PRF de olho nos motociclistas

 

Os motociclistas que pretendem cruzar as estradas de Pernambuco durante as festas de fim de ano deverão ficar mais atentos. Iniciada com oito dias de antecedência, a Operação Fim de Ano da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que ocorrerá até o próximo dia 2 de janeiro, dará prioridade à fiscalização dos motociclistas.

A ação será intensificada devido aos altos índices de acidentes registrados nos últimos três anos envolvendo motos. A cada cem mortos nas estradas durante os feriados, 60 estavam pilotando uma motocicleta ou na garupa. Além disso, a PRF atuará com um efetivo maior nas BRs 101 e 232, ligação com os litorais Norte e Sul e o interior, respectivamente.

De acordo com o inspetor da PRF, Éder Rommel, a cada cem acidentes envolvendo motos nas estradas, cerca de 110 pessoas são feridas, mais do que o dobro da proporção para acidentes envolvendo veículos de quatro rodas. “Os balanços dos últimos feriados nos chamaram muita atenção.

As motocicletas não correspondem a 10% da frota, mas são responsáveis por um número altíssimo de mortes durante a época de festas e feriados. Isso deixa claro as atitudes irresponsáveis dos motociclistas”, comentou ele.

A fiscalização das motos também será intensificada no Sertão. “Nos municípios dessa região muitos andam sem habilitação e equipamentos de segurança. Sem uma habilitação, você pode até ter experiência com a máquina, mas tem conhecimento para conduzi-la junto a outros usuários”, explicou.

Cerca de 380 policiais estarão envolvidos no reforço do policiamento nas estradas, um número menor do que o ano passado, quando 420 agentes trabalharam na Operação Fim de Ano. Para evitar a troca de informações entre os motoristas, as barreiras ocorrerão nos postos da PRF e também por meio de rondas.

Cinquenta e cinco viaturas participação da operação, assim como um helicóptero de resgate aeromédico, para ajudar no resgate a vítimas de acidentes, e outro para o patrulhamento aéreo.

Em 2010, ocorreram 178 acidentes entre os dias 23 e 2 de janeiro, que culminaram em 94 feridos e 13 mortos. Um dos objetivos da operação deste ano é tentar reduzir os números de vítimas fatais, ainda que a quantidade de acidentes em relação ao ano passado tenha aumentado (de 7358 para 7733, de janeiro ao último dia 15).

“A antecipação aconteceu por causa do movimento das férias. Queremos evitar o excesso de velocidade, que hoje é o principal fator causador dos acidentes. Nossa principal atuação será na BR 101, no trecho que vai de Abreu e Lima ao Cabo de Santo Agostinho. São apenas 50 km de estradas, mas que registram 32% dos acidentes totais do estado”, comentou.

Operação Lei Seca

Para tentar diminuir os acidentes, a PRF também vai trabalhar com 65 etilômetros e radares medidores de velocidade dos veículos. Em Pernambuco, desde que a operação Lei Seca foi intensificada, no início do mês, foram realizados 9.056 testes de alcoolemia e 758 motoristas foram multados.

Fonte: Diario de Pernambuco

Motoristas continuariam a usar o cinto, mesmo sem lei

 

Pesquisa mostra que 95% dos motoristas afirmam usar o cinto de segurança e 59% dizem que já faziam tal uso antes da lei, sendo que continuariam a usá-lo mesmo que a medida fosse revogada, o que reflete a conscientização de grande parte dos brasileiros.

O uso do cinto de segurança tornou-se obrigatório em 1998 e mudou o comportamento de 26% dos motoristas que passaram a usar o dispositivo de segurança depois que a lei entrou em vigor, revelam dados de estudo realizado pela GFK- empresa de pesquisa de mercado.

Apenas 3% dos usuários, que passaram a usar o cinto após a lei, dizem que deixariam de usar se ela fosse revogada.

Conscientização

Para o diretor de marketing da GFK, Mario Mattos, esse dado mostra que o processo de conscientização da população para aderir a um comportamento que gere benefícios para a sociedade deve ser feito por meio de ações e campanhas educativas , mas que, em algumas situações, essas campanhas podem ser combinadas com ações coercitivas.

“Se o benefício for claro e percebido pela população, como é o caso do cinto de segurança, uma ação coercitiva como uma lei pode ajudar a quebrar a inércia de parte dos indivíduos, que passam a adotar o comportamento desejado e a mantê-lo mesmo se a ação coercitiva deixasse de existir”, explicou Mattos

A pesquisa ouviu 629 pessoas, maiores de 18 anos, de nove regiões metropolitanas.

Fonte: Info Money