Veja e compare extensões do metrô no Brasil e no mundo

O Recife não tem a pior extensão de linha de metrô do Brasil. Há três capitais piores e há três melhores. Estamos exatamente no meio, mas se a comparação for com as maiores cidades do mundo…. Basta olhar para São Paulo que tem a maior malha ferroviária com 74,3 quilômetros. É muito? Não mesmo. Em Xangai, a linha do metrô alcança 420 kms. A Região Metropolitana do Recife tem menos de 10% dessa malha, mas só para lembrar, na época dos bondes chegamos a ter mais de 200kms de linhas de trilhos. Já pensou? mais da metade do que tem hoje Xangai. Acompanhe os dados comparativos do Portal Mobilize.

Extensão do metrô nas cidades brasileiras (km)

Ano: 2011 – Abrangência: Cidades Brasileiras

Extensão do metrô nas cidades brasileiras (km)

Extensão do metrô em cidades do mundo (km)

Ano: 2011 – Abrangência: cidades do mundo

Extensão do metrô no mundo
Fonte: Portal Mobilize

CBTU não cede e greve dos metroviários continua



Reunidos em Brasília no Tribunal Superior do Trabalho, os representantes da empresa e dos trabalhadores sentaram pela terceira vez, deste o início da greve, no dia 14 de maio. Desta vez, intermediados pela ministra do TST, Maria Cristina Peduzzi, a reunião resultou em uma proposta da CBTU, 2% de reposição, porém, se quer a ministra concordou com o índice apresentado. Próxima reunião entre partes, está agendada para semana que vem, até lá, a greve continua.

 

Essa nova reunião abriu um novo momento nesses 23 dias de paralização nacional dos metroviários. A empresa que até então não se mostrava disposta a abertura de negociações, apresenta agora um índice que serve de base para conversações. No entanto, com a negativa dos sindicatos, a ministra Maria Cristina interviu afirmando que caso o impasse fosse para julgamento na justiça, o resultado não seria um índice menor que o da inflação do último período, 5,13%. Recomendando que a companhia reveja a posição e realize uma nova rodada de negociação com os sindicatos.

 

Já os sindicalistas, após negar o indicativo de índice apresentado, reafirmou a disposição dos trabalhadores em permanecerem paralisados, enquanto não for disponibilizada uma porcentagem a altura do que está sendo reivindicado pela categoria. Mesmo recebendo a garantia da manutenção das atuais conquistas, que não serão mexidas. Até a próxima terça-feira, quando se dará nova rodada de negociações, garantem os dirigentes sindicais que a greve continua como esta.
Fonte: INFOSIND

 

Obras à espera de recursos

 

Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos
taniapassos.pe@dabr.com.br

O ano de 2012 era para ser decisivo no ponta pé das obras de mobilidade para melhorar a infraestrutura viária antes da Copa de 2014, mas já chegamos na metade do ano e apenas um dos quatro projetos aprovados no Pac MOB tiveram as obras iniciadas, os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste e mesmo assim com recursos do estado. Os outros três projetos: navegabilidade do Capibaribe, o corredor da BR-101 e a triplicação da 2ª perimetral, ainda aguardam a definição da liberação dos recursos do tesouro nacional.

Dos três projetos restantes, o da navegabilidade é um dos mais aguardados. Mesmo sem previsão de recursos, a Secretaria das Cidades se prepara para lançar o edital da dragagem do rio ainda este mês. A segunda etapa do projeto da construção das estações fluviais depende do resultado do estudo de impacto ambiental para que o projeto possa ser licitado, mas não significa que as obras serão iniciadas este ano. O governador Eduardo Campos viajou ontem à Brasília para tentar apressar a liberação dos recursos. O estado foi contemplado com R$ 1,8 bilhão, sendo R$ 435 milhões de contrapartida.

Foi com o dinheiro do estado que as obras dos dois corredores Norte/Sul e Leste/Oeste foram iniciadas, mas não há fôlego suficiente para fazer o mesmo com todos os projetos. A única arma para tentar ganhar tempo é apressar os processos de licitação e os projetos executivos.  Mas até isso tem atropelos. O projeto do corredor da BR-101 passou oito meses em análise no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) e voltou para passar por ajustes. Não há nenhuma previsão da licitação do projeto e muito menos do início das obras.  O projeto da rodovia federal, que hoje é uma via urbana, contempla um corredor exclusivo de ônibus nos moldes do BRT (sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus) com estações em nível. Não se sabe quando.

O quarto projeto, da  triplicação da 2ª perimetral foi dividido em duas etapas. A estimativa da Secretaria das Cidades é que a primeira etapa seja licitada este mês, entre o trecho da PE-15 até a PE-01 onde fica a ponte do Janga. É a chamada Via Metropolitana Norte. “Já foi feita uma audiência pública e queremos licitar a obra este mês, mas as obras só começam quando o dinheiro chegar”, revelou o secretário executivo de mobilidade da Secretaria das Cidades, Flávio Figueiredo.

A angústia pela liberação dos recursos só não é maior do que a espera pela definição dos projetos que foram contemplados para o estado. Houve um atraso de quase um ano. Ficou de fora o projeto do corredor da Avenida Norte. Em abril deste ano, a presidente Dilma Rousself divulgou os quatro projetos aprovados. “A expectativa agora é pela definição dos moldes de financiamento dos recursos. Não sabemos ainda qual a instituição se a Caixa Econômica ou o Banco do Nordeste. O governador e o secretário viajaram com o proposito de agilizar essa liberação”, revelou o secretário executivo.

Além do Pac da Mobilidade, o estado também foi contemplado com o Pac da Copa. Todos os projetos previstos no Pac da Copa foram iniciados, inclusive os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste que recebem recursos dos dois programas. Também estão em andamento as obras do ramal da Copa e do Terminal Integrado Cosme e Damião.

Outubro é prazo limite para início das obras de mobilidade

 

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro disse aos deputados da Comissão de Turismo e Desporto, que o prazo limite para início das obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014 se encerra em outubro deste ano, quando será feito novo balanço desses empreendimentos. Ribeiro participou de audiência pública da comissão que discutiu o assunto.

Segundo o ministro, 30 das 51 obras de mobilidade urbana nas 12 cidades-sede da Copa estão em andamento. Das 21 mais atrasadas, sete já tiveram as licitações concluídas, nove estão em licitação e cinco ainda estão na fase de elaboração de projetos. Ribeiro defendeu que ainda é precipitado dizer que o calendário de obras está atrasado.

“Eu não posso considerar, por exemplo, que uma obra que esteja em licitação, do ponto de vista do cronograma, esteja atrasada”, observou o ministro. “Apenas estão em estágios diferentes, em função de suas complexidades, de suas particularidades, às vezes da própria judicialização de uma obra. Temos que tratar cada caso. O que posso dizer é que acredito piamente que até outubro todas as obras estarão iniciadas.”

Deputado critica atraso
Autor do requerimento para a realização da audiência, o presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado José Rocha (PR-BA), reforçou que as obras de mobilidade urbana são a grande preocupação em relação aos investimentos previstos para a Copa de 2014. “Minha preocupação aumentou quando vi que muitas obras estão atrasadas. Em minha cidade, Salvador, por exemplo, nenhuma obra foi iniciada”, destacou.

O ministro reafirmou aos deputados que está acompanhando pessoalmente a evolução de cada obra. Ele detalhou o estágio de cada uma delas e apresentou fotos. As obras referem-se principalmente à recuperação e ampliação de vias urbanas, de corredores para ônibus e de terminais rodoviários e a construção de sistemas de veículos leves sobre trilhos.

Ele reconheceu, no entanto, que se alguma não tiver sido iniciada até outubro, dificilmente o cronograma para a Copa será cumprido. “Evidentemente que haverá debate dentro do governo para decidir qual será o encaminhamento com relação a essas obras. Nesses casos, acho que não haverá condição de ter a execução dentro do período próprio, embora as obras de mobilidade sejam obras que atenderão à Copa, mas são obras para a população dessas cidades”, ponderou o ministro.

Até 2014, serão investidos um total de R$ 12 bilhões em melhorias e ampliação de vias urbanas, corredores para ônibus, terminais rodoviários e na construção de sistemas de veículos leves sobre trilhos ligando aeroportos aos centros das cidades.

Fonte: Agência Câmara

Curitiba perde usuários do transporte público e Recife ganha

Curitiba, que tem o melhor sistema de transporte público do país, está perdendo usuários para o transporte individual. Em quatro anos, a demanada caiu cerca de 14 milhões de usuários. Na Região Metropolitana do Recife, mesmo não tendo ainda um sistema de transporte com o mesmo padrão de Curitiba, houve uma evolução na demanda. Segundo a empresa Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, a Região Metropolitana do Recife passou de 1,8 milhão de usuários em 2010 para 2 milhões em 2012.

A capital do Paraná  é a única capital das regiões Sul e Sudeste do país que perde passageiros do sistema de ônibus. Entre 2008 e 2011, a cidade registrou uma redução de 14 milhões de usuários pagantes transportados – o número de passageiros passou de 323,50 milhões para 309,50 milhões. Nas outras capitais a quantidade de pessoas que utilizam o transporte público coletivo aumentou ou, pelo menos, manteve-se estável.

Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, por exemplo, a demanda pelo sistema de transporte permanece a mesma. O vice-prefeito, que também ocupa o cargo de secretário municipal de Transportes, João Batista Nunes, revela que na última década a cidade permaneceu com uma média de 5,3 milhões de passageiros por mês. No ano, são aproximadamente 63,6 milhões de usuários. “A quantidade de passageiros não está caindo. Pelo contrário, há alguns meses temos registrado até um aumento de cerca de 50 mil usuários mensais”, afirma.

Em Porto Alegre, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), são constatados pequenos acréscimos anuais no número de passageiros – a cada ano, há um aumento de 100 mil viagens diárias. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, em 2009, a média era de 1 milhão de passageiros transportados por dia e, atualmente, é de 1,2 milhão. Por mês são 36 milhões de usuários na capital gaúcha.

Explicação
Dois fatores podem explicar a queda de passageiros em Curitiba, na opinião do presidente executivo da Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha: o aumento do poder aquisitivo da população e a falta de investimento público no setor. “São fatores presentes em todas as grandes cidades. Nos últimos dez anos houve uma redução de 30% no número de pessoas que usam o sistema de transporte público coletivo nos principais centros urbanos do país”, ressalta.

Cunha defende que os governantes estimulem o uso do transporte coletivo e não o do carro – ao contrário do que ocorre hoje com a redução de impostos sobre veículos novos. O incentivo viria a partir de investimentos. “Caso contrário, haverá uma nova e grande redução na quantidade de passageiros no Brasil todo”, avalia.

De acordo com a Urbs, que gerencia o sistema de ônibus de Curitiba, a tendência de perda de passageiros pode ser revertida com melhorias que já estão sendo implantadas. O diretor de Transportes da Urbs, Antônio Carlos Araújo, afirma que haverá um “desafogamento” na região sul da cidade com algumas obras. “O Terminal do Tatuquara, que começou a ser construído recentemente, é uma solução.

O desalinhamento das canaletas no sentido norte-sul, previsto para 2013, também contribuirá para diminuir o tempo de viagem”, diz. Araújo ainda destaca a Central de Controle Operacional (CCO), que começou a funcionar no mês passado e visa a monitorar o trânsito. Em casos de congestionamento e acidentes, por exemplo, os motoristas serão avisados em tempo real, por painéis, sobre as condições do tráfego. “Até o próximo ano, devemos ter todas as informações sobre rotas disponíveis para o usuário”.
Déficit

Valor da passagem não cobre custos do transporte

Quando o assunto é a situação financeira do transporte público municipal, as capitais registram realidades distintas. Florianópolis vive situação parecida com a de Curitiba, em que o preço da passagem é inferior ao valor que seria necessário para cobrir o total de gastos. Em 2012, por exemplo, a tarifa técnica (que equilibra custos e arrecadação) na capital paranaense foi calculada em R$ 2,79, mas a prefeitura decidiu cobrar R$ 2,60 por usuário. O que resulta em um prejuízo de R$ 0,19 por passageiro.

Na capital catarinense, a passagem custa R$ 2,70, mas deveria ser de R$ 2,85 caso a prefeitura não subsidiasse R$ 0,15 por passageiro. “Mesmo assim há um déficit de R$ 0,18 por passagem”, revela o vice-prefeito e secretário de Transportes do município, João Batista Nunes. Segundo ele, está em andamento uma nova licitação para evitar um prejuízo estimado em R$ 1,7 milhão por mês. “A gente está tentando fazer com que uma empresa assuma o transporte de uma forma que a passagem não suba e o prejuízo não ocorra”, diz Nunes.

Em Porto Alegre, segundo a assessoria da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o sistema é elaborado para se autossustentar, pois não é subsidiado. A passagem na capital gaúcha é de R$ 2,85. No entanto, a proposta da EPTC era que o valor fosse para R$ 2,88. Dessa forma, o reajuste, sancionado em janeiro deste ano, pode estar R$ 0,03 abaixo do valor ideal da passagem para custear o transporte.

Equilíbrio
Em São Paulo a situação é diferente da encontrada nas capitais do Sul. Os valores arrecadados são suficientes para custear as despesas. De acordo com a assessoria de imprensa da SPTrans, em março deste ano foram arrecadados R$ 495,8 milhões – mesmo valor das despesas. Em fevereiro, o sistema arrecadou e gastou R$ 420,6 milhões.

Já em Belo Horizonte, desde 2008, com o início dos novos contratos de concessão, a gestão dos custos e das receitas do sistema é de responsabilidade das concessionárias. “A concessionária faz a proposta de operação e a BHTrans avalia a proposta a partir dos requisitos estabelecidos no contrato. Depois ela fiscaliza o serviço – não existe remuneração. O acompanhamento é realizado de quatro em quatro anos para avaliar o equilíbrio econômico”, explica a assessoria de imprensa da BHTrans. Em outras palavras, cabe às empresas contratadas fazer com que a receita cubra as despesas.

Fontes: Gazeta do Povo, Blog Meu Transporte e Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano.

Metroviários continuam em greve no Recife e em mais quatro capitais

 

 

A greve dos metroviários continua no Recife e em mais quatro capitais brasileiras onde o transporte é administrado pela Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU): Belo Horizonte, João Pessoa, Maceió e Natal. De acordo com informações da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), a paralisação dura duas semanas sem avanços nas propostas do Governo Federal.

A próxima assembleia da categoria está marcada para amanhã. De acordo com o presidente da Fenametro, Paulo Roberto Pasin, na ocasião, os trabalhadores decidirão se o esquema de emergência vai continuar. O sindicalista adiantou que a classe ainda aguarda uma posição da CBTU.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial acima do 0% proposto pelo Governo Federal para o ano de 2012. As paralisações afetam 500 mil pessoas, impacto que é reduzido com a operação dos trens nos horários de pico.

Cidades brasileiras já usam GPS e conexões 3G para monitorar o sistema de transporte público

 

Cidades como São Paulo, Curitiba e Vitória já desfrutam das facilidades e os passageiros podem consultar os horários de ônibus online. Na capital pernambucana os ônibus já dispõem de GPS, mas o sistema de monitoramento foi suspenso e uma nova licitação será feita. A previsão dos passageiros acompanharem o horários dos ônibus na Região Metropolitana do Recife só em 2013.

Quem depende do transporte público para se locomover pela cidade sabe que nem sempre a tabela de horários é cumprida pelos motoristas de ônibus. Às vezes, os veículos já começam o itinerário atrasados e, na maioria dos casos, o trânsito é o grande vilão da história. Inspiradas pelo problema, algumas cidades brasileiras já tentam minimizar os contratempos para o pessoal que usa o sistema.

A solução encontrada pelas prefeituras é o rastreamento de cada veículo através de dispositivos GPS. Em Curitiba, São Paulo, Vitória, Belo Horizonte e algumas outras cidades, a tecnologia já foi ou está sendo testada e pretende informar aos passageiros quanto tempo ele vai precisar esperar até o embarque. Mas, e como essa coisa toda funciona?

São Paulo
Cada cidade possui um sistema único. Em São Paulo, onde o transporte por ônibus presta serviço a 6 milhões de pessoas diariamente, as linhas são rastreadas e o passageiro pode ver na internet o exato local onde o veículo se encontra.

Dessa forma, os paulistanos podem se programar antes mesmo de sair de casa e não perder tempo esperando no ponto. Quem preferir também pode rastear o seu ônibus pelo celular. Na loja de aplicativos para smartphones Android, é possível encontrar alguns títulos com a mesma função.

O sistema começou a funcionar oficialmente no final de março deste ano, e todos os 15 mil veículos que operam em São Paulo já estão sendo monitorados. No entanto, o site Olho Vivo ainda não disponibiliza para os passageiros as informações de todas as linhas da cidade. Para a estudante Gabriela Alves, a novidade é muito útil porém pouco divulgada. “Esse sistema só funciona na internet e pouca gente sabe que existe. Para deixar o acesso mais fácil, tinha que ter um aplicativo oficial para celular”, sugere.

Fazendo um contraponto ao número limitado de linhas cobertas pelo serviço, Gabriela afirma que o Olho Vivo não falhou nas vezes em que ela precisou utilizar o site. “Nas poucas vezes que eu usei, ele foi bem preciso”, revela.

Curitiba
Na maior cidade do sul do país, além do rastreamento por GPS, os veículos da frota curitibana também contam com conexão com a internet através da rede 3G. Uma central de informações processa os dados e mostra o tempo para chegada dos ônibus através de painéis de LCD ou letreiros luminosos próximos os pontos de parada.

O sistema está em teste em dois terminais de ônibus da cidade e, por enquanto, monitora uma linha de grande fluxo e três com pouca circulação. De acordo com a URBS (empresa que administra o transporte na cidade), até o início do ano que vem os 22 terminais de Curitiba vão ganhar quase 700 painéis luminosos. As estações-tubo também vão receber os equipamentos.

Nos veículos, estão sendo instalados pequenos computadores equipados com Linux e adaptadores GPS/3G da Ericson. Com isso, o motorista pode obter informações da rota e caminhos alternativos em casos de lentidão. Na fase de testes, o sistema está utilizando os serviços de internet da operadora Vivo.

Além disso, a cidade também está testando um sistema de monitoramento interno por câmeras nos veículos e nos terminais. Nos novos biarticulados da cidade, com cerca de 30 metros de comprimento, o problema da pouca visibilidade das últimas portas para o motorista vai ser sanado com esses equipamentos. O condutor vai poder enxergar quem está saindo e entrando no veículo e, provavelmente, as mochilas de mais ninguém vão ficar passeando do lado de fora do ônibus.

Belo Horizonte e Vitória
A capital mineira começou a testar o sistema de rastreamento por GPS no transporte coletivo em 2009. No entanto, somente no ano passado a cidade resolveu retomar a instalação dos equipamentos. Por lá, estão sendo instalados totens que informam o tempo para a chegada do ônibus em vários pontos da região central da cidade. O sistema é similar ao de Curitiba, mas pretende disponibilizar os equipamentos na rua, enquanto na capital paranaense os painéis estarão nos terminais ao lado de cada parada de ônibus.

Em Vitória, são 63 linhas monitoradas e a forma de consulta é via internet. Assim como em São Paulo, o passageiro deve visitar o Ponto Vitória e escolher no mapa o ponto de ônibus que deseja consultar. Porém, na capital do Espírito Santo, a comunicação dos veículos com a central de dados pode ter intervalos de até 20 minutos. Dessa forma, algum local congestionado pode deixar a previsão bastante deturpada.

Outras cidades do país também entraram na onda do GPS e estão monitorando suas frotas. No entanto, na maioria delas o sistema apenas serve de referência para que os condutores não atrasem a viagem. Nestes casos, as informações ainda não são repassadas para os passageiros. Se você utiliza o sistema de transporte público de uma dessas cidades, nos conte como anda a qualidade dos serviços de informações e se eles realmente funcionam como prometido.

Fonte: Tecmundo (Via Portal do Trânsito)

Desrespeito ao ciclista e falta de bicicletários desestimulam uso de bicicletas

 

 

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio 20), marcada para o mês que vem, no Rio de Janeiro, terá como um dos temas em debate o incentivo ao uso da bicicleta. Além de bicicletários, os organizadores da conferência prometem disponibilizar bicicletas para os participantes circularem entre os locais do evento.

Mesmo antes da conferência, o município do Rio de Janeiro já tinha decidido fazer da bicicleta um dos principais meios de transporte da cidade. Em quatro anos, a prefeitura ampliou em 120 quilômetros (km) a rede de ciclovias e ciclofaixas do município que, de 150 km em 2008, já soma 270 km.

A meta é ampliar para 300 km até o fim do ano e, até 2016, ano das Olimpíadas no Rio, chegar a 450 km. Para José Lobo, presidente da organização não governamental (ONG) Transporte Ativo, que estimula o uso de bicicletas na cidade, números ainda longe do ideal.

Ele destaca, no entanto, que o tamanho da malha cicloviária não está entre os maiores desafios para quem opta pela bicicleta como meio de transporte no Rio de Janeiro. Segundo Lobo, um dos principais problemas enfrentados pelos ciclistas é o desrespeito dos motoristas.

“Capitais como Amsterdã [na Holanda] e Copenhague [na Dinamarca], onde o uso da bicicleta é gigantesco, não têm uma malha muito maior do que a nossa. O que acontece lá é que os motoristas são educados. Todas as ruas e pessoas estão preparadas para lidar com o ciclista, então, você pode circular na cidade inteira com segurança, independentemente de ter uma estrutura segregada [para o ciclista]”, disse Lobo.

Segundo ele, a conscientização dos motoristas é fundamental porque, em determinados lugares, não há como instalar ciclovias. Nessas áreas, os ciclistas precisam dividir espaço com carros e ônibus. “A gente nunca vai conseguir ter ciclovias na cidade inteira. As pessoas precisam saber que aquela bicicleta que está no trânsito não está atrapalhando, mas ajudando o trânsito a fluir melhor”.

Outro problema citado é a falta de estacionamentos específicos para bicicletas, os chamados bicicletários. Ele explica que esses serviços são fundamentais para que as pessoas passem a usar mais a bicicleta como meio de transporte e, também, para facilitar a integração com ônibus, trens, barcas e metrôs. “A bicicleta é um grande veículo de bairro, para distâncias de 3 a 5 quilômetros. Por isso, é importante estar integrada ao transporte público. Eu posso pedalar até o metrô ou o terminal de ônibus, mas, muitas vezes, não tenho onde guardar a bicicleta. Uma legislação do ano passado liberou os ciclistas para prender as bicicletas nos postes, mas não é a mesma coisa”, disse.

Segundo o subsecretário municipal do Meio Ambiente do Rio, Altamirando Moraes, há mais de 3 mil bicicletários públicos (nos quais é possível estacionar pelo menos duas bicicletas por vez) na cidade. Até a Copa do Mundo de 2014, a proposta é instalar mais mil.

Ele explica que a prefeitura também facilitou o processo para que o comércio instale bicicletários nas calçadas. Basta solicitar a instalação, por e-mail, para a Secretaria de Meio Ambiente. Moraes informou ainda que a prefeitura instalou bicicletários em diversas estações de trem e metrô da cidade.

Da Agência Brasil

Greve dos metroviários afeta 515 mil pessoas em seis capitais

A greve de metroviários e ferroviários de seis capitais brasileiras já afeta diretamente pelo menos 515 mil pessoas, além de prejudicar milhares de usuários de ônibus. Funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa de transportes vinculada ao Ministério das Cidades, os trabalhadores do setor exigem um reajuste salarial que reponha as perdas salariais de 2011 e benefícios como plano de saúde integral. A negociação vem sendo feita pela administração central da companhia, sediada no Rio de Janeiro, onde o setor administrativo também está em greve.

Em Belo Horizonte, a paralisação dos metroviários entra hoje (16) em seu terceiro dia. Além de afetar diretamente a cerca de 215 mil cidadãos que utilizam o metrô diariamente, a mobilização sobrecarrega o sistema de ônibus, que atende, diariamente, a quase 1,5 milhão de usuários da capital mineira e região metropolitana.

Na última segunda-feira (14), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que os metroviários mineiros devem respeitar uma escala mínima de trabalho. Pelo tempo que a greve durar, trens e estações deverão operar integralmente durante os horários de pico. A categoria reivindica reajuste salarial de 5,74%, participação nos lucros e resultados, adicional noturno de 50% e plano de saúde integral. Uma nova assembleia dos trabalhadores está marcada para a próxima terça-feira (22) à tarde.

Em João Pessoa, a greve dos ferroviários foi deflagrada à meia-noite do dia 14. Na capital paraibana, o sistema de trens da CBTU atende a cerca de 10 mil passageiros por dia, em quatro cidades da região metropolitana. Segundo a superintendência da CBTU na Paraíba, apenas 30% da frota estão funcionando normalmente. Das 28 viagens feitas diariamente pelos dois trens em serviço, apenas oito estão em operação. Apenas um trem está trabalhando.

Os moradores da capital alagoana, Maceió, também enfrentam transtornos devido à decisão dos ferroviários, que cruzaram os braços ontem (15) por tempo indeterminado. Com a paralisação, a quantidade diária de viagens caiu de 22 para oito, obrigando os usuários do sistema ferroviário a pagar R$ 2,30 pela passagem de ônibus. De trem, a viagem custa R$ 0,50. Diariamente, os trens alagoanos transportam cerca de 6 mil pessoas de três municípios da região metropolitana.

Já em Natal, onde os motoristas e cobradores de ônibus estão em greve desde o início da segunda-feira, a situação dos cidadãos agravou-se desde ontem, com a adesão dos ferroviários da CBTU à paralisação. Só o movimento dos ferroviários afeta cerca de 8 mil usuários ao dia, na capital potiguar, embora, desde novembro do ano passado, um problema mecânico tenha obrigado a retirada de serviço de uma das duas locomotivas do sistema, reduzindo a demanda a 4 mil usuários/dia.

Assim como em João Pessoa, a passagem de trens na capital potiguar também custa R$ 0,50, enquanto a passagem de ônibus mais barata é R$ 2,20.

Em Recife, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco deflagrou greve por tempo indeterminado na noite da última segunda-feira. No mesmo dia, o Tribunal Regional do Trabalho do estado (TRT-PE) determinou que ao menos 50% dos serviços devem ser mantidos. Cerca de 280 mil pessoas usam o serviço todos os dias na capital pernambucana, e, segundo a superintendência regional da CBTU, o metrô está operando normalmente nos horários de pico, conforme determinou a Justiça.

Motoristas e cobradores de ônibus também decretaram greve em São Luís, reduzindo a frota em circulação, o que gerou tumultos, com o registro de ônibus depredados por pessoas insatisfeitas. O Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA) determinou que ao menos 50% da frota devem rodar normalmente durante a paralisação. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 16%, aumento do valor do tíquete-alimentação, revisão no plano de saúde e cumprimento da jornada de trabalho de sete horas.

Fonte: Agência Brasil

Aplicativo no celular para localizar ônibus no Rio

No Rio de Janeiro, estudantes que participam de um concurso de aplicativos tiveram a ideia do compartilhamento de informações sobre a localização das linhas de ônibus. A cidade tem, 3,5 milhões de passageiros e nenhuma informação do paradeiro dos ônibus. A medida que tinha sido implantada no Recife foi desativada temporariamente. Veja como funcionaria o aplicativo proposto pelo grupo Buus.