O vídeo do repórter Kleber Nunes mostra a falta de manutenção da passarela do Pina, na Herculano Bandeira
Com a palavra, Maurício Pina
O professor de engenharia da UFPE e Unicap, Maurício Pina, fala sobre a criação de um núcleo de capacitação para formar profissionais que atuam na engenharia de tráfego.
Com a palavra, a presidente da CTTU
A presidente da CTTU, Maria de Pompéia fala sobre a modernização dos equipamentos de monitoramento do tráfego.
Nem sinal dos elevadores
O plano de mobilidade urbana anunciado pela Prefeitura do Recife, no início do ano, e com estimativa de ser implantado em até 20 ou 30 anos, nunca passou de um diagnóstico com diretrizes do que pode ser feito em um futuro distante. Nenhum projeto, a partir do plano, foi apresentado pelo município. Mas já existem previsões orçamentárias. De acordo com a Comissão de Mobilidade e Acessibilidade da Câmara de Vereadores do Recife, o custo inicial para implantação do plano é de R$ 6 bilhões. Isso mesmo. O orçamento bilionário não leva em conta as previsõe para os corredores fluviais e os projetos específicos das passarelas e elevadores nas áreas de morro. Nada disso. O caminho dos recursos aponta para a implantação da infraestrutura viária dos eixos e corredores do transporte coletivo e das conexões com o Sistema Estrutural Integrado (SEI). Aqueles já anunciados pelo estado…
As lições da chuva
Trânsito engarrafado, rotas alternativas e tudo por água abaixo quando a cidade alaga. Se existe um fator que atrapalha a mobilidade urbana é a chuva. E às vezes, a gente se pergunta se o motorista não sabe dirigir em vias alagadas. Mas nesse caso, é preciso saber também o tamanho do alagamento. Em alguns, não é possível mesmo trafegar. E então uma das lições que não podem ser esquecidas pelos gestores públicos é que as políticas de mobilidade precisam ser integradas. De que valem a construção de viadutos, mudanças nas rotas, sem o dever de casa do sistema de drenagem ? Outra lição da chuva, os gargalos estão principalmente onde a drenagem não funciona. E ai não tem jeito, o trânsito trava mesmo. Agora, antes de sair de casa é bom acessar o site do transitolivre.com e olhar também para o céu, rezar também ajuda.
O X da mobilidade
A mobilidade urbana talvez seja hoje um dos temas mais importantes dentro da estrutura das cidades. E isso acontece por uma razão simples: as pessoas precisam se deslocar de forma segura e confortável para ter acesso aos serviços, lazer, centros de compras ou apenas o direito de ir e vir.
Essa preocupação que se faz mais evidente hoje é relevante devido ao crescimento desordenado das cidades e do aumento, sem freios, da frota de veículos. Que pedaço cabe a cada um de nós?
A discussão ganha contornos mundiais por se tratar de um problema que afeta a todos, desde as condições das vias, das calçadas, da qualidade do transporte público, do espaço ocupado pelo transporte individual, seja motorizado ou não.
No caso da Região Metropolitana do Recife, o desafio da mobilidade envolve um entendimento metropolitano com soluções que não podem ser isoladas. Começamos hoje uma caminhada virtual no sentido de ampliar as discussões, apontar problemas, soluções e criar um canal de comunicação entre aqueles que buscam uma mobilidade urbana e necessária. Sejam bem vindos!
A moto, as mortes, o trânsito e os desafios
A sexta edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, promovido pelos Diarios Associados, trouxe uma discussão sobre o fenômeno do aumento da frota e as consequências no trânsito e na saúde pública. O fórum contou contou com a participação do médico João Veiga, coordenador do Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes de Moto, do promotor de justiça Francisco Edílson de Sá Júnior e do vice- presidente da Federação Nacional dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguro (Fenacor), Carlos Valle.Acompanhe os números:
No trânsito:
Em 2000 a frota de motos em Pernambuco era de 144.804
Em 2010 – subiu para 639.406 motos ( + de 300% de aumento)
Nos hospitais:
8.700 atendimentos foram realizados em 2010 de vítimas de acidente de moto
571pessoas morreram
47,5 pessoas morrem por mês no estado de acidente com moto
11,8 pessoas por semana
1,5 pessoas por dia
Hospital da Restauração:
Setor de Traumatologia
5 enfermarias
40 leitos
80% ocupados por vítimas de motos
Meta
Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes de Moto:
Reduzir os acidentes em 7% ao ano
Reduzir em 10 anos – 50% dos acidentes
Moto é tema do Fórum de Trânsito
Dentro do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, promovido pelos Diários Associados, um tema que não poderia ficar de fora: o fenômeno do aumento da frota de motos e as consequências no trânsito e na saúde pública. A cada década, o número aumenta cerca de 300%.
Na sexta edição do fórum, o veículo de duas rodas que vem, cada vez mais, ocupando espaço nas vias será tema da discussão que vai contar com a participação do médico-cirurgião João Veiga, responsável por uma estatística detalhada da passagem das vítimas de acidente de moto na maior emergência do estado, o Hospital da Restauração.
O fórum, que acontece na terça-feira, a partir das 8h30, na Rua do Veiga, Santo Amaro, terá ainda a participação do promotor de justiça Francisco Edílson de Sá Júnior, que vai apresentar, a partir da legislação, de que forma o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pode atuar nessa problemática.
Os números apontam que morrem por dia no Nordeste uma média de sete pessoas, vítimas de acidente com o veículo. O evento terá ainda o palestrante Carlos Valle, vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguro (Fenacor), que vai apontar os gastos do pagamento de sinistros em relação aos acidentes envolvendo esse tipo de veículo.
Na ponta dessa discussão está o motociclista, na maioria, pessoas que se cansaram do serviço existente de transporte público e optaram pela moto como meio de locomoção. A explosão das motos pode ser constatada nas duas últimas décadas. Em 1990, o Detran-PE registrava um total de 33.381 motos no estado. Em 2000, esse número subiu para 144.804, um aumento de mais de 300%. E entre 2000 e 2010, o número de motos passou para 639.406, mantendo o mesmo percentual de aumento.
A moto, por enquanto, só perde para o automóvel que tem uma frota de quase um milhão em todo o estado. Mas é só uma questão de tempo. Os especialistas calculam que antes da próxima década elas já terão superado os automóveis. “A gente precisa levantar questionamentos sobre esse problema, que não se trata apenas do trânsito, mas também da saúde pública”, apontou o presidente do Fórum, Laédson Bezerra.
E tem razão. Somente na emergência do HR, em 2010, o número de vítimas de acidente de moto foi quase o triplo das vítimas de arma de fogo, até então imbatíveis nas estatísticas hospitalares. No local foram atendidas, em 2010, 538 pessoas feridas com armas de fogo e 1500 vítimas de acidente com moto.
Não por acaso, os especialistas dizem que a moto tem sido uma arma letal contra os próprios condutores. No fórum, a discussão também pretende avançar no tipo de capacitação que os motoqueiros recebem na hora de tirar a carteira de habilitação.
Em São Paulo, no centro de treinamento da Central de Engenharia de Tráfego (CET), há cursos voltados para motoqueiros. No local eles reaprendem como se comportar no trânsito. “A maioria chega aqui cheia de vícios. Um dos mais frequentes é deixar a viseira aberta. Mas há muita dificuldade em relação à frenagem correta”, explicou a gestora de educação da CET, Irismar Menezes.
Saiba mais
Próximos temas do seminário:
Código de Trânsito Brasileiro Discutirá as regulamentações e projetos de lei de reforma do código
Sistema Único de Saúde Pretende debater a capacitação dos hospitais e pontos de urgência no período da Copa do Mundo
Educação no Trânsito Programas de governo voltados para a capacitação dos pedestres, motoristas e ciclistas
A sociedade na operação do trânsito Programas de voluntários apresentando experiência em outros países e sugestões para melhoria do tráfego
Multa para quem não cuidar das calçadas
Não sei se lá em São Paulo eles exageram na dose, mas tudo que for pelo bem das calçadas tem algo de positivo. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acaba de sancionar uma lei que, além de aumentar a área mínima do passeio de 90 centímetros para 1,20 metros, ainda aumentou o valor da multa para quem não cumprir a legislação. E a multa também ficou mais salgada.
Na capital paulista, a multa passa a ser de R$ 300 por metro linear de calçada danificada. Antes, ela não ultrapassava o valor de R$ 510, mesmo em áreas de grandes dimensões.
O problema dessas leis é a aplicabilidade delas. No Recife, a Lei de Calçadas, aprovada desde 2003, não conseguiu reverter a situação dos passeios. Nem mesmo nas calçadas de órgãos públicos. É quase tentador acreditar que tudo pode ficar perfeito, por decreto, mas na prática a realidade é bem mais complexa.
Há urbanistas que defendem o estímulo de impostos para a conservação dos passeios por parte dos proprietários. Pode ser uma alternativa. Outros, afirmam que o espaço das calçadas é de uso público e, portanto, a responsabilidade é dos órgãos públicos, da mesma forma que as vias têm investimentos para os carros. Confesso que acho este último raciocínio mais pertinente.
Se levarmos em conta que são investidos milhões na construção de viadutos e rodovias e para as calçadas nada. Na verdade, ninguém se sente responsável por elas. E, pensar que só aqui na Região Metropolitana do Recife a estimativa é que um terço da população, ou seja, mais de um milhão de pessoas se desloca a pé é, no mínimo, razoável para não dizer obrigação, apostar na melhoria dos passeios.
E só para não perder a oportunidade dêem uma olhada nas calçadas do centro de Bogotá, um exemplo de acessibilidade em um país da América Latina, que não chega nem perto da situação econômica do Brasil.
Flagrante: Policiais do BPTRAN na faixa de pedestre
Um flagrante de desrespeito à faixa de pedestre foi postado no Facebook pelo internauta Gustavo Albuquerque. A indgnação não é para menos. Quatro policiais do Batalhão de Trânsito (BPTRAN-PE) estacionaram as motos em plena faixa da Avenida Agamenon Magalhães.
E se não bastasse a falta de respeito às normas de trânsito, os dois motoqueiros que estão nas duas pontas estão com as viseiras abertas. A placa deles também apresenta débito do seguro DPVAT. A placa da esquerda KII – 7051 está com o seguro atrasado desde de março no valor de R$ 279,27. Já a moto de placa KKR 3760 está com o seguro atrasado dos anos de 2010 e 2011, totalizando um débito de R$ 537,33.
Ironicamente nenhuma dessas motos têm registro de multa. Quem multa autoridade do trânsito ? Eles deveriam ser os primeiros a dar o exemplo.