Qual a receita para as empresas de ônibus atenderem bem?

Uma conta difícil de bater. Como atender, de forma satisfatória, a demanda de passageiros nos ônibus coletivos, nos horários de pico? A resposta parece óbvia: aumentar o número de ônibus. Para as empresas de transportes não é tão simples assim. Os custos aumentam e há uma queda significativa da demanda fora dos horários de pico.

Pode até ser, mas em Bogotá, na Colômbia, eles encontraram mais ou menos a receita. Quando o movimento cai, parte da frota para. É economia de combustível, menos desgaste para o veículo e carros a menos no trânsito.

La, da frota do transmilênio de 1.295 veículos, 40% para quando reduz a demanda.O sistema dispõe de sete grandes terminais em pontos estratégicos da cidade com área de estacionamento para os veículos, espaço de lazer para os funcionários, restaurante, oficina e bomba de combustível.

Nos horários de pico vai todo mundo para a rua. Mas uma questão que precisa ser levada em conta é como funciona a carga horária dos motoristas? Pois é, a alternativa que eles encontraram é aparentemente simples.

Dividiram o horário dos motoristas, nos dois horários de maior movimento.Ou seja, eles chegam pela manhã e trabalham até por volta das 10h, retornando às 17h. Mas lá, eles não tem sindicato. Aqui talvez fosse mais difícil encontrar uma solução desse tipo. Será?

 

 

 

Desrespeito no trânsito de Caruaru

Vejam a que ponto nós chegamos. A empresa responsável pelo gerenciamento do trânsito de Caruaru dá o mau exemplo. O flagrante foi feito pelo internauta Pavarotti Júnior, na frente da Igreja da Catedral da cidade, na Avenida Rio Branco. A obra de acessibilidade feita pelo próprio município, fica sem serventia, nesse tipo de situação. Esse é mais um exemplo do despreparo de agentes de trânsito, que recebem uma capacitação mínima para assumir uma responsabilidade que traz consequências para a mobilidade de todos. A capacitação desses  profissionais deve ser levada mais a sério.

Os canais e a circulação viária

 

Canais limpos significa melhoria da drenagem e, por tabela, da circulação viária. Hoje, o prefeito do Recife João da Costa vai anunciar o revestimento e recuperação ambiental de canais da cidade. O Recife é cortado por 60 canais e o município tem um gasto milionário para fazer a limpeza.

Os recursos do Pac drenagem, que o prefeito deve anunciar hoje, estão estimados em R$ 51,5 milhões e devem ser aplicados na urbanizaçaõ de 16 canais, sendo 11 da Bacia do Capibaribe. A pergunta que se faz é quanto desses recursos serão aplicados na educação ambiental das populações ribeirinhas ? Uma cena comum é os funcionários fazerem a limpeza, enquanto a população despeja mais lixo.

 

 

 

 

 

Nem sinal dos elevadores

O plano de mobilidade urbana anunciado pela Prefeitura do Recife, no início do ano, e com estimativa de ser implantado em até 20 ou 30 anos, nunca passou de um diagnóstico com diretrizes do que pode ser feito em um futuro distante. Nenhum projeto, a partir do plano, foi apresentado pelo município. Mas já existem previsões orçamentárias. De acordo com a Comissão de Mobilidade e Acessibilidade da Câmara de Vereadores do Recife, o custo inicial para implantação do plano é de R$ 6 bilhões. Isso mesmo. O orçamento bilionário não leva em conta as previsõe para os corredores fluviais e os projetos específicos das passarelas e elevadores nas áreas de morro. Nada disso. O caminho dos recursos aponta para a implantação da infraestrutura viária dos eixos e corredores do transporte coletivo e das conexões com o Sistema Estrutural Integrado (SEI). Aqueles já anunciados pelo estado…

As lições da chuva

Trânsito engarrafado, rotas alternativas e tudo por água abaixo quando a cidade alaga. Se existe um fator que atrapalha a mobilidade urbana é a chuva. E às vezes, a gente se pergunta se o motorista não sabe dirigir em vias alagadas. Mas nesse caso, é preciso saber também o tamanho do alagamento. Em alguns, não é possível mesmo trafegar. E então uma das lições que não podem ser esquecidas pelos gestores públicos é que as políticas de mobilidade precisam ser integradas. De que valem a construção de viadutos, mudanças nas rotas, sem o dever de casa do sistema de drenagem ? Outra lição da chuva, os gargalos estão principalmente onde a drenagem não funciona. E ai não tem jeito, o trânsito trava mesmo. Agora, antes de sair de casa é bom acessar o site do transitolivre.com e olhar também para o céu, rezar também ajuda.

O X da mobilidade

 

A mobilidade urbana talvez seja hoje um dos temas mais importantes dentro da estrutura das cidades. E isso acontece por uma razão simples: as pessoas precisam se deslocar de forma segura e confortável para ter acesso aos serviços, lazer, centros de compras ou apenas o direito de ir e vir.
Essa preocupação que se faz mais evidente hoje é relevante devido ao crescimento desordenado das cidades e do aumento, sem freios, da frota de veículos. Que pedaço  cabe a cada um de nós?

A discussão ganha contornos mundiais por se tratar de um problema que afeta a todos, desde as condições das vias, das calçadas, da qualidade do transporte público, do espaço ocupado pelo transporte individual, seja motorizado ou não.

No caso da Região Metropolitana do Recife, o desafio da mobilidade envolve um entendimento metropolitano com soluções que não podem ser isoladas. Começamos hoje uma caminhada virtual no sentido de ampliar as discussões, apontar problemas, soluções e criar um canal de comunicação entre aqueles que buscam uma mobilidade urbana e necessária. Sejam bem vindos!

A moto, as mortes, o trânsito e os desafios

 

A sexta edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, promovido pelos Diarios Associados, trouxe  uma discussão sobre o fenômeno do aumento da frota e as consequências no trânsito e na saúde pública. O fórum contou contou com a participação do médico João Veiga, coordenador do Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes de Moto, do promotor de justiça Francisco Edílson de Sá Júnior e do vice- presidente da Federação Nacional dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguro (Fenacor), Carlos Valle.Acompanhe os números:

No trânsito:

Em 2000 a frota de motos em Pernambuco era de 144.804
Em 2010 – subiu para 639.406 motos  ( + de 300% de aumento)

Nos hospitais:
8.700 atendimentos foram realizados em 2010 de vítimas de acidente de moto
571pessoas morreram

47,5 pessoas morrem por mês no estado de acidente com moto
11,8 pessoas por semana
1,5 pessoas por dia

Hospital da Restauração:
Setor de Traumatologia
5 enfermarias
40 leitos
80% ocupados por vítimas de motos

Meta

Comitê  Estadual de Prevenção de Acidentes de Moto:
Reduzir  os acidentes em 7% ao ano
Reduzir em 10 anos – 50% dos acidentes