Construída na década de 1970, a Avenida Agamenon Magalhães passará pela maior transformação urbanística. A construção de quatro viadutos não muda apenas a paisagem urbana, mas definirá um novo rumo para a cidade. Resta saber se será melhor ou não.
Acessibilidade, fórum pernamente, trânsporte e trânsito
Construída na década de 1970, a Avenida Agamenon Magalhães passará pela maior transformação urbanística. A construção de quatro viadutos não muda apenas a paisagem urbana, mas definirá um novo rumo para a cidade. Resta saber se será melhor ou não.
Esses viadutos irão impedir definitivamente qualquer proposta de construção de um ramal de VLT e posteriormente de Metrô. Será um paliativo que no futuro causará grandes problemas para a população. REPROVADO!
A melhor opçao para a Agamenon seria > http://www.youtube.com/watch?v=a6uAUjkj8t4
Custa mais para implantação, porém… Custo zero com desapropriações e viadutos. Nenhuma perda de pista e passeio, mínima perda de solo. Menos poluição visual e atmosférica. Menos custo de manutenção e reposição de veículos. Menos desconforto e risco de acidentes. E, menos dinheiro para empresários de transporte coletivo.
Muito bom a reportagem e digo que merecia passar no Jornal da Clube e PE no ar.
O Governo de Pernambuco, vai apenas infernizar a vida dos moradores da Rua Dr. Bandeira Filho, tendo em vista, que apenas vai elevar os engarrafamentos para o viaduto. O governo não fez nenhum estudo de impacto do trânsito na Av. Rosa e Silva, com o orgão demandante do transito que é a CTTU.
Viadutos na Agamenon Magalhães
A notícia da construção de quatro viadutos cruzando a Avenida Agamenon Magalhães causou-me, inicialmente, surpresa e preocupação.
Mas foi com o tempo, e com a oportunidade de conhecer melhor o projeto, que as preocupações se ampliaram significativamente.
Foi fácil constatar que a idéia é, na verdade, muito pior do que parecia à primeira vista.
A população do Recife, embalada e iludida pelo discurso simplório em defesa da mobilidade urbana (clamor e necessidade de qualquer morador da cidade em nossos dias), foi chamada a aplaudir um projeto cujos benefícios são ínfimos e cujos custos(financeiros, sociais, estéticos, funcionais,etc.) são elevadíssimos.
É preciso que se explique ao cidadão as razões para adoção de uma “solução” de viabilidade visivelmente questionável.
Só para mencionar algumas questões que saltam aos olhos de qualquer leigo que contemple as plantas do projeto: o projeto não apresenta qualquer melhoria que seja de longo prazo, uma vez que não proporciona nenhuma ampliação na capacidade da avenida. Ao contrário disso, torna impossível qualquer projeto futuro de um melhor aproveitamento da Agamenon, uma artéria que poderia proporcionar excelentes alternativas de ligação entre as regiões norte e sul da cidade, através de diferentes tipos de transporte. A parte aérea da Agamenon poderia ser aproveitada, no presente e/ou no futuro, para ampliar consideravelmente a capacidade da via e viabilizar a implantação de equipamentos de transporte publico rápidos, e eficientes, à semelhança dos que têm sido estudados pelo Governo do Estado. O cruzamento da avenida com 4 viadutos sepulta qualquer possibilidade de solução futura, ao repetir (e multiplicar) o erro cometido no passado com a construção do viaduto da av. Norte. A lógica observada no viaduto sobre a João de Barros é extremamente mais coerente.
O projeto não contempla cruzamentos como o do Derby, o da Rua Henrique Dias e o da rua Buenos Aires, que continuarão com semáforos, o que tornará a melhoria no fluxo muito pequena para justificar as intervenções.
A idéia proposta não apresenta solução para o deslocamento dos milhares de pedestres que teriam que cruzar a Avenida, nos trechos em que os viadutos teoricamente a tornariam uma via (quase) expressa. As alternativas seriam: a travessia por sobre os viadutos– esta impraticável; a construção de passarelas, que somadas às que obrigatoriamente existiriam para possibilitar o acesso às estações de embarque para o transporte coletivo, teriam que ser em número razoável; ou a colocação de semáforos, o que derrubaria a tese da construção de viadutos para a eliminação ou redução de interrupções no trafego. Ainda que se argumente que semáforos de pedestres têm duração menor, a diferença de tempo não seria grande em virtude da largura da via. Basta refletir, rapidamente, sobre o número imenso de pedestres que hoje cruzam a Agamenon, em direção aos hospitais (Restauração, HEMOPE, Português, etc.) e às escolas (CAB, GGE,Contato, Vera Cruz, Maria Auxiliadora, Barbosa Lima, etc.). Como seria o acesso? E como fica a segurança deles, ainda mais expostos aos riscos do trânsito e dos assaltos?
O projeto tem o potencial de afetar e trazer transtornos a áreas cruciais para a população, como os hospitais citados, alem de dificultar o acesso às escolas mencionadas, qualquer que seja o meio de transporte empregado, e atingir diretamente instalações comercias e sociais que atendem a faixa considerável da população da cidade, e não apenas dos arredores, gerando desemprego, desconforto e grandes prejuízos.
A construção dos viadutos compromete e degrada uma área nobre da cidade – a Praça do Parque Amorim, que seria radicalmente afetada pela instalação dos elevados, e fatalmente condenada a se tornar uma área degradada e entregue ao abandono e à marginalidade, como a totalidade dos viadutos já existentes na cidade. Aparentemente, o projeto deixa de considerar os prejuízos decorrentes da “marginalização” de áreas nas quais o fluxo de pedestres é intenso e constante, pela grande quantidade de instalações de uso coletivo concentradas naquela região.
Alem de tudo isso, qualquer analise superficial é suficiente para que se possa prever transtornos imensuráveis na própria Avenida e no seu entorno durante sua execução das obras.
Enfim, é fácil perceber que pela ausência de resposta a questões tão simples, pelo altíssimo custo do projeto (inclusive político) para o governo atual, e pelos parcos benefícios reais previstos (que podem ser nulos se, por exemplo, a implantação de sinais de pedestres for inevitável como parece ser), o governo do Estado precisa rever e considerar o projeto.
Apelamos para que o nosso Governo de Pernambuco, que tem se pautado pela coerência, pelo bom senso e pela preocupação social, considere alguns dos vários projetos já existentes que aproveitam a própria calha da Agamenon Magalhães. A alternativa é justamente a construção de elevados, ou soluções semelhantes, que aproveitem a área de que a Avenida já dispõe, sem necessidade de desapropriações (que têm alto custo financeiro e social), e com um impacto muito menor, tanto durante a execução quanto no futuro, e ainda com uma efetiva ampliação na capacidade de fluxo da Avenida, o que o projeto atual não tem condições de proporcionar.
A cidade do Recife Agradece.
Pastor Ney Ladeia
Igreja da Capunga
Ao ler os textos acima, parecem que realmente não viram as explicações sobre as mudanças e uma mais recente mostrada ontem no Globo Comunidade.
Antes falavam em vias elevadas ao longo da Agamenon, sejam para metrô, vlt ou ônibus e, mais recentemente, a sugestão e não projeto daqueles que estão questionando os viadutos.
Não se adotará elevados ao longo da via, principalmente no Derby, pois a praça será tombada e nada poderá interferir na sua visão ou se destacar mais que ela. A sugestão do elevado dada pelos modarores do entorno segundo explicação da arquiteta no Globo Comunidade é de que é muito alto e tecnicamente incompatível tanto com o futuro da praça como a capacidade de rampa em subida e descida para os veículos e não resolve o tráfego nas tranversais.
Estudo de tráfego foi feito sim com a adoção dos viadutos, só que em simulador e se há problemas nas vias por onde esses viadutos farão conexões, foi dito no programa que interveções nestas vias serão feitas como inversão de mão e alterações em sinais por exemplo.
Se há críticas com relação a circulação dos pedestres, também foi dito que os projetos estão sendo adequados para ganhar área para os pedestres,inclusive com elevadores que beneficiarão os cadeirantes e idodos. Nem preciso dizer que em certos trechos da Agamenon, o pedestre para atravessar espera um bom tempo no fechamento de sinais e ainda tem que observar o fluxo dos veículos em certos cruzamentos grandes expondo-os, principalmente idodos, a atropelamentos. Criando forma de travessia exclusiva, evita-se tais problemas se usarem, pois há locais onde há passarelas e tem quem não as use.
Transporte de massa terá e esses viadutos transversais são justamente para viabilizar em nível o corredor Norte/Sul na etapa seguinte cujas faixas de ônibus ficarão próximas ao canal.
Se não irão tirar alguns sinais, outros sairão onde ficarão os viadutos e aí ganha-se sim na Agamenon num aumento de velocidade, pois o retardo que os veículos fazem para parar é eliminado em curtas distâncias como há hoje.
Se haverá transtornos na construção dos viadutos, é fato, mas questiono se um viaduto longitudinal a Agamenon também não causaria. As alças de acesso a Via Mangue são no mesmo sentido da Av. Dom João VI, mas um trecho dessa avenida foi interditado para a construção delas. Então, nesta lógica, a construção de pilares ao longo da Agamenon não inteditaria ao menos uma faixa de cada lado? O povo deveria pensar melhor antes de falar certas coisas tendo exemplos aqui na cidade que mostram que não é tão fácil como parece e os que circulam na Agamenon sabem que nos reparos de placas de concreto congestionamento são formados apenas pela eliminação de uma faixa, sem esquecer que continua não resolvendo os problemas nas transversais.
Priorizar a Agamenon e esquecer que vários veículos que saem do centro cruzam ela é burrice. Se não criam opções de melhorar o fluxo nas transversais, é tapar o sol com a peneira, pois enquanto na Agamenon o trânsito flui bem, quem quer acessa-la ou cruza-la perde tempo. Tem que melhorar para os dois e esses viadutos priorizam isso, pois evita o funcionamento de vários cruzamentos na via principal, agiliza para os que querem cruzar e permite um corredor de ônibus mais em conta do que se fosse todo elevado.
Sobre a estetica dos pontos onde ficarão os viadutos, deveriam questionar que por que o viaduto estaiado de São Paulo parece um ponto turístico ou, no mínimo, uma obra arquitetônica bonita que é utilizada em comerciais de tv?
Se fossem elevados convencionais de concreto que deixam feia a paisagem, tudo bem, mas terão um desenho moderno.
Falar em aumentar a capacidade de fluxo da avenidade é esquecer que há um esforço na construção de outros vias como a Via Mangue e requalificação de outras existentes para garantir fluidez. Por sinal vias que se conectam com a Agamenon. Garantindo aumento de fluidez nas vias ligadas a Agamenon, aumenta a fluidez e isso garante uma maior capacidade de tráfego, pois mais veículos passarão num intervalo de tempo.
Outra é que também há um esforço na implantação de corredores mais rápidos de ônibus e aí, se este for bem feito, um dos objetivos de estimular o dono de carro a migrar de transporte pelo menos nos dias de trabalho evita a grande quantidade de veículos nas ruas, sem esquecer que há outras formas de diminiur a quantidade de veículos particulares como dar carona aos colegas de trabalho quando moram próximos ao percurso num esquema de rodízio.