Retrovisores dos carros e motos, problema de espaço

 

 

Do Blog Portal do Trânsito

Por Marcelo Araújo

Muita discussão sempre envolve o setor de transporte em motocicletas e um deles é a diminuição das dimensões do guidão de forma a permitir maior mobilidade na passagem entre os veículos.  Por conseqüência os espelhos retrovisores também ficam mais próximos, de forma a causar maior dificuldade na visualização.

Quanto ao espelho, recentemente tomamos conhecimento que motociclistas têm sido autuados porque têm colocado espelhos de dimensões pequenas ou virados para baixo, o que dificultaria aparentemente a visualização do que ocorre atrás.  A infração quanto aos equipamentos obrigatórios ocorre quando não estão presentes, ou, estando presentes, são ineficientes ou inoperantes.

No caso exemplificado a autuação estaria sendo porque o espelho estaria ineficiente ou inoperante.  Mas, o que seriam  “espelhos retrovisores” eficientes?   Espelho eficiente é aquele que reflete imagens e aparentemente por ser espelho ele naturalmente é retrovisor.

Alguém já viu espelho que “vê” para frente ? Daí não é espelho, é vidro…  Será que “espelho retrovisor” não é uma redundância? De qualquer forma não há nenhuma infração prevista pelo fato do condutor não usar o “espelho retrovisor” para olhar para trás.    Fico imaginando como o agente faria essa avaliação para um automóvel, por exemplo, para considerá-lo como ineficiente ou inoperante, ou se seria mesmo uma nova manifestação de preconceito a veículos de duas rodas. Creio que um espelho retrovisor só poderia ser considerado ineficiente caso tenha sofrido corrosões e embaçamento que lhe retiram a propriedade de refletir.   Imagine que se a mesma interpretação for dada para os motoristas de veículos de quatro rodas em que o motorista esteja usando-o para pentear-se?

O fato é que estão havendo autuações por espelhos retrovisores ineficientes ou inoperantes em motos (e não são espelhos embaçados), lembrando que não há regra que estabeleça as dimensões ou formato dos espelhos ‘retrovisores’.

 

One Reply to “Retrovisores dos carros e motos, problema de espaço”

  1. Lendo esse texto, levanto algumas situações:

    1- a moto ter guido mais estreito para facilitar sua locomoção em locais estreitos é bom, mas há outros fatores que não garantem isso como via estreita deixando pouco espaço entre os automóveis ou mesmo veiculos grandes ou largos – esportivos;
    2- por que não adotam nas motos espelhos com diferentes campos de visão – convexo e plano -como já há em demais veículos com 4 ou mais rodas? Talvez seja inútil, pois motociclista parece não usar retrovisor, acredito eu porque o veículo é menor podendo passar sem muita dificuldade entre os demais;
    3- a legislação obriga que os autos cujo parabrisa traseiro ou vidros traseiros, não recordo bem, não permita visão do lado de fora tenham o retrovisor no lado direito. Até aí, tudo bem, mas os vidros são normais e os retrovisores são substituídos por câmeras, o cara vai ser multado?
    4- já li relatos, faz tempo, de guardas que autuavam proprietários de carros importados que tinham turbo, rodas de tara mais larga e pneus de perfil muito baixo, normal para as versões esportivas ou kits de performance. Se cometem esse erro, situações onde não há clareza na legislação cabendo diferentes interpretações, já viu o problema.
    5- se ineficiente seria espelho quebrado, sua ausência, material desgastado, beleza; Agora, indo para um item recentemente revisto na legislação, farol de xenon. Aqui criou-se o vinculo de ter limpador copiando legislação europeia onde lá nem precisa ter xenon, pois há produtos com limpadores sem tal lâmpada pelo simples fato de nevar atrapalhando a eficiência do farol que é agravada com o xenon, situação rara aqui. Nos EUA, o xenon é ofertado sem limpador por algumas marcas e os carros da Hyundai, por exemplo, por lá são assim. Então, a exigência de limpador é eficiência ou não, pois muda conforme o mercado/ comportamento do clima/entendimento?