Delegado classifica como leve a facada que um agente de trânsito deu em um motorista do Recife

Zona Azul no Cnetro do Recife - Foto - Paulo Paica DP/D.A.Press
Zona Azul no Centro do Recife – Foto – Paulo Paiva DP/D.A.Press

Não chegou a ser uma discussão de trânsito. Na verdade, a emissão de uma multa por estacionamento irregular acabou resultando, ontem, em uma briga corporal entre o agente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) do Recife, Felipe Aguiar, e o comerciante Mário Francisco do Nascimento, 32. De acordo com testemunhas, o comerciante parou o carro na área de Zona Azul, sem o talão de acesso e foi multado. Minutos depois voltou com o talão e pediu para que a multa fosse retirada, alegando que havia ido comprá-lo. O agente teria recusado e ainda aplicou uma segunda multa de carga e descarga irregular. Foi iniciada então uma discussão que terminou em uma luta corporal. O incidente ocorreu na Rua da Palma, no Centro do Recife, e terminou com o agente de trânsito na delegacia e o comerciante na mesa de cirurgia do Hospital da Restauração com perfuração no pulmão. O caso foi tratado pelo delegado de plantão da Delegacia de Santo Amaro como desacato do comerciante e lesão corporal leve de ambos. Acompanhe a entrevista com o delegado.

Delegado Paulo Clemente/Delegacia de Santo Amaro/Recife - Foto - Tania Passos DP/D.A.Press
Delegado Paulo Clemente/Delegacia de Santo Amaro/Recife – Foto – Tania Passos DP/D.A.Press

 

Entrevista >> Paulo Clemente – Delegado

“Ele deu um soco no agente”

O que vai acontecer nesse caso?
O comerciante vai ser enquadrado por desacato à autoridade e lesão corporal leve, uma vez que ele deu um soco no agente de trânsito. E o agente de trânsito também vai responder por lesão corporal leve.

O comerciante teve o pulmão perfurado. Isso é leve?
Eu estou me baseando no laudo médico que está aqui na delegacia. Só posso me posicionar com provas. E não foi encontrada nenhuma faca ou canivete.

Pode nos mostrar o laudo?
Sim.

Delegado, não dá para entender a letra do médido. O que diz o laudo?
É, não dá para entender.

Mas o senhor disse que se baseou no laudo. Quem lhe disse o que estava escrito?
Foi o tenente da polícia que trouxe o documento e disse que a lesão foi leve e ele tem fé de ofício.

Segundo o HR, foi confirmado o uso de arma branca…
Houve um ferimento e os médicos fizeram uma sutura nele. Ele deve ser liberado até amanhã (hoje). Seria lesão corporal grave se ele ficasse uns 30 dias sem trabalhar.

Discussão de pedágio urbano também no centro do Rio

A Comissão de Viação e Transportes realizará, na terça-feira (15), audiência pública para debater o valor dos pedágios cobrados nas rodovias federais que cortam o estado do Rio de Janeiro. Os deputados vão discutir o acórdão nº 2927/2011, do Tribunal de Contas da União (TCU), que trata do desequilíbrio econômico dos contratos de concessão decorrentes da 1ª Etapa do Programa de Concessões das Rodovias Federais.

O relatório aprovado pelo TCU aponta aumento indevido das tarifas ao logo do tempo. De acordo com o tribunal, a tarifa cobrada do motorista deve ser apenas suficiente para arcar com a prestação do serviço e garantir a continuidade dele.

No acórdão, aprovado no fim do ano passado, o TCU determinou à ANTT que adote metodologia adequada na recomposição do equilíbrio econômico-financeiro nos contratos da primeira etapa do programa de concessões de rodovias federais.

O encontro é uma iniciativa do deputado Hugo Leal (PSC-RJ). O parlamentar disse que a expectativa é de que a redução da tarifa seja de 15% a 20% nos valores cobrados dos motoristas que viajam do Rio para Petrópolis, do Rio para Teresópolis, na Ponte Rio-Niterói e na Baixada.

Foram convidados:
– representante da Auditoria do Controle Externo do TCU;
– a superintendente de Exploração de Infraestrutura Rodoviária da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), Mário Mondolfo.

A audiência será realizada às 14 horas, no Plenário 11.

 

Fonte: Agência Câmara

Menino, de 12 anos, é assassinado após discussão de trânsito no DF

 

 

Um menino de 12 anos foi assassinado no fim da tarde desse domingo em Santa Maria depois de uma discussão de trânsito. A briga teria começado depois do tio da vítima ter parado o carro de uma forma que atrapalhava a passagem de outros veículos. O motorista de um outro carro, um GM Corsa Perua, incomodado com a situação, começou a buzinar. O pai da vítima chegou a pedir calma ao condutor. Nesse momento, um dos passageiros disparou um tiro que acertou o adolescente.

Segundo o delegado de plantão da 33° Delegacia de Polícia, Diogo Cavalcante, a criança foi levada para o Hospital Regional de Santa Maria, mas não resistiu ao ferimento. O delegado também acredita que três pessoas estavam no carro de onde partiram os disparos. Depois de atirar, os três fugiram do local.

Da Agência Brasil

CREA discutirá obras dos viadutos na Agamenon Magalhães

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), em conjunto com o Conselho de Agronomia e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE) realizam, hoje, às 19h, no auditório da sede do Crea-PE, uma mesa redonda com a participação do Governo do Estado e a população para discutir soluções que sejam de consenso entre o Poder Público e a sociedade, em relação as obras dos quatro viadutos que irão cruzar a Avenida Agamenon Magalhães.

Estão entre os convidados a Prefeitura da Cidade do Recife, as Secretarias Estaduais da Casa Civil, da Imprensa, das Cidades, dos Transportes, além do Tribunal de Contas do Estado e da União e dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.

Os viadutos transversais à Avenida Agamenon Magalhães serão nos cruzamentos com da Rua General Joaquim Inácio – Rua do Paissandu, Av. Rui Barbosa com a Rua Fernandes Vieira, Rua Dom Bosco com a Rua Joaquim Nabuco e Parque Amorim – Rua Bandeira Filho. Já o elevado terá 2,2 quilômetros de extensão, com seis faixas (três em cada sentido) e o trajeto será do Hospital Português até a Rua Buenos Aires, no Bairro do Espinheiro, transversal à Agamenon Magalhães. Além disso, terá 12 metros de altura e 26 metros de largura.

Serviço:

Quando: 24 de janeiro

Hora: 19h

Local: Auditório do Crea-PE, na Avenida Agamenon Magalhães, nº 2978, Espinheiro – Recife

 

Projeto quer proibir a garupa nas motos de São Paulo

 

Do blog do Trânsito

Por Marcelo Araújo

Uma polêmica se instalou no Estado de São Paulo devido a um Projeto de Lei que proíbe motociclistas transportarem “garupa” na motocicleta. Projeto semelhante já havia sido apresentado no município de São Paulo em 2003, não merecendo sanção.  O justificativa de ambos é a questão de segurança, vez que há diversos casos em que o motociclista para ao lado de um carro imobilizado pelo engarrafamento e enquanto o condutor se preocupa em pilotar o carona promove o assalto na janela do motorista de carro, impedido de reagir e menos ainda de perseguir.

A época fomos consultados pela ABRACICLO e nossa opinião foi e permanece muito clara pela não sanção de projetos dessa natureza, inconstitucionais por se tratarem de leis de trânsito cuja competência é privativa da União (nos casos concretos era municipal e atualmente estadual), mas mesmo que se tratasse de proposta de mudança de Lei Federal (Código de Trânsito), ainda assim seriamos contrários.

O anexo I do Código de Trânsito nos traz o conceito de LOTAÇÃO:

Lotação – carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas para veículos de carga, ou número de pessoas para os veículos de passageiros.

Em face desse conceito é que no documento de registro e no de licenciamento do veículo consta sua capacidade, que nos veículos de carga é o peso e nos de passageiros é o número de pessoas (incluído o condutor). Por consequência é um direito (até de consumidor) transportar no veículo a quantidade de pessoas correspondente a sua capacidade e no caso das motocicletas tradicionalmente esse número é 2 (dois).

Há inclusive regras aplicáveis aos `passageiros` de motocicletas com relação ao capacete e a própria idade no caso de crianças (menores de 7 anos são proibidas). Isso inclusive contraria a política de transporte compartilhado para aqueles que desejam ir ao mesmo destino, diminuindo o número de veículos em circulação.

Transporte de massa em foco

Bartolomeu Carvalho, João Braga, Ivânia Wanderleu e Laédson Bezerra

Diario de Pernambuco
Rebeca Kramer
rebeceakramer.pe@dabr.com.br

Qual sugestão você, leitor, daria para tentar solucionar o problema do trânsito na Região Metropolitana do Recife? E mais: como você pensa que as autoridades deveriam agir para melhorar a qualidade do transporte público de passageiros?

Essas questões foram debatidas na 8ª edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, promovido pelos Diários Associados em Pernambuco, na manhã de ontem. Presidido pelo superintendente comercial e de empreendimentos da ATP Engenharia, Laedson Bezerra, o Fórum contou com a participação do gerente regional de manutenção do Metrô do Recife, Bartolomeu Carvalho; do consultor da Urbana-PE, João Braga; e da coordenadora de planejamento do Grande Recife, Ivana Vanderlei.

Laedson Bezerra ressaltou que a Copa do Mundo de 2014 não deveria ser o único impulso para tentar encontrar alternativas viáveis para o tráfego e o transporte na RMR, mas também não negou a oportunidade que o momento propõe. Na sequência, a coordenadora de planejamento do Grande Recife, Ivana Vanderlei, explicou a situação atual do Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) e do Sistema Estrutural Integrado (SEI), além do esquema de licitações dos serviços.

Atualmente, o STPP constitui-se por dois sistemas, chamados Complementar e Sistema Estrutural Integrado (SEI), este segundo caracterizando-se como um multimodal que disponibiliza alternativas de deslocamento com o pagamento apenas de uma tarifa, por meio de integrações em terminais fechados. Hoje são 13 terminais em funcionamento e, até o final de 2011, outros sete deverão ser implantados.

Inserindo-se nos projetos de expansão dos SEI, estão os corredores de transporte. A implantação de Bus Rapid Transports (BRT) destina-se para a operação nos corredores Norte-Sul, na Avenida Norte, Leste Oeste e IV Perimetral. Os BRTs caracterizam-se por se localizarem em vias exclusivas e segregadas, estações confortáveis e adaptadas aos locais onde estão inseridos e veículos com tecnologia avançada, além de apresentarem embarque e desembarque em nível, propiciando maior acessibilidade e conforto para os usuários. “Um grande diferencial é que os pagamentos ocorreriam nas estações proporcionando maior velocidade comercial e menor tempo de deslocamento”.

Ivana ainda mencionou a possibilidade da implantação do projeto de navegabilidade que deverá melhorar o trânsito na RMR, criando três corredores fluviais, o Oeste, o Norte e o Sul. “Os corredores fluviais caracterizam-se pela hidrovia exclusiva para circulação dos barcos, venda antecipada de passagens, embarque e desembarque em nível, regularidade e pontualidade, segurança, conforto e acessibilidade garantida para todos”, expôs.

Mobilidade

O consultor da Urbana-PE, João Braga, foi categórico ao frisar que o transporte coletivo e a mobilidade na RMR vivem situações dramáticas. Segundo previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o número de veículos por habitante no Brasil vai crescer 62% até 2020. Além disso, 80% dos brasileiros vivem nas cidades e mais de 30 milhões não utilizam o transporte público. “A demora, os longos congestionamentos e a falta de acesso ao transporte são problemas diretamente decorrentes do modelo de investimento na infraestrutura do país, que se voltou para a estruturação dos veículos particulares”.

Ainda de acordo com Braga, mais da metade do preço da tarifa corresponde a impostos, gratuidades e taxas. Em Pernambuco, esse valor chega a 53%. “Acredito que o sistema de cobrança de impostos, mesmo dos carros, deveria acontecer de forma diferente”, disse.

Para Bartolomeu Carvalho, representante do Metrorec, a infraestrutura da cidade não comporta crescimento, sem comprometer outros espaços físicos, como as casas, calçadas e praças.A solução permeia a transferência dos usuários de automóveis para o sistema de transportes coletivo. “É a única solução que nos resta para o trânsito de amanhã”, disse.

Em discussão: Método de retirada de Carteira de habilitação para deficientes

 

 

No 18º  Congresso Brasileiro de  Transporte e  Trânsito promovido pela ANTP (Associação Nacional de Transporte Público), uma das questões apresentadas na temática técnica foi em relação ao processo de retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dos deficientes físicos.

Um estudo identificou que 82% dos motoristas que têm algum tipo de deficiência são do sexto masculino com idade entre 18 e 38 anos e mais 38% têm o ensino médio incompleto. Outro dado indica que 64% deles residem nas capitais ou região metropolitana.

A principal discussão é que não existe hoje um método empírico simples que possa ser usado para assegurar que um teste seja administrado adequadamente para todos os tipos de deficiências.A escolha entre usar alguma forma alternativa de avaliação, depende do julgamentodo profissional.

Dada a escassez de informações sobre o desempenho de pessoas deficientes em testes é freqüentemente mais apropriado analisar o resultado do teste de uma forma mais qualitativa.

Ainda, segundo o estudo apresentado, por ser um público bastante específico no processo de avaliação psicológica para o trânsito, o portador de deficiência física deve receber por parte dos profissionais da área um atendimento que contemple as exigências legais, mas que ao mesmo tempo, possibilite uma ação humanizada e que respeite o cidadão.