Dia mundial sem carro. Vá de ônibus, metrô, a pé ou de bicicleta

Dia mundial sem carro - Reprodução internet
Dia 22 de setembro é o Dia Mundial Sem Carro. É um movimento que surgiu na França, no final dos anos 90 e chegou ao Brasil em 2001. O objetivo principal da iniciativa é estimular uma reflexão sobre os problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis.

A idéia é deixar o carro na garagem e buscar formas alternativas de transporte, diminuindo a quantidade de veículos nas ruas e reduzindo assim os congestionamentos, e consequentemente, a poluição.

Boa opção para quem deseja aderir ao Dia Mundial Sem Carro é utilizar o ônibus ou a bicicleta como meio de transporte. No caso da bike, além de permitir a prática de uma atividade física simultânea ao deslocamento, ela ajuda a diminuir a poluição e é minimamente afetada por engarrafamentos.

Pensando nisso, durante os dias 18 e 25 deste mês de setembro, em Recife, alguns voluntários estarão dispostos a ajudar aqueles que têm vontade de pedalar ao trabalho, mas tem receio, por qualquer que seja o motivo.

A iniciativa partiu de Rudiney Barbosa, da Ameciclo (Associação Metropolitana de Ciclistas da Grande Recife) e conta com o apoio do Porto Digital. “Há um tempo atrás, uma empresa de comunicação daqui de Recife promoveu um dia de bike ao trabalho, para seus funcionários. A empresa criou um bicicletário e forneceu um café da manhã no tal dia. Neste mês de setembro, devido esta data do dia mundial sem carro, pensei em aumentar a abrangência desta ideia”, conta Rudiney.

A campanha não se restringirá apenas à Semana do Trânsito. Os voluntários prometem atender a todos os inscritos. Para participar, basta se inscrever aqui https://docs.google.com/forms/d/1zcDONaW8XTamG_80yT_Zq3zJ-5LYh7ncD2YcOzYLCSU/viewform e um voluntário lhe acompanhará da sua casa ao trabalho.

Dia mundial sem carro - reprodução internet

Sobre a campanha

O objetivo é estimular a reflexão sobre a real necessidade da utilização de seu carro, visando à percepção sobre a existência de outros meios de transporte alternativos, em Recife.
A Bicicleta pode e deve ser utilizada, no mínimo em pequenos deslocamentos contribuindo dessa forma parar a melhoria da mobilidade de sua cidade. Pois pedestres e ciclistas, assim como os veículos motorizados, compõem o trânsito.

Sobre os Condutores-Voluntários:

São pessoas que já utilizam a bicicleta em seus deslocamentos e estão dispostas a te conduzir. Fazendo com que aos poucos você tenha a opção de mais um modal. Muitos condutores são cidadãos, que assim como você, desejam uma cidade melhor pra se viver e voltada para as pessoas, alguns são Bike Anjos, outros são Ameciclistas (associados da Ameciclo – associação metropolitana de ciclistas do grande Recife), ou simplesmente entusiastas da Bicicleta.

Cidades para pessoas, simples assim

Proposta de Jan Gehl para a Cidade Universitária Pedra Branca, em Santa Catarina

Por

Regina Rocha

“Cidades para Pessoas”, a obra síntese do pensamento do arquiteto dinamarquês Jan Gehl, acaba de chegar às livrarias do Brasil. A aguardada primeira edição do livro em português (Editora Perspectiva) tem prólogo do ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner e do influente arquiteto britânico Richard Rogers. A edição brasileira traz ainda anexo sobre o recente projeto de cidade universitária em SC, com consultoria do escritório de Gehl.

Jan Gehl propõe a construção de cidades compactas, onde a mobilidade urbana até deixaria de representar um problema. As ideias defendidas pelo urbanista – cidade viva, segura, sustentável e saudável; a dimensão humana; a cidade como lugar de encontro, boa para caminhar e para pedalar, são retomadas em todos os capítulos, onde textos curtos e fotos vão mostrando soluções e bons e maus exemplos de cidades.

O conceito de Cidades para Pessoas nasceu a partir de um singelo comentário da esposa Ingrid Gehl sobre os desenhos que ele elaborava ao preparar seus projetos: “Por que vocês, arquitetos, não estão interessados em pessoas? Vocês estão muito interessados em formas, mas vocês não sabem nada sobre as pessoas…”. A partir daí, o casal começou a estudar mais profundamente essa ligação entre arquitetura, psicologia e sociologia. “Isso se desenvolveu em meus quase 50 anos de devoção para estudar cidades para as pessoas”, comentou Gehl em entrevista recente à revista Arquitetura e Urbanismo.

Autor de vários livros sobre urbanismo, Gehl é professor universítário, consultor de qualidade urbana, e vem realizando projetos de intervenções em várias partes do mundo – Dinamarca, Estados Unidos, Suécia, Holanda, Inglaterra, Jordânia, Oman e Austrália.

“Jan Gehl é nosso maior observador de qualidade urbana e um indispensável filósofo das cidades como soluções para a crise ambiental e de saúde que enfrentamos. Com mais da metade da população mundial vivendo hoje em áreas urbanas, o planeta inteiro precisa aprender as lições que ele nos oferece em Cidades Para Pessoas.” (Janette Sadik-Khan)

“Este livro analisa muitas das ideias seminais de Gehl, examina algumas das cidades do mundo que se desenvolveram com êxito nas últimas décadas e estabelece os desafios para o futuro. Muitas gerações terão uma vida melhor, e as cidades serão mais competitivas, se seus líderes ouvirem sua advertência.” (Enrique Peñalosa)

“Jan Gehl continua a nos surpreender com sua compreensão sobre o que realmente faz as cidades funcionarem. Este livro, baseado em trabalhos que fez na Europa, Austrália e Américas, tem um alcance global, com dados comparativos de como pedestres utilizam os espaços públicos, cujo apelo maior é a rapidez com que ele tem sido capaz de ajudar algumas cidades a transformar suas ruas de tráfego intrincado em paraísos para as pessoas.” (Peter Newman)

“Gehl aborda, de forma aprofundada e objetiva, questões que são fundamentais à qualidade de vida na cidade e que se refletem na escala dos espaços, nas soluções de mobilidade, nas dinâmicas que favorecem a vitalidade, sustentabilidade e segurança das áreas urbanas, na valorização dos espaços públicos, nas possibilidades de expressão individual e coletiva, na beleza daquilo que pode ser apreendido ao nível do observador.” (Jaime Lerner)

Fonte: Portal Mobilize

Segundo Desafio Intermodal do Recife já tem data: 12 de setembro

Desafio intermodal - Foto - Hélder tavares DP/D.A.Press

A segunda edição do Desafio Intermodal do Recife será realizada no próximo dia 12, a partir das 18h, com saída da Praça do Diario. Para quem não lembra, a ideia é fazer um percurso comum para os recifenses no horário de pico, mostrar o tempo gasto e discutir fatores como a poluição de cada modal, pegada ecológica e o custo para os cidadãos. Ano passado, o percurso foi realizado por pessoas à pé, ciclistas, motociclista, de metrô, carro, ônibus, utilizando as intermodalidades e até mesmo de patins.

desafio intermodal1 metro - Foto - Tânia Passos DP/D.A.Press

No Brasil, o mesmo tipo de atividade também é realizado em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, mas em cada local tem suas peculiaridades. No Recife, a opção diante da boa repercussão do DIM 2012 foi por fazer apenas uma modificação no local de saída (que foi na Avenida Conde da Boa Vista e agora será na Praça do Diario), manter todas as modalidades e incluir cinco que serão testadas pela primeira vez: táxi, skate, cinquetinha (moto 50cc), pessoa com deficiência visual e cadeirante (utilizando o transporte coletivo).

Na organização do evento, houve também a inclusão do movimento Direitos Urbanos ao lado do Observatório do Recife entre os organizadores do DIM 2013. O esperado é que sejam 17 voluntários se deslocando por trajetos escolhidos por eles mesmos.

É importante entender, os participantes do Desafio não são competidores, a organização do primeiro evento começou entre um grupo de amigos e neste ano eles tentaram conseguir apoios e outros voluntários para não repetir os mesmos do ano passado. São pessoas normais, se deslocando como fariam normalmente para ir para a escola, a casa de um amigo ou o trabalho.
desafio intermodal1 bicicleta - Foto - Hélder Tavares DP/D.A.Press
Em 2012, o Desafio Intermodal do Recife foi notícia em todos os jornais recifenses, nas mais diversas rádios, gerou projetos especiais na internet e ganhou grandes reportagens de televisão, especialmente depois da prova já que antes da disputa pouca gente acreditava que uma bicicleta pudesse ser mais rápida do que motos e carros nos horários de pico da nossa capital.

Mas o mais interessante é que o DIM não termina com a chegada do último a terminar o trajeto, já que após os competidores terminarem o percurso escolhido por eles mesmos e darem seus depoimentos sobre o deslocamento, tem início um estudo para analisar fatores como a emissão de poluentes, o conforto no trajeto e também o tempo gasto.

Desde o ano passado já haviam integrantes do grupo Direitos Urbanos na turma de amigos que organizou o DIM e agora apenas se formaliza a colaboração com o Observatório do Recife. O Desafio Intermodal passa a ter apoio em 2013 da Brisa Comunicação e Arte e da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo).

desafio intermodal recife

Em seu segundo ano, o evento ganha mais um importante parceiro e inovou ao solicitar uma contrapartida social:“o Shopping Recife vai apoiar o DIM e está certa a contrapartida da construção de bicicletários nas escolas publicas do entorno, na comunidade onde o Shopping está inserido”, garante o publicitário Fernando Lima, que é um dos voluntários e fará o percurso entre a Praça do Diario e o centro comercial à pé.

Confira agora como foi o 1º Desafio Intermodal do Recife

 

 

 

Você não está no trânsito, você é o trânsito

 

engarrafamento China - créditos: Reuters

Por

Camila Hungria

Mobilidade é atualmente uma das principais preocupações e fontes de dores de cabeça de quem vive nas grandes cidades. Longas distâncias, desgaste físico e, principalmente, o estresse causado pelos engarrafamentos tornaram-se motivos mais do que suficientes para que cada vez mais pessoas optem por outros meios de transporte que não os veículos individuais.

Recente artigo publicado pelo jornal “The New York Times” aborda a questão do crescente desinteresse dos jovens por carros, o que tem preocupado as montadoras. De acordo com pesquisas da General Motors, a geração entre 18 e 24 está valorizando mais ter qualidade de vida do que investir na compra de um carro próprio.

Renata Prudente, de 21 anos, encaixa-se no perfil descrito acima. Bicicleteira assumida, conta que seus pais queriam presenteá-la com um carro quando entrou na faculdade, aos 19, mas ela não quis. “Eu ando de bicicleta pela cidade. Gosto da liberdade que a bike me dá. Não preciso me preocupar com estacionar o carro ou fugir do trânsito. Além disso, andar de bicicleta é mais saudável. Quando preciso sair de carro por algum motivo específico, posso combinar com meus pais de usar o carro deles”, explica a jovem.

A jornalista paulistana Mariana Portiz, de 36 anos, também optou por não andar de carro. Mas para ela o motivo foi outro. Mariana dirige desde os 18 anos, quando tirou carta e ganhou seu primeiro automóvel, mas uma briga de trânsito há alguns anos fez com que ela repensasse como estava se comportando em sociedade e buscasse novos caminhos:

“O trânsito sempre me irritou muito. E eu sempre peguei muito trânsito porque trabalhava longe de casa. Até que, certo dia, voltando do trabalho e atrasada para um compromisso, levei uma fechada. Saí do carro e bati boca com o outro motorista, e ele comigo. Foi uma baixaria, e depois eu só conseguia me arrepender. Estava mais nervosa, estressada e triste do que nunca”.

A saída encontrada para lidar com o estresse causado pelos longos engarrafamentos enfrentados diariamente foi abandonar o carro. “Aos poucos, consegui me organizar para trabalhar de casa. O bairro onde moro é ótimo, tem tudo perto. Assim, consigo fazer 90% das minhas obrigações e atividades a pé”.

Dois anos depois, Mariana está mais saudável, caminha diariamente, não sofre mais de estresse. Vendeu seu carro e, aos finais de semana, anda de táxi ou carona. “Evitar esse tipo de aborrecimento para mim é importante e por essa razão investi nisso. Hoje, não contribuo mais para o trânsito caótico, não perco tempo com engarrafamentos e sou mais feliz e tranquila”, finaliza.

O publicitário João Pedro Menezes, 27 anos, decidiu deixar o carro na garagem antes de ter uma crise de estresse. Passou a se locomover de metrô para ir e voltar do trabalho. “Em determinado momento, percebi que o que mais me atrapalhava era a minha preguiça de sair de casa e o preconceito com o transporte público”, conta ele, que, andando de metrô, economiza todos os dias cerca de 40 minutos para ir e para voltar do trabalho.

Além do tempo economizado, João também diz que a opção pelo transporte coletivo resultou em economia para ele, que não gasta mais tanto com gasolina. “Deixei o carro para usar em dias de chuva, quando preciso carregar coisas ou quando tenho algum compromisso após o expediente”, conta.

O caso do executivo de TI Rafael Junqueira, 29 anos, ilustra bem uma nova postura frente à mobilidade. Ele optou por mudar-se para um endereço bem próximo ao de seu emprego, e não leva mais do que 5 minutos para chegar ao trabalho: “Como eu gastava 3 horas por dia nos deslocamentos, ou 72 horas por mês, percebi que a cada mês eu perdia mais que um final de semana, uma insanidade. Não compensa nem física nem financeiramente”. E ele acrescenta: “Hoje eu chego mais disposto no trabalho, rendo mais e, na hora de voltar, é só alegria, e não mais um tormento”.

Mais informações no site Sustentabilidade Allianz

Trânsito muda no acesso a Suape e litoral Sul por causa das obras dos viadutos

A partir da próxima segunda-feira (02), a Concessionária Rota do Atlântico começa uma nova fase das obras de construção do complexo de cinco viadutos que facilitará o acesso ao Porto de Suape e ao Litoral Sul do Estado. Serão iniciados os trabalhos de aterro junto aos elevados que passam sobre a BR-101 Sul, na altura da rotatória próxima ao Hospital Dom Helder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho. O conjunto de viadutos, que terá um total de quatro quilômetros de extensão e 14 alças de acesso, fará a ligação das vias nos sentidos de Recife, Ponte dos Carvalhos, Suape, Centro do Cabo e Alagoas.

Para a realização dos trabalhos, haverá uma intervenção no tráfego de meia pista no acesso da BR-101 nova para a rotatória junto à BR-101 antiga. A previsão de liberação total do trecho para a circulação de veículos, de aproximadamente 400 metros, é no final do mês de setembro. Desta quinta (29) até o domingo (1º), fora dos horários de pico, a área estará recebendo os preparativos para o início dos serviços. A mesma intervenção já foi realizada em outras etapas da obra. Os viadutos já estão prontos e agora começa a terraplenagem para a ligação entre eles. Na sequência, serão realizados os trabalhos de pavimentação das alças de acesso.

Orientação e alternativas – Durante o bloqueio de meia pista, os motoristas que saírem do Recife para Suape e Litoral Sul poderão utilizar ainda o caminho alternativo pela BR-101 Nova, acessando o Centro do Cabo pelo bairro da Charneca, na altura do quilômetro 103 da rodovia federal. Outra opção é seguir pelo Complexo Viário do Paiva em direção à PE-028, acessando à PE-060.

Para minimizar retenções e manter a segurança dos usuários na área, o tráfego será supervisionado diretamente pela engenharia operacional e equipes de tráfego da Rota do Atlântico.Nas outras intervenções não registramos grandes retenções de tráfego. Mesmo assim nossas equipes estarão de plantão no local para auxiliar o trânsito caso necessário, destaca o superintendente de operações da concessionária, Ivan Moraes.

Placas refletivas de sinalização serão implantadas para alertar os motoristas sobre as intervenções, a partir de 1,5 km antes do início do bloqueio, na BR-101 nova, sentido Recife-Alagoas. Além disso, um Painel de Mensagens Variáveis transmitirá informações aos motoristas sobre a interdição.

Rota do Atlântico – É a empresa responsável pela modernização, manutenção, operação e administração do novo sistema viário que irá atender a região de Suape, localizada entre os municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. A nova via expressa, a PE-009, segue da BR-101 Sul, na altura Hospital Dom Helder, até a PE-038, no distrito de Nossa Senhora do Ó. Além de atender os caminhões que seguem para o porto e as indústrias da área, será também o caminho principal para as praias do Litoral Sul, encurtando a distância em 8,4 quilômetros em relação à PE-060. A nova rodovia irá representar uma economia de tempo de cerca de 20 minutos, considerando a velocidade de 100 km/h da via expressa.

Com um contrato de 35 anos de concessão e investimentos de R$ 450 milhões, a concessionária ficará responsável pela manutenção do pavimento, dos dispositivos de drenagem, da faixa de domínio e também pela implantação e conservação de equipamentos de segurança como câmeras, radares, painéis de mensagem, placas de sinalização e iluminação. A Rota do Atlântico conta com Centro de Controle Operacional (CCO), com serviço de atendimento ao usuário e apoio ao caminhoneiro, monitoramento 24 horas e ambulância de resgate a acidentados.

O trecho concessionado inclui o complexo de cinco viadutos; uma nova rodovia entre Suape e a PE-038; a requalificação do acesso à Ilha de Tatuoca; a rotatória na Curva do Boi; o Contorno do Cabo; as alças Norte e Sul e a VPE-052.  O início das operações está previsto para este segundo semestre de 2013.

Fonte: Rota do Atlântico

 

5 invenções que revolucionariam a mobilidade urbana do Recife

É bem verdade que essas invenções dos sonhos seriam para poucos. Na verdade, para o bem da maioria, o transporte público de qualidade ainda é a melhor invenção. Mas como seria se essas invencionices fossem usadas no Recife? Confira a lista:

Quem assistia aos “Jetsons” desenho criado nos anos 60 vai “viajar” com o uso de “carros voadores”. O custo do veículo está em torno de US$ 200 mil (equivalente a pouco mais de R$ 311 mil). Caso alguém se interesse pela compra, basta acessar o site da empresa (www.terrafugia.com)

carro voador - reprodução/internetConheça o Python, o carro-anfíbio mais veloz e de maior performance já construído. O incrível veículo mistura a frente de um Dodge Ram e a traseira de um Corvette e pode acelerar de 0 a 100 quilômetros por hora em 4,5 segundos.

Carro anfibio - reprodução/internetO Lotus Esprit é provavelmente lembrado como o carro de James Bond que virava submarino. No filme, Bond estava fugindo quando chega ao final de um pier; ele continua sua escapada embaixo d’água, as rodas do carro são substituídas por barbatanas.

Carro submarino - reprodução/internetUm inventor canadense desenvolveu uma mochila capaz de fazer com que o usuário voe a 10 metros de altura do solo a uma velocidade de até 35 km/hora. Loucura? Para Raymond Li, não é. Batizada de JetLev, a mochila voadora é movida a água
Mochila voadora - reprodução/internetElas são as vedetes das metrópoles brasileiras. Pequenas, leves e portáteis, as bicicletas dobráveis conquistaram de vez o gosto de quem quer se deslocar com praticidade.

Bicicleta dobravel - repodução/internet

Confira outros exemplos no especial: mobilidade na palma da mão

http://hotsites.diariodepernambuco.com.br/vidaurbana/2012/mobilidade/fronteiras_vinculada.shtml

Ônibus convencionais sairão da Conde da Boa Vista para dar lugar ao BRT

Avenida Conde da Boa Vista Foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

Por

Tânia Passos

A Avenida Conde da Boa Vista, principal artéria de acesso ao Centro do Recife, terá seu formato modificado, com um novo conceito de uso. Sairão os ônibus convencionais para dar lugar ao sistema BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus) do corredor Leste/Oeste. As mudanças, que incluem intervenções urbanísticas para trazer de volta a importância da via, ocorrerão cinco anos depois que a avenida passou por uma reforma que custou R$ 14 milhões, com a proposta de fazer parte do Leste/Oeste. A modificação é voltada a adequar a via ao modelo do corredor projetado pelo governo do estado, que vai até o Derby e deve ficar pronto em março de 2014.

Atualmente, 54 linhas circulam pela avenida. com um total de 537 ônibus. Com a implantação do BRT, serão 16 linhas e 160 ônibus. As outras 38 linhas e seus 377 ônibus terão que ser deslocados para vias paralelas à avenida. De acordo com o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, ruas como Mário Melo, Palmares, Visconde de Suassuna, Príncipe, Manoel Borba e Barão de São Borja passarão por adequações para receber os ônibus convencionais que precisam chegar ao Centro.

O plano da prefeitura só deverá ficar pronto até o fim do ano, mas segundo o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, isso não atrapalhará as obras das estações do BRT na Avenida Conde da Boa Vista. Ainda de acordo com Braga, as ruas transversais também serão modificadas. “A proposta é devolver o glamour da avenida, com a reurbanização dela e das vias do entorno. Em alguns trechos haverá necessidade de desapropriação para facilitar a circulação dos ônibus”.

Estação do BRT Avenida Conde da Boa Vista - Secretaria de Mobilidade do Recife/Divulgação
A proposta de um novo conceito para a Conde da Boa Vista já foi apresentada ao Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, responsável pela gerência do transporte público. Segundo o presidente do Grande Recife, Nélson Menezes, o conceito do município de privilegiar o BRT é interessante. “Por enquanto é um conceito. Somente com os estudos teremos condições de saber o tratamento para as demais linhas”, ressaltou.

Segundo Nélson, como o projeto do município só será entregue no fim do ano, as paradas de ônibus atuais vão passar por uma adequação provisória. “A ideia é fechar algumas paradas para instalar catracas para o pagamento antecipado com os ônibus com portas também do lado direito. As estações definitivas só serão feitas com a conclusão do projeto do município”.

Para o especialista em mobilidade César Cavalcanti a priorização da avenida para o BRT é importante. “A Conde da Boa Vista não tem mais como exercer o seu papel de eixo de transporte e ao mesmo tempo proporcionar as condições de bem-estar para o comércio e quem frequenta a via”, afirmou. Outro especialista que preferiu não se identificar diz que será complicado adequar as demais linhas para as vias paralelas, principalmente para quem tem como destino a Conde da Boa Vista.

Saiba Mais

A trajetória da Conde da Boa Vista

Em 1840, o governador Francisco do Rego Barros, o conde da
Boa Vista, executou o aterramento do que chamou Caminho Novo, que ligaria o Centro do Recife ao então bairro de Camaragibe

Em 1870, com a morte de Rego Barros, o nome da via foi alterado para Rua Conde da Boa Vista, em homenagem ao ex-governador

Com seu alargamento em 1956, na administração de Pelópidas da Silveira, a rua passou à categoria de avenida, chamando-se, então, Avenida Conde da Boa Vista
Entre 2007 e 2008, a avenida sofreu modificações no seu corredor viário, passando a fazer parte do chamado Corredor Leste-Oeste, um corredor exclusivo de ônibus, juntamente com a Avenida Caxangá e a Rua Benfica

A Conde da Boa Vista passou por ampla e polêmica reforma, sendo reinaugurada em abril de 2008, na gestão do ex-prefeito João Paulo (PT). Com o propósito de priorizar
o transporte coletivo, ganhou paradas de ônibus no meio da via e tirou espaço de carros
de passeio

A atual proposta da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano
é deixar a avenida exclusivamente para o BRT do corredor Leste/Oeste nas duas faixas destinadas aos ônibus. As demais linhas seguirão por vias paralelas. Os carros vão permanecer com uma faixa por sentido

Perfil da Avenida
Conde da Boa Vista

Hoje

54 linhas de ônibus circulam pela via

537 ônibus passam pela avenida

6 paradas

Com BRT

16 linhas

160 ônibus

3 paradas

2008 – o início do corredor Leste/Oeste

6 paradas centralizadas

R$ 14 milhões foi o custo da implantação do atual traçado

Antes da mudança em 2008

9,7 mil veículos

400 mil pessoas

Fonte: Grande Recife e Prefeitura do Recife

Corredores do BRT do Recife com mais da metade das obras para concluir

 

A 10 meses da Copa do Mundo, os dois mais importantes corredores da RMR – Norte/Sul e Leste/Oeste – não têm só o prazo de execução como desafio, mas sobretudo o legado que deixarão. Dois aspectos devem ser considerados: a qualidade e a eficácia dos equipamentos e o planejamento além da Copa.

Em Bogotá, Curitiba e Belo Horizonte, a implantação do modelo BRT veio acompanhada de um plano de expansão. No Recife, mesmo com o Plano Diretor de Transporte Urbano de 2007 como referência, ações futuras não têm cronograma certo. Pior: o PDTU não tem dados atualizados desde que foi lançado. A estimativa de demanda em Suape até 2020 , por exemplo, foi superada em 2012. E há risco de ações desconectadas de uma lógica no sistema, como um modal ferroviário na Av Norte.

Até dezembro de 2013, a Secretaria das Cidades espera concluir o corredor Norte/Sul, aquele que tem 33 estações, das quais apenas 15 foram iniciadas, e 33,2 km de extensão, dos quais 12 km tiveram, até agora, reforço no pavimento do corredor exclusivo. Sem falar no Terminal Integrado de Abreu e Lima, que está no início da construção, e nos outros três terminais do Norte/Sul: Igarassu, Pelópidas e PE-15, que ainda não foram adaptados para receber o BRT.

Também não há sinal da ciclovia e melhoria dos passeios ao longo do corredor. A favor do cronograma, estão os viadutos de Ouro Preto, Bultrins e Complexo Salgadinho, já concluídos. Pelos cálculos do governo, cerca de 67% das obras já foram executadas.

“As estações estarão concluídas até dezembro. Já as obras de adaptação dos terminais serão iniciadas em setembro e o projeto de urbanização da PE-5 está sendo concluído e será executado até março de 2014”, afirmou o secretário das Cidades, Danilo Cabral. Para agilizar a montagem das estações, as estruturas em concreto estão sendo substituídas por metálicas. “A execução é bem mais rápida e a durabilidade é equivalente. O design é o mesmo”, afirmou Juliana Barreto, gerente de projetos da Secretaria das Cidades.

Elevado da Caxangá - Corredor Lesste/Oeste - Foto - Arthur Souza DP/D.A.Press

O corredor Leste/Oeste tem 45% das obras concluídas e a previsão é que fique pronto até março de 2014. Das 21 estações, 14 foram iniciadas e estão em fase mais avançada de acabamento. Os terminais de integração, no entanto, são um problema. O de Camaragibe não teve a ampliação iniciada, e os terminais da 3ª e 4ª perimetrais estão no início das obras. Também em Camaragibe, as cinco estações na Avenida Belmino Correia dependem de desapropriação. “Estamos aguardando autorização da Justiça, mas acreditamos que até setembro as obras serão iniciadas”, afirmou.

Outro ponto pendente é a Avenida Conde da Boa Vista, cujo projeto é do município. Os estudos para a requalificação da via ainda estão sendo feitos. “Há um questionamento sobre a mudança do conceito para a Conde da Boa Vista. Não é apenas uma questão de fixar estações. Essa é a parte mais simples. Mas como se dará o uso do espaço é uma decisão do município, que estamos aguardando”, revelou Juliana Barreto.

Segundo o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, já houve a definição do conceito. “A Conde da Boa Vista será apenas para o BRT. Os ônibus convencionais usarão vias paralelas. Apresentamos a proposta ao Grande Recife, que nos dirá de que forma poderá ocorrer a operação do sistema enquanto a obra estiver sendo tocada”, pontuou. Segundo ele, a ideia também é resgatar o glamour e a beleza da avenida. “Haverá um trabalho paisagístico para recuperar a via”, afirmou.

As vias paralelas e transversais também vão sofrer mudanças. “Nós acreditamos que até o fim do ano o projeto esteja esteja concluído”. Segundo o secretário, as obras das estações do BRT poderão ser iniciadas desde que haja um plano de circulação para as vias que hoje passam pela avenida.

Chuva x mobilidade

Destaque

Estação Camaragibe - Foto Anderson Alexandre/Divulgação
Não precisaria ser, mas a chuva é, sem dúvida, um obstáculo à mobilidade que não pode ser ignorado. E se falarmos na Copa do Mundo, o cenário que se desenha é preocupante. Há dois anos, já chamávamos atenção de que o evento esportivo irá coincidir com o período chuvoso. O plano diretor de drenagem do Recife nunca saiu do papel. E qualquer chuva trava a cidade. A chuva de hoje, não foi qualquer uma e os estragos podem ser vistos em todos os pontos da cidade.

As redes sociais transmitem em tempo real o que acontece nas ruas, nos prédios e até nas estações do Sistema Estrutural Integrado (SEI). Na foto, divulgada pelo internauta Anderson Alexandre, a estação Joana Bezerra ficou com água até o joelho.

Faltando apenas um ano para concluir obras de mobilidade e minimizar problemas de drenagem do Recife e Região Metropoltana, já é possível saber quais as cenas que serão protagonizadas novamente. E mesmo com o fim da Copa, essas cenas vão tornar a se repetir por muito tempo ainda. Pelo menos até que o poder público decida resolver os pontos de alagamentos que todo mundo já sabe onde fica.