Ônibus por opção

 

O assessor parlamentar Felipe Moura prefere ir ao trabalho de ônibus Foto Blenda Souto Maior DP/D.A.Press
O assessor parlamentar Felipe Moura prefere ir ao trabalho de ônibus Foto Blenda Souto Maior DP/D.A.Press

Andar de ônibus por uma questão de escolha é mais comum do que se pensa. E uma decisão ecologicamente sustentável. No Brasil, o transporte público sempre esteve associado à baixa renda. Talvez isso explique a polêmica nas redes sociais com a imagem da atriz Lucélia Santos em um ônibus no Rio de Janeiro.

O tamanho do espanto é proporcional à cultura que foi criada em prol do carro. Tanto do ponto de vista social, quanto em relação às políticas de investimento voltadas para o transporte individual nos últimos 40 anos. A cada mês mais de 2,3 mil veículos são registrados no Recife. A cidade tem hoje uma frota de 641 mil carros. Mas há os que preferem fazer o caminho inverso, assim como Lucélia. Enquanto isso, dois milhões de usuários fazem uso de três mil coletivos que circulam no Grande Recife diariamente.

O Diario vai contar a história de três pessoas que fazem os deslocamentos de ônibus por opção. A funcionária pública Moriseta Maria Ferreira da Silva, 64 anos, não pensa duas vezes na hora de deixar o carrona garagemdoprédio onde mora na Avenida Rosa e Silva e caminhar até a Avenida Rui Barbosa para pegar o ônibus e ir trabalhar, no Fórum Joana Bezerra. “Não aguento o estresse do trânsito e o ônibus me deixa na frente do trabalho. É muito mais prático e não sou eu quem está dirigindo”, argumentou.

A funcionária pública Moriseta Silva deixa o carro em casa e usa o ônibus para ir ao trabalho Foto - Blenda Souto Maior DP/D.A.Press
A funcionária pública Moriseta Silva deixa o carro em casa e usa o ônibus para ir ao trabalho Foto – Blenda Souto Maior DP/D.A.Press

O assessor parlamentar Felipe Moura, 36, mora na Rua 48, no bairro do Espinheiro, e trabalha na Assembleia Legislativa. O carro deixou de ser uma opção há muito tempo. Ele conta que na rua onde mora passam várias linhas de ônibus na porta do prédio e ele desce a poucos metros de onde trabalha. “Acho muito complicado ter um carro hoje em dia. O trânsito é horrível e ainda teria que me preocupar com estacionamento”.

O espanhol Isidoro Castellanos, diretor do Instituto Cervantes, veio morar no Recife há um ano. Ele já tinha o hábito de usar o transporte público em seu país e aqui também optou pelo ônibus. Ele mora em Boa Viagem e trabalha na Avenida Agamenon Magalhães. “Quantomenos carros,melhor para a cidade. E onde eu moro é bem servido de ônibus. Às vezes, a viagem demora mais por causa do engarrafamento, mas seria difícil também se fosse de carro”, apontou.

Migração
Especialista em mobilidade urbana, oengenheiroGermanoTravassos sempre que pode também usa o ônibus. Segundo ele, se 20% da demanda do automóvel migrasse para o transporte público acabaria com a maioria dos congestionamentos. “Um requisito básico é que as demandas sejam atendidas, mas há ainda no Brasil uma segregação social muito forte, que cria uma barreira para que as classes mais altas migrem para o transporte público”, ressaltou. Também especialista em mobilidade, o engenheiro César Cavalcanti é usuário de ônibus. “Eu vou e volto do trabalho de ônibus”, revelou Cavalcanti.

Idec lança plataforma de denúncias sobre o transporte público

 

Transporte Público - Foto - Hélder Tavares DP/D.A.Press
Transporte Público – Foto – Hélder Tavares DP/D.A.Press

A plataforma online #Chegadeaperto, desenvolvida com apoio da ClimateWorks Foundation, recebe relatos e apoio dos cidadãos à campanha e informa sobre os direitos dos passageiros

O Idec, em parceria com a ClimateWorks Foundation, lança hoje a plataforma http://chegadeaperto.org.br disponível aos cidadãos para denunciarem problemas e absurdos que presenciam dia a dia nos serviços de transporte público no Brasil e para conhecerem e fazerem uso de seus direitos.

O canal está aberto para denúncias de todo o Brasil, porém começa com uma primeira fase de campanhas em São Paulo e Belo Horizonte, cidades onde o Idec fez uma pesquisa que levantou a soma de 146 irregularidades nos serviços prestados de ônibus e metrô.

As denúncias relatadas nesta plataforma servirão de insumos para solicitação do Idec aos órgãos gestores dos transportes públicos para as melhorias necessárias tanto na informação ao usuário quanto na garantia de seus direitos pela qualidade dos serviços. Para que outras cidades participem é importante que cada cidadão se mobilize em sua região, a partir das ferramentas dadas pelo Idec.

O pesquisador do Idec, João Paulo Amaral, ressalta que esse é um problema de várias outras cidades do Brasil. “Acreditamos que o transporte público de qualidade é um direito de todos, garantido pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor) e outros instrumentos legais, e que uma mobilização da sociedade civil pode mudar tudo isso”.

“Queremos que os cidadãos ativem seus direitos como usuários de transporte público e exijam, por exemplo, sua passagem de volta, direito garantido pelo CDC, caso o usuário se sinta prejudicado”, ressalta João Paulo.

O artigo 22 do Código determina que os serviços públicos devem ser prestados de forma adequada, eficiente e segura, sejam eles operados diretamente pelo órgão público ou por uma empresa concessionária ou permissionária. Em setembro o Idec colocou uma enquete sobre o direito à devolução do bilhete em seu site. As respostas demonstraram que mais de 80% das pessoas que participaram não sabiam que tinham esse direito.

Além disso, priorizar o transporte público também faz parte do objetivo do Idec, na parceria com a ClimateWorks Foundation, em contribuir para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas por meio de uma mobilidade urbana mais sustentável.

“Se as pessoas tiverem acesso a um transporte público de qualidade, com eficiência e conforto, eventualmente adotarão este meio. O aumento crescente de carros nas ruas é uma das principais causas do grande volume de emissão de poluentes”, conclui o pesquisador.

A campanha #Chegadeaperto conta, inclusive, com uma página no Facebook para disseminar a ideia e atingir o maior número de pessoas, em todo o país, para questionar por que não temos um transporte público de qualidade.

O Código de Defesa do Consumidor garante:
Segurança: estrutura e condução seguras no transporte dos passageiros, como brigada de incêndio e velocidade compatível;

Informação: canais acessíveis para orientação do usuário, bem como informes imediatos em casos de atraso ou transtornos durante a viagem;

Qualidade: respeito à saúde do usuário, assegurando acessibilidade a de cientes, temperatura e espaço apropriados, bem como tempo de viagem programado.

Caso veja alguma irregularidade, procure o funcionário mais próximo e peça sua passagem de volta. É responsabilidade do operador devolver o valor da passagem ou disponibilizar outra. E se seu pedido for negado, você pode e deve reclamar!

Anote os dados – linha, data e hora, local, sentido da linha e número do veículo – e registre uma reclamação pelo site ou telefone da operadora de transporte. Não tendo sua solicitação atendida, registre o caso no Procon de sua cidade. Caso envolva danos materiais ou morais, busque o Juizado Especial Cível.

Fonte: www.idec.org.br

O carro pode e deve ser parceiro na integração com o transporte público

 

Carros estacionados de forma improvisada na Estação Integrada Souto Maior DP/D.A.Press
Carros estacionados de forma improvisada na Estação Integrada de Cajueiro Seco – Foto : Blenda Souto Maior DP/D.A.Press

Atrair o carro para a conexão intermodal, mais que uma tendência mundial, é uma necessidade. Com uma frota de mais de 600 mil veículos, a capital pernambucana é a terceira metrópole do país com maior tempo de deslocamento casa/trabalho (só perde para São Paulo e Rio de Janeiro). Para diminuir a circulação de veículos motorizados nas zonas mais adensadas das cidades, uma das alternativas é apostar nos estacionamentos periféricos, onde o carro poderá se integrar ao metrô e aos corredores de ônibus.

Uma ideia que o Recife já experimentou na década de 1980, mas que não foi levada adiante. Em Belo Horizonte, o modelo Park & Ride faz parte da estratégia de planejamento urbano para melhorar a mobilidade no município. No caso do Recife, a Secretaria de Mobilidade estuda a instalação de estacionamentos em pontos estratégicos da cidade, mas ainda sem uma logística de integração do carro com o transporte público.

Os 25 terminais de integração do Sistema Estrutural Integrado (SEI) da Região Metropolitana do Recife não oferecem estacionamento para veículos, mas terão bicicletários. “Quanto maior for a intermodalidade, melhor será a qualidade dos deslocamentos”, ressaltou o engenheiro e coordenador regional da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), César Cavalcanti.

A integração do carro, segundo o especialista, é um nicho ainda pouco explorado. “Muita gente usa o carro apenas para trabalhar. Se houvesse a possibilidade de haver essa integração, as chances de atrair o usuário do carro para o transporte público seriam maiores”.

Na década de 1980, no governo de Gustavo Krause, uma experiência que nasceu a partir de um projeto do extinto Geipot inspirava esse tipo de integração. Um deles funcionou no estacionamento Joana Bezerra. Para evitar a ida do carro ao centro, os motoristas deixavam o carro no estacionamento e seguiam em um ônibus de luxo e gratuito para o centro. Outro ponto funcionou na Agamenon Magalhães perto do Torreão.

Segundo o engenheiro e especialista em mobilidade, Maurício Pina, houve, na época, uma forte reação da classe média. “As pessoas queriam ir de carro para o Centro e o governo acabou cedendo às pressões. Havia também uma insatisfação quanto à qualidade dos estacionamentos”, lembrou Pina.

Fazer a integração do carro com o ônibus não seria problema para a bancária Ester Pires, 47 anos. Ela mora em Olinda e trabalha no Centro do Recife, onde tem dificuldades para encontrar vaga para estacionar. “Além de perder muito tempo no trânsito, o custo do estacionamento aqui é alto. Quando não encontro vaga na rua, a diária do estacionamento é de R$ 20. Se tivesse como deixar o carro no Tacaruna e intergrar com uma linha para o centro seria melhor”.

Para o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, os estacionamentos periféricos podem ser estudados. Segundo ele, o projeto dos edifícios-garagem foi suspenso para ser reavaliado. “Essa integração é muito importante. O Recife, de uma certa forma, já teve à frente do seu tempo quando implantou estacionamentos periféricos.Essa iniciativa, hoje, certamente teria tido um olhar mais cuidadoso para funcionar adequadamente”, revelou.

Ainda segundo ele, está sendo feito um levantamento de locais com potencial para esse tipo de investimento. “A ideia dos estacionamentos integrados é uma forma de reduzir os congestionamentos. Vamos precisar de estudos para identificar locais que ofereçam potencial para o investimento”, ponderou.

Soluções usadas em eventos

Criar bolsões de estacionamento aproveitando potenciais existentes para incentivar a integração do carro ao transporte público é uma ideia que, na prática, a cidade já adota em eventos de grande porte, a exemplo do Expresso Folia, no Carnaval, mas isso nunca foi pensado para o dia a dia da cidade.

“A gente pensa em criar bolsões de estacionamento em vários pontos com apoio da iniciativa privada. Há alguns investimentos particulares que vão dispor de estacionamento próprio e poderão servir para esse tipo de integração”, afirmou o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga.

Para ele, a integração poderá ser feita com ônibus circulares ou com o VLT (Veículo Leve sobre Trilho), um projeto da Prefeitura do Recife que ainda aguarda liberação de recursos do governo federal.

Assim como o Carnaval conta com estacionamentos periféricos para integrar o carro ao transporte público, a Copa do Mundo também vai proporcionar a criação de bolsões para quem quiser deixar o carro e seguir de ônibus ou metrô.

A Secretaria da Copa pretende repetir o modelo inaugurado na Copa das Confederações, onde foram instalados bolsões no Shopping Recife e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e já fez um levantamento de outros pontos com potencial para servir de estacionamento. Entre eles, o Parque de Exposição do Cordeiro, a Ceasa e o estacionamento da Justiça Federal, na BR-101.

Fonte: Diario de Pernambuco (Tânia Passos)

Transporte público um direito social e constitucional aprovado na Câmara

Transporte público no Recife - Foto - Annaclarice Almeida DP/D.A.Press
Transporte público no Recife – Foto – Annaclarice Almeida DP/D.A.Press

O Plenário aprovou a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 90/11, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que prevê a inclusão do transporte no grupo de direitos sociais estabelecidos pela Constituição Federal. Por acordo entre os deputados, a matéria foi aprovada em dois turnos de votação e seguirá para o Senado.

Na primeira votação, houve 329 votos a favor, um contrário e uma abstenção. Na votação do segundo turno, foram 313 votos a favor, um contrário e uma abstenção.

O artigo 6º da Constituição Federal prevê, atualmente, outros 11 direitos sociais: educação; saúde; alimentação; trabalho; moradia; lazer; segurança; previdência social; proteção à maternidade; proteção à infância; e assistência aos desamparados.

Modelo de financiamento
Para a autora da proposta, a inclusão do transporte como direito social deve estimular os governos a buscar outro modelo para financiar o setor, como o subsídio integral das passagens de ônibus. “É preciso tirar das costas do usuário os custos de um serviço que é um insumo da produção econômica. Não é justo que o cidadão pague”, destacou Erundina.

A deputada disse ainda que melhorar as condições de mobilidade urbana é aumentar o acesso das pessoas à cidade. “Os direitos sociais e os direitos humanos não serão assegurados porque o direito ao transporte é essencial para exercê-los”, afirmou.

Resposta às ruas
As manifestações de junho, em que milhares de pessoas foram às ruas para exigir melhorias, inclusive no transporte público, foi o que levou o projeto, parado desde 2011, para a pauta da comissão onde foi aprovado no último dia 19 de novembro.

“A sociedade espera ansiosamente que esta Casa responda aos apelos manifestados principalmente em junho deste ano, com as manifestações populares”, disse Erundina.

A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) também lembrou que a Câmara, ao aprovar a proposta, dá uma resposta para os movimentos de junho.

“É uma pauta positiva e damos respostas às ruas”, disse o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP). “Essa é uma luta que veio dos movimentos sociais”, destacou o deputado Glauber Braga (PSB-RJ).

Para o deputado Newton Lima (PT-SP), a aprovação da PEC é o primeiro passo para diminuir os preços das passagens. “Quem foi prefeito, como eu, sabe da importância da redução do preço da passagem com qualidade do serviço”, disse.

Já a deputada Rosane Ferreira (PV-PR) lembrou que várias mulheres são molestadas em ônibus e metrôs e que a PEC pode melhorar a vida dessas trabalhadoras. “É o primeiro passo para trazer mais qualidade de vida para quem depende do transporte coletivo para ir e voltar do trabalho”, afirmou.

Falta de acesso
Para o relator da PEC na comissão especial, deputado Nilmário Miranda (PT-MG), um dos argumentos para a inclusão do transporte na Constituição como direito social é que vários dos direitos já classificados assim precisam do transporte para serem exercidos.

“Ouvimos, nas audiências públicas, que moradores de rua são pessoas que não podem voltar para casa porque não podem pagar pelo transporte. Na cidade de Salvador, até 40% da população andam a pé por não terem como se inserir nesse modelo de transporte financiado pelos usuários”, ressaltou Miranda.

Ao todo, foram realizadas pela comissão especial três audiências públicas e três seminários em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

Financiamento rejeitado
Antes do texto principal da PEC, duas emendas com parecer contrário da comissão foram rejeitadas pelo Plenário. Uma delas, de autoria da deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), direcionava aos municípios 71% dos recursos da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente nos combustíveis. Outros 29% já são atualmente repartidos entre os estados e o Distrito Federal. A ideia é que os recursos pudessem ser usados como subsídio ao transporte urbano.

A outra emenda, da ex-deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), incluía como competências comuns da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios a promoção dos transportes urbano e rural e o estabelecimento e a implantação de política de mobilidade urbana.

Fonte: Agência Câmara

Maiores cidades do país terão faixa exclusiva para o transporte coletivo

 

Engarrafamento Recife Foto - Blenda Souto Maior DP/D.A.Press
Engarrafamento Recife Foto – Blenda Souto Maior DP/D.A.Press

A construção de faixas exclusivas de ônibus nas cidades brasileiras, com fiscalização eletrônica em tempo integral e melhoria nos pontos de parada é a principal ideia do Programa Emergencial de Qualificação do Transporte Público para Ônibus proposto pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) ao governo federal, por intermédio do Ministério das Cidades.

O programa foi lançado no dia 6/11 em Brasília pela NTU como parte da Campanha Nacional de Qualificação das Redes Convencionais de Transporte Público Urbano, e consiste em oito medidas para melhorar o transporte público coletivo urbano no Brasil.

Segundo a NTU, medida idêntica foi objeto de Resolução Normativa aprovada no mês passado pelo Conselho das Cidades como proposta ao governo federal. A resolução recomenda à Presidência da República priorizar os investimentos federais na qualificação das redes convencionais de transporte urbano com a adoção de propostas elaboradas pelo Comitê Técnico de Mobilidade Urbana.

De acordo com o presidente da NTU, Otávio Cunha, o programa deve “melhorar a qualidade dos serviços e reduzir os custos de operação, com a implantação de quatro mil quilômetros de faixas exclusivas em 46 municípios, todas as capitais e cidades com população superior a 500 mil habitantes, nos próximos 12 meses”. Segundo ele, esses projetos requerem soluções tecnológicas simples, “sem intervenções físicas relevantes e com retorno imediato para o usuário”.

A NTU apresenta como exemplos bem sucedidos do sistema de faixas exclusivas as experiências recentes no Rio de Janeiro, em São Paulo e Goiânia. Em São Paulo, por exemplo, estudos da associação mostram que a velocidade dos ônibus (velocidade média nos trajetos, contando as paradas), chegou a subir 108%, reduzindo o tempo de deslocamento em até 25 minutos.

O presidente da NTU lembra que o governo tem cobrado propostas para melhoria do setor de transporte urbano e destaca que “no caso das faixas, estamos mostrando porque e como fazer”. Ele ressalta, porém, que as soluções devem ser adaptadas à realidade de cada cidade, pois “o mais importante é mostrar que esta é uma medida barata, rápida e eficiente, que serve para qualquer tamanho de cidade”.

Fonte: Portal Mobilize

Lapso temporal de quatro décadas no investimento do transporte público

Avenidas Caxangá (Recife) e Brasil (Rio de Janeiro) com implantação da faixa exclusiva na década de 1980
Avenidas Caxangá (Recife) e Brasil (Rio de Janeiro) com implantação da faixa exclusiva na década de 1980

Quando a mobilidade ainda não estava entre as principais preocupações da população e dos gestores públicos, os técnicos do setor já entendiam a necessidade de dar ao transporte público um tratamento diferenciado. Eles estavam certos. Mas a decisão sempre foi política. As primeiras faixas exclusivas foram implantadas no Recife nas avenidas Sul e Caxangá, no início da década de 1980.

Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em uma experiência piloto, implantou uma faixa para o ônibus na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em 1976. No Rio de Janeiro, o ônibus teve faixa exclusiva pela primeira vez, na década de 1980, na Avenida Brasil. As experiências pontuais também encontradas em outras capitais brasileiras não tiveram continuidade. Com raras exceções como Curitiba e Porto Alegre, houve um lapso temporal de investimentos no setor de cerca de 30 anos, no mínimo. O país, que fez Curitiba conhecida mundialmente e exportou o modelo do BRT para Bogotá, perdeu – e muito – quando resolveu não priorizar o transporte coletivo.

Graças ao corredor segregado de 5,8 km da Caxangá, a implantação do atual corredor Leste/Oeste encontrou o espaço reservado para um futuro BRT. “No caso da Caxangá, o nível de demanda na época em que foi implantado o corredor era muito menor. Se a avenida fosse toda de tráfego livre, a implantação de uma via segregada para o ônibus, hoje, teria uma reação muito maior”, atestou Germano Travassos, consultor e especialista em mobilidade urbana. Outra conquista dos técnicos que atuaram no Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) da Região Metropolitana do Recife (RMR), na década de 1980, foi garantir o espaço centralizado para a faixa do ônibus na PE-15, por onde irá passar o corredor Norte/Sul.

Apesar dessas conquistas, a RMR contabilizou, até agora, 39,5 km de faixas segregadas, de um total de 1.360 km de vias, o que corresponde a apenas 2,9 % da malha. O caminho que o país trilhou para o transporte individual se reflete na realidade vivida hoje nas ruas de qualquer cidade brasileira. “É impensável deixar o ônibus preso nos engarrafamentos. Reservar um espaço para o coletivo é dar prioridade ao transporte público e garantir mais velocidade”, ressaltou o professor de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Pina.

Na maior metrópole do país, o modelo de faixa exclusiva iniciado em 1976 alcançou outras vias da capital paulista, mas sempre ficou longe de ser prioridade em relação ao espaço ocupado pelo carro. Até agora. A cidade volta a apostar em espaços segregados para o transporte público. “Antes eu fazia duas viagens por dia e hoje faço quatro”, revelou o motorista de ônibus César Alexandre Sobral, que trabalha em uma linha entre a Zona Sul e o Centro da cidade.

No Rio de Janeiro, a parada nos investimentos ocorreu logo após a implantação da faixa segregada da Avenida Brasil. A retomada veio com a recente implantação do modelo de faixas que recebeu o nome de BRS (Bus Rapid Service). Ela prioriza o ônibus no lado direito da via. “Nós estamos tendo uma melhora significativa na velocidade dos ônibus. É uma coisa nova para a gente e nossa meta é atrair usuários do carro para o transporte público”, explicou o subsecretário de Transportes, Alexandre Sansão. Tarefa árdua, já que a priorização do automóvel nas últimas décadas também significou o enraizamento de uma cultura do transporte individual, ainda difícil de ser mudada.

Veja o que muda nas linhas de ônibus do Recife para o 7 de setembro

Desfile 7 de setembro Recife - Foto - Hélder tavares DP/D.A.Press
O Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitanos vai alterar 41 linhas de ônibus por causa do desfile de 7 de Setembro,  na Av. Mascarenhas de Morais. Dois trechos da via vão ficar interditados para o evento. Confira as mudanças:

– No sentido cidade/subúrbio: trecho compreendido entre a Av. Jean Emile Favre e a Av. Recife.
– No sentido subúrbio/cidade: trecho compreendido entre a Av. Armindo Moura e a Av. General MacArthur (continuação da Av. Antônio Falcão)

Devido às alterações, 41 linhas que trafegam pelos trechos citados terão seus itinerários alterados e três linhas do TI Tancredo Neves deixarão de operar durante o desfile. Veja abaixo os novos itinerários a serem realizados:

Linhas 167– TI Tancredo Neves (IMIP), 168 – TI Tancredo Neves (Cde. Boa Vista) e 193- TI Tancredo Neves (Príncipe) estarão suspensas no sábado (7) até o final do desfile (às 12h). Os usuários que utilizam esta linha, devem se dirigir ao Centro pelo metrô.

Linhas 123 – Três Carneiros Baixo/ TI Tancredo Neves, 124 – Vila do Sesi/ TI Tancredo Neves, 125– Córrego da Gameleira/TI Tancredo Neves, 126 – UR-03/TI Tancredo Neves, 132– UR-02(Ibura) /TI Tancredo Neves, 133 – Três Carneiros/TI Tancredo Neves, 134 – Lagoa Encantada/TI Tancredo Neves, 135– UR-10/TI Tancredo Neves, 136  UR-05/TI Tancredo Neves, 137 – UR-11/TI Tancredo Neves, 138 – Zumbi do Pacheco/TI Tancredo Neves, 141– Jardim Monte Verde/TI Tancredo Neves, 142– Alto Dois Carneiros/TI Tancredo Neves, 143– UR-06/TI Tancredo Neves e 144  UR-04/TI Tancredo Neves:  …Av. Dom Helder Câmara, Av. Recife, Viaduto Presidente Tancredo Neves, Av. Sul (trecho em contra mão), TI Tancredo Neves.

Linha 020– Candeias/TI Tancredo Neves: sentido Candeias/TI Tancredo – …Av. Armindo Moura,  Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Rua. Des. José Neves, Rua Des. João Paes, Av. Visconde de Jequitinhonha, Rua Ribeiro de Brito, Viaduto Tancredo Neves, Av. Recife, Rua Gonçalves Magalhães, Rua Bezerro de Carvalho, Av. Sem. Robert Kennedy, Av. Recife, Viaduto Tancredo Neves (contra mão), TI Tancredo Neves.

Sentido TI Tancredo Neves/Candeias– …TI Tancredo Neves, Viaduto Tancredo Neves, Av. Recife, Rua Gonçalves Magalhães, Rua Bezerro de Carvalho, Av. Sem. Robert Kennedy, Av. Recife, Av. Mascarenhas de Morais, retornando ao itinerário comum pela Estrada da Batalha…

Linha 023– TI Tancredo Neves/TI Aeroporto: sentido TI Tancredo Neves/TI Aeroporto: …TI Tancredo Neves, Viaduto Tancredo, Av. Recife, Rua Gonçalves Magalhães, Rua Bezerro de Carvalho, Av. Sem. Robert Kennedy, Av. Recife, Viaduto Tancredo Neves, Rua Ernesto de Paula Santos…

Sentido TI Aeroporto/TI Tancredo Neves: …Rua Ribeiro de Brito, Viaduto Tancredo, Av. Recife, Rua Gonçalves Magalhães, Rua Bezerro de Carvalho, Av. Sem. Robert Kennedy, Av. Recife, Viaduto Tancredo Neves, Av. Sul (contra mão), TI Tancredo Neves.

Linha 024– TI Tancredo Neves (Circular Boa Viagem): sentido TI Tancredo Neves/Boa Viagem: …TI Tancredo Neves, Viaduto Tancredo Neves, Av. Recife, Rua Gonçalves Magalhães, Rua Bezerro de Carvalho, Av. Sem. Robert Kennedy, Av. Recife, Viaduto Tancredo Neves, Rua Ernesto de Paula Santos, Rua Profº João Medeiros, Rua Félix de Brito…

Sentido Boa Viagem/TI Tancredo Neves: …Rua Ribeiro de Brito, Viaduto Tancredo Neves, Av. Recife, Rua Gonçalves Magalhães, Rua Bezerro de Carvalho, Av. Sem. Robert Kennedy, Av. Recife, Viaduto Tancredo Neves (contra mão), TI Tancredo Neves.
Linha 060– TI Tancredo Neves/TI Macaxeira: sentido TI Macaxeira/TI Tancredo Neves: …Av. Recife, Viaduto Tancredo Neves, Av. Sul (contra mão), Terminal Integrado Tancredo Neves.

Linhas 151– Jd. Jordão/TI Aeroporto, 152– Jordão Baixo/TI Aeroporto, 153– Jordão Alto/TI Aeroporto e 023 – TI Tancredo Neves/TI Aeroporto): sentido Jordão/TI Aeroporto: …Av. Maria Irene, Estrada da Batalha, Viaduto em formato de Ferradura, Estrada da Batalha, Avenida Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Av. Barão de Souza Leão, Av. Mascarenhas de Morais (pista local), Viaduto do Aeroporto (Norte), Av. Mascarenhas de Morais, Viaduto do Aeroporto (Sul), Av. Mascarenhas de Morais (pista local), Rua 10 de julho, TI Aeroporto.

Linha 115 – TI Aeroporto/TI Afogados: sentido TI Aeroporto/TI Afogados: …Terminal Integrado Aeroporto, Rua Dez de Julho, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Des. José Neves, Av. Dom João IV, Av. Antônio Torres Galvão, Av. Gal. Edson Amâncio Ramalho, Rua Antônio Falcão, Av. Gal. MacArthur, Av. Mascarenhas de Morais…

Sentido TI Afogados/TI Aeroporto: …Av. Marechal Mascarenhas de Morais, Rua Jean Emile Favre, Rua Costa e Silvam Rua Raimundo Diniz, Av. Recife, Av. Mascarenhas de Morais, Viaduto do Aeroporto (Sul), Av. Mascarenhas de Morais (pista local), Rua Dez de Julho, Terminal Integrado Aeroporto.

Linha 161– Brigadeiro Ivo Borges/TI Aeroporto: sentido Brigadeiro Ivo Borges/TI Aeroporto: …Av. Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Marechal Juarez Távora, Av. Barão de Souza Leão, Av. Mascarenhas de Morais (pista local), Viaduto do Aeroporto (Sul), Av. Mascarenhas de Morais (pista local), Rua Dez de Julho, Terminal Integrado Aeroporto.

Linha 370  TI TIP/TI Aeroporto: sentido TI Aeroporto/TI TIP: …Terminal Integrado Aeroporto, Rua Dez Julho, Rua Marechal Juarez Távora, Rua Des. José Neves, Rua Des. João Paes, Av. Visconde de Jequitinhonha, Av. Ribeiro de Brito, Viaduto Tancredo Neves, Av. Recife, Rua Ipojuca, Av. José Rufino…

Linha 166– TI Cajueiro Seco (Rua do Sol): sentido TI Cajueiro Seco/cidade: …TI Cajueiro Seco, 7ª Travessa Dr. Júlio Maranhão, Av. Dr. Júlio Maranhão, Estrada da Batalha, Av. Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Des. Jose Neves, Av. Dom João IV, Av. Antônio Torres Gavão, Av. Gal. Edson Amâncio Ramalho, Rua Antônio Falcão, Av. Gal. MacArthur, Av. Mascarenhas de Morais, Ponte Motocolombó…

Sentido cidade/TI Cajueiro Seco: …Ponte Motocolombó, Av. Mascarenhas de Morais, Rua Jean Emile Favre, Rua Costa e Silva, Rua Raimundo Diniz, Av. Recife, Av. Mascarenhas de Morais, Estrada da Batalha…

Linha 140– TI Cajueiro Seco/Shopping Recife: sentido TI Cajueiro Seco/Shopping Recife: …Estrada da Batalha, Av. Mascarenhas de Morais, Rua Dez de Julho, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Des. José Neves, Av. Dom João IV, Pátio do Shopping Center Recife (Parada 3), Av. Dom João IV, Av. Antônio Torres Galvão, Avenida Fernando Simões Barbosa…

Sentido Shopping Recife/TI Cajueiro Seco: …Rua Ribeiro de brito, Viaduto Presidente Tancredo Neves, Av. Recife, Rua Gonçalves Magalhães, Rua Bezerro de Carvalho, Av. Sem. Robert Kennedy, Av. Recife, Av. Mascarenhas de Morais, Estrada da Batalha…

Linhas 185– TI Cabo: sentido TI Cabo/cidade: …Terminal Integrado do Cabo, Rua Manoel Estevão, Rua Historiador Pereira da Costa , Rua Armando Jorge Sales, Rodovia BR-101-Sul, Antiga Rodovia BR-101-Sul, Avenida Doutor Júlio Maranhão,Estrada da Batalha, Avenida Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Des. José Neves, Av. Dom João VI, Av. Antônio Torres Galvão, Av. Gal. Edson Amâncio Ramalho, Rua Antonio Falcão, Av. Gal. MacArthur, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais,Ponte Motocolombó…

Sentido cidade/TI Cabo: …Ponte Motocolombó, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, Rua Jean Emile Favre, Rua Costa e Silva, Rua Raimundo Diniz, Av. Recife, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, Estrada da Batalha…
Linha 120– Ipsep/Shopping Recife: sentido Shopping Recife/Ipsep: Pátio do Shopping Center Recife (Parada 1), Rua Bruno Veloso, Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, Rua Barão de Souza Leão, Rua Des. José Neves, Rua Des. João Paes, Av. Visconde de Jequitinhonha, Av. Ribeiro de Brito, Viaduto Presidente Tancredo Neves, Avenida Recife…

Linha 118 – Prazeres/Boa Viagem: sentido Prazeres/Boa Viagem: …Estrada da Batalha, Avenida Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Capitão Zuzinha…

Linha 155– Jordão Baixo/Boa Viagem: sentido Jordão Baixo/Boa Viagem: …Avenida Maria Irene, Avenida Centenário Alberto Santos Dumont, Estrada da Batalha, Viaduto Ferradura (em formato de), Estrada da Batalha, Avenida Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Capitão Zuzinha…

Linha 033– Aeroporto: sentido Subúrbio/Cidade: …Praça Diário de Pernambuco (Terminal Brigadeiro Ivo Borges), Rua Quatro de Outubro, Avenida Ulisses Montarroyos, Avenida Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Capitão Zuzinha…

Linha 040– CDU/Boa Viagem/Caxangá: sentido CDU/Boa Viagem: …Avenida Recife, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais…

Linha 043– Aeroporto/Tacaruna (Derby): sentido Subúrbio/Derby: …Praça Diário de Pernambuco (Terminal Brigadeiro Ivo Borges), Rua Quatro de Outubro, Avenida Ulisses Montarroyos, Avenida Armindo Moura, Rua Cosmorama, Rua João Cardoso Ayres, Rua Sá e Souza, Rua Capitão Zuzinha…

Linha 440  CDU/Caxangá/Boa Viagem: sentido Boa Viagem/CDU: …Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, Rua Barão de Souza Leão, Rua Des. José Neves, Av. Dom João VI, Av. Antônio Torres Galvão, Av. Gal. Edson Amâncio Ramalho, Rua Antonio Falcão, Av. Gal. MacArthur, Av. Mascarenhas de Morais,Rua Missionário Joel Carlson, Av. Arquiteto Luis Nunes, Rua Paris, Rua Jean Emile Favre, Avenida Recife…

Linha 360– Totó/Boa Viagem: sentido Boa Viagem/Totó: …Engenheiro Domingos Ferreira, Rua Barão de Souza Leão, Rua Des. José Neves, Rua Des. João Paes, Av. Visconde de Jequitinhonha, Av. Ribeiro de Brito, Viaduto Presidente Tancredo Neves, Avenida Recife…

Linha 206 – Barro/Prazeres: sentido Prazeres/Barro: …Avenida Barreto de Menezes, Estrada da Batalha, Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Av. Barão de Souza Leão, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais (pista local), Viaduto do Aeroporto (Norte), Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, Avenida Centenário Alberto Santos Dumont, Av. Maria Irene…

Linha 191 Recife/Porto de Galinhas: sentido Porto de Galinhas/Recife: …Avenida Doutor Júlio Maranhão, Estrada da Batalha, Avenida Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Des. José Neves, Av. Dom João VI, Av. Antônio Torres Galvão, Av. Gal. Edson Amâncio Ramalho, Rua Antonio Falcão, Av. Gal. MacArthur, Av. Mascarenhas de Morais, Ponte Motocolombó, Avenida Sul…

Sentido Recife/Porto de Galinhas: …Ponte Motocolombó, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, Rua Jean Emile Favre, Rua Costa e Silva, Rua Raimundo Diniz, Av. Recife, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, Acesso ao Aeroporto, Praça Ministro Salgado Filho (Lado Oeste), Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, Estrada da Batalha, Avenida Doutor Júlio Maranhão…

Linha 191– Recife/Porto de Galinhas (Via Boa Viagem): sentido Porto de Galinhas/Recife: …Avenida Doutor Júlio Maranhão, Estrada da Batalha, Avenida Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Rua Capitão Zuzinha…

Sentido Recife/Porto de Galinhas: …Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, Rua Jean Emile Favre, Rua Costa e Silva, Rua Raimundo Diniz, Av. Recife, Viaduto Tancredo Neves, Av. Ernesto de Paula Santos, Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, Rua Barão de Souza Leão…

Linha 195 Recife/Porto de Galinhas (Opcional): sentido Porto de Galinhas/Recife: …Avenida Doutor Júlio Maranhão, Estrada da Batalha, Armindo Moura, Rua Cosmorama, Av. Mal. Juarez Távora, Av. Barão de Souza Leão, Avenida Marechal Mascarenhas de Morais (pista local), Viaduto do Aeroporto (Norte), Acesso ao Aeroporto, Plataforma do Aeroporto (Área Interna de Desembarque), Praça Ministro Salgado Filho (Lado Oeste), Viaduto do Aeroporto (Sul), Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, Rua Dez de Julho, Rua Capitão Zuzinha…

Em caso de dúvidas, o Grande Recife disponibiliza a Central de Atendimento ao Cliente, no 0800.081.0158. Lembramos que este serviço funciona de domingo a domingo, das 07h às 17h.

Fonte: Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitano

Você não está no trânsito, você é o trânsito

 

engarrafamento China - créditos: Reuters

Por

Camila Hungria

Mobilidade é atualmente uma das principais preocupações e fontes de dores de cabeça de quem vive nas grandes cidades. Longas distâncias, desgaste físico e, principalmente, o estresse causado pelos engarrafamentos tornaram-se motivos mais do que suficientes para que cada vez mais pessoas optem por outros meios de transporte que não os veículos individuais.

Recente artigo publicado pelo jornal “The New York Times” aborda a questão do crescente desinteresse dos jovens por carros, o que tem preocupado as montadoras. De acordo com pesquisas da General Motors, a geração entre 18 e 24 está valorizando mais ter qualidade de vida do que investir na compra de um carro próprio.

Renata Prudente, de 21 anos, encaixa-se no perfil descrito acima. Bicicleteira assumida, conta que seus pais queriam presenteá-la com um carro quando entrou na faculdade, aos 19, mas ela não quis. “Eu ando de bicicleta pela cidade. Gosto da liberdade que a bike me dá. Não preciso me preocupar com estacionar o carro ou fugir do trânsito. Além disso, andar de bicicleta é mais saudável. Quando preciso sair de carro por algum motivo específico, posso combinar com meus pais de usar o carro deles”, explica a jovem.

A jornalista paulistana Mariana Portiz, de 36 anos, também optou por não andar de carro. Mas para ela o motivo foi outro. Mariana dirige desde os 18 anos, quando tirou carta e ganhou seu primeiro automóvel, mas uma briga de trânsito há alguns anos fez com que ela repensasse como estava se comportando em sociedade e buscasse novos caminhos:

“O trânsito sempre me irritou muito. E eu sempre peguei muito trânsito porque trabalhava longe de casa. Até que, certo dia, voltando do trabalho e atrasada para um compromisso, levei uma fechada. Saí do carro e bati boca com o outro motorista, e ele comigo. Foi uma baixaria, e depois eu só conseguia me arrepender. Estava mais nervosa, estressada e triste do que nunca”.

A saída encontrada para lidar com o estresse causado pelos longos engarrafamentos enfrentados diariamente foi abandonar o carro. “Aos poucos, consegui me organizar para trabalhar de casa. O bairro onde moro é ótimo, tem tudo perto. Assim, consigo fazer 90% das minhas obrigações e atividades a pé”.

Dois anos depois, Mariana está mais saudável, caminha diariamente, não sofre mais de estresse. Vendeu seu carro e, aos finais de semana, anda de táxi ou carona. “Evitar esse tipo de aborrecimento para mim é importante e por essa razão investi nisso. Hoje, não contribuo mais para o trânsito caótico, não perco tempo com engarrafamentos e sou mais feliz e tranquila”, finaliza.

O publicitário João Pedro Menezes, 27 anos, decidiu deixar o carro na garagem antes de ter uma crise de estresse. Passou a se locomover de metrô para ir e voltar do trabalho. “Em determinado momento, percebi que o que mais me atrapalhava era a minha preguiça de sair de casa e o preconceito com o transporte público”, conta ele, que, andando de metrô, economiza todos os dias cerca de 40 minutos para ir e para voltar do trabalho.

Além do tempo economizado, João também diz que a opção pelo transporte coletivo resultou em economia para ele, que não gasta mais tanto com gasolina. “Deixei o carro para usar em dias de chuva, quando preciso carregar coisas ou quando tenho algum compromisso após o expediente”, conta.

O caso do executivo de TI Rafael Junqueira, 29 anos, ilustra bem uma nova postura frente à mobilidade. Ele optou por mudar-se para um endereço bem próximo ao de seu emprego, e não leva mais do que 5 minutos para chegar ao trabalho: “Como eu gastava 3 horas por dia nos deslocamentos, ou 72 horas por mês, percebi que a cada mês eu perdia mais que um final de semana, uma insanidade. Não compensa nem física nem financeiramente”. E ele acrescenta: “Hoje eu chego mais disposto no trabalho, rendo mais e, na hora de voltar, é só alegria, e não mais um tormento”.

Mais informações no site Sustentabilidade Allianz

A conta do Passe Livre: R$ 16,1 bilhões, segundo IPEA. Quem vai pagar?

o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) conseguiu materializar em números o que significaria na prática abrir as portas do transporte público para o passe livre. O custo é de pelo menos R$ 16,1 bilhões em subsídios para o transporte em 44 cidades ou capitais com mais de 500 mil habitantes.

O estudo leva em conta as propostas de ampliação de acesso ao transporte público urbano. Para ser feita a pesquisa foram analisadas 44 cidades e 44 viagens por mês. Nesse cenário, o passe livre estudantil beneficiaria 13,78 milhões de estudantes.

Para a criação de um vale-transporte social para estudantes baseado no CadÚnico (Cadastro Único) –que demonstra vulnerabilidade social–, o subsídio necessário seria de R$ 5,5 bilhões anuais.

Outra possibilidade analisada foi a concessão para estudantes que atendam aos mesmos critérios do Bolsa Família, neste caso o valor necessário para custeio seria de apenas R$ 3,5 bilhões.

Segundo os pesquisadores do Ipea, as manifestações aceleraram fortemente processos de tramitação de projetos de mobilidade urbana.A pesquisa também conclui que a gratuidade do transporte coletivo não é sinônimo de política social, mas se mostra necessária em um contexto em que há a imobilidade por falta de acesso e alto custo do transporte é um fato.

O estudo do Ipea analisou os seguintes projetos: PL 2965/2011, que propõe a criação do vale-transporte social; o PLS 248/2013, criado pelo senador Renan Calheiros durante as manifestações de junho, o texto prevê gratuidade para estudantes; e o PL 310/2009, que coloca o transporte gratuito como direito social.

Com informações do IPEA

Operação Dá Licença para o Ônibus entra na quarta etapa em São Paulo

Faixa exclusiva ônibus São Paulo - CET/Divulgação

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transporte (SPTrans) inauguram, nesta segunda-feira (26/08), a quarta e última etapa da faixa exclusiva à direita para ônibus no Eixo Norte/Sul.

Essa etapa estará na Avenida Senador Teotônio Vilela, perfazendo uma extensão de 1,25 km, indo da Av. do Jangadeiro até a Av. Atlântica (Largo do Rio Bonito), e valerá em ambos os sentidos da via, de segunda a sexta feira das 6 às 22 horas.

A ativação está inserida na Operação Dá Licença para o Ônibus, cujo objetivo é priorizar a circulação do transporte coletivo, contribuindo para a melhoria do desempenho dos ônibus nos corredores.

Desde o início do ano até agora já foram implantados 128,56 km de faixas exclusivas. Se somarmos as ativações desta segunda-feira, teremos 136,06 km. Com esta medida, busca-se a redução dos tempos de viagens com padrões de eficiência, conforto e segurança para os usuários do transporte público.

Para sinalizar esta última fase de implantação da faixa exclusiva no Eixo Norte/Sul, foram utilizadas 91 placas de trânsito, 165 m² de pintura relativa à adequação da sinalização horizontal e 32 faixas de vinil informativas aos usuários da via.

Alterações de Circulação

Junto com a deflagração da nova extensão da faixa exclusiva, a CET vai realizar as seguintes alterações de circulação no tráfego:

–   Inversão da circulação do tráfego na Rua Icanhema, no trecho entre a Praça Dona Carmela Dutra e a Avenida do Jangadeiro.

–   Implantação de sentido único de circulação do tráfego na Rua Anibal dos Anjos Carvalho, no trecho entre a Avenida Senador Teotônio Vilela e a Rua Icanhema, passando o tráfego a operar no sentido da Rua Icanhema.

–  Implantação de sentido duplo de circulação do tráfego na Rua Guaiuba, no trecho entre a Av. Senador Teotônio Vilela e a Rua Acuti.

–  Implantação de circulação exclusiva de ônibus na Av. Senador Teotônio Vilela, sentido Centro, entre R. Padre José Garzotti e Av. do Jangadeiro, por  período integral. Ou seja, nesse trecho específico, só os ônibus do transporte coletivo poderão trafegar pela Av. Teotônio Vilela em direção ao Centro, tendo como alternativa aos demais veículos o desvio pelas ruas Padre José Garzotti e Icanhema para acessar a Av. do Jangadeiro.

Vale lembrar que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar na faixa exclusiva à direita de ônibus é uma infração leve, com perda de três pontos na carteira e multa de R$ 53,20.

População beneficiada

No trecho desta implantação, circulam pela Av. Senador Teotônio Vilela 31 linhas de ônibus municipais no sentido Centro, transportando 344 mil passageiros/dia útil, e 30 linhas no sentido oposto, Bairro, transportando 346 mil passageiros/dia útil.

A Engenharia de Campo da CET e da SPTrans vão acompanhar o desempenho da nova faixa exclusiva, visando melhorar as condições de trânsito e preservar a segurança viária de todos os usuários. Para informações de trânsito, ligue 1188 – Fale com a CET. Atende 24 horas para informações de trânsito, ocorrências, reclamações, remoções e sugestões

Fonte : CET