O mapa dos flanelinhas mensalistas

Este blog denunciou a prática dos flanelinhas, que cobram por mês para o motorista ter direito de estacionar em vias públicas. A prática, comum na FCAP (Faculdade de Ciências da Administração), na Madalena, também se repete na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

Na FCAP a mensalidade custa R$ 30,00 e na Unicap R$ 50,00. Mesmo dispondo de estacionamento para os alunos, na Unicap a oferta é insuficiente e as ruas do entorno acabam sendo são usadas para estacionar. É ai que entram os “mensalistas”.

O blog Mobilidade Urbana ouviu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre essa prática. De acordo com o advogado Paulo César Maia Porto, a cobrança pelo uso do espaço público é absolutamente ilegal. “O espaço público não pode ser privatizado e a atividade do flanelinha não pode consistir como uma obrigação”, afirmou.

Ainda segundo oadvogado, se o dono do carro se sentir ameaçado, mesmo que seja apenas uma insinuação de dano ao veículo, caracteriza crime de extorsão. A extorsão é caracterizada pela ameaça e nesses casos, a pessoa pode procurar a polícia ou ligar para o 190”,explicou.

Parece simples, mas a polícia não irá fazer plantão todos os dias e, sem a segurança necessária, o estudante acaba se submetendo. Mais do que travar uma briga diária com os flanelinhas, talvez o melhor caminho seja exigir o direito de um espaço para estacionar. E não é favor das instituições.

Os caminhos da Zona Azul

Ampliar vagas de estacionamento nas ruas do Recife, mesmo sendo com o modelo de Zona Azul, é um estímulo para a entrada de mais carros nas áreas centrais da cidade e uma inversão do que defendem os urbanistas e especialistas em trânsito.

Enquanto os grandes centros caminham para restrição do uso do automóvel, aqui há um estímulo. Outra consequência é que mais carros estacionados em vias públicas significa uma menor capacidade de circulação.

A ideia do município de incentivar os edifícios-garagem não emplacou e dificilmente irá. Nenhum empresário vai querer concorrer com o espaço da via pública, que é praticamente de graça, mesmo contando com o que se paga ao flanelinha ou na compra do bilhete da Zona Azul.

A ampliação do número de vagas é um ponto a se questionar. Mas o trabalho para a melhoria do serviço é um avanço. A terceirização, por exemplo, pode se traduzir numa melhor profissionalização e otimização do modelo, principalmente no deslocamento de 24 agentes, que hoje atuam no sistema e passarão a trabalhar no trânsito.

Lembrando que a CTTU também dispõe da Zona Azul virtual, onde a pessoa pode comprar o bilhete pela internet. O projeto é em parceria com o Porto Digital. O acesso pode ser feito pelo site: http://www.mobilicidade.com.br

Loteamento das ruas do Recife com direito a mensalista

A cobrança para estacionar em vias públicas ganhou as manchentes dos jornais quando um flanelinha foi acusado de extorsão. Não era para tanto e ele foi solto, mas o problema do loteamento dos espaços públicos continua e corre o risco de cair no esquecimento, sem que providências práticas sejam tomadas.

Os exemplos podem ser encontrados nas ruas do centro e principalmente no entorno de estabelecimentos que funcionam sem oferecer nenhuma opção de estacionamento para os usuários. O resultado é a ocupação das vias e redução da capacidade de circulação do tráfego.

Na Faculdade de Ciências da Administração (Fcap/UPE), localizada na Avenida Sport Club do Recife, 252, na Madalena, a instituição só oferece estacionamento para funcionários e professores. Ou seja, os alunos, os principais clientes, são obrigados a estacionar na rua. E precisam pagar por isso.

A cobrança no local é dividida em duas categórias: os mensalistas e os diaristas. Quem optar em pagar por mês, pelo uso do espaço público, tem desconto e o valor mensal sai por R$ 30,00. Quem preferir pagar no dia, os valores variam de R$ 2,00 a R$ 3,00.

Os alunos não recebem nenhum tipo de apoio da instituição, que pela lei de uso e ocupação do solo, deveria oferecer vagas, de acordo com a demanda esperada. Ninguém faz nada. E o aluno paga para não correr o risco de ter o carro riscado. Bom, se isso não é crime, não sei o que é.

Câmara do Recife discute mobilidade

Com informações do repórter: Glynner Brandão

A mobilidade urbana está em pauta esta manhã na Câmara Municipal do Recife (CMR). Uma audiência pública proposta pelo vereador Maré Malta (PPS) vai discutir projeto de lei que determina o deslocamento do horário de pico no trânsito do Recife.

O projeto propõe que o horário das aulas das redes educacionais públicas e privadas comecem às 7h e que  o início dos trabalhos nos serviços públicos mude para as 9h. A matéria foi aprovada em primeira discussão, no dia 01 de agosto.

Participam do encontro o presidente da Comissão de mobilidade da Assembléia Legislativa de Pernambuco, o deputado Silvio Costa Filho; o presidente da Comissão de Mobilidade da Câmara do Recife, vereador Gilberto Alves; a presidente da CTTU, Maria de Pompeia; o superintendente da ATP Engenharia, Laércio Bezerra; Leonardo Meira, especialista em Transportes e Gestão de Infraestruturas Urbanas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); o presidente do Sindicato dos Rodoviários Patrício Magalhães; o presidente do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco Evaldo Menezes; Mauricio Pina mestre em Engenharia Civil e o presidente do Sindicato dos Transportes Complementar (Simpetracope).

Nota do blog:

A audiência pública proposta pelo vereador Maré Malta abre um leque de discussão sobre a questão do escalonamento dos horários para impactar menos os engarrafamentos. Especialistas em trânsito apontam que a ideia não é má e também não é nova. Mas, precisa se adequar à realidade de cada região. Na opinião do professor de engenharia da UFPE, Oswaldo Lima Neto é preciso, antes de tudo, fazer um estudo e uma simulação para verificar a viabilidade de uma interferência desse tipo na vida das pessoas. Além disso, fazer um estudo do impacto do funcionalismo, que tem carro, no trânsito do município.

Outra questão, é  se a medida seria aplicada nas três esferas de governo. Há controvérsias quanto a isso. Embora, o vereador Maré Malta acredite que a lei municipal possa determinar o horário do funcionalismo das esferas estadual e federal, os especialistas afirmam que o município não teria esse poder.

Para a engenheira e também especialista em trânsito, Regilma Souza, que participou da elaboração do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), a proposta do vereador poderia ser ampliada para Suape.  “A PE-60 não está comportando mais o tráfego e as empresas funcionam no mesmo horário. Acredito que haveria um alívio muito grande, se fosse pactuado com as empresas um escalonamento de horário”, apontou Regilma Souza. Ou seja, o assunto é polêmico e cabe um grande leque de discussões e sooluções.

 

 

 

 

Não é uma boa opção contar só com a sorte no trânsito

Durante oito dias, nós perguntamos se as pessoas se informam sobre o trânsito antes de saírem de casa? E o resultado da enquete revelou que 40% dos que responderam a pergunta se acostumaram a fazer sempre as mesmas rotas.

Outros 25% admitiram que usam o rádio e 16% disseram que não têm tempo de se informar. Por fim, 11% revelaram que as informações sobre as condições do tráfego são vistas pela televisão.

Ou seja, contabilizando os 40%, que repetem as mesmas rotas, e 16% que não têm tempo, significam 56% dos motoristas, que enfrentam todos os dias o tráfego contando com a sorte e correm o risco de perder um tempo precioso. Ficar preso a um engarrafamento, não é uma boa forma de começar ou terminar o dia.

 

 

 

 

 

Quem respeita a faixa de pedestre?

Aqui no Recife não existe uma pesquisa que avalie o respeito dos motoristas com a faixa de pedestre. Mas não deve ser muito diferente do que ocorre em São Paulo. De um total de 100 mil paulistanos entrevistados, cerca de 81% apontam os motoristas como os grandes vilões. Quase o mesmo percentual também acredita que o pedestre não atravessa na faixa. O que também deve ser verdade aqui. A pesquisa foi realizada pela (Análise, Pesquiisa e Planejamento de Mercado), na semana que a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) intensificou uma campanha para respeitar a faixa sob pena de receber uma multa de R$ 191,53 e sete pontos na carteira. Uma campanha desse tipo aqui, também seria bem vinda!

O grande encontro

Uma oportunidade imperdível. Os maiores especialistas em mobilidade urbana participam nesta terça-feira da quinta edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, na sede dos Diarios Associados, no bairro de Santo Amaro. Na pauta, as políticas públicas de mobilidade, a questão da capacitação dos agentes de trânsito, dos engenheiros e gestores do tráfego.

E ainda o que foi feito e o que deixou de ser implantado e estava previsto no último Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU). Entre os nomes estarão presentes: Os engenheiros Oswaldo Lima Neto, Germano Travassos, Maurício Pina e Regilma Souza. Os quatro vão abordar as experiências no setor e propor um debate com a equipe da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). O evento será transmitido ao vivo pelo site do pernambuco. Com.

Trânsito livre com informação

Para quem quer encontrar o trânsito livre ou menos congestionado não deve contar somente com a sorte. É preciso também se planejar. Desde o horário dos deslocamentos até a escolha das rotas. Os especialistas em trânsito orientam que antes de sair de casa o motorista deve traçar sua rota. Agora mais do que isso.

Além de traçar a rota é importante saber também como estão as vias, se há algum gargalo que possa ser evitado. Nesses casos, alguns minutos no computador ou até mesmo acessando o celular é possível verificar as vias menos congestionadas para chegar ao seu destino e o tempo médio desse deslocamento.

Ter essa informação ao alcance dos dedos já é uma realidade e pode ser acessado no site www.transitolivre.com. A proposta do serviço é baseada nos deslocamentos que ocorrem na capital e Região Metropolitana. E a partir das informações captadas do sistema GPS disponível em 21 mil veículos que circulam com esse recurso.

As informações fornecidas pelo GPS são capazes de alimentar em tempo real as condições de fluxo das vias, se estão mais lentas ou com melhor fluidez, de acordo com o horário. O que antes era uma questão de sorte, agora é uma escolha.