Conheça as 10 melhores cidades para o uso da bike

 

Apesar de ter crescido o incentivo para o uso de bikes nas capitais brasileiras, em especial São Paulo e Rio de Janeiro, elas ainda estão longe de ser as que mais estimulam os moradores a utilizarem o transporte alternativo.

O site norte-americano Green Diary listou as dez cidades mais bike friendly do mundo.

Amsterdã

Amsterdã é conhecida por ser uma das cidades com melhor infraestrutura para bicicletas. A relação dos cidadãos com este tipo de transporte é bem diferente do Brasil. As ruas desta cidade são estreitas e há poucas vagas nos estacionamentos, por isso a melhor opção é usar bike para se locomover.

Boulder

A cidade de Boulder, no Colorado, é um exemplo para os Estados Unidos. No local o incentivo de bicicletas se dá principalmente pela busca por um estilo de vida saudável, uma vez que o país apresenta uma porcentagem alta de obesos.

Boulder é pequena e isso facilita a circulação dos moradores através das bikes. Além disso, a cidade possui centenas de quilômetros de ciclovias, pistas e rotas que se interligam. Não é à toa que a cidade é referência nas listas sobre a área da saúde, bem-estar e qualidade de vida.

Davis

Davis é uma cidade da Califórnia onde se vê nas ruas mais bicicletas do que carros. O incentivo começou ainda na década de 60, nos anos seguintes a cidade passou a desenvolver ciclovias e hoje 95% das principais ruas possuem as pistas exclusivas para bikes.

Em certos locais a entrada de carros é proibida, como em algumas faculdades que só permitem bicicletas no campus. Em 2006, a revista americana Bicycling inclui a cidade na lista das “Melhores cidades do ciclismo da América”.

Berlim

Em Berlim, na Alemanha, a prática de andar de bicicleta é muito comum. Elas são usadas por pessoas de todas as idades e não só para passeio. Até mesmo hospitais possuem estacionamento para as bikes. Devido às intervenções do Senado, que buscava aumentar para 15% o uso de bicicletas como meio de transporte, o número de usuários aumentou bastante.

Nos últimos anos, intensificou-se o desenvolvimento de infraestrutura de ciclovias, que foram duplicadas e 40 estações de bicicletas já foram feitas.

Barcelona

Barcelona, na Espanha, tem um grave problema no engarrafamento. Por causa disso, o governo optou por fazer alterações para tornar a cidade mais amiga das bikes e desafogar o trânsito. A Câmara Municipal implantou um programa de empréstimo de bicicletas disponível apenas para moradores de Barcelona.

Oregon

O estado do Oregon é localizada em uma região montanhosa dos Estados Unidos. Atrai muitos turistas e ciclistas por suas belezas naturais. Abriga muitas florestas, montanhas e rios. Lá, andar de bicicleta é muito popular, tanto que há diversas organizações relacionadas ao ciclismo.

Munique

Munique possui nada menos que 22 mil vagas de estacionamento e 1.200 quilômetros de ciclovias. Até o prefeito da cidade usa bicicleta para trabalhar. Os turistas que passeiam pela cidade também são aconselhados a usá-las e para isso basta alugar uma e escolher o roteiro.

São Francisco

A cidade de São Francisco foi eleita pela revista americana Bicycling a 6º melhor cidade para o uso da bike. Apesar das ladeiras, há um extensa rede de ciclovias e avenidas que facilitam a vida dos ciclistas. Além disso, a cidade possui um dos melhores transportes públicos dos Estados Unidos. Um das prioridades são as malhas de bonde, que além de transportar os moradores atraem turistas.

Ottawa

Ottawa, capital do Canadá, é uma cidade com mais 170 quilômetros de ciclovias, sendo muitos deles próximos aos rios. Há também incentivo ao aluguel de bicicletas e todas as direções para o ciclismo foram adicionadas ao Google Maps. O problema é que nos últimos anos houve acidentes relacionados às bikes, por isso medidas começaram a ser tomadas para diminuir ao máximo o número de fatalidades.

Copenhague

Em Copenhague, capital da Dinamarca, aproximadamente 37% da população utiliza bicicletas. O principal motivo pela opção mais sustentável é que a população quer evitar o trânsito cada vez mais intenso.

Tanto políticos como celebridades podem ser vistas andando de bike pela cidade. O investimento na construção e manutenção de vias de ciclismo é muito grande e, espera-se que até 2015, metade da população dê preferência para este meio transporte. Devido a esta política de incentivos, a União Ciclística Internacional elegeu Copenhague à primeira Bike City. Com informações do Green Diary.

Fonte: Blog Ciclo Vivo

Capacitação de professores em educação de trânsito em 42 municípios

 

Nos dias 14 e 15 de março, a Gerência de Ensino do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN-PE) irá ministrar capacitação do projeto “Esta Cidade Também é Minha”, destinado a jovens e adolescentes do ensino médio que irão aprender, de forma transversalizada, conteúdos educativos de trânsito. A capacitação será ministrada a 100 professores de 42 municípios e acontecerá das 8h30 às 17h, no auditório da Escola Pública de Trânsito (EPT), na sede do DETRAN/PE, localizada na Iputinga.

O projeto prevê 16 horas de aulas, onde o conteúdo programático utiliza situações cotidianas do trânsito que podem ser aplicadas às disciplinas da grade curricular português, matemática, geografia, história e ciências, entre outras. Após a capacitação, serão distribuídos 300 kits pedagógicos que incluem livros para o professor, para o aluno e seus pais, além de cartazes e jogos pedagógicos. Estima-se que o material distribuído atinja 12 mil alunos que estejam cursando o ensino médio em Pernambuco.

Educação de Trânsito é prioridade para o Detran/PE – Desde 1999 o órgão mantém o Programa de Educação de Trânsito (PET), que consiste em capacitar professores das redes pública e privada de ensino para a inserção de conteúdos de maneira transversalizada nas disciplinas curriculares. Ao longo destes 13 anos, foram capacitados mais de 8.000 profissionais em todo o Estado, que atingem mais de 345 mil alunos. Cotidianamente, o Detran-PE desloca profissionais de educação para escolas e empresas para a realização de palestras de conscientização e sensibilização de condutores e pedestres.

 

Fonte: Detran-PE

 

 

Outras Infos:

Aeroporto ligado ao metrô

Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos

O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes-Gilberto Freyre será o único do país, entre as cidades-sede da Copa do Mundo, a ser interligado com o metrô e, por ele, até a Cidade da Copa. O projeto da passarela, que fará a ponte entre os dois equipamentos vai finalmente sair do papel. O processo de licitação será concluído até o fim do mês. O consórcio Arteleste foi a empresa habilitada na concorrência, que foi publicada no Diário Oficial do Estado, mas terá que aguardar o prazo de recurso das outras empresas. A obra está avaliada em R$ 28 milhões. O prazo de execução é de 12 meses após a ordem de serviço ser assinada.

A passarela tentará resolver um problema histórico de circulação do pedestre que chega ou sai do aeroporto. A logística atual é toda voltada para o automóvel. As opções de acessibilidade para a travessia das duas faixas da Avenida Mascarenhas de Moraes são mínimas, mesmo para quem procura por uma faixa de pedestre para atravessar. O ponto mais próximo para quem pretende pegar um ônibus fica na Praça Salgado Filho. Mesmo de frente para o aeroporto, o metrô é hoje praticamente inacessível. “Acho que será muito boa essa integração. Hoje a gente ou vem de carro ou pega táxi”, afirmou a administradora Sueli Cunha, 40 anos.

De acordo com o projeto, o traçado sairá da frente do portão B6 (embarque), atravessará as duas faixas da Avenida Mascarenhas de Moraes, seguirá um pequeno trecho até o final da Avenida Barão de Souza Leão, onde fará uma curva entrando na rua do colégio Maria Tereza até se conectar com o Terminal Integrado do Aeroporto, ao lado da estação do metrô. “O usuário poderá chegar direto na Arena Pernambuco, desembarcando no Terminal Integrado Cosme e Damião, que também é interligado com o metrô. Isto irá refletir em mais segurança e conforto e será um diferencial para o nosso estado”, afirmou o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

A passarela terá quase meio quilômetro. Mas há algumas compensações. O usuário terá a opção da esteira rolante nos dois sentidos. Ou, se preferir, espaço para caminhar. O acesso à passarela também será feito por elevadores. Por ser uma obra do governo do estado, que fará ligação com o terminal integrado, a manutenção ficará a cargo do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano e não da Infraero ou do metrô. “Pernambuco será o único estado que terá uma passarela ligando diversos modais do sistema de transporte. O usuário poderá circular pela Região Metropolitana com uma passagem”, ressaltou o secretário Danilo Cabral.

Pacto universitário pela mobilidade. Pegue essa ideia!

 

As principais universidades paranaenses assinaram em Curitiba, o documento que cria o Pacto Universitário pela Mobilidade Urbana Sustentável.A iniciativa é do Grupo de Estudos em Mobilidade Urbana, que conta com a participação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Universidade Positivo (UP) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Isso significa que todas as universidades envolvidas atuarão no campo da pesquisa sobre o ciclismo utilitário e desenvolverão iniciativas para disseminar e facilitar o uso desse meio de locomoção na comunidade acadêmica. O objetivo do grupo é criar uma infraestrutura cicloviária interligando todas as instituições de ensino superior de Curitiba.

“A discussão girará em torno da ideia de uma malha cicloviária, além da promoção da bicicleta como meio de transporte dentro dos câmpus”, explica a coordenadora do projeto, professora Tatiana Gadda, do Departamento Acadêmico de Construção Civil da UTFPR.O coordenador do Programa Ciclovida da UFPR, José Carlos Belotto, ressalta que o apoio da academia ajudará a elevar ainda mais o debate sobre a ciclomobilidade em Curitiba. “São várias frentes atuando em defesa da bicicleta. Agora, também as universidades passarão a trabalhar de forma conjunta”, afirma.

Serviço

O encontro ocorre nessa segunda-feira (19), a partir das 14 horas no Escritório Verde da UTFPR (Av. Silva Jardim, 807). Os interessados em participar do encontro devem inscrever-se preenchendo o formulário do projeto.

 

Fonte: http://www.viaciclo.org.br/portal/noticias/46/756

Proposta regulamenta estacionamento grátis em shoppings

 

Tramita na Câmara projeto que regulamenta a cobrança de estacionamento nos shopping centers, centros comerciais, supermercados e estabelecimentos assemelhados. Pela proposta(Projeto de Lei 3130/12), do deputado Claudio Cajado (DEM-BA), será sempre gratuito o estacionamento por até uma hora. A gratuidade será de duas horas quando o consumidor apresentar nota fiscal de compra de no mínimo 15 vezes o valor da hora estacionada. O estacionamento será gratuito ainda por duas horas quando as compras efetuadas forem em valor superior a 25 vezes o da hora estacionada.

O infrator fica sujeito às sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), que vão de multa até a interdição total do estabelecimento.

Claudio Cajado lembra que encontrar vagas para estacionar é cada vez mais difícil, em especial nas grandes cidades. “O vigoroso crescimento da demanda por vagas tem levado muitos estabelecimentos a cobrar preços elevados pelo uso do estacionamento para reprimir abusos e dissuadir as pessoas de deixar seus veículos estacionados por longos períodos”, diz.

Cobrindo custos
Para o deputado, é preciso diferenciar os consumidores em função do valor dos produtos ou serviços adquiridos no estabelecimento. Quem compra, alega Cajado, concorre para cobrir os custos do estacionamento, enquanto quem apenas deixa o veículo estacionado usufrui facilidades sem contribuir com um único centavo.

O projeto, explica o autor, tem o mérito de fazer essa diferenciação entre clientes e também de garantir pelo menos uma hora de gratuidade, para contemplar quem fica no shopping por este curto período.

Tramitação

A proposta foi apensada ao Projeto de Lei 2889/97. Ambos serão analisados pela Comissão de Constituição e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara

Olha a faixa motorista!

Diario de Pernambuco
Por Tânia Passos
Recife e Olinda, cidades históricas, comungam da mesma prática em relação à falta de hábito dos motoristas em respeitar a faixa de pedestre. Nem mesmo as que estão em pontos históricos, onde é comum a travessia de turistas, que não são obrigados a conhecer o comportamento dos nossos motoristas, não são respeitadas e os visitantes acabam correndo mais riscos do que os pedestres locais, que conhecem os perigos. 

O Diario acompanhou o movimento de circulação dos “turistas-pedestres” em dois conhecidos pontos históricos das duas cidades: Marco Zero, no Bairro do Recife, e Alto da Sé, em Olinda. Não foi preciso muito esforço para flagrar os abusos dos motoristas. As imagens foram feitas na quinta e sexta da última semana.

Em Olinda, as obras de acessibilidade no Alto da Sé facilitam os deslocamentos. As faixas de pedestre estão no mesmo nível das calçadas e funcionam quase como lombadas. Já é um recurso para os carros reduzirem a velocidade. Mas há os que aceleram mesmo com o desnível em relação ao calçamento. É o que acontece, por exemplo, em frente ao prédio da Caixa D’Água, onde há um elevador panorâmico. O acesso ao prédio é pela faixa que faz ligação com a pracinha. O espaço tem tudo para ser seguro, mas não é. Flagramos cenas de turistas disputando a preferência com os carros na travessia. Nesses casos, o guia turístico faz as vezes de agente e com a mão levantada faz sinal para os carros pararem. “Se não for assim, eles não param. Mesmo com essa passagem elevada, eles aceleram”, afirmou o guia Hamilton Fernandes, 35 anos.

No Bairro do Recife, passava do meio-dia, da última quinta-feira, quando um grupo de turistas de Santa Catarina visitou e fotografou o Marco Zero. No retorno pela faixa, eles se depararam com carros em velocidade. Depois de esperar em vão que os motoristas dessem a vez, o grupo decidiu se arriscar e mesmo no meio da faixa os carros não pararam.“Acho que o comportamento desses motoristas não reflete a imagem que temos do povo nordestino, que é extremamente receptivo”, afirmou Keila Gonçalves, 21 anos, gerente de vendas. A ultrapassagem do segundo casal, que fazia parte do mesmo grupo foi ainda mais dramática. Nem mesmo uma mulher grávida passando pela faixa foi o bastante para os carros pararem. Somente na metade da travessia um dos carros parou. “Em Florianópolis há um respeito maior pela faixa”, disse o advogado catarinense Sérgio Souza, 50. A presidente da CTTU, Maria de Pompéia revela que há dois aspectos a serem observados: cultural e educacional. “Nossos motoristas não têm, ainda, o hábito de respeitar a faixa”.

A linguagem da mobilidade



 

O uso corrente de diversos termos no que se refere à mobilidade urbana é  baseado no vocabulário da engenharia de tráfego dos 1950, 1960. Repensar os significados das palavras é um caminho fundamental para mudar o entendimento sobre a forma e função da cidade. De maneira brilhante a cidade norte-americana de West Palm Beach na Flórida produziu um documento dirigido aos técnicos da área de trânsito para que pudessem substituir palavras tendenciosas relativas à investimentos e políticas públicas de trânsito.

A diretiva é bastante clara, já na definição do que é tráfego:

A palavra tráfego é corriqueiramente usada como sinônimo de tráfego de veículos motorizados. Existem no entanto diversos tipos de tráfego nas cidades: tráfego de pedestres, tráfego de bicicletas, tráfego de trens. Para garantir a objetividade, se você quer dizer tráfego de veículos motorizados, então diga tráfego de veículos motorizados. Caso esteja se referindo a todo tipo de tráfego, então diga tráfego.

Outro termo empregado de forma errada e que tem definição mais precisa é em relação ao uso da palavra acidente:

Acidentes são eventos danosos em que algo acontece por um azar inesperado ou por acaso. Acidentes implicam na ausência de culpados. É amplamente sabido que a grande maioria dos acidentes (de trânsito motorizado) são previniveis e além de ser possível apontar culpados. O uso da palavra acidente também reduz o grau de responsabilidade e da gravidade associada à situação e invoca um certo grau de simpatia à pessoa responsável. A linguagem objetiva inclui os termos colisão e batida.

Por conta dessa visão, que após o atropelamento dos ciclistas de Porto Alegre em fevereiro de 2011 durante a bicicletada, o termo #naofoiacidente foi um dos mais comentados no twitter. A situação se repetiu na última sexta-feira, 02 de março, quando mais uma ciclista foi morta por um ônibus na avenida Paulista e também em outras cidades brasileiras. O tema foi gancho para um debate ao vivo com Zé Lobo, presidente da Transporte Ativo, e o jornalista ambiental André Trigueiro, assista.

O manual de West Palm Beach ainda trata de diversos outros termos, alguns mais, outros menos simples de serem traduzidos para a realidade brasileira. Em português por exemplo a maior distorção do planejamento viário tupiniquim é o uso do termo “não-motorizado” para tratar de pedestres, ciclistas e outros meios de transporte ativos. Assunto já tratado em um outro post (Transporte não-motorizado).

Exemplos a serem resignificados existem em abundância. Quando uma via fica restrita à circulação de veículos motorizados a comunicação oficial é de que a via foi “fechada”, quando o correto seria dizer justamente o contrário, que a via foi aberta exclusivamente para o tráfego de pessoas.

Repensar o discurso e o uso das palavras é um primeiro passo fundamental para ordenar prioridades e atualizar o planejamento urbano. Afinal, nada mais antiquado do que usar gírias de meados do século XX em pleno século XXI e de certa forma é isso que temos aceitado fazer no que se refere à mobilidade urbana.

A publicação original do manual da prefeitura de West Palm Beach está disponível em pdf. Mais informações no blog Human Transit. O blog “Vá de Bike”, também traz sua visão sobre porque “acidente” não descreve os atropelamentos de ciclistas.

Do Blog Transporte Ativo

Detran: mais rigor nas aulas teóricas

 

Diario de Pernambuco

Por Marcionila Teixeira

As aulas práticas de direção não serão mais as mesmas. Pelo menos para os alunos que tentam burlar a carga horária estipulada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) faltando às aulas. Até o final do ano, o Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) vai implantar o sistema de biometria e comunicação on-line também nas aulas práticas. Hoje ele já existe nas teóricas e permite que o Detran fiscalize quem está realmente cumprindo a carga horária exigida nos Centros de Formação de Condutores (CFCs). Isso porque o candidato à habilitação é obrigado a confirmar presença no sistema pondo o dedo no equipamento chamado finger no início, no meio e no fim das aulas teóricas. A comunicação é enviada imediatamente ao órgão.

Até que a biometria seja ampliada para as práticas, outras novidades já estão sendo testadas pelo Detran-PE para garantir uma melhor fiscalização da frequência do aluno. Uma delas é a mudança no Refor, um sistema informatizado onde o aluno agenda suas aulas práticas. Antes, a pessoa fazia a aula e podia informar ao Refor dois dias depois com a data retroativa.

As regras atuais, no entanto, só permitem que o aluno agende, no máximo, com trinta minutos de antecedência da aula. “Dessa forma nós podemos fazer fiscalização, saber se a pessoa listada como participante realmente está em sala”, explicou Amanda Machado, gerente de habilitação de condutores. Outra medida implantada pelo departamento obriga os CFCs a informarem a quilometragem inicial e final do veículo usado pelo aluno.

Levantamento

Amanda Machado informou que a equipe ainda está listando quais equipamentos serão necessários para implantar a biometria nas aulas práticas. “Alguns centros terão que se adaptar, mas outros não. Em breve, vamos publicar portaria com as novas regras, que são exigência da resolução do Contran quanto à obrigatoriedade da realização da carga horária total nos cursos teóricos e práticos”, avisa. Estados como o Rio de Janeiro já aplicam a biometria nas aulas práticas.

Na opinião de Irapuan Oliveira, dono do Centro de Formação de Condutores Tática, na Avenida Norte, no Recife, a medida é boa, mas antes de aplicá-la será necessário aperfeiçoar o atual sistema de biometria aplicado nas aulas teóricas. “Muitas vezes o aluno coloca o dedo para apontar a presença e o sistema não registra, trava ou fica lento. Podemos fazer foto do aluno e mandar depois, mas ainda ocorrem ruídos na comunicação. Há falhas e o problema é maior para quem mora no interior e para resolver a situação precisa vir até a sede, no Recife”, critica

Ciclovias e carros elétricos dão a Bolonha prêmio de mobilidade sustentável

Com 130 quilômetros de ciclovias, uma rede de pontos de recarga para carros eléctricos e uma ampla zona pedestre, a cidade italiana de Bolonha ganhou o prémio da Semana Europeia da Mobilidade de 2011. Bolonha deixou impressionado o júri da Semana Europeia da Mobilidade 2011 com a forma como viveu o Dia Europeu Sem Carros, alargado a um fim-de-semana. 

A cidade italiana instalou uma série de pontos de recarga para veículos elétricos e adoptou um plano de expansão da rede urbana de ciclovias para 130 quilómetros, segundo um comunicado da Comissão Europeia, divulgado terça-feira. Durante a Semana da Mobilidade foi criada no centro da cidade uma extensa zona pedestre, aberta a artistas de rua, vendedores a retalho e associações desportivas e visitada por mais de 60.000 pessoas.

Para promover a mobilidade sustentável, Bolonha promoveu passeios de bicicleta, acções de formação para ciclistas e demonstração de reparações de bicicletas, jogos, passeios e uma exposição de veículos eléctricos.

O painel independente de peritos no domínio da mobilidade decidiu ainda distinguir as cidades de Larnaca (Chipre) e Zagreb (Croácia) com menções honrosas. A primeira criou um “banco de bicicletas” para facilitar a manutenção e a reutilização destas e promoveu exposições, conferências e comprometeu-se a tornar uma das artérias do centro em zona pedestre. Zagreb lançou um projecto para melhorar a sua infra-estrutura de transportes sustentáveis.

“Com as cidades e os seus habitantes a sofrerem cada vez mais com o tráfego congestionado e a poluição, é particularmente oportuno passar dos veículos particulares para outros meios de transporte”, disse o comissário europeu responsável pelo Ambiente, Janez Potočnik. “As cidades de Bolonha, Larnaca e Zagreb encontraram formas criativas de tornar permanentemente mais sustentáveis as suas infra-estruturas de transportes. Faço votos para que inspirem outras cidades nesse sentido.”

Este ano, a Semana Europeia da Mobilidade decorrerá de 16 a 22 de Setembro e o tema será “Mobilidade na direcção certa”. Em 2011 o evento contou com a participação de 2268 cidades de todo o mundo.