Adiada para 2013 exigências para motoboys

 

 

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) decidiu adiar, para fevereiro de 2013, a fiscalização das exigências previstas na Lei 12.009/2009, Resoluções do CONTRAN e correlatas (Confira nota oficial http://tinyurl.com/cxnbkpm), que regulamentam o exercício da profissão de motofretista (motoboy). As medidas, que entrariam em vigor amanhã (04 de agosto) prevêem uma série de medidas para motoboys como a utilização de equipamentos individuais de proteção e placa na categoria de aluguel (vermelha). Estima-se que entre 20 e 30 mil profissionais atuam na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Entre as exigências, os condutores devem ser maiores de 21 anos, estar habilitados na categoria ‘A’ há pelo menos dois anos, possuir curso de especialização em motofretista, adaptar a motocicleta com antena corta-pipas e aparador de pernas e usar colete refletivo e equipamentos de proteção individuais como cotoveleiras, joelheiras e luvas. Além disso, a placa deverá ser registrada na categoria ‘Aluguel’ (placas vermelhas) e passar por vistoria semestral. O transporte de material não poderá mais ser realizado em mochilas, mas apenas em baús ou grelhas e a entrega de botijões de água e gás só poderá ser feitas em side-car ou reboque.

A Legislação, sancionada em 2009, concedeu dois anos para a adaptação dos motoboys de todo o país. Entretanto, em agosto do ano passado, o Governo Federal ampliou o prazo por mais um ano ao constatar que a classe não havia se organizado para assumir a profissionalização da categoria. Nas novas exigências, os empregadores que utilizarem serviços de motoboys não adequados à Lei também serão penalizados pela Consolidação das Leis do Trabalho. Para tanto, os organismos de fiscalização irão repassar ao Ministério Público do Trabalho as informações sobre profissionais irregulares flagrados nas vias realizando entregas em nome de empresas.

Fiscalização educativa – A corrida para a regularização gerou uma demanda reprimida junto ao SEST/ SENAT, órgão credenciado pelo Governo Federal apto a ministrar o curso de motofretista. Até meados de julho, apenas 408 profissionais haviam concluído o curso. Sendo assim, o DETRAN irá realizar fiscalizações de cunho educativo até fevereiro para orientar os motoboys sobre as novas regras, que visam preservar a saúde dos condutores profissionais sobre duas rodas.

Campanha – o DETRAN-PE prepara uma campanha de esclarecimentos junto à classe. Apesar de ter promovido reuniões com as entidades de classe e o Ministério Público do Trabalho desde o início de julho, as regras ainda suscitam muitos questionamentos junto aos motociclistas. Para dirimir as dúvidas e promover o estímulo à regularização, a autarquia irá distribuir 50 mil cartilhas em blitze nas vias e em ações junto a empresas alimentícias e farmácias, além de outros setores do empresariado que utilizam os serviços da classe.  “Todos os avanços que pudermos fazer em relação à regularização serão valiosos para a redução de acidentes e danos”, revela Fátima Bezerra, presidente do DETRAN-PE.

Estima-se que o emprego de Equipamentos Individuais de Proteção (EPIs – como cotoveleiras e joelheiras), o emprego de mata-cachorro e corta-pipa, além da proibição de carregar conteúdos em mochilas/ baús afixados ao corpo reduzam os acidentes e danos com motociclistas. As medidas fazem parte das metas propostas pelo Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco(CEPAM), programa de Governo que reúne diversas entidades em um esforço coletivo para a redução de vítimas de acidentes com veículos de duas rodas.

 

O que diz a Lei

    • O motoboy deve ter, no mínimo, 21 anos de idade e possuir habilitação na Categoria ‘A’(para motociclistas) há, pelo menos, dois anos.
    • Obrigatoriedade de cursos especializados para profissionais que trabalham como MOTOFRETISTAS/MOTOBOYS. Em Pernambuco, os cursos são ministrados pelo SEST/ SENAT. O curso possui duração de 30 horas/ aula. Outras informações podem ser obtidas pelos (81) 2119.0228/ 0229/ 0230/ 0233
    • Registro como veículo da Categoria de Aluguel(placas vermelhas);
    • Instalação de protetor de pernas (mata-cachorro), fixado no chassi do veículo, destinado a proteger a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação do CONTRAN;
    • Instalação de aparador de linha (antena corta-pipas), nos termos de regulamentação do CONTRAN;
    • Inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança. A instalação ou incorporação de dispositivos para transporte de cargas também devem estar de acordo com a regulamentação do CONTRAN.

 

Em que multas os motoboys podem incorrer?

Art. 231. Transitar com o veículo:

VIII – efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade competente:

Infração – média; (R$ 85,12)

Penalidade – multa;

Medida administrativa – retenção do veículo;

“Art. 244.  Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:

VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei;

IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:

Infração – grave; (R$ 127,69)

Penalidade – multa;

Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização

 

Fonte: Detran-PE

Psicologia para melhorar a saúde no trânsito

Imprudência dos motoristas e o estresse do dia a dia são os causadores de 90% dos acidentes de trânsito. A correria da vida moderna, aliada a um número cada vez maior de veículos nas ruas estão ligados diretamente a essas causas.

Para conscientizar motoristas e pedestres sobre meios de prevenção, o curso de Psicologia da Universidade Paranaense – UNIPAR, Unidade Umuarama, desenvolve o projeto ‘Promovendo Saúde no Trânsito’. Entre os principais objetivos estão desenvolver ações educativas sobre o comportamento humano no trânsito e práticas que estimulam a qualidade de vida.

Uma delas é dialogar com as pessoas, discutindo os problemas relacionados ao trânsito e os meios que possam minimizar conflitos, diminuir riscos e preparar para o enfrentamento de situações estressantes.

As atividades são desenvolvidas no CPA (Centro de Psicologia Aplicada) da Unipar, em empresas de transporte de encomendas e de ônibus, em postos da Polícia Rodoviária Estadual e em centros de formação de condutores, nas cidades de Umuarama e região. Secretarias de transporte escolar, alunos do ensino médio e corpo de bombeiros também são contemplados.

Os atendimentos são feitos em grupos nos locais dos estágios com uso de alguns recursos, como matérias de jornais, videos educativos, letras de música e dinâmicas. Nos encontros, os participantes podem desenvolver uma maior consciência de sua responsabilidade no trânsito.

Segundo a responsável técnica do projeto, psicóloga Carina Mochaider, o problema no trânsito, de modo geral, é caso de saúde pública, pois envolve vários aspectos: social, cultural, econômico e, principalmente, emocional, o qual contribui para o aumento dos acidentes.

“Com esse projeto queremos conscientizar motoristas e pedestres sobre o papel que cada um tem no trânsito, criando um espaço para reflexão e conscientização das nossas atitudes e, a partir disso, promover um comportamento mais saudável e seguro na hora de dirigir”. Atualmente o projeto contempla o Posto da Polícia Rodoviária de Cruzeiro do Oeste, via ‘Unipar Itinerante’, e alunos do Centro de Formação de Condutores Umuarama. Leiriane Duarte trabalha como motorista da Usina de Santa Teresinha e está fazendo o curso de Transporte Coletivo de Passageiros. Ela afirma que o projeto da equipe da Unipar é de suma importância para a valorização da vida.

“Aqui os acadêmicos nos ensinam o quanto é importante ter prudência no trânsito, que precisamos estar com a mente tranquila para dirigir”, diz. E observa: “O número de acidentes é cada vez maior, por isso, este trabalho deveria ser mais difundido para ter um alcançe maior, beneficiar um número maior de pessoas”.

João Sossai também é aluno do curso e fica atento às orientações dos estudantes: “Eles trabalham ‘o nosso psicológico’, com informações que nos deixam mais seguros para enfretar o trânsito”.

Oportunidade de estágio

Com este e vários outros projetos supervisionados por psicológos e professores, o curso de Psicologia da Unipar abre oportunidade para seus alunos participarem de bons estágios. O ‘Promovendo Saúde no Trânsito’ recebe estudantes já do 1º ano. No CPA (Centro de Psicologia Aplica), eles discutem as atividades a ser desenvolvidas com os beneficiados. O estagiário Luciano Gomes Lopes vê o projeto como uma forma de enriquecer a formação e, ao mesmo tempo, colaborar na valorização da vida. “Estou no começo do curso e já tenho a oportunidade de aplicar as teorias aprendidas em sala de aula, conscientizando as pessoas dos fatores psicológicos que influenciam no dia a dia do trânsito”.

Tatiane Tervel também é caloura do curso e afirma que o resultado tem sido positivo. “É uma experiência gratificante. Percebemos que eles ficam atentos às orientações, se conscientizando que um motorista precisa estar psicologicamente preparado para dirigir um veículo. Muitos afirmam que houve mudança no comportamento; dizem que agora estão mais responsáveis no trânsito”. Na avaliação da responsável técnica do projeto, psicóloga Carina Mochaider, além de colaborar para a saúde no trânsito, as atividades têm como intuito construir um espaço de saber para os estagiários. “Essa interação com a comunidade oportuniza ao estudante a vivência da profissão, promovendo reflexões pautadas em fundamentos técnico-científico e, ao mesmo tempo, despertando o senso crítico”.

Fonte: UNIPAR (Via Portal do Trânsito)

Mais 31 estações de metrô em São Paulo até 2014

Trinta e uma novas estações. É o que a rede de metrô e trens de São Paulo ganhará até o fim de 2014, segundo projeção apresentada esta semana pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos. O número chama a atenção, especialmente se comparado ao ritmo de expansão do sistema nos últimos anos, muito mais modesto. 

De janeiro de 2010 para cá, por exemplo, apenas nove paradas abriram as portas. Mas, nos próximos 29 meses, ou seja, antes do término da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a previsão é de que o total de estações em operação cresça 20%, chegando a 184.

Caso a promessa se concretize, crescerá em 33% o número de passageiros do Metrô e da CPTM, o que representa um acréscimo de 2,4 milhões de pessoas por dia nos trens. Hoje, o volume diário gira em torno de 7,2 milhões de usuários. Os investimentos até 2015 chegarão a R$ 45 bilhões.

Serão três linhas novas, duas de monotrilho – a extensão da 2-Verde, na zona leste da capital, e a 17-Ouro, na sul, e uma de trem, até o Aeroporto de Guarulhos, na Região Metropolitana. Descontadas as estações desses ramais que farão conexão com paradas já existentes, juntos eles responderão pela maioria das novas construções, 16.

As demais ficarão em linhas do Metrô já em funcionamento: a 4-Amarela, que receberá cinco novas estações, e a 5-Lilás, que terá o acréscimo de só uma. Na CPTM, são esperadas mais nove paradas. As informações constam de um mapa da rede metropolitana de transportes publicado nos sites do Metrô e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).

Nos últimos dias, a imagem foi compartilhada pela EMTU nas suas páginas oficiais no Twitter e no Facebook. Em um comentário, a companhia informou, em resposta a um internauta, que “as linhas que estão no mapa têm previsão para até 2014”.

Mas há quem desconfie desse prazo. A universitária Renata Zioli Dias, de 19 anos, estuda há três no Mackenzie, na região central, e diz que já desistiu de esperar a abertura da estação que ficará ao lado da faculdade, na Linha 4-Amarela, em construção desde 2004.

“Quando entrei, especulavam que a estação ia abrir no ano seguinte. O tempo passou e parece que vou sair do Mackenzie e ela ainda não vai estar pronta.” De fato, Renata se forma em 2013, ano anterior ao previsto para a entrega de Higienópolis-Mackenzie.

As primeiras estações a serem inauguradas, conforme as projeções do governo do Estado, são Adolfo Pinheiro, na Linha 5 do Metrô, e Vila Aurora, na Linha 7-Rubi da CPTM, que atrasará dois anos devido a problemas com o consórcio responsável pelas obras. As duas devem abrir no ano que vem. Também em 2013, no segundo semestre, deve sair a primeira parte do monotrilho da Linha 2.

O diretor da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Rogério Belda, diz que a expansão torna a rede mais integrada. “Quando existe uma rede é muito mais fácil ir por outro caminho quando há uma falha em certa linha.” Segundo ele, o aumento do número de usuários é normal. “Quanto mais crescerem os congestionamentos nas ruas, mais gente vai usar o trem e o metrô.”

Corredores

O mapa de 2014 também revela que o governo espera entregar cinco novos corredores de ônibus da EMTU. Eles atenderão cidades como Cajamar, Itapevi, Cotia, Arujá, Guarulhos e Itaquaquecetuba. Um ficará na Avenida Jacu-Pêssego, zona leste, e terá 26,6 km.
Fonte: Jornal da Tarde (Via Blog Meu Transporte)

 

Confira as 10 edições do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã

O período eleitoral é uma ótima oportunidade para discutir propostas, inclusive na área de mobilidade. Nós estamos trazendo de uma só vez  as edições dos 10 cadernos do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, publicados no Diario de Pernambuco. Aqui o internauta poderá conferir a versão flip, imprimir, enviar ou mesmo fazer o download do PDF para ler no e-book do seu tablet. Seja bem-vindo e navegue sobre as discussões dos desafios e alternativas para a nossa mobilidade.

Pneu vazio pode comprometer a segurança do veículo

 

Um novo estudo norte-americano, realizado pelo National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), mostra que 5% dos veículos envolvidos em acidentes naquele país estavam com problemas nos pneus. A conclusão do estudo é de que veículos com pneus vazios têm três vezes mais probabilidade de se envolver em um acidente.

“Os freios param as rodas, mas são os pneus que param o veículo e por isso devem sempre estar em bom estado”, diz Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal. Ainda segundo a especialista um veículo com problemas nos pneus tem menor chance de evitar uma colisão, devido a maior distância percorrida entre a freada e a parada total do veículo, também conhecida como distância de frenagem.

Segundo o estudo estes problemas são aumentados em condições adversas como a chuva, por exemplo. Durante ou após as chuvas, a água acumulada sobre a pista pode provocar situações especiais de perigo como a aquaplanagem, fenômeno no qual os pneus não conseguem remover a lâmina de água e, literalmente, perdem o contato com a pista.

A aquaplanagem ocorre pela combinação dos seguintes fatores: excesso de água na pista, velocidade incompatível e pneus com profundidade de sulco insuficientes, ou popularmente chamados de carecas. “Durante a aquaplanagem, a direção fica repentinamente leve e o condutor perde o controle do veículo”, explica Sizilo.

Pneus com profundidade de sulcos menor que 1,6 mm, já são considerados “carecas” e o seu uso é totalmente desaconselhado. “Além de aumentar o risco de aquaplanagem, pneus neste estado comprometem a segurança em curvas e frenagens e podem estourar a qualquer momento”, afirma Sizilo.

Para a especialista este estudo serve para comprovar a necessidade de manter adequadamente a manutenção e calibragem dos pneus. “O motorista deve calibrar os pneus regularmente, obedecendo às recomendações do fabricante. Além disso, é necessário fazer o balanceamento das rodas e alinhamento da direção, sempre que trocar os pneus ou notar vibrações no veículo e oscilações no volante. O estepe também deve estar em perfeitas condições”, conclui Sizilo.

Fonte:  Portal do Trânsito

 

Órgão de trânsito poderá ser obrigado a informar vencimento da CNH

O  Projeto de Lei 4049/12 de autoria do deputado Davi Alves (PR-MA), obriga os órgãos executivos de trânsito dos estados e do Distrito Federal a informar com 90 dias de antecedência sobre o vencimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também deverão ser comunicadas eventuais infrações cometidas pelo condutor no ano anterior, a quantidade e data de vencimento dos pontos anotados na carteira.

Silva Júnior argumenta que, em virtude do prazo de validade extenso da habilitação – de cinco anos – muitos condutores se esquecem da data de vencimento e deixam de tomar as providências necessárias para a renovação. “Isso pode resultar em sérios problemas, pois conduzir com documento vencido é infração gravíssima”, afirma.

O deputado também sustenta que os motoristas muitas vezes perdem a noção dos pontos já acumulados na CNH no prazo de doze meses e são surpreendidos com a suspensão do direito de dirigir. “O intuito do projeto, portanto, é facilitar a vida do condutor”, acrescenta.

Tramitação

A proposta terá análise conclusiva das comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Conheça a malha viária planejada para o SEI

Com uma frota de três mil ônibus, o Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) da RMR transporta por dia dois milhões de usuários. Desses, 800 mil estão na rede integrada, o que significa 40% do total de usuários. O percentual ainda é muito pouco se levarmos em conta a dimensão e importância da malha idealizada para a integração. Uma das razões é justamente a demora na implantação efetiva do Sistema Estrutural Integrado (SEI).

Quando o SEI estiver operando com todos os terminais, a estimativa é duplicar o número de usuários integrados. Para se ter uma ideia, em Curitiba com uma frota de 1,9 mil ônibus, o número de passageiros transportados chega a 2,3 milhões por dia com 95% do sistema integrado. O que reforça um maior grau de eficiência no sistema é o número de viagens realizadas por dia.

As obras dos corredores das perimetrais ainda não foram iniciadas. A 2ª e 3ª perimetrais serão executadas pelo município.  Já a 4ª perimetral pelo estado. As três com recursos do PAC Mobilidade. As perimetrais não fazem parte da agenda da Copa de 2014. Elas só não podem ser ignoradas como foram até agora.
Saiba Mais

A malha viária do SEI

Radiais
1- Avenida Mascarenhas de Morais (contemplada com o metrô)
2- Rua José Rufino (contemplada com o metrô)
3- Avenida Abdias de Carvalho (não contemplada)
4- Avenida Caxangá (em obras do corredor Leste/Oeste)
5- Avenida Presidente Kennedy (em obras para um corredor exclusivo)
6- Avenida Norte (não foi contemplada)
7- PE-15 (em obras para o corredor Norte/Sul)

Perimetrais
1ª Perimetral: Avenida Agamenon Magalhães (contemplada com o Norte/Sul)
2ª Perimetral:  passa pela Estrada dos Remédios, Água Fria e Avenida Beberibe ( obra do município contemplada pelo PAC Mob)
3ª Perimetral:  Sai da Estação Tancredo Neves, passa pelas avenidas Recife, San Martin e Norte (obra do município contemplada pelo PAC Mob)
4ª Perimetral: BR-101, no contorno Recife (obra do estado contemplada pelo PAC Mob)

Terminais/ Inauguração
TI PE-15 –  1992
TI Macaxeira- 1992
TI Recife – 1994
TI Joana Bezerra – 1994
TI Afogados – 1994
TI Barro – 1994
TI Jaboatão – 1994
TI Camaragibe – 2002
TI Cavaleiro – 2004
TI Caxangá – 2008
TI Pelópidas – 2009
TI Cabo de Santo Agostinho – 2009
TI Aeroporto – 2012

* Outros 11 terminais serão entregues até 2014

Fonte: Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano

Quem dá jeito na Conselheiro?

Coluna Mobilidade Urbana (publicada no Diario de Pernambuco no dia 30.07.12)

Por Tânia Passos

A proibição da operação de carga e descarga em vias da Zona Sul, entre elas a Avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, a partir de setembro, conforme a segunda etapa do plano de ações para o trânsito – da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) – deverá melhorar o fluxo na mais importante via do bairro no sentido cidade. A Conselheiro Aguiar tem um papel até mais importante do que a Avenida Boa Viagem, porque atua também como corredor para o transporte público, embora bastante maltratado.

Digo isso porque a faixa que deveria ser destinada para os ônibus, ao lado da calçada, onde estão as paradas, todo mundo faz o que quer na via. Ela é quase tudo, menos dos ônibus. Difícil entender que um corredor com o porte da Conselheiro ainda comporte duas praças de táxi para atender dois hotéis na avenida. Os táxis ficam estacionados na faixa por onde, em tese, o ônibus deveria trafegar.

E não é só isso. Em praticamente toda a extensão da avenida não há sinalização de proibido estacionar. Então é muito comum os carros fazerem fila na faixa que deveria ser dos ônibus. Há também trechos demarcados com cones e até placa móvel de proibido estacionar pelos proprietários de estabelecimentos comerciais, que na falta do poder público atuam como “gestores” da faixa de rolamento.

Numa tentativa de melhorar a fluidez da avenida, a CTTU disponibilizou duplas de agentes de trânsito em quase todos os quarteirões da Conselheiro Aguiar. Uma cena que até bem pouco tempo era difícil de ser vista. Mas qual o papel deles na via, além de evitar que os motoristas fechem o cruzamento? Não há como saber. Em geral eles estão conversando e talvez não possam fazer muito se não há uma sinalização sobre as regras a serem cumpridas.

O resultado é que nada mudou com a presença dos agentes. E na prática, das quatro faixas da avenida só as duas do meio ficam livres. As outras duas laterais estão ocupadas demais com outros “afazeres”, que não são de proporcionar a fluidez do fluxo.

Mas ainda tenho esperança de que o plano funcione e que não apenas a operação de carga e descarga seja proibida, mas os estacionamentos de veículos particulares também. Alguém precisa dizer que táxi em importantes corredores de tráfego é coisa do passado. A avenida poderia, quem sabe, ganhar sinalização e faixa exclusiva para os ônibus. É pedir muito? Não, mas quem sabe um dia alguém dê jeito na Conselheiro.

Mudanças para melhorar o trânsito

 

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) vai investir R$ 1,5 milhão para implementar dez medidas que pretendem melhorar a mobilidade da cidade até o final de 2012. A segunda etapa do Plano de Ações para o Trânsito foi lançada ontem com propostas que vão da criação de binários e eliminação de giros à esquerda em corredores viários à ampliação e qualificação dos serviços prestados pelos táxis e pelas linhas complementares de ônibus. Outras oito ações foram previstas para 2013, inclusive com orçamento garantido de R$ 10 milhões, mas a decisão sobre se serão ou não executadas caberá ao futuro gestor da PCR. A primeira parte do plano foi executada entre maio de 2011 e junho de 2012 e custou R$ 18 milhões.

Uma das ações voltadas para melhorar a fluidez do tráfego na Zona Sul é a restrição da circulação de caminhões com mais de seis metros de comprimento, em Boa Viagem e no Pina, nos horários de pico, ou seja, das 6h30 às 9h e das 17h às 20h. A proibição será de segunda a sexta-feira nas avenidas Herculano Bandeira, Domingos Ferreira, Conselheiro Aguiar, Boa Viagem e Engenheiro Antônio de Goes. A medida, que deverá começar a valer em setembro de 2012, já agrada os motoristas. “Essa restrição vai ser boa porque o caminhão deixa o trânsito mais lento e causa engarrafamentos”, observou o taxista Cristóvão Leão da Silva, 39 anos.

O prazo para a proibição da circulação dos veículos de carga é o mesmo para a mudança de sentido na Rua Jornalista Francisco de Almeida, também em Boa Viagem. A via servirá como rota alternativa para desafogar o trânsito na Domingos Ferreira, no lado Oeste, complementando o binário da Francisco da Cunha com a Nelson Hungria. Também em setembro ficará proibido fazer o giro à esquerda na Avenida Agamenon Magalhães com a Odorico Mendes. Quem quiser seguir para Campo Grande terá como opção cruzar a Agamenon ou fazer o retorno por baixo do viaduto em frente à fábrica Tacaruna.

Outra ação que a CTTU pretende concluir ainda neste ano é a elaboração de um estudo para criar os táxis acessíveis, que seriam veículos adaptados para cadeirantes. Para isso, será preciso revisar a legislação desse transporte no município e abrir novas permissões. O estudo deve ficar pronto em outubro. “A ideia é termos veículos grandes que possam levar também pessoas com mobilidade reduzida de forma confortável. Essa foi uma demanda que partiu da nossa percepção de que a prestação do serviço para esse público está deixando a desejar”, declarou a presidente da CTTU, Maria de Pompéia Pessoa. Ainda em relação aos táxis, serão acrescentados 20 novos veículos à frota atual, de 60 carros, para atender os passageiros que desembarcam no Aeroporto do Recife.

Multa para pedestres ainda depende de regulamentação

As regras de trânsito não se aplicam apenas aos motoristas. Os pedestres que descumprem as normas estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) também estão sujeitos a multas e autuações. O problema é que embora essa penalidade esteja prevista em lei, na prática ela ainda não se aplica. Isso porque há 14 anos, desde quando o CTB foi instituído, os órgãos que atuam no controle de trânsito aguardam uma regulamentação por parte do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) sobre a forma como será aplicada a autuação de pedestres que descumpram as proibições estabelecidas na Lei Federal 9.503, de 23 de setembro de 1997.

De acordo com o artigo 254 do CTB, os pedestres são proibidos de permanecer ou andar na pista de rolamento; andar fora da faixa própria ou cruzar pistas de rolamento em viadutos, pontes e túneis; atravessar a via dentro das área de cruzamento; utilizar a via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, e desobedecer à sinalização de trânsito específica. As exceções valem apenas nos casos onde existe uma permissão específica em relação a essas restrições. A multa prevista para quem desobedecer essas proibições corresponde a 50% do valor da infração de natureza leve, o que corresponde a R$ 26,60.

Segundo a Urbes – Trânsito e Transporte, que é o órgão responsável pela fiscalização e aplicação de multas dentro dessa modalidade de infração, nenhum pedestre foi autuado em Sorocaba pelos agentes de trânsito porque até o momento o Contran não regulamentou a forma como ela será aplicada, não possibilitando a realização dessa autuação.

O engenheiro de Trânsito, Adalberto Nascimento, reconhece que a aplicabilidade da legislação no que se refere à multa de pedestres é muito complicada e é justamente por esse motivo que ainda hoje não foi regulamentada. Além dos custos operacionais para a emissão da multa, que não seriam cobertos pelo valor cobrado, ele afirma que a forma de abordagem e identificação do infrator, inclusive com o endereço para o envio da multa, seriam inconsistentes. “A não ser se cada pessoa tivesse um chip de identificação, mas o custo desse sistema seria ainda maior e completamente fora da realidade do nosso país”, comenta.

Campanhas educativas

Na avaliação do engenheiro, a educação para a o trânsito ainda é o caminho mais eficiente e barato para se reduzir o número de acidentes no trânsito. Mas para que isso ocorra, ele afirma, é preciso que esse trabalho não se limite a campanhas pontuais, como acontece com a Semana do Trânsito. “A educação para o trânsito deveria ser uma disciplina escolar, como já acontece em outros países, pois assim se cria uma cultura desde a infância de que essas regras devem ser respeitadas, tanto da parte do motorista quanto do pedestre”.

Nascimento afirma que embora muitos projetos de tráfego urbano contemplem todos os dispositivos de segurança para proteger o pedestre, como passarelas, faixas e semáforos, nem sempre eles são utilizados adequadamente. Como exemplo disso, ele cita os casos de atropelamentos ocorridos em rodovias, como na Raposo Tavares, em que pedestres são atropelados ao tentarem cruzar a pista. Outro ponto defendido por Adalberto Nascimento é que as campanhas de conscientização passem a mostrar imagens reais dos efeitos da imprudência no trânsito, tanto de pedestres como motoristas, para que as pessoas possam ser impactadas e passem a adotar uma postura mais preventiva.

A Urbes – Trânsito e Transportes informou que mantém campanhas de educação para o trânsito que incluem a orientação dos pedestres sobre a importância de realizar uma travessia segura. “A recomendação é de atenção, seja para pedestres ou condutores e, notadamente para condutores, que respeitem o limite de velocidade estabelecido, bem como para que evitem avançar o sinal de parada”, esclarece a Urbes em nota.

Pedestres reclamam

Apesar da ausência de regulamentação na aplicação de multas para pedestres, a maioria das pessoas afirma estar ciente das normas que devem ser obedecidas por quem caminha no trânsito e que procura seguir, mas que isso nem sempre é recíproco por parte os motoristas. A dona de casa Creuza de Campos, 65 anos, garante que sempre procura as faixas de pedestres ou um local seguro para atravessar a rua. Mas diz que, ainda assim, fica um pouco insegura ao atravessar o semáforo, mesmo quando ele fica vermelho para o tráfego de veículos. “Eu espero todos os carros pararem antes de atravessar, pois já vi muitos carros e motos avançarem mesmo com o sinal fechado”. Mas ela reconhece que muitas pessoas também abusam se arriscando nas travessias das ruas.

O aposentado José Carlos de Oliveira Machado, 58 anos, considera que o problema maior no trânsito é que as pessoas quando estão dirigindo esquecem que também são pedestres em muitas situações. “Se cada um fizesse a sua parte, certamente o número de acidentes reduziria bastante”. Como motorista, ele garante que procura ter esse comportamento que espera de outros condutores quando está caminhando pelas ruas. Ele não considera, porém, que a melhor solução não é a multa. “Já temos multas demais.”

Embora tenha conhecimento das infrações previstas por lei para os pedestres, a dona de casa Maria Aparecida Gomes, 39 anos, acredita que o maior problema que observa no trânsito da cidade ainda é a falta de respeito dos motoristas nas travessias de pedestres. Ela conta que tirou a sua habilitação quando morava na Espanha e fica impressionada com a diferença de comportamento no Brasil. “Na Espanha os motoristas são obrigados a parar na faixa de pedestre, mesmo quando não existe semáforo, além de dar preferência na passagem para os pedestres em cruzamentos”, cita. Quando está na direção, Maria diz que tenta seguir essas regras, mas que nem sempre consegue, pois corre o risco de ter a traseira do seu carro atingido por quem vem atrás. “Infelizmente é uma questão de comportamento coletivo que precisa ser revisto”, reclama.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul (Via Portal do Trânsito)