A vez dos ciclistas no trânsito do Recife

 

 

Diario de Pernambuco
Por Tânia Passos

 

O Recife dispõe atualmente de 24,6km de ciclovias e ciclofaixas. Quase nada, se for levado em conta o sistema viário da cidade com cerca de 13 mil vias. Não é apenas a extensão dos espaços destinados aos ciclistas que importa mas, sobretudo, a integração com os corredores de tráfego.

Outro desafio é criar a cultura de compartilhamento das vias. Hoje absolutamente inexistente. Também não há uma infraestrutura que dê o suporte para que o ciclista possa fazer parte do sistema viário da cidade. O tema será discutido hoje em uma audiência pública na Câmara de Vereadores. E a expectativa é que as discussões resultem em propostas efetivas para melhoria da mobilidade não motorizada.

O uso da bicicleta como meio de transporte e não apenas de lazer. Esta é uma realidade para muita gente que usa o equipamento para se deslocar no Recife e Região Metropolitana. Não é preciso muito esforço para encontrar ciclistas misturados ao trânsito.Sem nenhuma segurança. Muitos se arriscam pela contramão para conseguir visualizar o carro no sentido contrário.
Uma das queixas mais comuns é que os motoristas não respeitam a distância regulamentar de 1,5 metro. “Mesmo ficando próximo ao meio-fio, o motorista chega perto”, revelou o pintor Ivanildo Silva, 45 anos.

Dos espaços destinados aos que utilizam bicicleta na cidade, a ciclovia de Boa Viagem é a que oferece melhor estrutura. Mas serve apenas como ponto de passagem ou lazer. “Quando a gente sai daqui é obrigado a encarar o trânsito. Saio de Piedade para ir ao Centro. Ou seja, o resto do percurso sigo desprotegido”, criticou Manoel Francisco da Silva, 30, auxiliar administrativo.

 

Ciclorotas

Se as ciclovias não ajudam a interligar o sistema viário, as ciclofaixas disponíveis sequer oferecem condições de trafegabilidade. Mesmo sinalizadas, o espaço tem dia e hora para funcionar: domingos e feriados das 6h às 13h. “Ou seja, só funciona na hora que não tem carro. Mas o ciclista precisa se deslocar a qualquer hora. É o mesmo que não existir”, criticou o engenheiro e cicloativista Daniel Valença.

 
O presidente do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, Milton Botler, defende que as ciclofaixas funcionem em horário permanente. “A ciclofaixa precisa funcionar em um horário integral. Do contrário, perde a sua função”.De acordo com a presidente da CTTU, Maria de Pompéia, não há, por enquanto, previsão de estender o horário das ciclofaixas. “Por onde passa a ciclofaixa da Rua da Aurora até o Centro há um fluxo muito grande de carros nos dias úteis, o que iria deixar o trânsito mais complicado”, afirmou.

Dentro das propostas das ciclorotas, o arquiteto Milton Botler espera duplicar o sistema cicloviário existente. “Nós recebemos proposta de um grupo de cicloativistas com o mapeamento de vias da cidade e adaptamos as sugestões, que foram levadas para a CTTU orçar a implantação”, explicou. Diferente das ciclofaixas, que recebem toda a sinalização de pista, não segregada, as ciclorrotas receberiam indicações em placa para orientar os ciclistas a acessar o sistema cicloviário.

Parceria para implantar ciclovias em Casa Amarela

A Pastoral da Saúde e o Escritório de Arquitetura Cesar Barros vão firmar uma parceria institucional com o objetivo de viabilizar ações sustentáveis dentro do Projeto Piloto “Comunidade Saudável e Sustentável”, tendo como foco as ciclovias. O projeto foi lançado no último dia 22 de março, por Dom Fernando Saburido, bispo de referência no Regional Nordeste 2 da CNBB para a Pastoral da Saúde.

A proposta da parceria terá como objeto o Plano Cicloviário para implantação das ciclofrescas (ciclovias sombreadas) no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. A ideia é implantar ações integradas de ordenamento urbano. A parceria faz parte do primeiro desafio do projeto: articulação social e política no bairro de Casa Amarela(Recife/PE) para ter 100% das principais ruas com ciclovias unidirecionais ou bidirecionais até 2014 (ano da copa).

O Escritório de Arquitetura Cesar Barros é sediado na capital pernambucana e divulgou recentemente a proposta das ciclofrescas que são ciclovias sombreadas de baixo custo para o Poder Público. A parceria é dividida em fases que contemplam entre outros itens a caracterização e sistematização das informações sobre a realidade local e a modelagem urbana. Até o final de junho será apresentado um documento propositivo, apontando os instrumentos possíveis para sua viabilidade com participação social.

Para Cesar Barros, “fazer o Plano Cicloviário para o bairro de Casa Amarela para implantação das ciclofrescas é uma oportunidade de vermos na prática uma idéia simples, mas que pode revolucionar a qualidade do trânsito do Recife.” O arquiteto prevê que apesar de ser um caso pontual poderá se replicar com facilidade em outros bairros da cidade. E afirma: “Isto possibilita que tenhamos em breve, toda a cidade ciclável, e um ambiente urbano com melhor conforto ambiental”.

Segundo Vandson Holanda, Coordenador Regional da Pastoral da Saúde, “são urgentes iniciativas da sociedade civil organizada para se construir referências positivas para a saúde da população e do meio-ambiente. E que esses exemplos possam ser copiados livremente noutros lugares para o bem da própria sociedade”. Os primeiros resultados da parceria serão apresentados no V Congresso Regional de Humanização e Pastoral da Saúde em junho próximo na cidade de Igarassu/PE para representantes de diversas cidades dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

 

Fonte: Portal da Pastoral da Saúde

Conheça as piores cidades para dirigir no mundo

 

Algumas cidades podem transformar a tarefa de dirigir um carro num verdadeiro inferno. Trânsito pesado, insegurança e motoristas que põem suas próprias vidas e as vidas alheias em perigo, são apenas alguns dos problemas nestas 10 cidades que a CNN escolheu como sendo as piores cidades do mundo para se dirigir. São Paulo, claro, está na lista.

Pequim, China
Com mais de três milhões de veículos em suas ruas, a capital chinesa é extremamente caótica. Muitas das regras báscias de trânsito, como marcações de pistas, sinais de “pare” e prioridades, são simplesmente ignoradas por todos os motoristas. Os engarrafamentos podem ser infernais, e viaturas e ambulâncias têm muita dificuldade de passar por eles, já que os motoristas pouco se importam com o barulho das sirenes. Em agosto do ano passado, um engarrafamento monstruoso durou nada menos do que duas semanas.

Nova Délhi, Índia
Nova Déli, capital da Índia, ilustra o ambiente especial e caótico que se vive no país. Poucos são os estrangeiros que se aventuram no trânsito assustador da cidade, e os que fazem, encaram um concentrado de caminhões, riquixás, carros, motos, bicicletas, vacas e até elefantes. Nenhum espaço deixa de ser aproveitado e todos tentam se ultrapassar. Retrovisores, aliás, são retirados dos carros, para que os motoristas se concentrem apenas no que se passa na frente deles.

Manila, Filipinas
Mudanças de faixa totalmente inesperadas, motoristas que não estão nem aí para faróis vermelhos, não tiram a mão da buzina e jamais usam a seta, são algumas das surpresas que você pode encontrar dirigindo nas ruas de Manila, capital das Filipinas. As péssimas condições da pavimentação e uma sinalização quase inexistente contribuem para que Manila esteja na lista de piores cidades do planeta para se dirigir.

Cidade do México, México
A capital do México tem mais de 22 milhões de habitantes e um trânsito digno de uma cidade tão grande e caótica. Obras permanentes que colaboram a piorar o trânsito insuportável, engarrafamentos onde os motoristas passam horas para voltar para casa, agentes de trânsito incompetentes e assaltos nos faróis encontram-se entre as principais reclamações dos habitantes da Cidade do México.

Joanesburgo, África do Sul
Maior cidade da África do Sul, Joanesburgo é também uma das mais inseguras do planeta. O perigo se ilustra no trânsito da cidade, com uma rotina de ataques, sequestros e assaltos à mão armada. Há alguns anos, a cidade atraiu o holofotes mundiais com sistemas de segurança que incluíam lâminas afiadas e até lança-chamas que saíam de baixo dos automóveis, atacando os delinquentes. Além de assaltos, Joanesburgo tem um trânsito caótico, com condutores irresponsáveis e muitos engarrafamentos.

Lagos, Nigéria
As regras de trânsito parecem não existir em Lagos, capital da Nigéria. Faróis vermelhos são invisíveis aos olhos dos motoristas de Lagos, a noção de “sentido proibido” não parece um conceito válido, o estado das ruas e estradas é lamentável e o caos cria engarrafamentos intermináveis. Os motoristas são tão imprudentes que as autoridades até pensaram na ideia de acompanhar as multas de trânsito com análises psiquiátricas dos infratores. Para piorar, assaltos à mão armada e sequestros são muito frequentes, e os agentes de trânsito fazem vista grossa a qualquer infração por propinas insignificantes.

São Paulo, Brasil
O trânsito infernal de São Paulo é tão característico da cidade quanto o Parque do Ibirapuera, o MASP ou sua famosa garoa. Os engarrafamentos não param de bater recordes, e a cidade simplesmente para assim que chove. Os paulistanos perdem incontáveis horas de suas vidas bloqueados no trânsito na hora de voltar para casa, numa cidade que tem cada vez mais carros. O rodízio, o investimento em transporte público e outras medidas ainda não conseguiram dar conta deste problema, um dos maiores da metrópole que o mundo mira como a capital da América Latina.

Moscou, Rússia
Os costumes dos habitantes da cidade ao volante são bem perigosos. Ninguém parece se importar com a sinalização, com faróis vermelhos e, muito menos, com limitações de velocidade, já que parece como se todos sempre aceleram ao máximo seus veículos na primeira oportunidade.

Toronto, Canadá
Maior cidade do Canadá, Toronto é conhecida por enfrentar alguns dos piores congestionamentos de trânsito do planeta. A rodovia 401 é a mais transitada do continente, com dezoito pistas e mais de meio milhão de motoristas diários. Obras que aparecem constantemente nas estradas, limitações de velocidade, além do grande número de carros, fazem com que os habitantes de Toronto encarem longos trajetos na hora de voltar para casa.

Mônaco
O pequeno principado de Mônaco consegue ter mais automóveis por habitante do que os Estados Unidos, país automobilístico por excelência. O grande problema do trânsito de Mônaco não é ter engarrafamentos e sim a impossibilidade de achar uma vaga para estacionar. Para piorar, Mônaco tem uma grande concentração de automóveis de luxo do planeta, e qualquer arranhão pode virar uma grande dor de cabeça. Em 2011, uma condutora (dirigindo um luxuoso Bentley), conseguiu bater, em um único acidente, em uma Mercedes, uma Ferrari, um Porsche e um Aston Martin. Imagine o prejuízo!

FONTE: Boa Informação

 

Pedágio urbano em São Paulo, remédio amargo e necessário

Para amenizar o colapso no trânsito de São Paulo e incentivar o uso consciente de veículos, o vereador Carlos Apolinário (DEM) propôs a criação de um pedágio urbano, com taxa diária de R$ 4 para quem trafegar na região do Centro Expandido, onde hoje ocorre o rodízio. A medida, aprovada na quinta-feira passada, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, causou revolta na capital paulista e rejeição do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD). Porém, os especialistas consultados pelo Terra defendem a ideia e vão além, dizendo que sua efetivação é questão de tempo e necessária, e que dirigir no centro de São Paulo é um “privilégio que deve ser cobrado”.

“Transporte individual ao centro de uma metrópole como São Paulo é um privilégio que deve ser cobrado. Estamos num dos piores momentos do transporte e o pedágio urbano pode ajudar a fluidez e a lógica do tráfego”, defendeu o doutor em Planejamento e Operação de Transportes da Universidade de São Paulo (USP), Telmo Giolito Porto. Ele salienta que, isoladamente, o pedágio urbano tem pouco resultado.

“Ele deve ser casado com uma série de outras medidas, como investimentos em metrôs, ônibus, automoção de semáforos, engenharia de tráfego e rotas alternativas”, afirmou Porto. No microblog Twitter, os comentários sobre o assunto são, na maior parte, de repulsa à medida, vista como uma arbitrariedade. Entre os tuiteiros, está o comentarista esportivo Silvio Luiz: “estão querendo cobrar pedágio para ir ao Centro Expandido. Quatro mangos. A cada dia eles inventam uma pra meter a mão no nosso bolso”, protestou.

O autor da proposta entende as críticas e não acredita que o pedágio urbano possa funcionar em 2012, já que se trata de um ano eleitoral e a cobrança é “amarga” e afasta votos. Mas Carlos Apolinário estima que a tarifa pode tirar de circulação 30% dos veículos e arrecadar R$ 2 bilhões, para serem investidos no transporte público. Ele diz que os paulistanos precisam “parar e raciocinar”.

“Nos últimos 40 anos, aumentou em 20% o número de ruas e 700% o de carros. Algo precisa ser feito. A ideia é metrôs e ônibus em toda a cidade, só que como não há dinheiro, vamos fazer o inverso: você cobra de quem tem carro, melhora a cidade e arruma dinheiro para o transporte coletivo. A ideia não é simpática, mas as pessoas precisam parar e raciocinar”, disse o vereador.

Como poderá funcionar

Pela proposta de Apolinário, a taxa valeria apenas para os dias úteis e pode custar até R$ 88 por mês ao motorista. Táxis e coletivos não seriam cobrados. O vereador sugeriu no mesmo projeto que o dinheiro arrecadado seja investido no transporte público, possibilitando uma passagem de ônibus mais barata e outras opções de locomoção.

A área abrangida é o Centro Expandido, localizada ao redor do centro histórico, e delimitada pelo chamado mini-anel viário, composto pelas marginais Tietê e Pinheiros, mais as avenidas Salim Farah Maluf, Afonso d’Escragnolle Taunay, Bandeirantes, Juntas Provisórias, Presidente Tancredo Neves, Luís Inácio de Anhaia Melo e o Complexo Viário Maria Maluf.

O projeto não explica claramente como seria a forma de cobrança, mas as cancelas estão descartadas e a ideia é instalar um chip no veículo, semelhante ao sistema Sem Parar, que libera as cancelas nas rodovias paulistas. Apolinário quer que a prefeitura coloque o chip gratuitamente e que o veículo, ao ingressar na área, seja identificado para cobrança. Ainda não foi definida se ela será por boleto ou pré-pago. Antes de seguir para o plenário da Câmara de Vereadores, o texto ainda precisa passar pelas comissões de Transportes e de Finanças e Orçamento.

Pedágio urbano pelo mundo

Cingapura, na Ásia, foi a primeira a adotar o pedágio urbano, em 1975, das das 7h30 às 19h30, de segunda a sexta-feira. Reduziu o trânsito em 47% no período da manhã e 34% no período da tarde. A procura pelo transporte público cresceu 63% e o uso do automóvel diminuiu 22%.

De acordo com Apolinário, o modelo funciona também em metrópoles europeias, com apoio da população. “Londres tem 8 milhões de habitantes, a medida foi criada em 2003 e, após seis meses, o prefeito fez um plebiscito para saber se a população gostaria que permanecesse o pedágio urbano. Foi aprovado, porque houve uma redução de 25% no trânsito”, destacou.

Na Suécia, a capital Estocolmo adotou a tarifa com o nome de imposto de congestionamento. Ele é cobrado a todos os veículos que circulam no centro da cidade e foi implantado de forma permanente a partir de 1º de agosto de 2007, depois de um período de teste de sete meses. Em Milão, na Itália, ele foi instituído com o objetivo de reduzir a quantidade de carros trafegando diariamente. O custo é de 5 euros (cerca de R$ 11,5). Outras cidades que aderiram são Bergen, Oslo, Trondheim e Stavanger (Noruega); Durhan (Grã-Bretanha); Znojmo (República Tcheca); Riga (Letônia), e Valletta (Malta).

Caminho inevitável

Para o arquiteto urbanista e consultor de mobilidade urbana Fernando Lindner, a cobrança de pedágio urbano em São Paulo é “um caminho inevitável”. “Fazendo um comparativo com cidades europeias e americanas desenvolvidas, elas não atingem o tamanho de São Paulo ou Rio de Janeiro. Aqui, há uma degeneração dos serviços, e a mobilidade é o primeiro. Pedágio urbano é um remédio amargo, mas muito necessário. Em 2020, se nada for feito, as grandes cidades brasileiras entrarão em colapso”, estimou.

Um carro para evitar congestionamento. Também quero!

 

 

A Honda está desenvolvendo uma nova tecnologia que detecta a potencial formação de congestionamentos no trânsito, em função dos padrões de aceleração e travagem dos veículos em situações de engarrafamento.

Desenvolvida pela montadora em colaboração com o Centro para Pesquisa Avançada de Ciência e Tecnologia da Universidade de Tóquio, no Japão, esta nova tecnologia consiste na utilização de radares para detectar o congestionamento potencial da via e no monitoramento dos padrões de aceleração e travagem do veículo.

Se detectar que esse padrão pode causar um engarrafamento, o sistema informa o condutor e aconselha-o a adotar uma condução mais calma e suave, o que deverá provocar um efeito de onda, alastrando esse comportamento aos demais motoristas.

De acordo com os responsáveis pela marca japonesa, o efeito pode ser maximizado através da ligação dos veículos à Internet, para que informações semelhantes sejam transmitidas a vários condutores, criando um padrão uniforme no trânsito.

Testes preliminares promovidos pela Honda apontam para um aumento de 23% na velocidade média e uma economia de cerca de 8% no consumo de combustível. Os primeiros testes em rodovias vão ocorrer, nos próximos meses, na Itália e Indonésia.

Fonte: Portal do Trânsito

 

O papel dos pais na redução de acidentes de trânsito com jovens


De todos os perigos que os adolescentes podem enfrentar, beber está entre os piores. O álcool representa uma grave e potencial ameaça. Pesquisa divulgada nos EUA, mostra que os adolescentes que bebem têm maior probabilidade de: morrer em um acidente de carro, engravidar, tornar-se um alcoólatra e tentar o suicídio.

Os pais têm uma participação fundamental nessa fase dos filhos, mas para isso é importante que tenham as ferramentas necessárias para conversar com as crianças sobre o álcool.

A pesquisa realizada pela Universidade Estadual da Pensilvânia aponta que o álcool é a droga mais usada pelos jovens, mais do que todas as drogas ilegais combinadas. No entanto, o resultado mostra que há um descompasso quando se trata da relação pais X filhos: um em cada cinco adolescentes bebe com frequência, mas apenas um em cada 100 pais acreditam que a bebida pode ser um problema para o seu filho.

A suposição mais comum entre os pais é “meus filhos são bons meninos, e eu posso confiar que eles vão tomar as decisões corretas”, mas a pesquisa mostra que a comunicação clara e contínua sobre o álcool é fundamental na prevenção das tragédias envolvendo os menores.

Para a especialista em trânsito e pedagoga, Elaine Sizilo, os pais devem conversar com seus filhos constantemente sobre os perigos de beber. Não só sobre beber e dirigir, mas sobre todos os perigos do ato de beber. “Educá-los, impor limites, monitorar o paradeiro, e, o mais importante, tentar explicar, através do diálogo, as consequências que este ato pode trazer para a vida deles. Esta é uma tarefa diária que não pode ser esquecida”, diz Sizilo.

A conclusão da pesquisa é que os pais são a principal influência sobre as decisões de seus filhos sobre se devem ou não beber álcool. “Dar o exemplo ainda é o melhor dos ensinamentos”, conclui Sizilo.

Fonte – Portal do Trânsito

Ônibus intermunicipal grátis para deficientes na Bahia


Pessoas com deficiência física e renda per capita de até um salário mínimo passam a ter o direito à gratuidade no transporte intermunicipal na Bahia com a a sanção da lei do Passe Livre Intermunicipal para Pessoa com Deficiência (PCD).

O documento foi assinado pelo governador Jaques Wagner, na Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH). O projeto de lei nº 19.585 foi elaborado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Executivo, e aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa da Bahia.

A medida passa a valer em até 90 dias, prazo que o Estado tem para regulamentar, por decreto, a gratuidade no transporte intermunicipal nos modais rodoviário, ferroviário, aquaviário e metroviário.

Devem ser disponibilizadas em cada ônibus intermunicipal duas vagas para pessoas com deficiência, que a lei define como “aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial”.

Em Pernambuco

A Carteira de Livre Acesso é o documento que dá direito a pessoas com deficiência física, mental e sensorial a utilizarem o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana, gratuitamente.

Basta apresentar o documento original ao motorista, ao entrar no ônibus. Os critérios para obtenção do documento são estabelecidos pela Lei Estadual 11.897, de 18 de dezembro de 2000.

Quem tem direito?

Toda pessoa com deficiência de que trata a Lei Nº 11.897/2000 de 18/12/2000, residente na Região Metropolitana do Recife – RMR.

A CLA pode ser usada em qualquer linha?

Pode ser usada em todas as linhas integrantes do Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife – STPP/RMR, com exceção das linhas de transporte complementares ou opcionais.

Qual a validade da carteira?

A carteira tem validade de 02 (dois) anos.

Como obter a CLA?

O beneficiário deverá preencher a Requisição da Carteira de Livre Acesso no órgão responsável do seu município, anexando a cópia dos documentos necessários.

Com informações do Blog Meu Transporte

Desafio do transporte público:atrair classe média

 

Fernando Bandeira, presidente da Urbana-PE

 

Apesar do Sistema Estrutural Integrado (SEI), que integra os ônibus de toda a Região Metropolitana do Recife, ser um exemplo de modelo para o resto do país, a qualidade do serviço ainda deixa muito a desejar. Nesta entrevista, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros em Pernambuco (Urbana-PE), Fernando Bandeira, diz que ainda é possível atrair o público que foge para o transporte individual. (Tânia Passos)

 

O que é preciso para termos  transporte de qualidade?

Há muito tempo não havia investimentos na infraestrutura do transporte público. E o que é preciso para o ônibus andar? Que tenha corredores exclusivos. Agora com esses corredores que estão sendo construídos o transporte vai poder fluir e não ficar preso nos engarrafamentos. Com isso, nós acreditamos que a população que hoje não utiliza o transporte público vai passar a usar.
A climatização é uma das críticas. Outra é com relação a demora nos intervalos.

O maior problema é que não temos pistas exclusivas e os ônibus ficam presos nos engarrafamentos. Não é uma questão de aumentar a frota. Há trechos na Agamenon em que a velocidade do ônibus é de 5km/h e a expectativa com os corredores é de uma velocidade média de 25km/h. Quanto a climatização isso será modificado com a licitação do transporte público. O edital exige climatização em todos os coletivos, mas isso deverá  trazer impacto na tarifa.
Fora dos horários de pico, muitos ônibus trafegam vazios ao lado de uma fila de carros. Como atrair esse público?

Acho que a instalação dos corredores e a mudança dos ônibus nos moldes do BRT (Transporte Rápido por Ônibus) será uma oportunidade para atrair o público da classe média. No show de Paul Macartney a classe média usou o ônibus e aprovou. Falta divulgação. As pessoas precisam saber que o ônibus fica mais vago for a dos horários de pico.
Já nos horário de pico com aquela superlotação ficará bem mais difícil, não é?

Na verdade teremos ônibus maiores e articulados e com um aumento da velocidade. A tendência é que não fique tão superlotado. Mas não se pode esperar que só tenha passageiros sentados, do contrário a tarifa ficaria impraticável.