entre os grandes mercados para os veículos. A previsão é que encerre o ano de 2011 com 3,63 milhões de veículos vendidos, um recorde local, segundo estimativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

A pesquisa, que contou com a participação de 200 executivos de várias partes do mundo, mostra também que a expectativa é a de que até 2017 o Brasil esteja exportando mais de 1 milhão de veículos ao ano. As vendas externas brasileiras em 2011 devem ficar em 540 mil unidades, de acordo com a Anfavea.

“O resultado da pesquisa demonstra claramente a imagem que o mercado automobilístico de todo o mundo projeto para Brasil: a de um país com a economia sólida e ótimas perspectivas para os negócios. Ao final, o mercadoautomobilístico encontrou um lugar propício no Brasil”, afirma Charles Krieck, sócio-líder das áreas de Industrial Markets e Audit da KPMG no Brasil.

BRICs com 40% do mercado em 2016

Com a China liderando o mercado automobilístico, e Brasil e Índia em franco crescimento na disputa pelo terceiro posto do ranking global, as perspectivas são de que em 2016 os países do BRIC (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) detenham mais de 40% do market share mundial, segundo a pesquisa.

Outro tema abordado no levantamento está ligado à mobilidade urbana nas grandes cidades do mundo. Em relação a este assunto, os pesquisados avaliam que o mercado precisa estar atento a uma mudança significativa que tende a ocorrer, em que o conceito de propriedade de veículos tenderá a migrar ao de uso, tendo em perspectiva a evolução e consolidação do uso compartilhado de automóveiscomo uma resposta a questões ambientais, sociais, de mobilidade e de restrição de espaços vinculadas à consolidação das megacidades.

Segundo indicações de 42% dos executivos brasileiros entrevistados, o Brasil tem grande potencial para o chamado mercado de mobility services (que inclui a o uso compartilhado de veículos), pois estimam que mais de 25% dos habitantes do país devem estar usando tais serviços em 2026.

Veículos híbridos ainda superam carros elétricos

Para os pesquisados, os carros elétricos, também incluídos entre os temas que envolvem questões ambientais, ainda têm um longo caminho a percorrer para se tornarem uma realidade e, por isso, 65% dos entrevistados acreditam que os veículos híbridos são, atualmente, uma melhor solução. Este cenário tende a ser diferente na China e Japão, onde, respectivamente, 33% e 46% dos executivos ouvidos disseram que os carros elétricos, seguidos dos veículos movidos a célula de combustível, serão os mais populares até 2025. Mesmo assim, a estimativa apurada no estudo indica que teremos entre 9 e 14 milhões de veículos elétricos circulando pelo mundo até 2026.

O desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias para os automóveis não é uma tendência apenas vinculada aos combustíveis, mas, também, está se voltando à conectividade dos usuários. Para 60% dos entrevistados, a indústria automobilística já está atrasada nesse aspecto, pois se percebe que a expectativa desses usuários é a de ter em seus carros as mesmas ferramentas de conectividade disponíveis em suas casas.

Além disso, os pesquisados acreditam que a exploração desse novo mercado ainda está em aberto. Apenas 30% dos executivos ouvidos dizem acreditar que as empresas que produzem autopeças originais estarão controlando esse mercado em 2025, seguidas de empresas de TI e comunicações.

“Com os resultados obtidos na pesquisa, conclui-se que as montadoras e os fornecedores de autopeças precisam investir em novas tecnologias, soluções e inovações para contribuir com a evolução do mercado e também para dar respostas às tendências destinadas a facilitar a mobilidade urbana. Porém elas devem estar sempre atentas para planejar adequadamente sua produção, evitando fabricar mais veículos do que a capacidade de consumo da população (de acordo com a pesquisa, o excesso global de produção atinge 5 milhões de unidades em 2011). E tudo isso vai acontecer em um cenário de franco crescimento dos mercados emergentes”, conclui Krieck.

Sobre o estudo

A Global Automotive Executive Survey 2012 – Managing growth while navigating uncharted routes (Pesquisa Global do Setor Automobilístico – Gerindo o crescimento enquanto rotas inexploradas são singradas) é baseada em apuração feita com 200 executivos do mercado automotivo mundial, sendo que mais de metade deles tem nível de chefe de unidade de negócio ou superior. Entre os entrevistados estão representantes dos fabricantes de veículos, fornecedores, concessionários, assim como executivos de empresas de serviços financeiros.

Do total, 47,5% dos executivos são da Europa, Oriente Médio e África; 31%, da região Ásia-Pacífico; e 21,5%, nas Américas. Dos participantes, 97,5% representam empresas com faturamento anual superior a US$ 100 milhões, e mais de um quinto deles trabalha para as empresas com faturamento superior a US$ 10 bilhões. As entrevistas foram aplicadas entre os meses de agosto e outubro de 2011.

Fonte: Administradores.com.br

campanha transito

Agreste lidera mortes com moto

 

Diario de Pernambuco

Por Juliana Colares

Casinhas quase nunca está nos noticiários. Tem pouco mais de 125 Km2 e pouco menos de 14 mil habitantes. Fica na divisa com a Paraíba e, reza a lenda (ou melhor, o Wikipédia, conhecida enciclopédia livre da internet) surgiu a partir de um conglomerado de residências que se formaram em torno da casa de palha de uma senhora que ajudava viajantes. Hoje Casinhas é notícia. Má notícia. É a cidade pernambucana com mais mortes em acidentes envolvendo motocicletas, proporcionalmente.

Em 2010, a taxa de mortes por 100 mil habitantes na cidade foi de 50,8. E Casinhas não é exceção. Todas as dez primeiras posições do ranking de mortalidade por acidente de moto são ocupadas por municípios de pequeno porte. Os dez têm índices bem superiores ao do estado, que é de 6,8 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.

Os dados foram apresentados ontem pelo Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco, durante o I Fórum de Mobilização para Prevenção dos Acidentes com esse tipo de veículo. “A moto está se interiorizando e substituindo a tração animal. E no interior há muitos condutores sem carteira de habilitação e sem qualificação. Há muitas estradas viscinais e ainda tem as cidades onde não se pode usar capacete por causa da questão da violência”, disse o coordenador executivo do Comitê, João Veiga. No ano passado, havia mais motos que carros em mais de 84% dos municípios pernambucanos.

Regionalização

Quando se divide o estado em 11 conglomerados de cidades, as regionais do Recife e de Caruaru lideram o ranking de mortes por acidentes de moto, em números absolutos. Foram 131 e 130, respectivamente, em 2010. Mas é a regional de Ouricuri, no Sertão, que ocupa o topo da estatística quando se relaciona o número de mortes com a população. Não à toa, a partir de janeiro o Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto será levado até o interior. Na tentativa de criar políticas personalizadas, haverá um comitê em cada uma das regionais. E a primeira tarefa de cada uma será a de identificar as cidades mais críticas e apoiar a municipalização do trânsito. Só há 26 municípios com trânsito municipalizado em Pernambuco. Mas em apenas 10, aproximadamente, a municipalização funciona.

Mas enquanto algumas cidades pequenas chamam atenção negativamente, São José do Egito dá o bom exemplo. Ontem, o município, que tem 32 mil habitantes, comemorou 285 dias sem mortes no trânsito. Foram 12 óbitos em 2009. Após a implantação de ações educativas, o número foi reduzido para cinco, no ano seguinte. Com o incremento na fiscalização (são 16 agentes), a quantidade de mortes caiu para uma, em 2011. O esforço é medido em vidas salvas e em dinheiro economizado. Até o começo do ano, quando a cidade tinha, em média, 15 acidentes de trânsito por mês, R$ 70 mil eram gastos em atendimento hospitalar. Hoje são R$ 27,8 mil.