Quando o passageiro é o culpado

 

Barulho, desordem, brigas, passageiros que passam mal, crianças pequenas desacompanhadas e excesso de lotação. Estas são algumas situações que podem afetar diretamente o motorista do veículo, comprometendo a capacidade de concentração no trânsito.

A capacidade intelectual do ser humano atualmente está classificada em oito inteligências: a da comunicação, a do raciocínio lógico, a da noção de espaço, a da coordenação motora, a do autoconhecimento e compreensão, a de se relacionar, a de se situar no meio ambiente e a da distinção e interpretação dos sons. “Para cada tarefa que realizamos utilizamos várias destas inteligências. A habilidade de dirigir exige a utilização de todas elas”, explica Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal.

Por isso, ela recomenda que “antes de começar o percurso, o motorista deve evitar condições adversas como estas, nunca transportar mais pessoas do que o veículo comporta, não permitir que as pessoas desviem a sua atenção e colocar as crianças corretamente no banco de trás, com cinto de segurança e dispositivo de retenção adequado para cada idade”. Ainda segundo a especialista, qualquer uma destas alterações pode afetar o estado psicológico e emocional do motorista e afetar a capacidade de dirigir com segurança.

Na moto
Na moto, pilotar carregando passageiros exige muito mais responsabilidade. “O transporte de crianças menores de sete anos em motos é proibido por lei”, afirma Sizilo.

Para levar passageiros, a moto deve ser equipada com assento apropriado, pedaleira para o passageiro, equipamentos de proteção-como os do piloto-, pressão extra nos pneus e nova regulagem do farol e dos espelhos.

O passageiro da moto deve receber sempre as seguintes instruções. “O passageiro deve subir depois do piloto, não deve tirar os pés das pedaleiras nas paradas, segurar o piloto na cintura ou quadril, manter as pernas longe do escapamento, acompanhar a inclinação e os movimentos do corpo do piloto, evitar movimentos desnecessário e segurar mais firmemente nas arrancadas e freadas”, conclui Sizilo.

Fonte:Portal do Trânsito

O risco de mandar mensagens de texto ao dirigir

Por Mariana Czerwonka

Com a crescente popularidade dos smartphones, as mensagens de texto estão se tornando o método preferido de comunicação para muitos brasileiros. Na verdade, um jovem que tenha entre 18 e 24 anos recebe e envia em média mais de 40 mensagens por dia, de acordo com um recente estudo do Pew Research Center, um centro de pesquisas norte- americano. E muitos desses textos são enviados ou recebidos, por quem está atrás do volante. “O jovem dirige de forma mais arrojada, no sentido de aceitar mais os riscos na direção”, diz Dr. David Duarte Lima, professor da Universidade de Brasília (UnB) David Duarte Lima, doutor em Segurança de Trânsito.

Este tipo de distração fere um dos princípios da direção defensiva que é a atenção, pois o condutor perde o foco do que está fazendo e não enxerga os perigos à sua volta. “O estado precisa investir mais em educação para que as pessoas sejam mais atenciosas no trânsito”, afirma o professor.

Estudos comprovam que falar ao celular enquanto dirige aumenta em 400% o risco de acidentes, mas nem todos que falam ao celular se acidentam. “A pessoa fala uma vez e não se acidente, fala duas vezes e não se acidenta, inconscientemente ela vai pensar que pode falar e dirigir. Isto é um grande problema, uma falsa resposta”, explica Dr. David.

Para o professor, o cidadão precisa ser conscientizado. “Aquele que fala ao celular enquanto dirige não é um bandido, é uma pessoa comum, um pai de família ou um trabalhador que precisa ser sensibilizado para ter atitudes corretas na direção de um veículo”, diz.

Segundo estatísticas, no Brasil, de cada dez mil pessoas que usam o celular enquanto dirigem apenas uma é flagrada.

Fonte: Portal do Trânsito

Motoristas com déficit de atenção devem realizar exame anualmente

 

De acordo com projeto aprovado pelo Senado, no dia 15 deste mês, pessoas com doenças que afetam a concentração terão que renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) anualmente, e não a cada cinco anos como estipula a legislação vigente.

O projeto é de autoria do senador Benedito de Lira (PP-AL) e entende que condutores com transtornos de déficit de atenção aumentam os riscos de acidentes de trânsito. A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e estipula que pessoas diagnosticadas com transtornos que afetam a atenção e a concentração devam realizar o exame de aptidão física e mental todos os anos.

Fatores comuns como ansiedade e depressão podem afetar a concentração e, segundo entendimento do relator, representam perigo para quem está dirigindo.

O médico Mozart Pinheiro, credenciado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para realizar exames de aptidão física e mental, afirmou ser a favor da mudança, pois acredita que cinco anos é muito tempo para quem possui esse tipo de transtorno.

“Quem sofre com esse tipo de transtorno tende a piorar com o tempo. Logo a realização anual do exame seria uma forma de prevenção”, assegurou.

O chefe da Divisão de Habilitação do Detran, Aluísio Sá Peixoto, comentou que os médicos são responsáveis por selecionar quem está apto a receber a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), uma vez que o especialista conclui que o usuário não tem condições de dirigir, ou que precisa será valiado anualmente. Cabe ao Departamento seguir a orientação.

“Acredito que seja uma proposta válida e o código for realmente alterado, o Detran está preparado para atender anualmente esses usuários”, acrescentou.

O projeto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal e segue para Comissão de Direitos Humanos.

 

Fonte: Portal do Trânsito

Sono e cansaço representam 60% dos acidentes

 

No Brasil, motoristas que dirigem com sono são responsáveis por 42% dos acidentes de trânsito, é o que revela o diretor de comunicação do Departamento de Medicina Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), doutor Dirceu Rodrigues Alves Júnior.

Além disso, 18% dos acidentes são ocasionados pela fadiga dos motoristas. Juntos, o sono e o cansaço representam 60% dos acidentes causados no país.

Estatísticas mundiais da National Traffic Safety Administration (NHTSA), uma entidade americana de segurança viária revela que 40% dos acidentes nas estradas são causados por motoristas cansados. Só nos EUA, são 100 mil acidentes por ano, com 1.550 mortes.

Segundo Alves, para dirigir, o motorista precisa de três funções importantes: a primeira é a cognitiva, ou seja, a atenção, vigia, concentração, raciocínio e agilidade mental. A segunda função é a função motora, que permite que o condutor tenha respostas imediatas e a última é a função sensório perceptiva que abrange o tato, a visão e a audição.

Para que estas funções funcionem de maneira adequada, é necessário que o sono esteja em dia. É possível dizer que dormir o necessário é tão importante quanto dirigir sem beber. “O sono é semelhante à ação do álcool sobre o organismo”, completa o diretor.

Além do sono fisiológico, ou seja, a necessidade biológica do indivíduo de dormir existe também o sono ocasionado pelo cansaço. “No veículo nós temos o ruído, a vibração, e as imagens que passam no campo visual e que funcionam como um pêndulo, fazendo a hipnose do indivíduo. Estes elementos também são indutores do sono, pois fazem lembrar a mãe ao embalar o filho para dormir”, comenta Alves.

Para o coordenador do Centro de Estudo Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e chefe da disciplina Medicina e Biologia do Sono, Marco Túlio de Mello, dirigir durante todo o dia, inclusive durante a noite, traz consequências a curto e longo prazo.

“A curto prazo, ocorrem alterações no humor. As pessoas ficam mais irritadas, pode ocorrer perda de memória, atenção, concentração e reflexo. A longo prazo, o sistema imunológico cai, fazendo com que este indivíduo fique mais vulnerável a gripe, além da perda de massa muscular”.

A dica para aqueles motoristas que querem cumprir seus prazos diários sem comprometer o sono é, segundo Mello, respeitar a necessidade de quanto você gosta de dormir e como você gosta de dormir. Cada pessoa tem um tempo de sono específico. “Algumas pessoas precisam dormir menos de 6h, enquanto outras necessitam biologicamente dormir mais do que 9h”. No geral, a média de sono da população é de 7h40.

 

Por

Talita Inalba