População deve fiscalizar bikes das estações do Recife


Era só uma questão de tempo. O vandalismo ou roubo, nesse caso, já estava previsto pelos organizadores do projeto Porto Leve, que implantou o primeiro serviço de bicicleta de aluguel no Recife, no último dia 8 de janeiro, com 10 estações e 100 bicicletas. E no primeiro fim de semana de implantação do serviço, um pneu de uma das bicicletas da estaçãop da Rua do Lima, em Santo Amaro, foi roubado.

Em entrevista ao blog, o diretor de inovação do Porto Digital, Guilherme Calheiro, já mencionava a possibilidade de vandalismo. “No Rio de Janeiro, logo que o sistema foi implantado houve um certo vandalismo. Mas a gente acredita que quando a comunidade incorporar o serviço vai atuar como fiscal dos equipamentos”, ressaltou Guilherme Calheiros. Ainda segundo o diretor do Porto Digital, no caso de desmonte as peças não servem para ser comercializadas. Elas foram projetadas especialmente para o modelo desenvolvido para o projeto. Se as peças não servem, quem sabe os pneus. Deve ter sido isso, que a pessoa que praticou o roubo deve ter pensando…

A iniciativa da implantação do serviço de aluguel de bikes foi bem recebida pela população. Aliás, cabe agora a própria população se tornar fiscal do serviço e não apenas do poder público. Nenhuma iniciativa terá êxito se a população não incorporar a ideia.

A cozinheira Maria José da Silva, de 63 anos, que trabalha próximo ao local, ficou surpresa com a violação em um projeto recente que tem conquistado os recifenses. “Não abrimos aos domingos, quando chegamos nesta segunda, já estava assim. Sabemos que a rua fica esquisita, principalmente à noite, mas mas não é violento. Ficamos assustados”, ressaltou. A estação funciona diariamente das 6h às 22h.

Porto Leve
O projeto de compartilhamento de bicicletas PortoLeve é uma iniciativa do Parque Tecnológico Porto Digital em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Governo do Estado de Pernambuco.

Este projeto visa incentivar as pessoas a se deslocarem em bicicletas para distâncias de pequeno percurso, a fim de contribuir com a mobilidade das pessoas e garantir um ambiente livre de gás carbônico e outros poluentes atmosféricos.As bicicletas do PortoLeve estão disponíveis em 10 estações distribuídas inicialmente em pontos estratégicos do Bairro do Recife e dos bairros de Santo Amaro e Santo Antônio.

 

Com informações da redação do DP

O início da era dos pedais

 

 

 

Por

Tânia Passos

O primeiro serviço de aluguel de bicicletas no Recife, que começa a operar a partir das 16h de hoje, vem recheado de expectativas de uma mudança de comportamento para quem percorre pequenas distâncias. Imagine as vantagens para uma cidade em trocar o transporte motorizado por um modal de energia limpa? Mesmo para uma área restrita, onde estão instaladas as dez estações e um total de 100 bicicletas, entre os bairros do Recife, Santo Antônio e Santo Amaro, já será um avanço. Mas essa mudança de comportamento não será do dia para a noite. Até que a população incorpore o serviço como parte de um sistema de transporte, levará um bom tempo. A estimativa otimista do Porto Digital, responsável pelo desenvolvimento e implantação do projeto, é de 2 mil usuários em até dois anos. Até lá, outras áreas da cidade deverão receber o serviço quando, enfim, o poder público “comprar” também a ideia.

Quem tem planos de alugar a bicicleta por tempo indefinido deve ficar atento à multa. O tempo máximo de deslocamento será de 30 minutos. Quem ultrapassar esse período será multado em R$ 5. Se o tempo for superior a 1h, a central de operações entrará em contato com o usuário pelo celular. A multa é salgada quando comparada ao custo mensal de R$ 10 do aluguel. “A proposta é compartilhar com o maior número de pessoas”, explicou o diretor de inovação do Porto Digital, Guilherme Calheiros.

Uma das questões levantadas pelos futuros usuários é como proceder se, na hora de devolver a bicicleta, a estação estiver lotada e não houver mais tempo para chegar a outro ponto de bike. “Nesse caso, o usuário pode entrar em contato por telefone com a central informando que a estação está lotada. Se não houver como devolver o equipamento para outra estação, o dinheiro da multa poderá ser reembolsado”, afirmou Calheiros. E o mesmo usuário só poderá usar novamente o sistema após um intervalo de 15 minutos.
Acostumado a percorrer grandes distâncias de bicicleta, o vendedor Vinícius Guimarães, 27 anos, elogiou a iniciativa. “Quanto mais se investir no modal não motorizado, melhor para a cidade. Espero que as pessoas usufruam desse sistema”, revelou. Guimarães gasta em média 30 minutos para se deslocar da sua casa na Imbiribeira, Zona Sul, até o Shopping Tacaruna, na Zona Norte. De ônibus, são 10 minutos a mais, dependendo do trânsito.

Funcionamento

O sistema vai funcionar das 6h às 22h e pretende atender trabalhadores ou moradores que se deslocam entre os bairros atendidos pelo projeto. “O objetivo não é turístico. Mas sim de transporte”, reforçou Guilherme Calheiros. A preocupação com o possível vandalismo dos equipamentos não foi descartada. “No Rio de Janeiro, logo que o sistema foi implantado, houve vandalismo. Mas a gente acredita que quando a comunidade incorporar o serviço vai atuar como fiscal”, ressaltou. Ainda segundo o diretor do Porto Digital, no caso de desmonte as peças não servem para ser comercializadas. Elas foram projetadas especialmente para o modelo desenvolvido para o projeto.

 

Saiba Mais
Localização das 10 estações

–    Av. Cais do Apolo (ao lado da parada de ônibus próxima à Prefeitura do Recife)
–    Praça Tiradentes (próximo ao C.E.S.A.R)
–    Praça do Arsenal da Marinha (No prédio da Secretaria deDesenvolvimento Econômico)
–    Travessa do Bom Jesus (na esquina com a Rua doApolo)
–    Cais do Porto (antigo Bandepe)
–    Livraria Cultura
–    Terminal de Passageiros de Santa Rita
–     Rua da Aurora (na frente da Contax)
–     Rua do Capital Lima
–    Rua Bione

Para usar a bike

–    Inscrição no site www.portoleve.org
–    Fornecer número do celular e cartão de crédito
–    R$ 10 por mês é o valor do aluguel
–    R$ 5 é a multa para quem ultrapassar 30 minutos
–    15 minutos é o intervalo mínimo para usar novamente o sistema

Fonte: Porto Digital

 

Bikes de aluguel também no Recife

Por

Juliana Colares

Ainda de forma bastante tímida, Recife está entrando na lista de cidades com estações de aluguel de bicicletas. O atual prefeito, João da Costa (PT), assinou, ontem, o termo de permissão para a instalação das plataformas onde as bicicletas ficarão engatadas. A primeira delas já começou a ser montada, próximo à Praça Tiradentes. O serviço é uma iniciativa do Porto Digital e deve começar a funcionar no próximo dia 19. A princípio, serão 100 bicicletas e dez estações. A área de abrangência está restrita ao Bairro do Recife (que concentra sete estações), Santo Amaro (2) e São José (1). O modelo das bikes da capital pernambucana é igual às do Rio de Janeiro.

A empresa que irá implantar o sistema daqui é a mesma de lá, a Serttel, que também está por trás das estações que funcionam em São Paulo, Sorocaba, Porto Alegre e em Petrolina – na cidade do Sertão pernambucano, o projeto piloto foi iniciado em dezembro do ano passado com 30 bicicletas e três estações, no centro da cidade. O Porto Digital e a Serttel ainda fazem mistério em relação às cores e ao nome. O que já se sabe é que o sistema não será chamado de Bike Recife, a exemplo do Bike Rio.

Segundo o presidente da Serttel, Angelo Leite, o nome deve fazer referência às palavras tecnologia, mobilidade e Porto Digital. A coloração deverá ser baseada nas cores da empresa idealizadora do projeto – a logomarca do Porto Digital é cinza, vermelha e laranja. As bikes são fabricadas pela própria Serttel. Elas têm pneu liso e sistema de câmbio inteligente com três marchas que não permite que a corrente fique caindo. O modelo é desenhado para o ciclista pedalar com o corpo ereto e a baixa velocidade. E foi desenvolvido para evitar que as partes principais do veículo sejam removidas, reduzindo bastante os riscos de vandalismo.

O projeto foi bem recebido pela população ciclista e não-ciclista, mas com ressalvas. A principal delas diz respeito à quantidade e, principalmente, à localização das estações. Além de ficarem restritas a uma área muito pequena, a distribuição geográfica das estações não foi planejada com base na conexão entre o transporte público e o não-motorizado. Uma delas será instalada próximo ao Terminal de Passageiros de Santa Rita e outra perto da Prefeitura do Recife, ao lado de uma parada de ônibus. Mas não há ponto de aluguel de bicicletas perto da estação central do metrô do Recife nem da Conde da Boa Vista, por exemplo.

Diretor executivo do Porto Digital, o urbanista Leandro Guimarães defende que esse é um projeto piloto. “O projeto planta uma semente, aponta um caminho possível”, afirmou. De acordo com ele, o principal critério para escolha dos locais das estações foi a proximidade de “âncoras” com grande concentração de pessoas, como a prefeitura e a Contax, empresa que, segundo a CTTU, tem 21 mil funcionários. Também foram levados em consideração deslocamentos feitos a pé pelo Bairro do Recife.

Intermodalidade
O projeto passou por análise de um colegiado da Prefeitura do Recife. Segundo o diretor de projetos da CTTU, Manoel Damasceno, foi o colegiado quem recomendou a instalação das estações da Rua da Aurora (próximo à Contax) e do terminal de Santa Rita. Também foi sugerida a instalação de um ponto perto do metrô do Recife. “A gente entende que a intermodalidade garante a sustentabilidade do projeto. É preciso haver uma troca com o ônibus e o metrô, mas nesse momento haverá troca só com o ônibus”, disse. Segundo ele, existe recomendação para que o Porto Digital faça uma ampliação em direção ao metrô. Não há, neste momento, projeto da própria prefeitura de ampliação do serviço. Mas já há instituições privadas com propostas neste sentido.

SAIBA MAIS

Localização das estações

Cais do Apolo, ao lado da parada de ônibus que fica próximo à Prefeitura do Recife
Rua Bione (próximo ao C.E.S.A.R)
Praça Tiradentes (perto do C.E.S.A.R)
Praça do Arsenal (próximo à Secretaria de Desenvolvimento Econômico)
Travessa do Bom Jesus (esquina com a Rua Apolo)
Cais do Porto (próximo ao antigo Bandepe)
Livraria Cultura
Terminal de Passageiros de Santa Rita
Rua da Aurora (em frente à Contax)
Rua do Lima (em frente à TV Jornal)

2,5 km é a distância máxima entre as estações

A convite do Diario, o cicloativista Cezar Martins fez dois percursos:

Rua do Lima à Praça do Arsenal
2,4 km completado em 11 minutos e 30 segundos, com velocidade média de 12,5 km/h

Terminal de Passageiros de Santa Rita à Rua da Aurora (próximo à Contax)
2,4 km concluído em 8 minutos e 20 segundos, com velocidade média de 17,3 km/h

* O ciclista realizou os percursos respeitando todas as normas de trânsito, inclusive parando quando o semáforo estava vermelho

Detalhes do projeto

19 de outubro é o dia da inauguração do serviço
O projeto iniciará com 10 estações, cada uma com dez bicicletas
8 estações têm capacidade para 12 bicicletas e duas estações comportam até 14 bikes
Horário de funcionamento: 8h às 22h
Custo: R$ 10 por mês
Tempo de trajeto: 30 minutos por percurso. Após devolver a bicicleta em uma estação, é preciso esperar no mínimo 15 minutos para pegá-la novamente
Multa: R$ 5, caso passe mais de 30 minutos com a bike
Custo do projeto: R$ 1.620.000,00 (o projeto faz parte de um pacote de mobilidade orçado em R$ 32 milhões. Os recursos são fruto de emenda parlamentar – 80% é bancado pela União e 20% pelo governo estadual)
Expectativa de expansão: chegar a 200 bicicletas em cinco anos
Como funciona: é preciso fazer cadastro prévio em site que ainda será divulgado e usar um cartão de crédito para pagar a mensalidade. Quando quiser pegar a bicicleta, o usuário que não tem smartphone precisa ligar de um celular para um 0800 que ainda não está disponível e seguir as orientações da gravação. Quem tem smartphone com acesso à internet, deverá baixar um aplicativo e seguir as orientações

Vantagens do compartilhamento de bicicletas:
– valorização da bicicleta como meio de transporte, não apenas de lazer
– facilidade e alta rotatividade de utilização para pequenos percursos
– redução de congestionamentos
– redução da emissão de poluentes

Características das bicicletas:– quadro em alumínio
– peso máximo de 18 kg
– assento com ajuste de altura
– câmbio integrado com 3 marchas
– pedais com refletores
– guidão emborrachado
– suporte para artigos pessoais no formato de cesta
– sinalização refletiva dianteita e traseira
– sistema de proteção contra retirada de rodas
– sistema de identificação da bicicleta na estação por meio eletrônico

Características das estações:
– totem com informações gráficas, com identificação da estação e mapa de localização das demais estações
– sistema eletro-mecânico para liberação e travamento das bicicletas pelos usuários
– possibilidade das bicicletas serem devolvidas mesmo se a estação estiver inoperante ou desligada
– sistema de alimentação por energia solar e de comunicação de dados sem fio com a central de controle

Aluguel de bicicleta em Porto Alegre no dia mundial sem carro

 

A data foi estipulada pela empresa Serttel, vencedora do edital de manifestação de interesse aberto pela Prefeitura Municipal em 21 de agosto. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (4) pelo prefeito José Fortunati e pelo diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Capellari. O compromisso da empresa é entregar 40 estações até dia 30 de abril de 2013, atingindo a meta de 400 bicicletas na cidade. O valor do aluguel sugerido pela Sertel foi de R$ 5,00 para o passe diário e R$ 10,00 o passe mensal.

 

Ao todo, cinco empresas apresentaram propostas de interesse para operação do serviço. Foram elas a FGTV, Serttel, Trunfo, MobiBike e Compartibike. A escolha, segundo Capellari, seguiu critérios técnicos exigidos pela equipe que desenvolve as ciclovias na cidade. “Não foi uma escolha aleatória. A Sertel atendeu todos os requisitos para entregar as estações, bicicletas e fazer a manutenção dentro do estudo técnico repassado pela EPTC às empresas participantes da seleção. Levamos em conta também o preço mais barato”, explicou.

 

O gerente comercial da Compartibike, Eduardo Fernandez acompanhou a divulgação do resultado e questionou a Prefeitura sobre a publicação da ata com o relatório da escolha. Segundo ele, o projeto vencedor foi mais caro e não prevê patrocínio para manutenção do serviço. “Os custos para transporte das bicicletas nas estações, para que nenhuma fique sem os veículos ou com bicicletas demais, além da manutenção delas e toda a instalação das estações… Essas coisas estão com valores caros. O investimento não se paga sem patrocínio. Nossa proposta previa 60 estações por um preço relativo ao TRI (Transporte Integrado de Porto Alegre)”, disse.

 

O diretor da EPTC esclareceu que algumas empresas tiveram problemas com documentação ou não apresentaram as condições necessárias para execução do serviço. Capellari informou também que não foi estipulada exigência de patrocínio e a empresa vencedora terá que arcar, com patrocínio ou não, os compromissos assumidos com a administração municipal. “A empresa vencedora apresentou um cronograma e terá que cumprir, de acordo com as exigências que estipulamos. Se não cumprir essas exigências, estará fora. Ela administrará o serviço por um ano, podendo ser prorrogado por mais 36 meses ou não”, salientou.

 

A empresa Serttel é mesma que realizou o serviço de aluguel de bicicletas no Rio de Janeiro. Além da capital carioca, inspiram o modelo a ser implantado em Porto Alegre os utilizados em Paris e Londres. “Observamos um aumento no número de ciclistas na cidade, o que demonstra uma mudança cultural. Com a diferença que, em Londres há poucas ciclovias e aqui estamos com uma série delas em andamento. Todas as obras da Copa do Mundo prevêem construção de ciclovias”, salientou José Fortunati.

 

Dentro do Plano Diretor Cicloviário, aprovado na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a Prefeitura de Porto Alegre informa que já estão em funcionamento as ciclovias da Restinga (4,6 quilômetros); Ipanema (1,25 quilômetros); Diário de Notícias (2,1 quilômetros) e Icaraí (1,7 quilômetros). Estão em construção também, segundo a EPTC, a Ciclovia da Avenida Ipiranga (9,4 quilômetros) e a da Edvaldo Pereira Paiva (6,35 quilômetros). Estão projetadas ainda, ciclovias para as obras da Copa do Mundo na Avenida Tronco (5,6km); Severo Dullius (1,6 quilômetros); Sertório (12 quilômetros) e Voluntários da Pátria (3,5 quilômetros).

 

Fortunati: “Se ocorrerá a integração, só o tempo dirá”

Cada estação terá de seis a 12 bicicletas disponíveis para uso. A intenção é colocar ao menos uma estação em cada terminal de ônibus dos pontos escolhidos para instalação do aluguel das bicicletas. O mapa das estações foi sugerido pela empresa, mas ainda será analisado pela EPTC e poderá sofrer ajustes conforme o impacto na mobilidade. “Vamos estudar a possibilidade de futuramente integrar o aluguel ao TRI para o usuário pagar a bicicleta com o cartão do sistema integrado de transporte da cidade”, falou Vanderlei Capellari.

 

A integração com os demais modais da cidade, como o futuro projeto do Metrô de Porto Alegre as ciclovias que estão sendo construídas em Porto Alegre será ajustado depois de o aluguel começar a funcionar. “Se ocorrerá a integração, só o tempo dirá. O importante é começarmos a fazer as coisas acontecerem. Todos os ajustes poderão ser feitos conforme a demanda for surgindo, bem como a ampliação do serviço”, disse Fortunati.

 

Os interessados em alugar as bicicletas deverão realizar credenciamento prévio no sistema, por meio do site da Sertel, telefone ou aplicativo de celular. A gestão do sistema acontecerá de forma totalmente eletrônica, de modo a contabilizar os deslocamentos de forma automática. O passe diário custará R$ 5,00 e o passe mensal R$ 10 reais. O tempo máximo de utilização será de 60 minutos. Cada hora excedente custará R$ 5,00.

 

Segundo o diretor da EPTC, o valor para o usuário faz parte da proposta da empresa vencedora e poderá ser alterado futuramente. “Se entenderemos que não está sendo compensatório para o usuário, poderemos alterar”, disse. Com o valor diário do aluguel de bicicleta equivalente ao custo do deslocamento de ida e volta com ônibus em Porto Alegre, hoje R$ 2,85, Capellari explica que a intenção é incentivar o aluguel mensal. “Queremos que as pessoas utilizem a bicicleta como meio de transporte. Deixe a sua em casa ou quem não tem, possa começar a usar. O aluguel diário acabará sendo para o turista ou para lazer”, avaliou.

 

Será constituído um serviço de Call Center para informar o tempo de percurso entre as estações, o mapa geográfico da localização dos pontos do aluguel, valores, monitoramento do serviço e apuração de defeitos ou outras demandas dos usuários. As estações também terão paineis com identificação nominal da estações, mapa de localização e instruções sobre o aluguel, em português e inglês.

 

O aluguel de bicicletas começará pelo Centro da Cidade a partir de 22 de setembro, com estações no Mercado Público, Casa de Cultura Mário Quintana, Usina do Gasômetro, Praça da Matriz e Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Até 30 de outubro serão entregues mais 10 e em 20 de dezembro mais 20 estações. As demais estão previstas para março e abril de 2013. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) estão contempladas com estações.

 

ATUALIZAÇÃO: Em contato com o Sul21, a assessoria de imprensa da EPTC corrigiu informação prestada anteriormente sobre a cobrança de R$ 5,00 pela hora excedente no aluguel das bicicletas. Segundo a nova informação, a cobrança não será efetuada.

 

Fonte: Portal Mobilize

Autora – Rachel Duarte

 

 

Bicicletas de aluguel em Porto Alegre tem mercado disputado

 

 

Cinco empresas apresentaram  propostas para a operação do serviço de aluguel de bicicletas em Porto Alegre. A expectativa da Empresa de Transporte Público e Circulação (EPTC) é que a vencedora seja conhecida até o final deste mês, com funcionamento do sistema até o final do ano.

A intenção da EPTC é que o serviço de aluguel de bicicletas em Porto Alegre seja semelhante aos existentes em Paris, em Londres e no Rio de Janeiro. Os usuários deverão ser atendidos por no mínimo 250 veículos. O deslocamento dos ciclistas ocorrerá a partir de 30 estações localizadas, em uma primeira etapa, no Centro da cidade, com possibilidades de implantação em outros pontos da capital.

As primeiras estações devem ser criadas no Mercado Público, na Casa de Cultura Mário Quintana, na Usina do Gasômetro, na Praça da Matriz, na Câmara de Vereadores, na UFRGS, entre outros. A distância entre as estações está projetada em cerca de 500 metros, no mínimo.

“De seis a 12 bicicletas estarão disponíveis para uso em cada estação. Os interessados deverão realizar previamente seus credenciamentos no sistema, com um pagamento mensal para uso das bikes, que garantirá a liberação inicial de deslocamento em até 30 minutos. O uso de um tempo maior poderá ser pago até por cartão de transporte coletivo. A gestão do sistema acontecerá de forma totalmente eletrônica”, afirma o gerente de projetos da EPTC, Antônio Vigna.

Ciclovias
Dentro do Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre já estão em funcionamento as seguintes ciclovias ou ciclofaixas: Restinga, 4,6 km; Ipanema, 1,25 km; Diário de Notícias, 2,1 km; Icaraí, 1,7 km.

Estão em construção a Ciclovia da Av. Ipiranga, 9,4k m, e da Beira-Rio, 6,35 km.

Estão projetadas ciclovias para as seguintes obras da Copa do Mundo: Av. Tronco, 5,6 km; Severo Dullius, 1,6 km; Sertório, 12 km, e Voluntários da Pátria, 3,5 km.

Via Blog Meu Transporte

Aluguel de bicicleta também em Porto Alegre

 

 

 

A ideia está se expandindo e seguindo os exemplos de São Paulo, Rio de Janeiro, Sorocaba e várias outras cidades do mundo, a cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, também vai implementar um sistema de aluguel de bicicletas.

Segundo informações da Prefeitura, os cidadãos poderão alugar bicicletas em 30 pontos da cidade e o sistema entre em funcionamento no segundo semestre deste ano. O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, informou que o aluguel será de baixo custo. “O valor do aluguel será simbólico, uma vez que teremos parceiros patrocinando a iniciativa. O objetivo é tornar a bicicleta acessível ao cidadão”, explicou Cappellari.

O sistema será parecido com os que já existem em São Paulo e Rio. Será possível pegar a bicicleta em uma estação e deixá-la em outra, e a liberação das bikes será feita por meio do telefone celular.

O projeto de aluguel de bicicletas, segundo a Prefeitura, é parte da iniciativa que prevê a construção de 50 km de ciclovias na capital gaúcha até 2014, ano em que a cidade receberá jogos da Copa do Mundo.

Ótima iniciativa, não? Com esses exemplos, torcemos para que outras capitais do Brasil adotem o sistema de compartilhamento de bicicletas.

Fonte: Eu Vou de Bike

Bicicletas de aluguel ajudam a mobilidade na Índia

 

Os sistemas de aluguel de bicicletas, uma tendência que começou em locais desenvolvidos, como França e Inglaterra, começam a se espalhar com mais força pelos países em desenvolvimento, especialmente por causa das deficiências no transporte público desses países. No último fim de semana, por exemplo, tivemos aqui no Brasil a reinauguração do sistema de aluguel de bicicletas no Rio de Janeiro.

Na Índia, país também em desenvolvimento e com uma enorme população, os empreendedores Raj Janagam e Jui Gangan perceberam que não havia um meio de transporte rápido e barato para pequenas distâncias na cidade de Mumbai. De acordo com Janagam, 10 milhões de pessoas usam trens e ônibus para se locomover em longas distâncias na cidade, mas não havia uma maneira prática de ir da estação de trem até a faculdade, por exemplo.

Após um ano e meio de pesquisas, Raj Janagam lançou o Cycle Chalao, o primeiro sistema de bike share de Mumbai. O sistema é bem semelhante aos operados na Europa ou Estados Unidos. Os cidadãos se inscrevem e podem usar a bicicleta gratuitamente por meia hora. Após esse período, um pequeno valor é cobrado.

Após se instalar em Mumbai, o sistema Cycle Chalao foi ‘exportado’ para a cidade de Pune, a “capital da bicicleta” da Índia, segundo o site Tree Huger. Em Pune, que tem um sistema de 125 quilômetros de ciclovias, o bike share já tem cerca de 300 bicicletas em operação. A meta do empresário é ter cerca de 2 mil bicicletas nos próximos dois anos. Ainda de acordo com o site Tree Huger, nos próximos cinco anos o sistema Cycle Chalao será implantado em pelo menos 10 cidades indianas.

Aqui no Brasil, o melhor ‘case de sucesso’ de bike share é no Rio de Janeiro, e mesmo assim de uma forma muito incipiente se compararmos a outras cidades ao redor do mundo. O que está faltando para algum empresário (ou poder público) brasileiro colocar essa ideia para funcionar de forma massificada em uma grande metrópole como São Paulo?

Do Blog Eu vou de Bike