Governo rescinde contrato com consórcio responsável pelo monitoramento dos ônibus


O Governo de Pernambuco decidiu no final da tarde desta quarta-feira (18) rescindir o contrato com o Consórcio Cittati, Midiavox, Cercap – responsável pelo Sistema de Monitoramento da Frota dos Ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife-, inclusive, pelo serviço de informações, via SMS, dos horários dos ônibus aos usuários do Sistema de Transporte Público de Passageiro – STPP.

Além da rescisão do contrato, orçado em R$ 20 milhões, o Grande Recife também estará aplicando uma multa que pode chegar até R$ 400 mil – o equivalente a 2% do valor contratual. O valor da multa está sendo analisado pelo departamento jurídico do Consórcio e será publicado no Diário Oficial do Estado até a próxima terça-feira (24.04). Além da rescisão e da multa, o consórcio Citatti, Midiavoz, Cercap poderá ser considerado inidôneo e, com isso, ter vedada sua participação em qualquer outra licitação pública, seja no Executivo, Legislativo ou Judiciário.

A decisão foi tomada pelo Governo do Estado depois que esgotou o prazo dado pelo Grande Recife Consórcio para que as empresas retomassem o serviço de SMS, suspenso desde o último dia 6.

A suspensão do serviço foi uma solicitação do próprio Grande Recife, uma vez que o retorno das mensagens aos usuários estava acontecendo de forma imprecisa e as empresas precisavam corrigir as falhas. Com a constatação dos erros no sistema, o órgão gestor publicou no Diário Oficial do último dia 13 uma notificação que dava ao Consórcio um prazo de até hoje (18) para retomada do serviço, o que não aconteceu.

SMS – O SMS com os horários dos ônibus faz parte do Sistema Inteligente de Monitoramento da Operação – SIMOP, que além desse serviço, também proporciona aos usuários as informações dos coletivos que estão parados ou chegando nos terminais de integração da Região Metropolitana do Recife. Também é responsável pelo Central de Monitoramento da Operação (CMO), instalada na sede do Grande Recife Consórcio de Transporte, que permite acompanhamento em tempo real de todas as viagens realizadas pelos coletivos que estão circulando na RMR. Essas informações são captadas via GPS que estão instalados nos três mil ônibus do STPP.

“Como o contrato prevê uma gama de serviços, vamos analisar qual será o valor da multa que o Consórcio Cittati, Midiavox, Cercap receberá”, alerta o presidente do Grande Recife, Nelson Menezes, lembrando que além da advertência aplicada no dia 13 deste mês, o Grande Recife já havia alertado às empresas em janeiro deste ano pelo não cumprimento dos demais serviços.

“Apesar das telas de LED dos Terminais estarem funcionando, as empresas deixaram de cumprir com os serviços de Portal de Voz e serviços da web, entre eles o roteirizador, que mostra as melhores opções de itinerário para os usuários que estiverem em qualquer ponto da RMR”, enfatizou o presidente lembrando que a decisão também foi tomada em respeito aos usuários do STPP.

Com a decisão, o Governo do Estado ressalta que em 60 dias um novo edital de licitação estará sendo publicado para contratação de uma nova empresa para prestação dos serviços.

Um carro para cada cinco habitantes, acredite

 

 

O Brasil tem hoje um veículo para cada cinco habitantes. Há 20 anos, essa proporção era de um veículo para cada dez brasileiros, aponta levantamento feito pelo Sindipeças (sindicato que representa os fabricantes de peças).

Segundo a entidade, entre os anos de 2004 e 2011, a frota nacional registrou um crescimento de  54,8%, chegando a 34,8 milhões de unidades – 22% (7,6 milhões) na capital paulista.

No mesmo período, a população cresceu 5,7%, totalizando 192,3 milhões de pessoas em 2011. De acordo com a pesquisa, os Estados com maior ritmo de crescimento já têm um veículo para cada dois habitantes. São Paulo, por exemplo, tem hoje 1,47 pessoa por veículo.

Ao todo, são 32,9 milhões de automóveis e comerciais leves, 1,54 milhão de caminhões e 354 mil ônibus que circulam por ruas, avenidas e estradas do país. O levantamento aponta ainda 11,6 milhões de motocicletas. Incluindo essa frota, a relação chega a 4,1 habitantes por veículo.

FONTE: Trânsito Manaus (Via Portal do Trânsito)

Vídeo mostra como as ciclovias salvaram a Holanda do caos

Construa o caminho que as bicicletas vão aparecer. A Holanda é o país que tem maior tradição de ciclovias no mundo. Na década de 1950 não era assim. O país quase foi engolido pelo transporte individual. Muitas mortes no trânsito, protestos e a solução veio da mobilidade não motorizada. O que eles sofreram na década de 1950, nós estamos sofrendo hoje. A questão é se teremos a mesma determinação de encarar os problemas da mobilidade. O vídeo abaixo é uma verdadeira aula de história e com certeza a gente tem muito o que aprender com a experiência deles. A época do caos urbano vivido por eles é muito parecido com o que vivemos hoje.

Créditos para Autores – David Hembrow – Mark Wagenbuur

Acidente na ciclovia de Boa Viagem

 

Os ciclistas precisam seguir as regras de trânsito. Quando isso não acontece, ele mesmo corre risco de acidente ou terceiros. Na ciclovia de Boa Viagem, o internauta Edson Campos, registrou um acidente envolvendo dois ciclistas. Segundo relato do internauta, ns proximidades da Rua Padre Carapuceiro, em frente ao Edifício Portugal, um militar com uma bicicleta em alta velocidade teria passado para a contramão e se chocado com outro ciclista que vinha em sentido contrário. O militar sofreu um corte no rosto e sentia forte dores na coluna sendo atendido no local por um médico caminhante da orla, dois PMPE e posteriormente levado para a emergência pelo SAMU. O outro ciclista sofre uma pequena escoriação na mão esquerda

 

 

No mês passado, o Diario de Pernambuco mostrou os riscos dos  ciclistas que desrespeitam as normas de trânsito. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veiculos não motorizados devem se adequar às normas de circulação dos veículos motorizados. O problema é que não houve regulamentação.  “Aqui em Pernambuco nenhum município regulamentou as normas de circulação dos veículos não motorizados. Sem o instrumento do licenciamento não há como aplicar a multa”, explicou a presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), Simíramis Queiroz.

Durante quase duas horas, o Diario acompanhou o tráfego na Avenida Boa Viagem e constatou que os ciclistas ignoram o sinal vermelho na ciclovia, sem nenhuma hesitação. “Se não tiver pedestre passando na faixa, eu não paro”, admitiu o ciclista Cleonildo da Silva, 34 anos, porteiro. Ele mora no Ibura e trabalha em Boa Viagem. A bicicleta é o seu meio de transporte. “Eu não vou dizer que cumpro todas as normas de trânsito de minha casa até o trabalho. Os carros não respeitam o ciclista e, em alguns casos, a gente tem que se defender, mesmo que seja errado”, justificou.

Pedalar na contramão, aliás, deixou de ser exceção há muito tempo. Flagrar esse tipo de irregularidade é fácil. Na Avenida Jaime da Fonte, no bairro de Santo Amaro, onde há duas vias largas nos dois sentidos, é comum encontrar ciclistas circulando pela contramão. Foi lá que encontramos a dona de casa, Sandra Maria Cabral Cavalcanti, 45 anos, transportando os dois netos em uma bicicleta pela contramão. Um neto no bagageiro e outro dentro de uma caixa no quadro da bicicleta, o que também não é permitido.  “É o único transporte que eu tenho, mas vou ter mais cuidado para não ir pela contramão”.  Apesar dos riscos, ela conta que nunca sofreu um acidente.

Recife paga caro para estacionar



 

Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos

O Centro do Recife ainda mantém o inacreditável número de 2,8 mil vagas de Zona Azul a R$ 1, com intervalos de duas e cinco horas. E ainda há quem reclame. Pois esse paraíso dos motoristas deve dar lugar aos estacionamentos privados e, antes mesmo do projeto dos edifícios-garagem emplacar, já é possível perceber que ir de carro ao Centro está e ficará cada vez mais caro. O Diario visitou seis estacionamentos no Centro e constatou que o preço por uma hora varia de R$ 7 a R$ 10. Para quem trabalha no Centro, a opção é ser mensalista e o custo fica na faixa dos R$ 200 por mês. Para se ter uma ideia, na Avenida Paulista, um dos endereços mais caros do Centro de São Paulo, a hora de estacionamento varia entre R$ 13 e R$17 e a mensalidade na faixa dos R$ 350.

A nossa escalada à pauliceia segue no mesmo ritmo inflacionário, mas não no mesmo padrão. A maior parte dos estacionamentos no Centro do Recife é improvisada em terrenos baldios e sem a mínima estrutura. Tem até posto de combustível servindo de estacionamento. O negócio que prospera vem se multiplicando nas esquinas dos bairros centrais e ainda não é suficiente para atender à demanda. Na Rua Floriano Peixoto, o Diario visitou quatro estacionamentos. Na Casa da Cultura, onde até o ano passado, a hora custava R$ 3,50, o valor dobrou para R$ 7 e mais R$ 1 pela hora excedente. Não por acaso, muita gente prefere estacionar numa rua lateral. Não é permitido estacionar no local. Mas o custo é R$ 2 para o flanelinha, mesmo arriscando multa de R$ 53, por estacionamento irregular. “Vou demorar pouco tempo e lá dentro (Casa da Cultura) está muito caro”, reclamou o assessor parlamentar, Ubiranílson Soares de Jesus, 27 anos.

Foi com muita indignação, que o representante comercial, Magdiel Ferreira do Nascimento, 44, teve que pagar R$ 1 a mais por ter excedido um minuto da primeira hora. “Vim correndo para pagar os R$ 7 e agora vou ter que pagar R$ 8 por causa de um minuto. Está um absurdo o preço de estacionamento aqui no centro do Recife”, criticou. A Casa da Cultura não é um dos mais caros. Um pouco antes, em um estacionamento de um banco privado, a hora custa R$ 8 e mais R$ 3 pela hora excedente. “Para os clientes, o valor é de R$1,50 e se passar de uma hora custa R$ 5”, explicou o funcionário que não quis se identificar.

Também na Floriano Peixoto, encontramos o aposentado Josival Evangelista, 66 anos, que aluga um terreno e faz dele um estacionamento. Ele cobra por expediente. Para quem estaciona manhã e tarde o preço é R$ 10. Meio expediente sai por R$ 5. “Até o ano passado era R$ 6 os dois horários. Mas tive que aumentar para ficar dentro da média que está sendo cobrada aqui na região”, justificou.

Na  Rua da Concórdia, em um estacionamento particular em um terreno com capacidade para 200 carros, o preço é de R$ 8 e R$ 2, a hora excedente. Na mesma rua, em um edifício-garagem, a cobrança é pela hora quebrada. Meia hora custa R$ 5 e a meia hora excendente R$ 3. A Dircon informou que existem 314 estacionamentos legalizados na cidade.

Saiba mais

Quanto custa estacionar no centro do Recife

Zona Azul

2,8 mil vagas
R$ 1
Intervalo de 2h e 5h

Shopping Boa Vista

R$ 4 a primeira hora
R$ 1 por hora excedente


Bairro Santo Antônio – Rua do Sol

R$ 4 a R$ 6 a hora
R$ 1 a R$ 2 a hora excedente

Bairro São José – Rua Floriano Peixoto e Rua da Concórdia

R$ 7 a R$ 10 – a hora
R$ 1 a R$ 3 a hora excedente

Paço Alfândega

R$ 4 a primeira hora
R$ 1,50 por meia hora excedente

314

estacionamentos têm alvará de funcionamento no Recife

 

25 áreas para os edifícios-garagem

Um total de 25 áreas foi identificado pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira com potencial para construção de edifícios-garagem. O Instituto chegou a fazer um pré-estudo em três áreas onde é grande a demanda por vaga de estacionamento: Cais de Santa Rita, Boa Vista, nas imediações da Rua da Aurora e, em Casa Amarela, onde funciona a Feira da Sulanca. O edital, lançado pela prefeitura no último dia 24 de março, deu prazo de 60 dias para os interessados apresentarem suas propostas.
De acordo com o coordenador do projeto, Romero Pereira, os interessados devem apresentar um estudo de viabilidade econômica. “Eles devem informar o número de vagas e o valor da tarifa pela hora para que possamos analisar se é viável ou não”, explicou. Segundo o coordenador, até agora nenhuma empresa apresentou proposta. “Já houve várias consultas, mas nós acreditamos que os interessados estejam realizando o estudo de viabilidade para fazer a proposta. Eles estão dentro do prazo”, ressaltou.

Que é um negócio lucrativo, ninguém tem dúvida. Mas nenhum empresário vai querer concorrer com a rua, que sai por R$ 1, na Zona Azul ou pela tabela do flanelinha. “O empresário pode pedir uma medida mitigatória do município como, por exemplo, reduzir as vagas de Zona Azul na área onde ele vai construir. Isso pode ser negociado na proposta”, revelou Romero Pereira.

Para os especilistas em trânsito, quanto mais difícil for estacionar no Centro, melhor para a circulação. Nos grandes centros urbanos já existe até pedágio para quem vai de carro. Por enquanto, ir de carro ao Centro do Recife tem suas vantagens, principalmente para quem tem a sorte de pegar uma das 2,8 mil vagas da Zona Azul.