Depois que o governador Eduardo Campos bateu o martelo na definição do modal para o corredor da BR-101, também chamado contorno do Recife, definindo o modelo BRT (Transporte Rápido por Ônibus), entra em cena uma nova discussão sobre o Veículo Leve sobre Trilho (VLT). E Porque não?
Quase no fim do segundo tempo, eis que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) – Metrorec decidiu trazer à tona o projeto idealizado para a BR 101, apartir do VLT. Na verdade, o projeto já existia. Não sei, ao certo, porque eles ficaram tão quietinhos enquanto os empresários de ônibus ganhavam espaço na definição dos três corredores de tráfego: BR-101, Norte/Sul e Leste/Oeste.
Foram meses para o governador decidir se o monotrilho entraria nos corredores exclusivos de transporte público de massa.Mas o VLT não aparecia nas possibilidades, a não ser para a Estação de Cajueiro Seco ao Cabo de Santo de Agostinho e em Suape.Até mesmo o que se pensava inicialmente do VLT na Agamenon Magalhães acabou caindo no esquecimento.
Pois bem, no último dia 26 de setembro, o secretário das Cidades, Danilo Cabral recebeu a visita, por meio do Sindicato dos Metroviários, do gerente regional de manutenção da CBTU-Metrorec, Bartolomeu Carvalho, que apresentou slides, vídeos e plantas de toda extensão que vai da Estação de Cajueiro Seco até o Terminal da Macaxeira.
Na apresentação, o secretário das Cidades, Danilo Cabral e o executivo de Mobilidade, Flávio Figueiredo, questionaram o motivo pelo qual, a CBTU não fez essa apresentação há mais tempo. Bartolomeu afirmou que todo traçado do BRT, apresentado pelo PROMOB, foi copiado do projeto original já apresentado pela CBTU no PPA (Plano Plurianual) 2012-2015, do governo federal. Pode até ser, mas parece não ter sido o suficiente.
Agora existem pelo menos dois fortes fatores para reverter o que já foi, em tese, definido: o tempo e uma nova decisão política. Mas nada que não possa ser feito.